Os vampiros que se mordam escrita por Gato Cinza


Capítulo 23
Razões e emoções




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Taan – Universo Paralelo á Terra

As dezoito altas cadeiras do salão dos conselheiros sempre havia incomodado a rainha, tinha a impressão eterna de que os antigos ocupantes permaneciam ali, sentados, olhando severos para cada gesto ou pensamento que ela tivesse. Ainda agora, mais de cem anos após á primeira vez que estivera sentada ali ao lado do tio aprendendo á lidar com os lideres das tribos, Lumina Aurie, ainda se sentia uma criança sendo observada por avós zangados com alguma travessura. Mas isso não interferia em sua capacidade lógica de pensar, era a soberana de um reino que estava morrendo mais rapidamente que o previsto e que desejava salvar seu mundo sem ser responsável pela destruição de outro mundo.

– É inaceitável que vossa majestade permaneça em estado de silêncio diante do caos em que nosso mundo se encontra

A rainha manteve os olhos fixos á frente, para uma runa que simbolizava Paciência. Era irônico que aquela runa estivesse entalhada no salão dos conselheiros, pois era obvio que eles ignoravam por completo o significado daquela palavra. Fazia mais de duas horas que estavam em reunião e as únicas palavras que a soberana havia dito até o presente momento fora: “Digam o que desejam”. O porta-voz do conselho era Efraim, o mais eloquente de todos e provavelmente o que menos incomodava, pois embora ele falasse mais que as pessoas estavam dispostas a ouvir, jamais havia causado nenhum dano á ninguém. Muito diferente dos outros que haviam se unido e rebelado contra Aizzah – a regente temporária - e começado a batalha que libertara Q’rey, o pior dos inimigos que podiam ter.

– Efraim – disse a rainha desviando os olhos cor de folha para o elfo moreno – Não há nada que eu possa dizer que você já não tenha dito.

– Pode dizer que vai fazer alguma coisa, que está fazendo alguma coisa.

– E estou, mas infelizmente preciso evitar perigos piores que El-Lir e sua fúria.

– Que perigos são esses, majestade? – perguntou a uma conselheira

– A extinção de nosso povo, Conselheira Tamni, de nada me servirá destruir o inimigo se ele levar todo nosso mundo com ele de volta para o Abismo.

Os conselheiros voltaram a murmúrios apressados e olhares desconfiados á rainha que parecia ter voltado á sua contemplação da runa na parede. A reunião perdurou por mais duas horas quando finalmente concluíram que a rainha não diria nada que fosse relativamente importante para eles, então se retiraram.

– Mentir é errado, Mina – disse Aizzah entrando no salão alguns minutos depois.

– Ouvir conversa alheia também, irmã. Conheço as leis e eu não menti. Na verdade quase não disse nada.

– Omissão deveria ser considerado mentira, tanto qualquer outro meio de distorcer a verdade.

– Anote isso como pauta para a próxima reunião

Mina se levantou saindo do salão e sendo seguida pela irmã pelos longos corredores do palácio.

– Precisamos saber o que está acontecendo na Terra, você passa tempo demais entre os humanos e aqueles parasitas mortos-vivos. As pessoas temem que você esteja sendo influenciada.

– Influenciada para que? Mentir? Manipular? Enganar? Não preciso de influencias externar para fazer essas coisas. Faço o que é preciso para manter nosso mundo á salvo, mas não vou deixar o mundo deles morrer para que o nosso sobreviva.

– Do que está falando? O que há de errado com a Terra?

– Dois problemas chamados Livro da Luz e El-Lir Q’rey, que por acaso pertencem á Taan e que agora estão na Terra porque certa regente deixou que ele escapasse.

– Não o deixei escapar, pensei que ele seria jogado em alguma dimensão vazia ou algum lugar sem magia ou calor suficiente para que sobrevivesse.

– Da próxima vez que pensar em como salvar o mundo, pense nas pequenas chances de seus planos não funcionarem como imaginou. O Livro foi feito para armazenar conhecimento mágico, é claro que ele iria procurar uma nova fonte de magia se fosse jogado em um buraco dimensional.

