A.l.é.x.i.a escrita por Gwen Stacy Parker


Capítulo 6
Wedding Bomb


Notas iniciais do capítulo

Oie, leitores diwos!
Primeiro: infinitas desculpas pela demora! Gwen e eu estávamos com uns probleminhas, por isso demoramos tanto tempo para postar! Mas... AQUI ESTÁ O CAP! Uhuuuuuulll!
Aproveitem e não se esqueçam de comentar!
Ah, leiam as notas finais, pessoal!



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→Natasha←

–Nova Iorque. 2015. Times Square-

–Não. Troca- falei, fazendo um movimento reprovador com a cabeça. Pepper estava provando vestidos para o casamento e eu já estava meio impaciente, não conseguimos achar nada que encaixasse perfeitamente e fosse deslumbrante. Pelas minhas contas, esse deve ter sido o oitavo vestido que ela experimenta... Não aguento mais vestidos brancos!

–Acho que vou casar de burca- Pepper falou chateada, voltando para o provador. Revirei os olhos com o exagero dela e esbocei um sorriso simples.

–Você vai achar algo- falei, tentando animá-la. Talvez- com certeza- animar as pessoas não seja meu forte, mas, eu faço o que posso.

–Espero- sua voz soa abafada de dentro do provador, mas logo vejo uma fresta da cortina vermelha abrir-se e metade do seu rosto ficar para fora- Vou me trocar e então vamos embora, tá?

–Claro- sorrio e ela some novamente dentro do provador. Passo os olhos por todo o extenso corredor branco com dourado, luxuoso ao mesmo tempo que clássico. A loja, das mesmas cores, é enorme, com diversas araras com cabides delicados e mil e um tipos de vestidos de noiva. Ao entrar, há uma fila de vendedoras vestidas formalmente à sua espera, de modo que você tem um atendimento vip por toda a sua estadia na loja. Champanhe à vontade, televisões modernas, aparelhos de som discretos e no volume certo, sofás luxuosos e puf’s de pele. Sim, é possivelmente a loja mais cara de Nova Iorque.

Reconheço a melodia de uma ópera russa que tocava quando sinto meu celular vibrar em meu bolso. Pego-o e encaro a tela, percebendo que é uma mensagem de Steve.

“Nat, já estão voltando? Tony e eu estamos na Torre, que tal sairmos para um jantar de casais?”

“Jantar de casais? Casal... Então nós somos um casal?!” Penso e, sem controle, sinto minhas bochechas esquentarem, o que me faz balançar a cabeça. O que está acontecendo comigo? Eu nunca coro... Nunca mesmo!

“Sim, já acabamos por hoje. Okay, até daqui a pouco.”

Respondo a mensagem e então a releio: talvez eu tivesse que ter negado o fato de sermos um casal... Talvez não... Quer saber, está ótimo!

Guardo o celular no bolso novamente, porém, antes mesmo de coloca-lo por completo dentro do bolso, o mesmo apita novamente. Começo a imaginar a resposta de Steve, porém, ao olhar a tela, percebo que a mensagem não é dele, aliás, é de um número não identificado:

“Пора”

Instantaneamente, olho ao meu redor, procurando alguém com o celular na mão, porém, a única coisa que vejo são algumas mulheres vestidas de noiva me encarando como seu eu fosse uma psicopata. Quem me mandaria uma mensagem em russo, ainda mais dizendo “é hora”? Começo a pensar em alguma resposta para isso, porém, escuto um barulho estranho, semelhante ao de um relógio. Olho para cima e então dou de cara com um relógio dourado pendurado na parede. Solto um suspiro aliviado, porém, continuo ouvindo o som, agora mais rápido. Agacho-me perto de uma das saídas de ar escondidas no chão e gelo na hora. O barulho ritmado e acelerado vindo de lá de dentro só me faz lembrar de uma coisa: bomba.

–Pepper! Saia da loja! Todos saiam da loja!- começo a gritar o mais alto que posso, fazendo com que os seguranças se aproximem e todos da loja me encarem confusos. Pelo canto do olho posso ver Pepper sair do provador rapidamente, ainda calçando um dos saltos e fechando o zíper da jaqueta.

–O que foi Natasha?- ela questiona atônita e atenta, olhando fixamente para mim.

–Tem uma bomba aqui!- grito novamente, fazendo todas as mulheres presentes na loja correrem desordenadamente em direção à saída. Sinto Pepper puxar meu braço na mesma direção, porém, afasto sua mão.

