Meu Pequeno Amor escrita por FireboltVioleta


Capítulo 30
Conclusions


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoas!
Bem vindo ao penúltimo capítulo de Meu Pequeno Amor!
Desde já, gostaria de agradecer á todas as pessoas que acompanharam - e acompanham - a fic até agora.
Vi Dramioners e Romioners juntos pela primeira vez com as mesmas opiniões, sem conflitos e brigas, e foi uma coisa muito gostosa de ver *u*
Assim como vários dos leitores, também estou com o coração pesado por terminar a fanfic. É como uma filha da qual irei me despedir em breve :(
Mas a alegria vai imperar, já que conheci novas e maravilhosas pessoas no decorrer da fic, e finalmente decidi que, no ano que vem, farei uma segunda temporada! :D
Espero que gostem dos últimos capítulos!
Boa leitura!



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RONY

Tudo, para meu completo alívio, estava voltando ao curso normal outra vez.

Após a conclusão do caso de Hermione, finalmente liberaram a visita do Sr. e Sra. Granger á filha recém-recuperada.

Antes isso – Harry me contara – eles haviam sido notificados para não terem contato com ela, para que sua forma criança não tivesse nenhum conflito ou confusão, que originasse seqüelas em sua forma adulta.

Eu não parava de sorrir enquanto meus futuros sogros não paravam de nos abraçar e conversar conosco. A pobre Sra. Granger ficou horrorizada quando soube do seqüestro de Hermione, mas também não podia estar mais feliz pelo reencontro.

– E então? – o Sr. Granger brincou – acho que você teve bastante tempo para arranjar esse casamento, não é?

Hermione guinchou, fuzilando o pai com os olhos.

– Pai, qual é! eu estava com quatro anos!

Todos riram. Hermione fechou a cara para mim, mas não agüentou a atmosfera humorada e riu também.

Na verdade, passamos quase os três dias seguintes após a reversão colocando toda a nossa vida em ordem outra vez – e isso incluía a data marcada para nosso casamento, além de todos os arranjos.

Beijei o rosto de Hermione, apertando sua mão. Ela lançou-me aquele sorriso alegre e carinhoso, do qual eu tanto sentira falta naquelas semanas anteriores.

Mas, ao mesmo tempo, senti uma pontada de culpa por ter sacrificado aquela sua personalidade tão adorável e meiga de sua forma infantil. Eu ia sentir muita falta de sua versão criança... das gracinhas, da boca-dura, das brincadeiras, do seu peso quase inexistente em meu colo, daquele sentimento fraternal que me corroera de modo cruel e maravilhoso naqueles dias.

Hermione parecia perceber isto, pois afagou a mão com o qual a segurava, sorrindo de modo compreensivo.

É, eu realmente ia ter saudades da minha pequenina menina.

Porém, não podia estar mais alegre por ter minha noiva, meu verdadeiro amor, de volta em minha vida.

Draco viera, para surpresa geral, nos visitar no dia seguinte. Manteve-se silencioso todo o tempo em que Oliviene – que o acompanhava, talvez pela mesma curiosidade que o trouxera – conversava conosco, tentando garantir que Hermione estava realmente se recuperando sem nenhum lapso de memória.

– E então, Draco? – Hermione comentou inesperadamente, parecendo sem graça – liberaram você das ações comunitárias?

Draco ergueu o olhar para mim, suspirando.

Franzi o cenho. Senti uma contração estranha no estômago, como um assomo de cumplicidade.

O garoto tinha feito tanta coisa por mim e por Hermione que era impossível ignorá-lo agora.

Não chegava a ser uma amizade, claro.

Mas estava começando a chegar perto.

– Diminuíram a pena – Draco respondeu, parecendo evitar olhar Hermione – em vez de quinze, vou ter apenas mais dez anos.

– Que bom – falei, para surpresa de Malfoy. Eu estava sendo sincero, para minha própria perplexidade.

– Está ótima mesmo, Hermione – Oliviene pareceu querer desviar-nos da atmosfera estranha que pairava na sala – a reversão foi mesmo um sucesso.

– O que vai fazer agora. Draco? – Hermione revirou os olhos. Não parecia anda disposta a ficar sendo adulada por Oliviene.

– Sei lá – ele deu de ombros – continuar cumprindo a pena comunitária – ele hesitou antes de continuar – esperar meus pais saírem de Azkaban.

– Não poderiam reduzir a pena dos pais dele? – perguntei.

Oliviene pestanejou. Parecia estranhar a inusitada onda de compaixão que estava vendo em nós dois.

Ela não tinha culpa. Eu mesmo nunca me acostumaria a sentir simpatia por Draco Malfoy.

– Talvez... – ela dedilhou a mesa de centro – quem sabe, Rony. Posso conversar com Kingsley e pedir uma reavaliação da condenação. São outros tempos, afinal. Já se passaram dois anos desde a guerra.

Draco arregalou os olhos, me encarando com uma expressão mista de esperança e gratidão, mas não falou nada.

Eu compreendia... afinal, eram duas emoções com o qual ele definitivamente não estava acostumado a lidar.

Para meu maior espanto, quando Malfoy e Oliviene deixaram a Toca, eu quase me senti chateado por Draco ter ido embora.

Eu tinha que deixar de ser cabeça-dura, e ficar alimentando preconceitos que se haviam se arraigado em mim nos anos anteriores.

