Vampire Heart escrita por Tay Santana


Capítulo 3
2. A beira do controle


Notas iniciais do capítulo

Obrigada as três meninas que comentaram na fanfic.
Bem vindo aos leitores fantasmas, tem muitas visualizações, mas pouco comentários, hem! Estou de olho em vocês, fantasmas! Podem aparecer, eu não mordo.



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2. A beira do controle

–Isabella acorde, já chegamos. –Sya me chamou, a luz solar veio diretamente no meu olho fazendo o arder. Peguei um óculos escuro e coloquei.

O avião ainda tinha algumas pessoas, as aeromoças recolhiam suas bagagens, Damon estava em pé nos esperando. Levantei-me e arrumei minha roupa bagunçada. Um cheiro de vampiro me fez ficar em alerta e olhei para trás, os dois pilotos vinham até mim. Eles pareciam saber quem era eu.

–Como foi a viagem, Lady Swan? –Um dos pilotos perguntou, ele retirou o chapéu, seus olhos verdes e seu rosto bem esculpido. Olhei por sua roupa e parei em seu crachá Roger Divan. Ele me olhava tão intenso como se me conhece.

–Foi silenciosa. –Respondi, ouvi uma risada vindo de Sya, eu tinha dormido a viagem toda.

–Aqui está um presente que o diretor mandou te entregar. -O outro piloto falou e Roger me deu uma garrafa, o cheiro adocicado fez meu outro instinto acordar. Os olhos continuavam castanhos, a sede era cada vez mais presente, mas eu sabia me controlar.

–Obrigada. –Peguei a tal garrafa e senti braços de Sya me pegar pelo braço.

–Estamos indo, obrigada, ainda temos muita viagem pela frente. –Sya parecia esconder alguma coisa de nós, ela nos tirou de lá e suspirou.

Não é seguro ficar aqui. –A voz de Sya em meu subconsciente me alertou. Olhei para os lados, ela tinha razão, haviam vampiros por diversas partes. Algumas famílias ainda achavam que eu tinha feito à coisa errada em matar meu herdeiro.

Eu não me sinto muito bem, estou há um mês sem me alimentar. –Respondi ainda em minha cabeça, continuávamos a andar por entre o aeroporto. –Pegue o meu corpo? –Perguntei, senti um choque em mim. E senti que não estava controlando meu próprio corpo.

Sya tinha o dom de persuasão. Seu corpo era diferente do meu, mas até mesmo para uma nobre, estava bem mais saudável do que eu.

–Por aqui. –Sya, quer dizer meu corpo falou. Continuei a olhar para os lados, tinha que sair daqui rápido.

Um dos meus motoristas estava nos esperando, entramos num dos carros e uma escolta junta feita por caçadores.

Senti mais choque fraco e voltei ao meu corpo.

–Pode tomar o líquido, se não se lembra Roger era seu amigo de infância. –Sinceramente, eu tinha brincado com poucas crianças em minha infância, mas um garoto dos melhores olhos verdes apareceu de repente em meus pensamentos. Era ele.

Abri a garrafa e bebi o conteúdo. Um alívio me tomou, mas a sede era muito grande para um pequeno conteúdo.

–A casa onde estamos tem tudo o que você precisa. –Sya me informou.

O tempo lá fora era ainda mais frio nesta época do ano, uma paisagem similar aos campos rosados da Inglaterra que pertence a mim. Eu já sentia meus dedos começarem a ficar cada vez mais gelados.

Fechei os olhos, todos os meus sentidos ampliaram, cada gota da chuva, cada movimento de quilômetros de distância. Poucos carros passavam por aquela avenida. Eu estava cansada, o Conselho não iria querer uma vilã no caminho e muito menos a família Swan, mas ainda eram coisas que não sabia.

Lembrar-se do passado era um misto de felicidade e tristeza.

Ouvia os batimentos cardíacos de todos, Damon ainda continuava a olhar para sua arma, destravada. Meu coração deu uma parada e sorri ainda de olhos fechados. Meu corpo ainda estava fraco, não conseguiria usar o meu dom por muito tempo.

–Quando chegar a casa, terá que se alimentar de uma quantidade enorme de sangue para manter seu corpo em equilíbrio. –A voz de Sya mais uma vez me deixava tranquila. Ficar solta me deixava ainda mais tranquila.

–Quando chegar, quero que me de as contas de tudo da família, preciso saber o que está acontecendo. –Sussurrei, ainda ouvia o resmungo vindo de Damon e continuei a ignorar.

–Sim, senhora Swan.

O cheiro de verde continuava a ficar cada vez mais intenso, cada canto dos pássaros ecoavam meu ouvido. Aquela sensação me dava prazer. A calma era uma boa amiga nessas horas. As imagens do passado ainda continuavam na minha cabeça, agora tentar ser uma boa pessoa e pelo menos causar menos briga... E causar uma morte lenta e dolorosa.

Meus dias na prisão tinham afetado a minha sanidade mental... Em que uma cadeira, seria sua melhor amiga.

–Isabella, chegamos! –Abri meus olhos, não tinha demorado muito a viagem, olhei para o lado, Damon pegava sua mala cheia de armas. Aquilo não seria legal, se algum humano visse...

Saí do carro, o céu estava nublado, mas o Sol queria sair de qualquer jeito. Retirei os óculos escuro e olhei para aquela casa, era uma casa de vidro, bem longe de olhos curiosos.