–Onde está a bomba, senhorita?- um dos seguranças perguntam e eu balanço a cabeça negativamente.

–Deixem que eu cuido disso- falo e os encaro do modo mais manipulador que consigo. Logo eles concordam veemente com a cabeça e vão para a saída da loja. Foi mais fácil do que pensei. Percebo que Pepper permanece ao meu lado, e então abro a boca para falar algo, mas sou imediatamente cortada por ela.

–Não cuida não, vamos sair- ela fala e volta a puxar meu braço.

–Preciso ver se tem mais alguém aqui- falo e ela me encara, desacreditada.

–Todos já saíram! Os seguranças confirmaram isso!- ela retruca firme e então volta a andar para fora da loja, comigo em seu encalço, ainda não totalmente conformada. Faltando uns dois metros para sairmos da loja, escuto a explosão atrás de mim e instintivamente impulsiono Pepper para frente com o máximo de força que consigo. Vejo-a cair longe o suficiente, e então, sinto meu corpo ser impulsionado violentamente para frente.

Ao impactar com o chão, rapidamente levanto-me zonza e sem conseguir enxergar direito devido à grande quantidade de fumaça. Ao finalmente conseguir-me firmar em pé, ouço um barulho abafado e então sinto uma dor aguda no meu abdome, caindo de joelhos no chão. Instantaneamente coloco as mãos no local e abaixo a cabeça, constatando que havia levado um tiro. Coloco uma das mãos dentro do buraco da bala e então tento puxá-la, soltando um grito abafado. Busco um pouco de ar puro, sem fumaça, e então volto a tentar retirar a bala. Ao conseguir tocá-la respiro fundo e retiro-a de uma vez, mordendo meu lábio inferior para não gritar novamente, sentindo meus olhos lacrimejarem.

Pisco desnorteada e encaro a bala. Munição soviética.

Faço toda a força possível para colocar-me em pé novamente, mas vejo uma sombra mal delineada através da grossa cortina de fumaça. Tento arrastar-me até lá, porém, ao ficar de joelhos, sinto uma nova dor, mas dessa vez não tão aguda. Olho para meu ombro esquerdo e vejo algumas linhas finas de sangue escorrerem por ele. Outro tiro, mas dessa vez de raspão.

Fecho os olhos numa tentativa de acalmar a dor, mas vejo a sombra aproximar-se, dispersando um pouco da fumaça. Estreito meus olhos para tentar enxergar melhor e então prendo a respiração. Yelena Belova, a Viúva Negra (a substituta, na verdade).

–Romanoff- ela abre um sorriso enorme, encarando-me de maneira vitoriosa. Loira de cabelo cacheado até os ombros, olhos azuis fortes, pele branca e o uniforme completamente igual ao meu.

–Belova- Grunhi e então parti para cima dela, dando um soco em seu rosto. Ela recuou um pouco tonta, mas então volta cambaleante, tentando me dar um chute na barriga. Desvio e então cambaleio para trás, sentindo a dor novamente me atingir. Tento equilibrar-me mas não obtendo sucesso, impactando com o chão novamente. Vejo ela se aproximar e então recuo, mas ela segura minhas pernas.

–Isso é só um aviso, nós perseguiremos você- ela diz ofegante, com o canto da boca sangrando- É melhor ir embora, Romanoff.

Assim que ela termina de falar, puxa minhas pernas, fazendo-me gemer de dor. Fecho os olhos por um segundo e sinto uma lágrima escapar. Abro-os novamente e então, encaro o piso branco. Levanto meu olhar e procuro a Belova, sem sucesso. Ela havia desaparecido, mas sem se esquecer de dar o recado.

Pisco, devido a minha visão embaçada e procuro a sombra de alguém por entre a fumaça. Logo vejo uma sombra correr em minha direção, mas não sustento meu olhar por muito tempo. Fecho os olhos um pouco e então sinto alguém ao meu lado, colocando as mãos na minha cabeça.

–Natasha!- reconheço a voz de Pepper e então abro uma pequena fresta dos olhos, encarando-a.

–Pepper...- sussurrei rouca e então ela arregalou levemente os olhos ao encarar os ferimentos em meu abdome e ombro.

–Meu Deus... Fique com os olhos abertos, está bem?- ela falou um pouco perdida, e então eu concordei levemente com a cabeça, vendo algumas pessoas se aproximarem. Tombei minha cabeça para o lado e então comecei a vagar por entre meus pensamentos, que agora se resumiam em um: não fechar os olhos.

