(Elena)

–Lena cheguei...- A voz de Bonnie se fez presente em meu quarto e então me virei de minha mesa e sorri . Ela estava radiante em seu novo estágio do teatro principal do Canada e fazia questão de demonstrar e contagiar todos com isso .

Fechei meu livro e ela se sentou em minha cama e deitou fazendo uma cara estranha. Bonnie era mulata de cabelos escuros cacheados e tinha um corpo lindo e claro era a minha irmã de consideração pois fomos criadas juntos porque sua mãe , minha empregada morava em nossa casa e aprendemos a sermos amigas e irmãs apesar de todos os desafios da nossa adolescência .

–O que houve , pensei que estava feliz com sua Bolsa de estudos- Digo indo em sua direção e ela assenti me dando espaço na cama e me sento rindo de sua careta.

–Só que me faltava um belo de um namorado para tudo ser tão tão tão maravilhosamente belo.

Ri muito de sua fala.

–Acho que você esta falando muito belo em um dia só , e deixe de besteira faça que nem eu se concentre em se formar.

–Falou a santinha do Canada- Ela disse tirando um sarro de mim e eu já sabia o que viria a seguir portanto me levantei e peguei meu cardigã .

–Não começa , você sabe que depois de só paquerar na escola quero alguém mais sério- Digo impaciente.

–E eu quero alguém decente e lindo e principalmente bom de cama .- Eu ri e fiz sinal para ela falar baixo e ela se contorcia de tanto rir.

–Relaxa mi amore..- Ela disse se levantando – Você ainda irá subir nas paredes por um homem...

E ela saiu e olhei pela janela de meu quarto as belas montanhas de gelo e comecei a pensar na tal primeira vez que todos falam, eu já sabia que conto de fadas não existiam nem um pouco , sabia que aqueles amores que nem de meu pai e minha mãe de primeiro olhar não poderia acontecer comigo e saberia desclassificar um homem aproveitador apenas por um olhar , mas eu sabia que eu sou um imã para problemas em série e um deles é começar a perceber que Matt Donovan o advogado da família estava se apaixonando por mim , e constatei isso ao ver mais uma vez uma rosa no trinquinho de minha janela .

Ele era meu vizinho e me acordava todos os dias com o algo leve como algodão batendo em minha janela e até hoje eu não sabia como a rosa conseguia ficar parada mais eu sabia que não poderia fugir daquilo por muito tempo.....

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–Prometam que irão me ligar?- Digo abraçando mamãe que estava quase chorando por estar me deixando sozinha com minha empregada e Bonnie em casa por conta de uma conferência da Família Gilbert em NY .

–Juro que assim que eu chegar no aeroporto já começarei a te perseguir mocinha- Ela disse e me abraçou até que o abraço de urso de meu pai me pegou desprevenida e ele sorriu ao colocar uma mecha de cabelo meu atrás da orelha .

–Se cuide pequena- Ele disse o que sempre dizia, e entrava no carro e então vejo Matt conversar com ele pela janela e eu sabia quais eram as instruções.

“Cuide daquele caso, cuide dos interesses de Lena até eu voltar , cuide do meu tesouro ...” –Papai dizia e ele assentia sorrindo.

–Vá com cuidado na estrada até o aeroporto senhor Gilbert a neve esta densa .- Matt alertou e mamãe me lançou um ultimo olhar maravilhada por eu estar usando o casaco preferido dela.

–Tchau baby- Ela disse e eu sorri.

–Eu amo vocês- Eu digo e assim o carro se vai na estrada principal e minha amiga Bonnie entra para casa correndo como sempre , ela sempre sentia algo ruim nesta viagem e preferia ficar trancada até mamãe ligar e dizer que já estavam no avião.

– Volto mais tarde senhorita Elena e assim poderíamos conversar- Matt se virou e eu sorri lentamente e assenti e ele se foi também .

E eu estava só novamente.

**-

–Lena....- A voz de Bonnie me fez acordar e olhei pela janela e vi que já era noite e então me sentei na cama me descobrindo e senti uma dor nas costas , era impossível uma garota de apenas 17 anos sentir tantas dores . Prazer eu sinto.

Olhei para Bonnie e vi que ela soltava uma lágrima em seu olho direito e então elevei a mão para conter aquela água intrusa e não entendi o tamanho de sua tristeza.

