Fita de Seda escrita por moonrian


Capítulo 33
Capítulo 33 - Suspeitas


Notas iniciais do capítulo

Hellow, galerinha!!! Como vão vocês? Eu espero que muito bem :3
Bem, cá estou eu, contra todas as probabilidades, para postar mais um capítulo para vocês estrelando Zero delícia albina.
Hoje vocês terão uma atualização sobre o que nosso albino sedução sente por nossa heroína (a maior parte vocês vão ter que supor o que é que ele tá sentindo hehe) e sobre a opinião dele em relação a tudo que está acontecendo!
Quero agradecer a Uchiha Taciane por seu review e dizer um enorme “BEM-VINDA A FDS”!!!
Também quero agradecer a Lily, Cni, Thamyres, Lilithy, essas divas que não me abandonam o/
Na boa, vocês são demais!
E vocês fantasminhas? Estão esperando o que?
Tem muitos fantasminhas nessa fanfic, e saibam que eu tenho medo de fantasmas e assisto muito sobrenatural.
*Pega uma arma calibre 12 com balas de sal*
Mandem reviews ou eu meto bala! (u.u)
Kkkkkkkk brincadeira... Menos a parte sobre vocês mandarem reviews
Agora chega, né? Hehe
*Boa Leitura



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Quando abri os olhos aquela manhã, meu primeiro pensamento não foi a minha odiosa condição de Ex-Humano ou um resmungo sobre os alunos da Academia Cross sempre fazerem um barulho infernal, como eu fazia todas as manhãs... Pelo menos era assim antigamente, mas de uns tempos para cá isso não estivera ocupando minha mente, não quando estava tão ocupado divagando sobre uma garota.

Não eram pensamentos românticos, tal coisa seria um desperdício tolo dos meus minutos limitados como eu mesmo; e eu já me contentara com minha falta de esperança nesse quesito – para que me preocupar quando estava condenado a perecer?

Pena que meu conformismo não se estendia até o meu coração, que insistia em continuar alimentando um sentimento por uma garota que pertencia à espécie que eu mais odiava e que não servia de nada além de me ferir a cada dia. Para que amá-la se qualquer futuro comigo seria impossível? E como ficar parado e vê-la ser feliz com outro?

“Pare de ser tão patético, Zero.”, disse a mim mesmo.

De qualquer maneira, meu primeiro pensamento foi Hime.

Ela passava dias naquele quarto, comendo apenas o que Kaien levava e não pronunciando uma palavra sequer. Vivia presa em sua própria mente, provavelmente pensando em nada de bom já que sempre podia sentir as emoções negativas que estavam passando por ela – raiva, nojo, pena, horror. Era quase um ciclo vicioso.

Eu me mantivera longe daquela porta, afinal sabia que não daria conforto nenhum a ela – eu apenas servia para distraí-la da dor com a raiva. Mas eu podia sentir a intensidade de sua dor me cortando por dentro, como se ela também fosse minha.

Ainda assim, mesmo que eu compadecesse com seu sofrimento por saber que era realmente órfã e com o ato hediondo de Leigh (eu iria mata-lo na minha primeira oportunidade), não foi o sofrimento dela que me fizera lembra-la.

Eram as minhas preocupantes suspeitas.

Soltei um suspiro baixo e deslizei os dedos entre as mechas prateadas, afastando-as dos meus olhos.

Eu precisava contar a Kaien as minhas teorias e o mais urgente possível, antes que decidisse compartilhar minhas ideias com Hime ou que elas me enlouquecessem.

Esperava que estivesse errado, que Kaien pudesse me dar outra explicação.

Levantei-me de minha cama e agarrei as primeiras peças de roupa que encontrei: uma calça jeans azul e uma camisa branca. Fui para o banheiro tomar o banho mais rápido da minha vida, sem paciência para esperar pelas respostas.

Quando saí do meu quarto, cogitei me esgueirar pela porta de Hime e ver se ela ainda estava empenhada em tentar se matar lentamente, mas assim que pus o pé no corredor eu não senti seu aroma adocicado com a costumeira intensidade ou o som de seu coração batendo.

Ela finalmente saíra do quarto.

