A Esfera da Herança escrita por FireboltVioleta


Capítulo 20
Diving - Part 1


Notas iniciais do capítulo

Oie, pessoas!
Sei que todo mundo está de saco cheio dessa bagaça de capítulos PARTE 1 e PARTE 2, mas o problema é que, ás vezes, os mesmos dois capítulos falam de um único momento, por isso a necessidade dessa divisão chata.
E EU JURO QUE TENTEI FAZER UM SÓ NESSE. SÉRIO.
O MINISTÉRIO DA MAGIA ADVERTE: esse capítulo é MAIOR DO QUE TODOS OS ANTERIORES e pode causar cegueira.
Brincadeirinha... (não, ele tá grande mesmo. Tô falando da cegueira... rsrs)
Boa leitura!



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RONY

Depois de quase duas horas e meia de viagem nos carros do Ministério, chegamos á estrada que nos levaria por dentro da Floresta do Deão.

Os funcionários que nos desembarcaram prometeram voltar ao mesmo ponto com um caminhão - disfarce para trazer os Comensais que fossem capturados de volta á Londres sem chamar a atenção dos trouxas - assim que mandássemos um correio quando terminássemos.

Marcus nem sequer se despediu deles quando adentramos na estradinha terrosa. Carregava a gaiolinha com a corujinha que mandaríamos de volta á Londres, enquanto o bichinho piava, indignado.

– Esse cara me parece meio psicopata - comentou Noot, rindo baixinho.

– Será que ele sabe o que está fazendo? - Dino piscou - tipo, aquele papo de náiades, de repente, não me parece tão fácil de resolver ...

Suspirei, tenso. Eu nem queria lembrar daquele “risco” que podíamos correr.

Chegamos, após alguns minutos de caminhada, numa pequena ponte de madeira, em frente á uma cabanazinha de aspecto rural. Um senhor idoso, provavelmente trouxa estava sentado defronte á vários barcos amarrados á baía na beira do lago.

– Boa tarde, senhor. Walbie Turner, não é? - Marcus nos apresentou - ligamos há algumas horas para reservar um de seus barcos.

O senhor sorriu.

– Claro. Fiquem a vontade, senhores. Escolham qualquer um.

– Eu não vou remar - fungou Dino.

– Podemos usar as varinhas, inteligência - revirei os olhos.

Marcus andou ao redor da baía, olhando os barcos. Finalmente, nos indicou, com a cabeça, o maior deles, que parecia ser o mais resistente.

– Incursão de dois dias, não é? - indagou o senhor trouxa, acenando enquanto entrávamos no barco.

– Talvez menos - Marcus sorriu… ou ao menos fingiu - ah, quase me esqueci… - ele nos olhou de modo significativo - então, rapazes… o que vão fazer agora?

Pensei um pouco. Diabo, aquilo era um estágio… ele não ia ficar fazendo as coisas pro nós, nem nos lembrando toda hora que precisávamos agir.

Quando percebi que ninguém havia reagido, balancei a cabeça e ergui a varinha para o velho senhor.

Obliviate!

Stark pareceu satisfeito, quando o olhar do trouxa ficou vago e este se virou de volta para a cabana, desaparecendo de vista.

– Muito bom, Weasley… raciocínio rápido e conhecimento do feitiço - ele pareceu menso feliz quando se virou para o resto de nós - isso faz muita diferença, rapazes… pode ser a diferença entre viver e morrer - ele completou, sério.

Fiquei sem graça de Marcus me elogiar assim. Não queria parecer que estava me exibindo.

– Queridinho do orientador, é? - brincou Neville, me acotovelando, enquanto Noot desamarrava a corda do barco e impulsionava-o com a varinha.

– Para, Neville...

Com o barco navegando suavemente pelo rio que adentrava na floresta, não houve muito a ser feito pelas duas horas seguintes.

– Sr. Stark - Noot disse repentinamente - eu tenho uma dúvida… você tinha falado sobre cada náiade ser… como era mesmo?… uma cópia de uma humana viva?

