Fita de Seda escrita por moonrian


Capítulo 23
Capítulo 23 - O Novato


Notas iniciais do capítulo

Hello, galera o/
Como cês tão? Eu vou bem u.u
Agora vamos aos agradecimentos pelos reviews que me inspiraram a escrever o capítulo de hoje! Um grande obrigada a Saky e seu review que me arrancou algumas risadas, além de me deixar com muita vontade de comer brigadeiro; YuukiKuran, que não consegue gostar da Hime e provavelmente vai odia-la ainda mais depois desse capítulo... E me odiar também hehehe; um grande “Bem-Vinda” seguido por um abraço de urso a Cni, e a Laila que retornou para essa facção e me agraciou com um review giganorme o/ Um bom filho a casa torna, né? Hihihi brincadeira u.u
Então, galeura, o capítulo de hoje será narrado pela perspectiva do (Delícia para uns e Múmia para outros) Kaname Kuran, que terá que recepcionar o nosso novato bonitão u.u
Será um cap muito importante também, pois vai levantar mais questões e tal, antes do capítulo 26... Guardem esse número!!!! Vai rolar coisa quente nesse capítulo, e não é pegação, valeu? Hehe Pelo menos ainda não u.u Tô pensando em colocar uma mordidinha no capítulo 25, o que vocês acham? Me respondam por review u.u
*Boa Leitura*



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Como líder do dormitório, minha vida costumava ser sempre voltada para níveis burocráticos, como se eu fosse uma espécie de vice-diretor da Academia Cross – e, às vezes, eu me sentia assim. Quando tinha problemas ou precisava de ajuda sobre assuntos acadêmicos, Kaien sempre recorria a minha sabedoria; até quando o assunto era o desprezível do seu filho.

Eu não tinha muito tempo ou interesse para fazer o que quer que os outros vampiros hospedados no dormitório fizessem para se divertir; ser responsável por um mundo de coisas sempre me parecera desafiador, e eu sempre adorei desafios.

Mas naquela tarde eu não estava conseguindo me concentrar nos papéis que eu precisava ler, minhas pernas não conseguiam parar de se mover, meu pé não parava de bater no assoalho, sequer meus dedos paravam de batucar ritmicamente o meu joelho.

Soltei as folhas do relatório que eu recebera de Ichijou esta manhã, contendo novas informações do Conselho e soltei um suspiro pesado, não compreendendo o que estava me inquietando tanto.

“Você sabe, Kuran”, minha razão acusou “Não seja tão orgulhoso, seu tolo.”

Deslizei uma mão pelas mechas castanhas de meu cabelo, empurrando-as para longe de meu rosto, enquanto um sorriso parte amargo e parte satisfeito elevava levemente os cantos de meus lábios.

Hime...

Ela era um grande enigma da natureza escondido em um corpo feminino atraente; talvez o maior desafio que eu encontrara em minha vida. Olhando para a bela garota alta de pele de porcelana, os grandes olhos negros (que desbotavam para um escuro e profundo roxo sob a luz solar) emoldurados por cílios escuros e longos, o cabelo negro que se assemelhava seda; e que dava ares de quem não tinha nenhuma noção do quanto era linda...

Concentração, Kaname!

Olhando para ela, ninguém julgaria que havia uma centelha incomum em seu sangue e sua aura.

Quem seria Hime realmente? Eu podia sentir o forte poder atrativo que seu sangue tinha, e sabia que não se devia apenas ao aroma de seu sangue em sua maioria. Era como se sua aura chamasse por mim, por algo no mais profundo de meu ser – e eu sabia que não era o único a sentir.

Aidou dissera que sentira o mesmo quando estivera perto dela, assim como Ichijou e até o desprezível do Zero Kiryuu; embora pelo último ser um Nível-E, seus sentidos não eram tão aguçados quanto os de vampiros de verdade; ele não devia conseguir distinguir o que era sede de sangue do que era uma atração mais profunda.

Que espécie de humana normal poderia fazer isso? Ser um “Sinalizador de Vampiros”? Surpreendia-me que fosse ela quem tivesse sobrevivido ao massacre na Ilha de Lunier com a aura que tinha.

Houve algumas batidas suaves na porta, encerrando todos os meus devaneios sobre Hime – e eles estavam se tornando cada vez mais frequentes...

A porta se abriu um pouco e a cabeleira loura de Aidou apareceu pela pequena brecha.

– Mestre, sinto muito te incomodar, mas há um vampiro novo na Nigh...

Antes que ele terminasse, Aidou cambaleou para dentro com um empurrão dado por uma segunda pessoa, escancarando a porta de meu escritório. O loiro quase caiu sobre as cadeiras.

Havia um segundo vampiro recostado no batente da entrada de braços cruzados, um sorriso sardônico exibindo dentes brancos e perfeitamente alinhados, os olhos escondidos por trás dos óculos escuros.

Sangue-Puro...

Ele parecia muito satisfeito com o que fizera a Aidou, inabalável com o olhar homicida que Aidou lançava para ele.