Senti algo em mim, como um cabo de aço tensionado em meu interior, lentamente relaxar, assim como um peso ser retirado de meu peito. Até aquele momento eu não havia me dado conta do quanto eu estava preocupado com aquela garota e fiquei surpreso. Era inusitado saber que, mesmo com todas as nossas interações hostis, Hime conseguira atravessar por todas as minhas defesas e se tornar alguém com quem me importava, e até aquele instante eu não havia percebido o quanto.

Hime havia se tornado alguém mais importante do que eu havia percebido e mais do que eu devia permitir.

Aliviado por Hime e revoltado com o quanto eu baixara a guarda para ela, segui para o escritório de Kaien para informa-lo de minhas suposições.

Bati duas vezes antes de entrar.

– Kaien, eu preciso falar algo sobre Hime e...

Parei na metade do cômodo e da frase ao reparar a movimentação no canto da minha visão – e me xinguei internamente por não tê-lo notado antes.

Kaname Kuran estava parado ao lado da estante de livros à esquerda, sua visão sendo o suficiente para esgotar qualquer quota de paciência em mim. Ele se virou em minha direção no momento que eu citara o nome de Hime, e não quando adentrei o recinto sem esperar um pedido, o que comprovava mais uma vez que aquele monstro nojento andava mais interessado pela garota do que deveria – e seus olhos aguçados me comprovavam.

Não tentei esconder o meu ódio enquanto olhava para ele, que me devolvia com aquele desprezível olhar superior que apenas me incitava a querer mata-lo.

– Aconteceu alguma coisa com a Hime, Zero? – a apreensão na voz de Kaien atraiu minha atenção.

Ele já se levantava da poltrona, pronto para sair e verificar a garota em seu exílio.

Kaien estivera bastante cabisbaixo e preocupado desde que expliquei a ele porque a garota andava tão disposta a morrer por inanição, como se esperasse que ela fizesse uma besteira.

– Não se preocupe, ela está bem – afirmei, e Kaien soltou um suspiro de alívio e se sentou – Saiu daquele quarto, finalmente. Era sobre outra coisa, na verdade. Falo com você quando a visita – apontei com o queixo para Kuran e preenchi a palavra com desprezo – sair.

– Oh, não, espere! – falou Kaien assim que me virei para me retirar – Seja o que for, você pode falar na presença de Kaname. Ele também veio compartilhar suas preocupações sobre Hime conosco.

Lentamente me voltei para Kaien, incrédulo com a estupidez dele de querer compartilhar essas informações com uma criatura tão inconfiável quanto Kaname.

Kaname não era nosso amigo, ele só aceitara participar das intenções pacifistas de Kaien porque Yuuki morava conosco, na época, e ele desejava se manter próximo a sua irmã.

A garota com quem ele devia casar...

Meus lábios se distorceram brevemente com a raiva, uma pequena pontada incômoda atravessando meu coração; mas logo afastei aqueles pensamentos e tratei de me concentrar na batalha atual.

– Ele não está fazendo mais do que a obrigação dele nos informando sobre Hime. – Eu retruquei, irritado. – Hime é a nossa responsabilidade.

Lancei um olhar significativo para Kaname, uma ordem explicita para que se mantivesse longe da garota, que ele devolveu com algo que me parecia um desafio para tentar impedi-lo.

Senti-me esquentar com a raiva ao mesmo tempo em que uma poderosa ardência possessiva me atravessava o peito como uma lança – algo que teria sido forte o bastante para me fazer pular sobre ele e mata-lo. Mas não o fiz.

Por mais que ele a rodeasse, que a beijasse e dissesse tolices românticas (estranhamente todas essas informações apenas me faziam ter mais raiva dele), ele nunca ousaria se relacionar com a garota mais do que devia – ou admitir que queria isso em voz alta. Kaname nunca abandonaria a sua obrigação com sua linhagem, se relacionando com alguém que não é nada além de uma menina que não trará poder a sua família. Seu futuro estava enlaçado firmemente com Yuuki Kuran, e Hime provavelmente é apenas um passatempo.

Um passatempo...

E mais uma vez eu queria mata-lo.