–Você que desenhou a casa? –Perguntei, Sya veio ao meu lado seguida por vários idiotas da Guarda.

–Não, eu estava procurando uma casa aqui em Forks enquanto você estava presa e vi esta. –Apontou para casa, aquilo era realmente grande para 3 pessoas... –A arquiteta é Esme Cullen, ela mora um pouco longe daqui e tem uma família. –A que beleza, vizinhos chatos...

–Alguma coisa estranha? –Perguntei, sua feição tinha mudado. Eu sabia muito bem que ela escondia alguma coisa. –Esme é uma vampira, mas de outra raça. –Quanto tempo eu não via outro vampiro, que brilha no sol... Eu ria só de pensar neles. –Eu mesma cuidei do sótão da casa, onde fica o estoque. –Poderes... Alguns vampiros conseguiam realizar feitiços.

–Pode falar com o Damon, preciso me alimentar. –Meu nariz já sentia o cheiro de sangue vindo de algum lugar. Meu instinto de predador estava querendo sair, eu teria que manter o controle.

–Está no sótão da casa, pode ir pela cozinha tem uma parede oca, a chave está em cima da mesa pode ficar para você. –Sem demoras, corri para dentro da casa. Senti uma tontura, mas me mante em pé.

A casa era realmente grande, mas não estava nem um pouco a fim de detalhes, meus olhos começavam a passar para o vermelho e peguei a chave e abri a porta. O cheiro de sangue já permanecia em cada memória minha. Tranquei a porta e avancei para os freezers.

A cada gole de sangue, meu corpo recebia mais vida, as memórias que antes era um borrão continuavam cada vez mais nítidas. Cada sensação do meu corpo, como se tudo fosse novo. O sangue era uma droga para mim. Eu perdia consciência seu bebesse sangue demais, a família Swan tem um auto controle incrível.

Dei uma grande lufada, eu já tinha passado dos limites. Arrumei toda aquela bagunça daquele lugar. E vi um banheiro de fundo, entrei, o cheiro de novo era tão presente. Ri com aquilo, uma vampira fazendo piadinhas sem graça.

A água extremamente gelada fazia os pelos do meu braço se enrijecerem, mas a sensação de alívio era tão boa. E pensar que tomar banho gelado por vários minutos não era algo de se fazer quando estava presa. Os restos de sangue seco saíam pelo meu corpo e eu sentia cada gota de água em meu corpo. Lavei meus cabelos e meu corpo, e saí do banheiro usando um roupão branco de seda.

Saí daquele lugar, que seria meu novo lugar para ter meus lanchinhos, o sol já tinha se pondo e finalmente tinha entrado a adorável noite. Um cheiro de café fresco estava no ar e vi Sya fazendo cookies.

–Oi querida. –A voz encantadora de Sya era contagiante. –Seu quarto está no segundo andar é o primeiro da direita.

–Tudo bem. –Minha expressão sem sentido nenhum.

A grande sala mostrava um Damon carrancudo, quando me viu passar revirou os olhos. Aquele garoto tinha que crescer, o que uma falta de uma mulher não faz...

Subi as escadas rapidamente e entrei no meu quarto. Era parecido com o de Londres, as mesmas cores em lilás, a escrivaninha com todos os meus livros favoritos e um closet enorme para dar inveja a qualquer um. Coloquei uma roupa confortável.

Eu, sinceramente estava exausta deste mundo. Você sempre sonhou todos os dias por uma vingança dolorosa e fria, mas e depois que tudo terminou? Ninguém tinha feito está pergunta para mim. Uma garota que aparentava ter 19 anos e iria continuar crescendo até quando seu corpo parar de crescer, até eu determinar o limite!

Nunca tive alguém para chamar de amor ou meu, mas porque nunca vivi de um amor para recordar. Existiria amor quando você viu seus pais sendo mortos? Virar a página era tudo que eu queria, mas me despedir do passado era algo inútil de fazer porque eu nunca conseguia.

Saí do meu quarto e abri todos os móveis decorando cada parte daquela casa, parei no último do corredor tinha um grande piano de calda e uma biblioteca de diversos tipos que meus pais tinham juntado por séculos. E por fim meu escritório. Sentei na cadeira e abri uma das gavetas, havia muitos papéis.

Peguei cada papel e dei uma ligeira olhada, contas a pagar, a herança da família Swan. Cada papel, eu continuava ciente que minha herança não iria acabar nem se eu morresse agora... Quando fiquei presa, 30% da herança ficou com Sya e o resto ninguém poderia tocar nem mesmo eu.

–Sya, tem alguma coisa que precisamos comprar para casa? –Perguntei esperando por sua resposta, mesmo estando na cozinha ela iria ouvir.

–Até o momento não. –Suas palavras saíram como vento.

Com um pequeno passo, eu já estava sentada admirando aquele piano com aspecto velho, mas eram poucas coisas que me recordara do meu pai tocando e minha mãe dançando. Cada toque nas teclas, as lembranças flutuavam em minhas memórias.

A melodia criada por mim começava lenta, algo fúnebre, triste, mas delicado ao mesmo tempo. Com o tempo ganhava velocidade, como se uma criatura estaria capaz de surgir das trevas. Esta poderia ser eu? Uma gota de lágrima caiu em minha mão e parei por um segundo.

Vampiros eram capazes de chorar?


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Notas finais do capítulo

Irei postar a história toda Segunda e Quinta.
Comentem | Favoritem | Recomendem.
Beijos



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