– Interessante perguntar, Noot.. é uma das coisas que faz esta raça ser tão fascinante - Stark se ajeitou na ponta do barco - chamamos uma náiade que tem a fisionomia exata de uma humana de dimon. Cada menina ou mulher bruxa, assim que nasce, tecnicamente “destina-se” á determinada náiade. Em algum momento, no passado, agora ou no futuro, uma dimon de cada humana surge em nosso mundo.

– Até da Umbridge? - indagou Neville baixinho, rindo.

Arfei, mordendo a língua para sufocar o riso. Imaginar uma ninfa gorda com cara de sapo era uma ideia enjoativa e ridícula demais para pensar.

Deus proteja qualquer um de se deparar com a dimon da vaca rosa - Dino se arrepiou.

– Aquilo não seria um dimon… seria um capeta em forma de mulher-peixe - eu acrescentei.

– Espero que estejam debatendo as técnicas de captura dos Comensais - Stark falou alto, parecendo irritado.

Depois disso, todo mundo ficou temporariamente calado.

Aproveitei o evidente sossego de nossa viagem para conhecer melhor os outros dois estagiários ao meu lado.

August era um carinha tímido e magricelo, que lembrava muito Harry - só que sem os óculos.

Já Joseph era troncudo, parecido com Carlinhos, e descobri que ele também era muito falador e hiperativo. Já via aquele cara dando um trabalhão para os Comensais da Morte.

Eu estava começando a estranhar a incomum serenidade de nosso percurso. Para um território supostamente cheio de náiades, ainda não havíamos tido problema algum com qualquer uma delas.

De repente, o fato de não estarmos usando magia era suficiente para não atiçar a raiva delas, e por isso estávamos passando tranquilamente pela floresta sem mais problemas.

– Por que não fomos a pé? - perguntei á Neviile.

– A missão é para ser concluída por água…. faz parte do estágio, sabe… se adaptar á situação, como você agiria, sabe como é - ele deu de ombros - e depois, a floresta tem criaturas bem piores do que as náiades. Ouvi dizer que há diabretes vermelhos pro todo o bosque.

– E nundus-britânicos - acrescentou Dino - no fim das contas, por aqui é mais seguro.

Suspirei. O jeito era esperar pacientemente que chegássemos ao ponto que Stark nos desembarcaria e parar de me preocupar á toa.

Porém, meus planos foram literalmente por água abaixo, alguns minutos depois.

A correnteza pareceu inclinar-se levemente, acelerando nosso percurso.

O barco avançou ligeiramente mais rápido, nos desequilibrando.

– Segurem-se! - Stark alertou, segurando a proa do barco e se erguendo.

Todos se seguraram dentro do barco, tentando esquivar dos repentinos ramos de árvores que cruzaram nosso caminho.

VI, tarde demais, a aproximação de um galho.

– Sr. Stark! - gritei.

Marcus se voltou para nós, mas não conseguiu se esquivar,

Só vi o galho espancar sua cabeça com a forma de um poste, e o corpo dele quase cair para fora do barco com a força do impacto.

– Não!

Joseph e Noot agarraram Marcus antes que caísse na água, puxando-o para o centro do barco.

O rio se estabilizou outra vez, equilibrando nossa embarcação.

– Droga! - arfei, ajoelhando-me junto dos outros - ele está bem?

August tomou o pulso de nosso tutor.

– Está vivo. Acho que só desmaiou.

E que desmaio. Engoli em seco quando vi a mancha vermelha que ficara na testa de Marcus.

– E agora? O que vamos fazer? - a voz de Noot estava trêmula - sem ele consciente, nunca vamos saber onde desembarcar!

– Vamos ter que esperar… - falei.

– Gente… acho que temos problemas maiores.

Confuso, olhei para onde Neville apontava, mais á frente.

– Merda! - guinchei.

Havia um tronco enorme caído exatamente no meio do percurso, estendido entre os dois lados do rio.

– Olha só o tamanho dessa coisa! - August sussurrou.

Noot fez questão de tirar a varinha do bolso, mas eu o impedi.

– Ficou maluco? Não podemos usar magia aqui!

– E como vamos tirar o tronco daí? - teimou Noot - não tem outro jeito!