– Como ia imaginar que isso aconteceria? Eu nem sabia que o livro possuía vida.

– Não é vida, é memória. Vida você destrói, memória não se apaga. Não para sempre.

Aizzah seguiu a irmã que era ao mesmo tempo mais velha e mais jovem, até a claraboia que ficava no meio do jardim subterrâneo, podiam ter usado uma escada como todos faziam, mas a rainha não gostava muito de andar. Não quando tinha asas. Mina havia nascido noventa e sete anos antes de Aizzah e passou cento e quarenta e um anos congelada. Como a média de vida dos elfos em Taan, era de quatrocentos e cinquenta anos Mina parecia ser muito mais jovem que a irmã.

– Para onde vai? – perguntou Aizzah quando a irmã se consumiu em chamas transformando-se em um enorme pássaro flamejante e ergueu voo

– Preciso falar com Yvo, antes de voltar á Terra. Venha comigo.

Aizzah assumiu sua forma alada e seguiu a irmã pelo céu amarelo diurno de Taan. Ali de cima, Mina olhava curiosa para seu mundo, já haviam sido fortes e poderosos, mas o tempo os consumia lentamente. Logo já não existiriam assim como o povo de El-Lir. Mas não pretendia deixar a esperança do seu povo desaparecer, viver o amanhã para eles era no momento melhor que sobreviver o hoje. Da altura em que voava não demorou á avistar a Floresta de Zatarh, aterrissou diante do chalé cercado por um belo jardim de arbustos florido com imensas papoulas prateadas. As mais próximas mudaram para um tom suave de preto quando a rainha passou, Aizzah fez uma careta ao perceber aquilo, o humor da irmã nunca se alterava de “marrom” que indicava harmonia.

– As flores dizem que está aborrecida com algo – comentou a irmã enquanto esperavam a porta se abrir – Vai dizer o que é?

– Não estou aborrecida, irmã. Estou furiosa, á um motivo de congelar tudo. Não compare minhas emoções com das outras pessoas.

A outra apenas assentiu enquanto a porta se abria, baixou a cabeça para não ter que olhar Yvo nos olhos, não gostava do cavaleiro. Ele era... estranho. Tinha cicatrizes visíveis nas mãos e pescoço, devia ter mais por baixo das roupas largas que vestia. Os cabelos platinados que iam até muito abaixo da cintura estavam sempre soltos e os olhos alaranjados como brasa-quente viam mais que apenas o superficial, nunca sorria e gostava de solidão.

– O que achou da bruxa? – perguntou Mina assim que entraram na casa, sem nem mesmo fazer os cumprimentos formais.

– Exatamente o que eu disse, é impressionante para uma terráquea, ainda que bruxa.

– Ele foi conhecer a Bonnie? – Aizzah não evitou perguntar, não esperava que a irmã desse á outra pessoa permissão para ir á Terra.

– Foi sim, considerando que você escuta mais o lado emocional que o racional pedi á alguém de extrema confiança para examinar a bruxa.

Mina havia bloqueado qualquer passagem que pudesse levar alguém de Taan á Terra e vice-versa. Depois do conselho sugerir que matassem qualquer terráqueo com potencial para compartilhar o coração com El-Lir, a rainha decidiu que estariam ambos os mundos mais seguros se apenas ela e pessoas de sua confiança pudessem pular entre as dimensões. E isso evitaria transtornos futuros caso ela não conseguisse destruir o Livro ou El-Lir.

– Acha que ela pode controlar o poder que deve ser liberado caso El-Lir consiga o que quer?

– Não há duvidas que possa. Na verdade depois de ouvi-la com os amigos, compreendi por que El-Lir escolheu ela dentre tantas bruxas e sobrenaturais naquele mundo.

– Por quê?

– Obvio, você e Bonnie Bennett são muito parecidas – disse Aizzah – É como se ela fosse sua versão Terráquea.

– Não somos parecidas, ela é emotiva demais e eu sou muito mais racional.