O garoto estava mudado. Não podia continuar julgando-o por coisas do passado.

E eu finalmente sabia que, apesar de não parecer, Draco Malfoy ainda tinha o potencial de ter um grande coração um dia.

Mas estas reflexões confusas podiam esperar.

O que me interessava agora é colocar em dia todo o tempo perdido com a versão crescida e dissimuladamente estonteante de minha noiva.

Mas os planos da noite foram momentaneamente suspensos, quando uma coruja branca entrou no nosso quarto de supetão, fazendo Hermione – que, naquela hora, estava me fazendo rachar de rir com um desfile de sua nova lingerie cem por cento “me agarre se puder”– dar um pulo em cima de mim e se agarrar ás minhas costas como um coala assustado.

– Calma. Ela fareja o medo – falei, fazendo Hermione rir, envergonhada, enquanto tirava da pata da ave uma carta de pergaminho lacrada.

– De quem é? – Hermione deitou a cabeça em meu ombro, enquanto a coruja voltava a sair pela janela.

– Do St. Mungus... – franzi o cenho, chocado – Ala Psiquiátrica.

Entreolhamos-nos.

– Pandora.

– Sem dúvida. O que aquela maluca quer?

– Rony! – Hermione me censurou – a mulher está doente!

– Credo, estou brincando – me encolhi, abrindo a carta e puxando o pergaminho, começando a lê-lo.

A Ronald Weasley e Hermione Granger,

Sei que provavelmente não irão querer receber esta carta, nem dar crédito ao que está escrito aqui, o que eu compreendo bem. Mas precisava, mesmo que não pessoalmente, contatá-los.

Queria, de coração, agradecer por terem me impedido de cometer um erro do qual eu e minha família iríamos nos arrepender eternamente.

Se eu estivesse em minha sã consciência – coisa que não estive nos últimos meses - nunca teria feito o que fiz.

E vocês, que poderiam ter me condenado e me punido – como talvez eu merecesse –foram bondosos o suficiente para tentarem me ajudar. Só posso agradecer por terem me dado esta nova chance.

Graças á ajuda de vocês, estou me tratando bem. Eu estava realmente doente, tanto de mente quanto de corpo, e precisava de uma ajuda que eu julgava impossível.

Sei, agora, que nunca tiveram culpa alguma com o que aconteceu com minha irmã. Eu não tento justificar o que fiz pela minha condição, e realmente imploro pelo perdão de vocês. Lilá jamais me perdoaria pelo que fiz.

Vamos poder recomeçar nossas vidas graças á clemência de pessoas que, agora, eu vejo como são realmente maravilhosas.

Espero um dia reencontrá-los quando estiver curada. Vocês me deram uma nova saída, e quero poder retribuir no futuro.

Pandora Brown

Hermione me fitou, erguendo a sobrancelha.

Senti minhas entranhas se remexerem.

– Caraca... assim eu me sinto quase culpado.

– Ela é uma boa pessoa, Rony – ela suspirou – uma pessoa boa que sofreu coisas ruins – Hermione mordeu o lábio – espero que ela consiga se recuperar.

– Também espero – beijei seu ombro, fazendo-a sorrir – ia gostar de vê-la no casamento.

Hermione arregalou os olhos com uma expressão psicótica, mas ri quando percebi que estava fingindo.

– Podíamos convidá-la, quando estiver melhor.

– E o Draco.

Revirei os olhos quando o queixo de Hermione caiu.

– Qual é... é o mínimo que podemos fazer pelo garoto, depois do que aconteceu....

– Não, tem razão... é uma boa idéia – Hermione baixou o olhar.

– Mas..? – acrescentei.

– Mas não sei se ele iria... Draco também tem que botar a cabeça em ordem, não acha – ela bufou – que droga, por que esse garoto foi se meter nessa bagunça toda?

– Eu acho que sei – afaguei suas costas, abraçando-a – alguém achou que ele merecia uma segunda chance, não era?

– É – Hermione assentiu, sorrindo – e parece que valeu a pena.

– “Tudo vale a pena, quando a alma não é pequena” – brinquei.

– Ah, cala a boca, Rony – Hermione concluiu, se jogando em cima de mim como uma pantera.

Enquanto sentia o beijo apaixonado daquela garota maravilhosa, fiquei pensando em como minha vida tinha se tornado uma completa e fantástica montanha-russa.

Havia conhecido partes de Hermione que nunca pensara existir em sua breve permanência como criança. Compreendera melhor seus medos, seus pensamentos e suas esperanças. Parecia, finalmente, estar compreendendo cada vez mais a personalidade plural e fascinante da garota com quem, em breve, passaria o resto de minha vida.

E o que eu mais poderia pedir?

Eu sabia que, em vista de sermos nós, era provável que as surpresas jamais acabariam.

Mas, desde que fosse sempre ao lado de Hermione, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até o fim de minha vida, com certeza seria uma jornada emocionante.

Eu estava finalmente feliz.

Mesmo que o destino me reservasse novos desafios, eu me manteria firme.

E amaria minha futura esposa por quanto tempo o futuro me permitisse.

Tudo ficaria bem.


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Notas finais do capítulo

Então? Comentários? *u*
Beijos e até o último capítulo!
Nos vemos lá! :D