O vampiro puxou os óculos para cima, revelando seus olhos azuis bastante intensos com um brilho maligno, e olhou para mim como se tivesse notado minha presença naquele instante. Mantive minha expressão impassível, observando a cena com certo desinteresse.

– Você deve ser Kaname Kuran – ele falou, andando com muita confiança para uma das cadeiras disponíveis a minha frente e jogando seu corpo nela – Ouvi todo o tipo de baboseira a respeito de sua família e sobre você.

Um vampiro arrogante...

Meus olhos se estreitaram em um alerta silencioso, e senti-os lentamente tomando o tom avermelhado. Aidou recuou um passo, mas não o novato, ele parecia despreocupado.

– Acho melhor controlar sua boca, rapaz – aconselhei – E quem é você?

Os olhos do outro vampiro ganharam o mesmo tom avermelhado, embora sua face esboçasse despreocupação.

– Também sei fazer essa parada legal com os olhos, Kaname – foi o que disse antes de sua íris retornar a cor natural – Meu nome é Kira Asamiya.

Fiquei momentaneamente pasmado, embora meu rosto se mantivesse neutro.

Lembrei-me da história que meu pai costumava me contar muitos anos atrás, que envolvia tanto minha família quanto a do rapaz a minha frente, e ela não era nada agradável.

Em uma versão resumida, os Asamiya eram uma família de vampiros Sangue-Puro quase tão antiga quanto os Kuran. No início da monarquia, os Asamiya haviam lutado contra minha família para obter o poder e serem reis; e por séculos a luta estivera nivelada até que inesperadamente a outra família recuou.

A estirpe estava desaparecida havia tantos anos que os vampiros até os consideraram extintos, mas ali estava Kira para provar que eles nunca estiveram tão vivos.

Não era de se admirar que Aidou estivesse encarando o rapaz boquiaberto.

– Não estou aqui para puxar seu saco como esse loirinho e os outros vampiros daqui, ok? – informou – Vim para esse colégio por um motivo e quando o conseguir, estarei partindo para nunca mais voltar.

Provavelmente seria neste momento que eu colocaria aquele vampiro arrogante no lugar dele, fazendo-o reconhecer a mim como o Líder daquele lugar e a quem deveria se dirigir com muito mais cuidado e respeito enquanto estivesse sob o meu teto; mas os motivos dele me interessavam mais do que fazê-lo sair do meu escritório cuspindo os dentes.

– E o que seria este item que você deseja conseguir? – perguntei, recostando-me em minha poltrona muito casualmente.

Kira deu de ombros.

– Nada com que deva se preocupar, Kaname – respondeu evasivo, preparando-se para levantar.

Sorri malignamente para ele, e a visão o fizera travar na metade do movimento.

– Provavelmente devo, pois se o que procura está neste território, o meu território, significa que me pertence agora.

O sorriso arrogante dele se tornou duro e cruel. Outro vampiro teria sido intimidado e teria recuado, aceitando o que quer que ele quisesse, mas não eu.

– Você não vai querer, Kuran, acredite em mim. Provavelmente irá agradecer a mim por leva-la daqui.

Levei meu tronco para frente lentamente e apoiei os braços sobre minha escrivaninha.

Parece que Kira Asamiya não é tão bom quanto acredita ser...

Abri um sorriso calculado e vitorioso.

– Leva-la – citei – Significa que se trata de alguém ao invés de algo… mais precisamente uma garota.

O vampiro não parecia mais tão autoconfiante quanto estava no momento em que adentrara meu escritório, mas não era de se surpreender, era bom em colocar cada vampiro que tentasse desafiar minha posição em seu devido lugar.

Sua boca agora era uma linha preocupada, os olhos já não brilhavam tanto quanto antes, pareciam quase sólidos.

– Sim, é uma garota – confessou – Mas ela não é uma garota qualquer, e como regra ela não tem problemas comuns; na verdade, são os piores que pode imaginar.

Esfreguei o queixo teatralmente, fingindo pensar.

– Uma garota incomum... Provavelmente deve estar falando de Hime, estou certo?

Ao contrário do que eu esperava, um canto dos lábios dele se elevou levemente em um pequeno meio sorriso carinhoso.

– É o nome que ela está usando? – ele parecia impressionado.

Ele não parecia tão preocupado em me informar que quem ele buscava era a jovem Hime, provavelmente supondo erroneamente que eu não me importaria com o destino da garota ou o que quer que acontecesse a vida dela – e se fosse qualquer outra garota da Day Class, provavelmente não me importaria mesmo.

– Sim. Mas me diga, Kira, o que Hime tem de tão especial?

O sorriso dele se desfez lentamente. Ele me avaliou de cima a baixo, desconfiado.

– Para que você quer saber, Kuran?

– Curiosidade...

Dessa vez quem abriu um sorriso vitorioso fora ele, tornando seus olhos azuis ainda mais intensos.

– Está subestimando minhas habilidades de percepção, Kuran – ele se inclinou um pouco mais para frente como se fosse me contar um segredo – Acha que não notei as leves mudanças em sua postura e seus olhos assim que a descrevi? Você não só a conhece, Kuran... Meu palpite é que tem algum interesse nela.