– Tão racional que pensa no que é melhor para todos antes de decidir entre o certo e o fácil – concluiu Yvo servindo chá a elas – Se sua amiga bruxa tivesse sido criada em Taan e você na Terra, ela seria você e você seria ela.

Mina deu de ombros, de fato não era tão diferente de Bonnie. Soube disso no momento em que vira a bruxa no Mystic Grill, era como um polo negativo, mantendo todos os outros polos negativos distantes e evitando qualquer contato destrutivo. Como ela Bonnie tinha uma capacidade mágica formidável, que ia além do sobrenatural, era energia viva e perigosa, perigosa demais para ser dividido com Q’rey.

– Tive uma visão ontem a noite, Yvo, a mesma cena. Mais forte e mais real como se a primeira visão estivesse sendo formada e a de ontem já tivesse pronta. Acho que agora não vai ser possível voltar atrás e mudar o destino da Bonnie.

– Creio que já não era antes, majestade. Raramente se pode mudar o futuro previsto, estava no destino dela morrer e já ela morreu. O destino dela agora é o fogo.

– Uma humana? – o tom cético de Aizzah era o bastante para não fazer demais comentários

– Humanos são mais fortes que aparentam irmã, e tecnicamente ela é uma bruxa.

– Por favor, Mina, você apenas se apegou á Bruxa. Em seu lugar eu teria cuidado sobrenatural ou não, ela foi criada com humanos e já vi o que acontece quando os humanos tem acesso á poder. Tornam-se gananciosos e perigosos.

– Tão diferente de nós, não é irmã? Afinal foi pensando no bem do próximo que doze conselheiros resolveram que você não estava mais apta á reinar e começaram a rebelião que libertou El-Lir. Os humanos cometem erros como quaisquer outras criaturas, ganância não é um defeito apenas deles.

Aizzah ficou em silêncio, discutir com Mina apenas á faria se convencer que a irmã tinha razão. Despediu-se e voltou para sua casa, ainda era regente de Taan e precisava cuidar de assuntos do seu mundo que não se resolveriam sozinhos. No chalé de Yvo, a rainha ouvia qualquer som que indicasse algum ouvinte, mas como sempre não havia ninguém nas mediações da floresta com exceção de convidados da casa do jardineiro.

– Ela fica sempre zangada com a ideia de que o legado da família ficará nas mãos de uma desconhecida – comentou

– Seja sincera, majestade, Aizzah tem motivos para pensar que se apegou á Bruxa ou é apenas ciúmes de irmã?

– Gosto da bruxa, mas é apenas um efeito do coração do imortal. Por um capricho do destino o único imortal que achei na Terra era por acaso um conhecido da Bonnie e quanto mais o tempo passa mais sinto uma ligação emocional com ela. Já te expliquei sobre a psicorrealidade que ela criou.

– O universo paralelo existente apenas na mente dela em que ela pode visitar o híbrido que você mantém entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos.

– Não esperava que ela alcançasse a essência dele, afinal Nicolas está preso no vazio, literalmente em lugar nenhum.

– O nome não era Niklaus?

Mina deu de ombros, nunca fora boa com nomes, piorava quando em vez de trocar algumas letras trocava a pessoa. Já havia passado horas coversando com uma mulher chamada Hilza, somente depois fora saber que Hilza estava em outro lugar e que conversara com alguém chamada Monyra.

– Que seja Nicolas, Nicolau, Niklaus, Nicolai é tudo parecido demais. De qualquer modo não tenho culpa se o híbrido e a bruxa são amigos, não posso evitar todos os laços emocionais existentes.

– Não deixe as emoções controlarem sua mente, majestade, da última vez que isso aconteceu passou cento e quarenta e um anos congelada.

– Não se preocupe, único sentimento que guardo é culpa. Nunca devia ter me deixado sentir algo por El-Lir, se tivesse ouvido á razão antes agora isso não estaria acontecendo.

– Não se culpe, era jovem e jovens são impulsivos.

– Nesse caso então culparei vocês, por terem dos guardado em vez de destruído nossos corpos quando ainda éramos estátuas.