Baixei a cabeça, tentando raciocinar. Noot tinha razão… aquilo era grande demais… e entrar na água para tentar tirar o tronco, mais arriscado ainda.

Um pouco só de magia não deveria chamar a atenção das náiades. Não tínhamos opção.

Porém, antes mesmo que eu e Neville fizéssemos questão de mirarmos as varinhas no obstáculo á nossa frente, percebi uma movimentação exterior ao nosso redor.

Não estávamos sozinhos.

Olhei para a água, atônito.

– O que foi? - ganiu Dino - o que é?

Não sei.. - murmurei - o que acha que fazemos agora, Neville? Neville?

Olhei para meu amigo, estranhando a falta de resposta.

Neville estava paralisado, olhando fixamente, boquiaberto, para a ponta do barco.

E eu finalmente vi o por que.

Meu Deus. Meu. Deus.

Quando Marcus dissera… eu nunca sequer imaginara aquilo.

Havia uma garota na ponta do barco.

Tinha olhos absurdamente laranjas, e cabelos dourados que iam até os ombros.

O corpo claro era levemente ocultado por um tecido suave e delicado, como a pele de uma água-viva.

E sorria.

Um sorriso lindo demais para ser humano.

Mas não foi isso que me chocou.

Eu podia jurar pelo resto da vida que ela Luna Lovegood que estava apoiada ali.

A dimon da Luna– a voz de Neville era só um sussurro… um sussurro prostrado… admirado.

Que sorte. Engoli em seco.

Neville, se afaste! - alertei-o.

– Ela não está fazendo nada, Rony! - Neville estava completamente aturdido - céus… é… idêntica. É linda.

– E perigosa - bufou Noot - se afasta, Longbottom.

A náiade pareceu não gostar da ideia, já que se apoiou ainda mais no barco, fazendo-o bambear levemente. Ainda mirava Neville com os olhos adoravelmente soturnos.

– Cara, é sério. Se afasta - pedi, preocupado.

A náiade não esboçava nenhuma reação agressiva.

E isso me assustava mais do que tudo.

Só me dava mais medo ainda de que ela nos pegasse de guarda baixa.

– Rony… - choramingou Noot - melhor não olhar para trás.

Naturalmente, foi aí que eu olhei mesmo.

Ah, não.

Havia mais duas do outro lado.

Me senti enjoado quando reconheci, numa delas, a dimon de Cho Chang.

Dino já havia sido completamente pego. Estava também arrebatado com a ninfa de feições delicadas que lhe observava, curiosa.

Agora entendia o que levava os homens ao aturdimento com as náiades. Eram seres tão enfeitiçadores, belos e delicados quando a mais linda das veelas.

Chegavam á provocar ternura.

E esta era a arma delas.

“Rony, acorde esses garotos!”, minha mente agoniada me despertou. “Se elas nos pegarem, a culpa vai ser sua!”

Tentei usar minha lucidez ao nosso favor.

– Pessoal… ninguém reaja.

– E eu lá quero reagir? - arfou Noot.

Enquanto pensava no que faria naquele momento, focalizei outras duas náiades se aproximando.

Uma delas ficou ao longe, observando-nos, com a expressão séria, sem nenhum vestígio de simpatia no rosto. Tinha uma movimentação mais cautelosa do que as outras ninfas.

E um ar distante que eu só podia comparar com a de uma líder.

Quando finalmente focalizei suas feições, senti minha mente finalmente ser engolida de uma vez.

Tudo ao meu redor se desmanchou completamente.

Não consegui esboçar a menor das reações quando a náiade se aproximou, erguendo-se com os braços para o alto, expondo o corpo seminu parcialmente mergulhado nas águas do rio.

Fiquei paralisado enquanto a ninfa me encarava desconfiada, os olhos da cor do sol rutilando de irritação, que parecia eriçar seus cabelos cor de mogno.

As outras náiades pareceram desconfortáveis com a aproximação dela.

E eu não conseguia sequer raciocinar enquanto fitava, espantado, a hedionda beleza da dimon de Hermione.

– Weasley!