Fiz uma falsa expressão divertida e interessada, embora eu estivesse surpreso por ele ter uma atenção tão minuciosa, olhando para sua expressão poderiam até dizer que não.

– Talvez eu tenha... Talvez eu não tenha...

– Seria melhor para você se não tivesse, levando em conta que é com sua irmã que deve se casar.

Suas palavras foram como um tapa forte no rosto, mas não me permiti vacilar.

– Em nenhum momento afirmei ter interesses amorosos por Hime, esta é uma suposição sua. Talvez eu só esteja curioso para saber: o que ela tem de especial? O que você tem a ver com isso? E porque eu permitiria que você se estabelecesse em meu dormitório apenas para conseguir leva-la daqui?

– Não é da sua conta... Não é da sua conta... E porque eu sou um Asamiya, um Sangue-Puro – respondeu arrogante.

Eu sorri cruelmente.

– Cuidado com as palavras, Asamiya, este é seu último aviso. E seu sobrenome não vale de nada aqui.

Kira revirou os olhos, dando pouco crédito a minha ameaça – e ele tinha muita sorte por ter informações sobre Hime que me interessavam, senão ele já estaria cuspindo o próprio sangue havia muito tempo.

– Não sabia que os Kuran eram tão sensíveis...

– E eu não sabia que os Asamiya não tinham qualquer resquício autoproteção, levando em conta o que está me pedindo. Se eu permitir que você fique, terá que responder a mim como seu mestre, entende?

– Entendo, mas não vou. Os Asamiya não respondem a ninguém, muito menos aos Kuran.

Abri um sorriso cruel. Algo em Kira realmente me atiçava a tentar uma vitória verbal antes de uma surra que o ensinaria a manter a boca fechada se não souber se dirigir com respeito a um Kuran.

– Então terá que arrumar outro lugar para ficar, Asamiya. Agora saia do meu escritório antes que eu perca minha paciência e o jogue para fora da Academia Cross sem alguns pedaços do seu corpo. – e voltei minha atenção aos papéis que eu havia desistido de ler.

Kira riu mortalmente, como se achasse a ideia absurda – e eu estive muito próximo de levantar, mas sabia que seria um desperdício de energia quando o resultado daquela batalha já estava definido. Havia algo na Academia Cross que ele queria muito, e eu a tinha.

– Oh, Kuran, enquanto sua família perdia tempo cuidando de burocracia e politica, os Asamiya se dedicavam ao treinamento para se tornarem grandes guerreiros. Os vampiros de hoje amoleceram, são civilizados demais para vencerem uma batalha contra a minha estirpe.

Contive minha vontade de gargalhar.

Ele estava me desafiando?

– Mas eu não procuro confusão, Kuran – acrescentou, como eu já esperava – Por mais abominável que seja me curvar diante de um Kuran, vou fazê-lo... Minha missão é mais importante que meu ego.

Sorri maliciosamente com o já esperado triunfo, mesmo que eu não confiasse plenamente em sua submissão.

– Agora me conte o que Hime tem de especial – exigi.

Kira abriu um sorriso maligno e misterioso, colocando-se de pé.

– Não tenho ideia… mestre – respondeu sardônico, a última palavra saindo com dificuldade – Agora se me der licença, preciso me estabelecer em meu novo quarto.

Ele não esperou que eu respondesse, não perdendo sua arrogância, como esperado.

Kira me deu as costas e saiu a passos largos, sem olhar para trás. Submeter Kira Asamiya a mim seria mais outro desafio, mas que eu tinha o prazer de enfrentar – eu sempre conseguia o que queria, e Kira veria que manter sua postura audaciosa comigo não seria tão fácil, independente de seu sobrenome ou o quão bom guerreiro ele acreditava que fosse.

Eu o dominaria, ele relutando ou não.

– O que você acha disso, mestre? – perguntou Aidou inesperadamente, fazendo-me lembrar de sua presença – O que um Asamiya poderia querer com a Hime?

Balancei a cabeça, pensativo.

– Eu não tenho ideia, Aidou, mas meu palpite é que Hime tem algo muito importante nela que o interessa, e eu quero descobrir o que é. Eu não irei deixar que ele a leve sem saber quais são as intenções dele.

Não o deixarei leva-la independente das intenções dele.


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Notas finais do capítulo

Aviso importante: Se eu não postar mais capítulos foi porque a YuukiKuran matou a Hime hehehehe Brincadeira u.u coloquei ela num lugar seguro hihihi
Enfiim, o que vocês acharam do capítulo? O que será que o Kira Asamiya quer com a Hime? O que a Hime deve ter de diferente? Quem será que ganha a luta, Kira ou Kaname? Dúvidas, dúvidas...
De uma coisa eu sei, Kira não vai ser um vampiro fácil de conviver... Mas isso vocês puderam notar pelo jeitão todo marrento dele hehe
Não se esqueçam de responder minha pergunta sobre a mordidinha, hein! >.>