– Era o que pretendíamos, mas a Senhora Azura e o Senhor Telloc proibiram que tocássemos em você.

Mina já estava farta de ouvir aquele argumento, sua mãe e seu tio os herdeiros reais de Taan tinham esperanças de trazê-la á vida sem despertar El-Lir, mas nunca tiveram sucesso. Quando o Rei Telloc morreu, tornaram Aizzah a rainha enquanto esperavam pelo despertar de Lumina. Agora o povo élfico parecia arrepender-se de nunca ter destruído os corpos dela e do inimigo quando tiveram chance, pois diferente dos reis e rainhas antigos, Mina não seguia as regras e não compartilhava de suas opiniões e medos.

– Voltarei a Terra – anunciou a ruiva, momentos depois de um incomodo silêncio

– Deve aguardar mais alguns dias, majestade, ainda não recobrou completamente suas forças. E aquela cidade é repleta de... vampiros.

– Sei disso, a cada dia que passo lá me aproximo mais do meu fim, mas ainda tenho tempo suficiente para fazer mais uma estupidez.

– Vai destruir o Livro ou El-Lir?

– O que tiver ao meu alcance. Deixarei o resto nas mãos de Bonnie e seus amigos.

– É arriscado.

– É preciso, não tenho mais alternativas. Não sei se voltarei á Taan, caso esta seja nossa última conversa quero que cuide de minha irmã. Ela se deixa levar por emoções e isso já causou muita destruição em nosso mundo. Se o conselho agir contra Aizzah novamente, pare-os. Não importa como ou á que preço, apenas os impeça de chegarem á Terra.

– Acha que eles fariam isso?

– Destruir outro mundo para que o nosso sobreviva? Eu destruiria, mas nenhuma vida vale mais que a outra. Se o preço pelos erros dos nossos ancestrais for nossa extinção, pagaremos.

Yvo assentiu. Permaneceu imperturbável enquanto olhava a rainha de desfragmentando no horizonte, ela estava voltando á Terra. Quando ela desapareceu ele estalou o dedo, no centro de sua sala de estar surgiu uma imagem em miniatura de Q’rey e Bonnie cercados por uma espiral de pontos-brilhantes que girava lentamente, havia grandes espaços entre um ponto e outro como se a cada segundo um desaparecesse. Eles haviam se conectado quando Q’rey fora lançado em outra dimensão. Yvo suspirou pesarosamente, as esferas de espaço-tempo em torno deles estavam ficando maiores, se continuassem naquele ritmo não seria apenas Taan que iria desaparecer, outros universos conectados á magia podiam ser tragados para o esquecimento também. Mina tinha um objetivo simples, matar qualquer ligação que pudesse fortalecer Q’rey, se ela havia se apegado á bruxa, teria que conviver com mais uma perda. O elfo pegou uma capa e saiu.

Mansão Salvatore, Mystic Falls.

Bonnie mantinha os olhos fixos na chama da vela á sua frente, tinha feito algumas observações sobre a magia de Mina e Q’rey, ambos dependiam de calor. A diferença era que Q’rey usava o que tivesse em seu caminho como fonte de energia, mais recentemente Elena e toda sua estupidez emocional, enquanto Mina se mantinha usuária de calor natural como fonte de poder o canalizando através do coração imortal de Klaus. Por sua vez, Bonnie, não era apenas uma bruxa espiritual – ainda que praticasse mais magia elementar dos espíritos – desde que se descobriu bruxa ela aprendeu magia negra quando se deixou dominar pela raiva, expressão com Shane, magia natural dos viajantes e agora aprendia domínio e conexão. Esses eram os nomes que ela descobriu ser o tipo da magia praticada por Mina, era magia antiga, mais antiga que a magia dos viajantes. O que significava que Caroline tinha razão, Mina e os “cabelos de fogo” não eram humanos.