– Zero, por favor, – pediu Kaien, esfregando as têmporas – sem provocações.

– Estou sendo apenas sincero, Kaien. O que Kaname tem a ver com ela?

– Talvez eu me preocupe com ela, Kiryuu – sugeriu Kaname, a voz fria – e queira ajudar com a proteção dela. Não poderei fazer muito se você manter informações escondidas de mim.

– Eu não preciso da sua ajuda – cuspi, entredentes.

Kaname sacudiu a cabeça lentamente, como se me achasse tolo.

– É um idiota se pensa assim. Pelo que me consta, você ainda é apenas um Nível-E, e a vida de Hime está sendo ameaçada por um Sangue-Puro. Você não tem poder para protegê-la. Aliás, você é outro perigo em questão. Você não se importa com a garota?

– É claro que eu me importo! – vociferei, ultrajado com sua acusação – Você não tem qualquer moral para me acusar quando claramente está iludindo-a. Se você se importa com ela, por que continua dando motivos para ela pensar que vocês tem um futuro?

Eu não estava esperando dizer aquelas coisas para ele, acusa-lo de fazer Hime de boba com falsas juras de amor eterno e outras baboseiras que apenas uma criatura cruel e egoísta como Kaname seria capaz.

Ele franze a testa, confuso.

– Eu não sei do que você está falando...

O fato de ele se fazer de desentendido apenas me irritou mais.

Eu estreitei meus olhos e rangi os dentes.

– Certo, finja que você não sabe, Sangue-Puro desprezível.

Kaien me lança um poderoso olhar incisivo que eu fiz questão de ignorar.

– Não vamos trocar insultos, por favor. Vamos apenas nos sentar e trocar informações, sabendo que todos nós temos o mesmo objetivo: proteger Hime. – Kaien se voltou para Kaname – Continue o que você estava dizendo.

O Sangue-Puro avaliou-me por mais um instante, como se não compreendesse do que sou feito, e então decidiu me ignorar.

– Estava falando sobre Kira Asamiya – lembrou o Sangue-Puro, – o vampiro Sangue-Puro que entrou recentemente na Night Class. Ele tem alguma ligação com a Hime que ele insiste em me esconder, e deixou claro em seu primeiro dia que veio para a Academia Cross com a intenção de levar a garota embora. Não tenho certeza se ele quer fazer bem ou mal a Hime, mas deveríamos ficar de olho.

Deveríamos”. Quanta audácia se incluir na minha obrigação.

Kaien sacudiu a cabeça, concordando e então se voltou para mim, que estava incrédulo com ele estar concordando com a ajuda.

– Agora fale você.

Dei uma olhada breve em direção a Kaname, deixando claro que não diria uma palavra enquanto aquele patife estivesse ali. Ele não tinha nada a ver com Hime e estava apenas se intrometendo em assuntos que não eram da conta dele.

E Kaien soltou um suspiro.

– Por favor, Zero, não seja tão teimoso apenas dessa vez. Tente não focar apenas no que pensa em relação à Kaname e ver pelo ponto de que seria melhor para Hime ter tantos a vigiando. Principalmente quando um Sangue-Puro que tem o poder de controlar vampiros Nível-E está misteriosamente disposto a matar nossa garota.

– E você acha que esse Sangue-Puro prepotente é uma vantagem? – retruquei, irritado.

– Sim, quando ele tem diversos vampiros a sua disposição para manter um olho cuidadoso sobre nossa garota – revidou – Você não pode vigia-la o tempo todo, Zero, e muito menos eu.

Odiava ter que admitir que Kaien tinha razão e ainda mais ser obrigado a concordar que Kaname Kuran continuasse a ter algum papel na vida de Hime. Já bastava aquele idiota insistir em iludir a menina, toca-la com aquelas mãos sujas que já deviam ter matado inocentes por diversas vezes e ter ousado beija-la.

Infelizmente eu não tinha muita escolha, e aquilo apenas me irritou ainda mais – se isso era possível.

– Eu acredito que Hime seja uma vampira. – contei de uma vez, cerrando os punhos.