Para meu completo choque, a mão pálida se ergueu novamente para fora da água, se inclinando sugestivamente na direção de meu rosto.

Eu podia ler no olhar da náiade tudo que aprecia passar por sua cabeça. Calculista. Confusa. Parecia estar em dúvida.

Eu só podia pensar que a dimon, milagrosamente, parecia receosa de matar os invasores do seu ninho.

– Não viemos fazer mal - murmurei.

Será que ela entenderia? Não sabia se as náiades entendiam nosso idioma, depois de tantos séculos sem contatos orais.

“Não confio em vocês.”

Ofeguei quando ouvi a voz dentro de minha cabeça.

– Weasley! - repetiu Joseph.

Era assim que elas se comunicavam agora?

Olhei para a belíssima e assustadora náiade. Era tintim por tintim tão apavorante quanto ver Hermione como Wicca.

Eu conseguia ver e a indecisão furiosa em seu rosto.

“Sei que não confiam”, eu disse em minha mente. “… mas não viemos destruir seu lar. Só queremos passar pelo rio.”

Para meu atordoamento, a boca dela crispou-se num sibilo bestial, deixando-a ainda mais impressionante e amedrontadora do que já era. Pude ver caninos levemente afiados através dos lábios vermelhos.

“Foi o que todos os outros disseram antes de matar e violentar minhas irmãs!”

Mais ninguém no barco parecia compartilhar da discussão mental entre mim e a náiade líder. Todos estavam suficientemente enfeitiçados pelas demais.

“Eu garanto que não é nossa intenção”.

Ela fechou a cara, fazendo seus olhos amarelos encovarem.

“Não vê? Todos os outros já foram subjugados… tem a mesma fraqueza de todos os homens… o mesmo desejo imundo dos outros que atravessaram este rio”.

Vi, surpreso, uma sombra de curiosidade passar por seu olhar.

“Mas você… você está vidrado… mas não está… como é possível?”

Pensei em Hermione, tentando mostrar á náiade o que me impedia de perder a lucidez.

Ela ofegou, provavelmente chocada ao reconhecer a humana da qual era a dimon.

“Viu só?”, sorri, tentando amenizar a tensão que pairava no barco.

Percebi, paralelamente, que nós estávamos completamente cercados pelas náiades. Se aquela pequena trégua entre mim e a dimon de Hermione se quebrasse, provavelmente estaríamos condenados.

“Quem garante que não está blefando?”, ela rosnou mentalmente.

Comecei a ver, tenso, a dimon de Luna se aproximar de Neville, com um sorriso perverso no rosto angelical.

Eu ia responder, mas percebi, tarde demais, a movimentação ao meu lado.

Não houve tempo de impedir Joseph de erguer-se, apontando a varinha para as náiades que nos cercavam.

Foi o estopim.

A náiade líder pulou como um leopardo para cima do barco, em sincronia com as demais, sibilando raivosa.

Joseph e eu tivemos apenas segundos para proteger o barco com um domo de Feitiço Escudo. As ninfas ricochetearam na esfera mágica, caindo de volta na água

– Joseph! - gritei - não acredito!

Foi o suficiente para a conexão dos demais estagiários com as náiades se romper. Vi Neville chacoalhar a cabeça, confuso, e Dino piscar atordoado.

“Eu sabia!”, ouvi o coro mental das náiades. Todos estremeceram, provavelmente também compartilhando dos gritos mentais das ninfas.

A dimon de Luna, para meu espanto, parecia absolutamente magoada.

Será que tinha visto a mesma coisa que a náiade líder, ao ler a mente de Neville?

“Malditos!”. A líder me encarou, furiosa. “Sabia que eram portadores de varinhas! Não são diferentes de nenhum humano nojento que cruzou nosso lar!”.

O barco balançou violentamente, nos desequilibrando. Se inclinou o suficiente para que o domo do Feitiço Escudo encostasse na água que começara a girar vertiginosamente ao nosso redor.

Elas iam tentar nos afogar. E, quando o domo se rompesse, seria nosso fim.