→Steve←

–Aposto cem dólares que sim!- Tony falou e eu abaixei a cabeça, balançando-a.

–Stark, Natasha e eu não temos nada- reafirmei, mesmo não acreditando totalmente em minhas próprias palavras.

–Você convidou ela para um jantar de casais! Você auto intitulou vocês como um casal!- ele retrucou e eu encarei-o, sem ter o que responder. Droga!

–Okay, Stark, eu sinto alguma coisa pela Natasha! Mas não vá sair falando para Deus e o mundo- confessei, um pouco encabulado.

–Ahá! Eu sabia! Passa a grana- Tony se exaltou, estendendo a mão em minha direção com um sorriso presunçoso e vitorioso. Eu estava pronto para retrucar, mas uma voz eletrônica barrou-me, chamando a minha atenção.

–Senhores, a senhorita Potts e a senhorita Romanoff chegaram- JARVIS avisou, com o tom cordial de sempre.

–Obrigado, JARVIS- Tony agradeceu e então eu pude ver um brilho em seus olhos, mas esse lampejo de que Tony Stark é um ser humano acabou no exato momento em que ele virou-se para mim com um olhar completamente malicioso- Você ama a Natasha, quer namorar ela, tran...- ele começou a cantarolar e então eu arregalei os olhos.

–Calado!- mandei esbaforido e Tony gargalhou. Revirei os olhos- Você é tão infantil.

Eu não podia negar, o fato de Natasha estar na Torre fazia meu coração praticar um solo de bateria e meu estômago embrulhar. Estava parecendo um garotinho que acabou de descobrir o amor, mas era inevitável o desejo que eu sentia por ela, o que eu sentia perto dela era forte demais e foi por isso que a beijei no ringue, aquele dia.

Não queria mais reprimi-lo.

–A senhorita Potts está chamando os senhores e o Doutor Banner na ala hospitalar- JARVIS notificou novamente. Stark olhou para mim sem entender e eu apenas levantei os ombros, num claro sinal de que não sabia o que estava acontecendo. Instantaneamente percebi algo diferente nele, e logo compreendi o que era: a preocupação de algo ter acontecido com Pepper. Eu, provavelmente, estava parecido, mas era relacionado à outra ruiva.

–O que aconteceu?- ele perguntou hesitante, com as mãos levemente trêmulas. Nós dois ansiávamos pela resposta, mas também tínhamos medo dela.

–A senhorita Romanoff levou um tiro.

Essas palavras foram o suficiente para me fazer pular do sofá e correr o mais rápido que podia para o elevador, com Tony ao meu encalço. Não, não, não, não! Por favor, que Natasha não morra ou algo parecido. O desespero estava entalado na minha garganta e os segundos em que desci os 10 andares pareciam séculos. Tony não podia falar nada também (ou não queria) e eu somente conseguia ouvir sua respiração alta e rápida. Contei os segundos mentalmente, um exercício para tentar manter a calma.

Após 30 segundos a porta do elevador abriu e eu disparei em direção à ala hospitalar. Logo encarei através da porta de vidro e vi Natasha sentada na maca pressionando uma ferida e Pepper a outra. Não havia sido só um tiro, mas sim dois. Os panos estavam vermelhos e mesmo levando dois tiros, Natasha estava bastante alerta (embora ela demorasse alguns segundos a mais para abrir os olhos quando piscava).

Logo abri a porta afoito, atraindo os olhares para mim.

–Está tudo bem?- perguntei e me ajoelhei perante ela.

–Uma bala não vai me derrubar- ela disse com um riso e voz fraca, logo depois soltou um gemido- Ou duas.

O bipe do elevador ecoou e de lá saiu um Bruce Banner com respiração acelerada e blusa amassada.

–Calma aí, grandão, não queremos um Código Verde- ela implicou fazendo um baita de um esforço para falar. Isso me deixava cada vez mais angustiado, apesar de estar mais aliviado por vê-la bem, dentro do possível.

–Já vou aplicar a anestesia- ele avisou e correu para uma mesa cheia de seringas. Natasha ergueu um pouco a cabeça e então abriu os olhos o máximo possível.

–Não!- ela o interrompeu, soltando uma lufada apertada de ar- Sem anestesia, já passei por coisas piores.