Meu orgulho se desintegrara completamente assim que as palavras saíram de meus lábios, mas era muito mais importante a proteção de Hime, e para isso era preciso entendê-la.

Os olhos de Kaien esbugalharam de maneira surpreendente, e Kaname não foi rápido em esconder a surpresa de suas feições ao mesmo tempo em que um brilho de esperança invadia seus olhos.

Ele realmente estava cogitando um relacionamento com Hime?

– E o que te faz acreditar nisso? – perguntou Kaname – Se Hime fosse vampira, eu saberia.

Ele parecia temer ter esperanças, e saber que ele estava procurando uma oportunidade de estar com Hime sem abandonar suas obrigações me fez repensar sobre conta-lo.

Se eu dissesse minhas suspeitas, que pareciam não ter nenhum detalhe que pudessem torna-las um equívoco de julgamento, eu estaria dando para Kaname Kuran a solução que ele tanto precisava para poder se aproximar de Hime, e isso não me deixava nem um pouco contente. Pelo contrário, apenas aumentava a minha lista de motivos para acabar com a existência odiosa daquele vampiro.

Eu deveria estar feliz por Kaname querer ficar com Hime? Isso não me daria uma oportunidade real com Yuuki? Ou eu me sentia tão hesitante em conta-lo o resto porque sabia que ele não servia para Hime? Mas se eu fora capaz de aceitar quando Yuuki me informara estar noiva de Kaname (mesmo que me ferisse), pois eles eram da mesma espécie, por que não conseguia permitir que ele a levasse também? Que Kira a levasse?

Se Hime era uma vampira, pertencente à tão detestável e asquerosa espécie de sugadores de sangue, o lugar dela era com criaturas como ele. Não deveria eu ser compreensivo e conformista como fui com Yuuki? Lembrar o que seres como ela fizeram a mim e a minha família? Por que não conseguia ver uma sanguessuga quando olhava para o rosto dela?

– Não se alguém houvesse feito para Hime a mesma coisa que fizeram com Yuuki, certo? – respondi para mostrar a mim mesmo que não me importava – E o que me faz acreditar nisso é a declaração de Kira sobre Hime ser sua prometida. Que me conste, vampiros de Sangue-Puro só podem noivar oficialmente com aqueles de sua própria categoria.

Os olhos de Kaname endureceram, sua face se tornando um perfil frio e mortal – e eu me deliciei com a dor dele de saber que Hime já estava comprometida, mesmo que a ideia também não fizesse maravilhas para o meu humor.

– Está dizendo que Hime pode ser uma vampira de Sangue-Puro? – inqueriu Kaien, catatônico – E que está noiva?

– Talvez seja uma Asamiya? – sugeriu Kaname, a voz impassível.

Devia estar lhe rendendo muito autocontrole manter-se em uma postura tão falsamente composta quando eu sabia que ele estava morrendo de ciúmes por dentro – a linha tensionada em sua mandíbula e as mãos cerradas dele entregavam sua infelicidade.

– Eu não faço ideia – respondi – Mas talvez esse seja um dos motivos para Kira se achar no direito de tirar Hime daqui.

Eu não confiava em Kira Asamiya e nunca confiaria a vida de Hime a ele, mesmo que aquela lembrança da morena o mostrasse a protegendo de Leigh. Eu não me importava com o que quer que Kira acreditasse poder por ser noivo e protetor de Hime, ele não a levaria da Academia Cross e não a tiraria debaixo da minha vista, nem que eu tivesse que mata-lo.


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Notas finais do capítulo

OMG! Vampira? Sangue-Puro? OMG! Será? O que vocês acham?
Sentiram Kaname em seu momento a lá “agora eu posso dar uns pegas na Hime”? hehehe Só pra depois ter o momento “Vou matar Kira”.
E aí? Que vocês acham que Zero está sentindo por Hime agora? Eu acho o albino MUITO inteligente quando é para investigações e tals, mas é muito lerdo quando se trata de sentimentos u.u
Então, cadê meus reviews? Hehe Mandem todos com suas opiniões, criticas e ameaças de morte!
Isso é tudo, pessoal! o/ (se você não assistiu Loney Tunes, você não teve infância, cara)