– Desculpa, Rony - Joseph se agarrou ao barco - a culpa é minha… me perdoe…

Porém, ergui a cabeça ao ouvir um som estrondoso vindo de alguma ponta da floresta.

Vinha de uma grande colina de pedra na margem estreita do rio;

Só tivemos tempo de gritar quando várias pedras enormes se desprenderam da colina, caindo exatamente naquela parte do rio em que estávamos.

Ouvi os ganidos das ninfas que se mergulharam no rio, tentando fugir dos pedregulhos que caíram na água.

Quando o desabamento cessou, me ergui outra vez, assustado.

– Estão todos bem? - indaguei.

Tirando Marcus, que ainda estava desacordado no fundo do barco, todos pareciam ilesos.O domo ainda estava intacto.

As náiades voltaram á emergir, rosnando violentamente para nós.

Olhei para todas, sentindo uma súbita ansiedade.

Onde estava a líder?

As ninfas pareceram pensar no mesmo que eu. Olharam ao redor, inclusive para o tronco que impedia nosso progresso, á procura da náiade.

Um guinchinho novo nos chamou a atenção. Olhei para a água, vendo uma ninfa nova, do tamanho de uma menininha de dez anos, com os olhos saltados de medo.

Era absurdamente parecida com a náiade de Hermione.

“Onde está a mamãe?”, ouvi sua voz em minha cabeça.

Arfei.

A pequena ninfa era filha da líder.

“Nina, volte para o fundo do rio!”, ouvi a dimon de Luna dizer. “Há homens maus aqui!”

“Megara…”, choramingou a pequena náiade.”Zarina, Cali… aonde está mamãe? Cadê a Calíope?”

Foi quando notei o montículo que ficara na beira do rio. Havia ficado quase em forma de redoma. Suficientemente grande para ocultar um buraco…

Ou uma pessoa.

Essa não.

Noot pareceu ficar pasmo, assim como as demais náiades, quando fiz menção de me inclinar para pular na água.

– Weasley, ficou maluco?

– Ela está lá!

As náiades se viraram para o montículo, finalmente entendendo o que eu quis dizer.

– Aonde você vai? - Neville agarrou meu braço - elas vão te matar! - ele arregalou os olhos para mim - não podemos ir á terra, esqueceu?

– Que se dane o estágio, Neville! Estamos á própria sorte agora! - olhei-o, sério, sussurrando - nenhuma delas podem subir á terra... podem morrer. Mantenha o escudo depois que eu sair - apertei o braço dele - pode ser nossa única chance de fazer uma trégua e sairmos vivos dessa.

Neville engoliu em seco, mas assentiu.

“O que ele vai fazer?”, a dimon de Cho indagou, simplesmente assistindo-me sair do barco e o escudo mágico se fechar atrás de mim.

Todos os meus colegas olharam-me entrando na água, tensos.

Finalmente, eu estava ao mesmo nível das ninfas na água. Perto o suficiente para qualquer uma delas cravar os dentes em mim ou me afogar.

Para minha surpresa, as náiades pareciam tão atordoadas em ver um humano tendo a ousadia e a tranquilidade de entrar em seu rio, por vontade própria, que mal conseguiam esboçar reação alguma.

Mal acreditei quando cheguei até o outro lado, sem que uma única dela tivesse feito menção de querer atacar.

Será que realmente, em algum momento, quiseram atacar?

Quando eu cheguei á margem, ensopado, eu só consegui ver duas espécies tão diferentes - as criaturas na água e as pessoas no barco - me olhando, com o mesmo choque e ansiedade nos rostos.

Vi os olhinhos apavorados de Nina, a pequena ninfa, e senti minha determinação aumentar.

Era agora ou nunca. Talvez seria a última chance na Terra de dar um fim naquela eterna guerra entre náiades e humanos.

Decidido á dar um basta naquilo - e chegar em casa á tempo da janta, pensei, amargurado, lembrando de Hermione - dei o primeiro passo para subir à terra.


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Notas finais do capítulo

Então? Comentários? Teorias? Já tem gente shippando Romalíope aí? (huehuehue... eu não duvido).
Kissus sabor Amortentia e até o próximo!



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