Assim que Natasha falou isso, Bruce abaixou a cabeça, voltando para perto da maca e abandonando a seringa junto às outras. Pepper se soltou de Nat e correu para Tony, que a recebeu de braços abertos e olhos preocupados pelo corte razoavelmente grande que começava perto do olho direito e ia até um pouco menos que o meio da testa. Eu permanecia ajoelhado à sua frente, e então, por impulso, agarrei sua mão. Ela voltou o olhar para mim lentamente, com algumas lágrimas beirando suas orbes verdes. Porém, não sibilou nem mesmo uma letra, somente fechando os olhos e colocando sua cabeça para trás.

Natasha não disse com todas as letras (nenhuma, para ser exato), mas todos nós nos entreolhamos e compreendemos o que ela quis dizer: KGB. Ela nunca havia me contado em todos os detalhes, mas todos sabíamos como a KGB foi horrível com ela.

Logo Bruce começou a examiná-la, e então fez algumas caretas estranhas e ajeitou o óculos nervosamente, deixando-me mais alerta.

–Ela perdeu muito sangue. Os tiros passaram raspando na costela e na clavícula, de acordo com o raio X, mas a boa notícia é que o seu soro tem um pequeno fator de cura, então já começou a reparar. JARVIS, abra o compartimento reserva de cada Vingador- Bruce pediu mexendo copiosamente em alguns papéis e então levantou-se da cadeira. O acesso para esse compartimento era por peso e mais outras coisas (caso aquelas pessoas que se transformam quiserem entrar).

Passamos o procedimento todo em silêncio, ninguém tinha coragem de falar nada. Depois de voltar, ele conectou a bolsa de sangue no braço dela, começou a desinfetar e depois os pontos. Às vezes ela suspirava, mas até na desinfetação, ela não gemeu de dor. Não quero nem imaginar a dor que ela sentia na KGB. Com razão, Pepper olhava para Natasha assustada.

–Como isso aconteceu?- Stark perguntou quebrando o silêncio que se instalara. Percebi que Natasha não falaria nada, então encarei Pepper, que mantinha a cabeça apoiada no ombro de Tony.

–Foi tudo de repente... Eu estava dentro do provador quando a Nat começou a gritar que tinha uma bomba dentro da loja. Quando nós estávamos quase saindo a bomba explodiu- ela deu uma pausa, tossindo- Ela me empurrou para fora, então recebeu o impacto praticamente sozinha.

–E os tiros?- questionei ansiado, sentindo a mão fria de Natasha apertar levemente a minha.

–Eu não consegui ver, tinha muita fumaça- explicou, encarando-me como se pedisse desculpas. Dei-lhe um sorriso leve e então voltei minha atenção à Natasha, que permanecia de olhos fechados.

–Pronto- Bruce anunciou afastando-se de Natasha, que abriu os olhos lentamente. Assim que nossos olhares se cruzaram vi seu rosto suavizar-se, fazendo-me relaxar. Agora eu podia ter a certeza de que tudo ficaria bem.

–Sua vez- Bruce falou, olhando para Pepper, que balançou a cabeça negativamente.

–É só um corte, não precisa- ela respondeu em tom de agradecimento, parecendo que queria sair dali o mais rápido possível.

–É grande demais para cicatrizar sozinho- Bruce falou, encarando-a. Pepper insistiu, balançando a cabeça negativamente com os olhos claros estranhamente atentos e desesperados. Senti que havia algo errado, e tenho a certeza de que não somente eu, mas Tony e Bruce também.

–Aconteceu mais alguma coisa?- Tony questionou à ela, com o tom mais afirmativo do que interrogativo. Pepper permaneceu calada, abaixando a cabeça. Levantei-me cuidadosamente, sem soltar a mão de Natasha, que mantinha a cabeça para o lado. Constatei que ela havia dormido no exato momento em que Bruce olhou para ela e relaxou.

–Enquanto esperávamos vocês, eu recebi uma mensagem, ameaçando todos nós- Pepper contou, com os olhos marejados. Tony e eu trocamos olhares rapidamente, tendo uma leve ideia de onde poderia ser essa mensagem.

–E quem enviou a mensagem?- Tony questionou, tentando passar tranquilidade para ela, que olhou um por um, parando seu olhar em Natasha, que dormia serenamente com nossas mãos entrelaçadas.

–H.I.D.R.A.


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Notas finais do capítulo

E então, gente?! Comentem aí!
Ah, uma coisa: nosso RPG!
Cadê as MP's querendo participar, pessoal?! Participem! É só enviar uma MP ou para mim ou para a Gwen!
Beijocas, queridos