Passara muito tempo nos últimos dias entre o transe do jardim fantasma onde conversava com Klaus sobre as magias mais antigas que ele conhecia – que não eram muitas – e horas no celular conversando com Elijah que sabia bem mais sobre magia antiga que o hibrido. Sabia que Damon andava preocupado com ela e sua repentina obcessão por “fogo”, não era obcessão, se ela aprendesse se conectar com o calor em vez de simplesmente manipula-lo, poderia atingir o nível de magia praticada pelo inimigo e assim acabar de uma vez por todas com aquela bagunça que Elena estava causando.

Cidades ao redor de Mystic Falls estavam se tornando parque de diversões da vampira e suas copias marionetes, Elena havia entrado em outro estagio de loucura, estava escolhendo á dedo membros para sua “Ordem de Vampiros”, jovens belos e fortes estavam sendo transformados e tinham as mesmas ordens: Matar qualquer sobrenatural que fosse aliado aos Salvatore, com exceção da bruxa Benett. A população da cidade estava sendo absolutamente controlada, não falavam nada e davam seu pescoço á qualquer vampiro que lhe pedisse, Enzo que estava ainda viajando havia sugerido chamar caçadores para controlar a situação, mas por experiência própria Damon e Stefan sabiam o que acontecia quando envolvia humanos – caçadores ou não – em assuntos sobrenaturais. Eles preferiam manter o controle do surto vampiro pessoalmente.

...

Damon olhava Bonnie á distancia, a morena estava tão concentrada em seu objetivo que sequer notara quando ele saíra e voltara para a mansão. Ouviu o timer do microondas e foi pegar o jantar que fizera para ela, na verdade era o que saíra para comprar, hambúrguer com fritas grossas, bacon torradinho, cogumelos grelhados com alho, refrigerante e uma lata de brigadeiro. Colocou a bandeja na frente de Bonnie e assoprou a vela tirando á bruxa do transe temporário ao perder contato com a chama. Ela piscou parecendo de repente exausta, deu um sorriso fraco e se esticou como um gato, ficando em pé e se alongando para recuperar a sensibilidade do corpo.

– Quanto tempo fiquei sentada aqui?

– Umas seis horas e a vela permanece do mesmo tamanho que estava quando começou.

Era uma evolução considerável, já que as primeiras tentativas de se conectar ao fogo apenas a fez incendiar objetos.

– Nove dias e nada – resmungou bebendo refrigerante.

Damon não respondeu, sabia que ela falava da ruiva que ainda não havia voltado, dos cientistas que Enzo manipulavam para encontrar uma cura para o vampirismo – ela contava com aquilo para trazer as pessoas que Elena estava transformado ao normal, não queria matar tantas pessoas por culpa da vampira – e principalmente ela estava muito chateada com si mesma por não conseguir resolver tudo sozinha.

Hummm... Ela fechou os olhos ao encher a boca com batatas fritas.

– Estava morrendo de fome – falou de boca cheia

Em pensar que uma semana antes a ideia de comer tanta coisa calórica a deixaria transtornada, mas agora precisava. Seu corpo precisava recuperar toda energia que gastava com horas de feitiços. Damon a acompanhou em seu jantar sentia-se estranhamente humano na companhia da bruxa, da última vez que se sentira aquele tipo de humanidade ele sequer conhecia a existência de vampiros.

– Que tal um banho de banheira agora? – perguntou o vampiro sem esperar pela resposta.

Fazia aquela pergunta á Bonnie mais por diversão que por sugestão, como ela sempre se recusava a tomar banho com ele, a pergunta havia se tornado mais uma retórica que algo á ser levado á serio. Foi uma surpresa quando a bruxa disse:

– Vamos, mas você prepara o banho.

Damon olhou cético para ela, podia ser uma brincadeira da parte dela.

– Está tudo bem com você? – perguntou cauteloso

– É só carência, mas posso trocar sua companhia por brigadeiro.

Damon carregou a morena nos braços e a levou para cima a fazendo rir sobre o que deviam fazer com o brigadeiro quando fossem para a cama.


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Notas finais do capítulo

Para vocês terem uma ideia da Mina, a imagino com esse rosto:
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