Após muita enrolação e acusações, finalmente Rukia e Ichigo decidiram ver a “apresentação” de Rangiku. Mas havia alguns problemas ainda; elas não tinham os postes, não tinham o som, e não podiam usar água no quarto de Ichigo...

- Você já arrastou a cama não é Rukia-san? Ok então! Pegue o lenço opaco em cima da cama e vende o Kurosaki-kun – instruía Inoue, do modo como Rangiku havia lhe dito. A cama que ficava em baixo da janela foi arrastada para o outro canto do quarto, sendo assim possível colocar Ichigo sentado de costas para o armário, dando um bom espaço entre a janela e o Kurosaki

- Rukia, eu ainda estou enxergando! – avisava Ichigo confuso, “Uma venda não serve para bloquear a visão?”

- Escutou Yoruichi? Tem algo de errado com esta venda! – agora a Kuchiki percebia que conseguia enxergar os olhos do ruivo

- Não, ela é assim mesmo! Ichigo, você está vendo apenas curvas, não é mesmo? – pela primeira vez ao dia, Matsumoto perguntava algo com um tom desprovido de malicia

- Sim, posso ver o formato dos objetos e suas cores...

- Então está dando certo! Era exatamente essa visão que eu queria. Já que a venda foi colocada é hora de dançar! Kuchiki-san, coloque a música, por favor!

Rangiku estava com as outras atrás da porta. Elas haviam dado muita sorte do pai de Ichigo ter saído com Karin e Yuzuru.

A maior parte da dança delas consistia em usar os postes, mas já que não havia nenhum ainda, elas usariam o que tivesse ao alcance...

FLASH BACK ~[ON]~

- Porque eu? Porque não a Yoruichi-san? – perguntava confusa Orihime

- Por que ela havia pedido a menos parte da dança, já que ela quem vai cuidar dos nossos “apetrechos” – Rangiku proferia a palavra “apetrechos” maliciosamente, “será que Orihime dará conta de usar a janela como poste?”

- Mas como eu vou fazer isso? Não é melhor...

- Só faça Orihime. Não é tão difícil sentar em uma janela aberta e segurar a parte fechada, depois dançar um pouquinho lá em cima, não é? – perguntava Yoruichi já sem paciência

- Hum... Então está bem... – Após dizer isso, a brilhante mente de Inoue começa a produzir estranhas imagens...

...

Lá estava Inoue entrando no quarto, quando ela sobe em cima da cama, e passa para a janela. Em sua imaginação, era possível ficar em pé na mesma, sem que se batesse a cabeça, pois ela era gigante. Então de repente surge um rádio em cima da mesa, que começa a tocar a música:

“Bananas,

De pijamas,

Descendo a escada,

Bananas,

De Pijamas,

Uma turma bem levada”

E Orihime começa a marchar em cima da janela, então surgem as Bananas de Pijamas, sobem junto à Inoue e começam a dançar

...

- Ba-na-nas! Ba-na-nas! – Orihime jogava as mãos para o alto, como eu sua imaginação

- O quê deu nela? – perguntava Yoruichi confusa

- Ah, ela é sempre assim. Basta dar um tapa e melhora – tendo dito isso, Rangiku dá um tapa na cara de Inoue, que finalmente acorda de seu sonho.

- Ai... Onde eu estou? Ah! No banheiro do Kurosaki-kun? – assustada, a ruiva arregalava os olhos, começando a entrar novamente em seu mundo de imaginação. Mas antes que isso pudesse ficar pior, Yoruichi deu uma tapa nela. Mas o tapa de Yoruichi não é como de Rangiku. É UM TAPA.

- ITAI! Porque fez isso Yoruichi-san? – a ruiva colocava sua mão sobre o local dolorido, como forma de amenizar a dor

- Vamos!

FLASH BACK ~[OFF]~

Assim a Kuchiki foi até o celular que estava em cima da escrivaninha de Ichigo, apertou o botão onde se lia “selecionar”, e neste instante a música “Shoujo S” (10ª Abertura de Bleach) preencheu o vazio do quarto.

Porém, algo que ninguém havia percebido, era que o armário de Ichigo estava com uma pequena fresta aberta, onde ninguém mais, ninguém menos que Kon estava espiando o que as moças iam fazer...

À primeira batida da musica Inoue entrou seguida de Yoruichi, e por último Rangiku. Orihime se dirigiu até a janela, enquanto Yoruichi mantinha-se ao lado desta. Matsumoto foi à frente de Ichigo e começou a rebolar, descendo e subindo. Continuou assim até que as letras da musica começaram a correr. Neste instante ela retirou uma luva do bolso de sua calça jeans, e colocou-a enquanto dançava. A luva possuía grandes “garras”, pedaços afiados de plástico no local onde as unhas deveriam ficar.

Continuou dançando, passando as “garras” na extensão de seu pescoço, quando...

- DEUSA! – Kon não aquentou mais olhar aquela cena maravilhosa, então se jogou do armário em direção a Rangiku, porém esta estava atenta a situação, e abaixou-se. Como resultado ele passou direto por ela e foi com força total em Inoue

- AAAAH! O QUE É ISSO?! – como ela estava em seu mundo da imaginação, não notou um objeto amarelo sendo lançado em sua direção. Como resultado de seu susto, foi jogada para trás, e carregando consigo a janela, onde tentou agarrar-se para não cair.

- O QUE ESTÁ ACONTECENDO? – Ichigo gritou vermelho, afinal tinha noção que havia alguém dançando em sua frente. Porém quando ele retirou a venda, a história se complicou – QUEM QUEBROU MINHA JANELA? Peraí... CADÊ A INOUE?

- Kurosaki-kun! Não consigo mexer direito minha perna! – um aviso escandaloso foi dado por Orihime, que se encontrava em cima da van estacionada em frente à residência dos Kurosaki

...

- Kurosaki-kun! Obrigado por me carregar até o hospital! E me desculpe pela janela! Eu não sabia que ela não ia suportar meu peso! Me desculpe! – repetia inúmeras vezes Inoue, que mesmo tendo torcido levemente a perna esquerda estava feliz, afinal foi carregada nos braços de Ichigo até o hospital

- Tem certeza de que ela vai ficar melhor? Em apenas cinco dias? – perguntava Rukia insistentemente

- Sim, já não ouviu o médico falar não? – perguntava o morango, irritado. Ela já havia feito essa pergunta duas vezes!

- Quer dizer que você não vai mais participar com a gente? – Rangiku perguntava chorosa

- A-ah, eu posso tentar, não?

- “Peraí, se ela é estabanada com duas pernas intactas, imagina com uma torcida?” Não precisa, a gente arruma outra pessoa na Soul Society, não é mesmo Rangiku-san? Podemos ir hoje mesmo, acabei de receber uma mensagem da loja avisando que os postes já chegaram

- Hum... – a loira colocava o dedo na boca, fazendo cara de quem pensa – Podemos ir sim! Acabo de ter uma idéia sobre quem podemos chamar... – ao dizer isso a loira volta à sua típica cara maliciosa