Eu tinha completado quatorze anos já fazia alguns minutos. É lógico que, normalmente, minha mãe não deixaria que eu dormisse em horários diferentes dos horários dos humanos, mas dessa vez o meu pai disse a ela pra não ser tão chata e me deixar acordada. De qualquer jeito, eu já sabia que isso ia acontecer, pois tia Alice já tinha me dito. 

Tia Alice e tia Rose, como sempre, tinham preparado toda a minha festa espalhafatosa (elas sabiam exatamente como me agradar!) e tinham convidado todos os meus amigos lobos, meus Cullen, minha vó Renée, meu avô Phil e o meu avô Charlie, os Volturi e, é claro, o meu irmão Jacob, que pra variar estava atrasado.

Eu estava encantada! Assim que deu meia-noite todo mundo começou a cantar parabéns, e a me entregar os presentes! O presente da tia Alice e do tio Jasper era uma “melhora”, como disse a minha tia, para o meu closet. Eram roupas (na maioria vestidos, pois minha tia sabia que eu era apaixonada por eles) da marca de roupas dela, e melhor, era uma linha totalmente dedicada a mim, com o nome de Fantastique Glamour. E o melhor: eram os modelos que eu, de brincadeirinha, tinha desenhado. As minhas criações tinham ganhado vida! Eu tava tão feliz...

O presente da Tia Rose e do tio Emmett foi demais. Eles me deram uma “sala de som”, como eles chamaram.  Lá dentro tinha um sistema de som e um de TV de ultima geração, e os meus cds  e DVDs preferidos! Ainda tinha sistema de iluminação, era como se fosse a minha boate particular.

O presente dos meus pais era um carro super-show que eu podia pilotar, mas só perto de casa. Quando vô Charlie viu, quase teve um treco, e logo começou a me ensinar como pilotar, e tudo mais. Graças aos meus avôs eu sabia tudo sobre direção e esportes (ensinado particularmente pelo vô Charlie) e também sobre medicina e economia (ensinado pessoalmente pelo vô Carlisle).

A Vó Esme veio junto do vô Carlisle, do vô Charlie, da vó Renée e do vô Phil e eles me levaram até o lado de fora do nosso chalé. Lá fora tinha uma réplica perfeita da minha casinha de Barbie, a qual quando eu tinha 6 anos de idade eu dizia q iria morar. Eu entrei nela, e quando estava lá eles me disseram que, de vez em quando eu podia ir pra lá ficar um pouco sozinha, como se fosse o meu cantinho, minha casa. Se tivesse lágrimas pra chorar, choraria, de tão emocionada que eu estava naquele momento. Era o presente perfeito para dar a uma adolescente como eu.

Vô Aro, vô Caius, vô Marcus e vó Jane, depois de toda aquela perseguição quando eu era menor, achavam que tinham que se desculpar por tudo aquilo, então me tratavam como uma neta. Dessa vez eu ganhara uma viagem para a Disney!!! Eles com certeza eram super-bem-informados sobre o que se deve fazer para se redimir.

Meus amigos quileutes me davam sempre as coisinhas mais baratas e mais fofas que eu ganhava. Eu ganhava livros (quileutes e normais), lembrancinhas....essas coisinhas meigas.

Um cheiro mais doce. Jacob voltou!!!

Eu saí correndo em direção a porta, e a abri antes que Jacob encostasse nela. Eu pulei no colo dele e quase o fiz derrubar a chave do meu presente, com a qual estava brincando entre os dedos. Quando eu estava no colo de Jacob, naquele abraço forte e perfeito, eu senti muita vontade de beijá-lo. Mas isso não podia acontecer, era impossível. Ele sempre me aconselhara, sempre me ajudara, a vida toda. Como o meu irmão mais velho. Bem que um dia a minha mãe me disse que, quando eu ficasse mais velha, talvez eu me interessasse por ele, mas eu nunca entendi direito.

Bem, Jacob tinha demorado tanto porque tinha ido buscar no mecânico a moto que tinha montado pra mim. A moto só tinha ido pro mecânico porque ele queria mudar a pintura. Ela era super-perfeita. Ninguém a não ser Jake e papai sabia que eu dirigia motos. Se vô Charlie descobrisse que, em um só aniversário eu tinha ganhado uma moto e um carro, e melhor: que eu sabia e pretendia dirigi-los o tempo inteiro, ele morreria de vez.

Bem, acabada toda a comemoração, a minha mãe me lembrou que eu já tinha passado de trinta horas seguidas acordada, e que ela não queria que passasse disso, então me mandou dormir. Eu disse a ela que ia querer ficar no Cantinho da Nessie, como eu havia nomeado a minha nova casinha. Jacob, como sempre, enquanto pode não desgrudou de mim. Na escola, me perturbava quando alguns meninos grudavam em mim e queriam me seguir pra todos os lugares, mas o único que eu não ligava de me seguir e, pelo contrário, queria a sua companhia era o Jacob. Ele me pegou no colo e me levou. Enquanto íamos pra lá eu inconscientemente comecei a  observar em como os lábios do Jake eram atrativos, e como o seu beijo deverei ser bom. Droga, eu NÃO devia pensar no Jake assim. Ele é como o meu irmão. “Mas um irmão muito gostoso, se você for reparar”, disse uma vozinha na minha cabeça.

Jacob me colocou na cama e ficou sentado na poltrona, me observando. Lembro que quando brincava de bonecas na casinha eu sempre colocava a minha boneca dormindo e o boneco do Jake me observando, me protegendo, sentado naquela mesma poltrona. Quando dormi, a última lembrança que ficou na minha cabeça foi do Jake, e este foi o protagonista de meus sonhos nessa noite.