–O Que houve? – Perguntei e ela se levantou e ficou de costas para mim e cruzou os braços se abraçando.

–Eu não sei como te falar ...... Mas ..... Oh Lena eu sinto tanto por você- Ela disse e me levantei rapidamente não me importando em estar apenas de camisola não apropriada.

–O QUE ACONTECEU BONNIE?? – Acabo gritando sem querer e ela se afasta com medo.

–Tem um homem lá na sala de estar , querendo saber quem é Elena Gilbert – Ela deu uma pausa e continuou- E ele quer dar uma noticia sobre seus pais Lena.

Meu coração na hora pareceu ter vacilado ao ouvir sobre meus pais , meus pés estavam gelados por conta do frio , minha cabeça só raciocinou de ir saber o que o tal homem queria me dizer.

Desci correndo sem pensar em mais nada.

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(Damon)

–Olha aqui cara eu vim falar com esta mulher e não será um advogado bem pago que vai me proibir- Digo nervoso com o loiro aguado que me proibia de dirigir a palavra a filha do casal que eu socorri na estrada.

Por ironia do destino a tal Bonnie morava aqui e tinha ido buscar a patricinha da filhinha do casal.

–É um momento muito delicado para você que saiu não sei da onde falar com a Lena- Ele disse indicando intimidade com a menina .

Pelo amor de Deus , nunca faço nada direito na vida quando faço aparecem caras certos e idiotas tentando acabar com tudo.

–Espero ela dizer que não quer falar com o “Desconhecido” aqui....- Digo e ele da um passo a frente até que somos interrompidos por uma voz doce , meiga e chorosa e uma menina que aparentava ter seus 18 anos semi-nua com uma camisola rosa .

–Eu sou Elena Gilbert e eu quero ouvir você , então o que houve com meus pais senhor...- Ela disse e chegou perto de mim soltando lágrimas por algo que ela nem sabia ainda, ficamos frente a frente e vi seu olhar percorrer meu corpo até meu rosto novamente , não pude evitar de olhar seu corpo também mas não iria ser tão cafajeste e mudei o foco.

–Eu vou ser direto , pois infelizmente eu sou assim senhorita...- Tomei força e acho que pela cara dela ela já sabia o que viria só queria uma verificação .

–Seus pais estão mortos , eles faleceram em um acidente na estrada que eu presenciei- Digo e ela desaba a chorar até que vejo seus olhos se fecharem e ela ir ao chão porém a segurei me concentrando naquele rosto que eu tinha a certeza que jamais esqueceria.

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(Elena)

Eu abri os olhos devagar e senti meus olhos começarem a se acostumar com a claridade imposta em meu quarto e foi ao me virar que o vi .

O homem que me recordava brevemente dormindo em minha cadeira , ele usava uma camisa preta e calças pretas e percebi que se ele estava ali era que meus pais realmente estavam mortos e que eu estava em uma merda de realidade sem fim.

Ele acordou como se tivesse percebido minha presença, meu peito doía toda vez que eu o olhava e lembrava de tudo , quis gritar por ele ter vindo e ter me dado a notícia daquele jeito mais não o fiz . Não fiz nada quando ele me olhou e olhou o restante do quarto e se levantou arrumando o cabelo no espelho e percebi por um momento a frieza dele .

–Qual é o seu nome?- Minha voz saia embargada mais mesmo assim eu tinha que trata-lo bem , ele era a única coisa mais próxima dos últimos momentos de meus pais e eu estava disposta apesar de toda dor saber o que realmente houve.

Ele caminhou novamente para a cadeira e se sentou.

–Belo quarto- Ele disse e eu revirei os olhos já impaciente- Me chamo Richard Salvatore- Ele disse e eu o analisei – Você é boa de cama...

Eu o encarei

–Digo... você esta dormindo dois dias por conta dos calmantes e hoje é o enterro de seus pais ...... Elena né?

Ele disse percebi que sua voz era maravilhosa ao pronunciar meu nome.

–Poderia sair do meu quarto preciso me arrumar , preciso ficar sozinha .- Digo e ele assenti e se levanta com a mãos em seus belos cabelos.

–Olha me perdoe pela forma que te dei a notícia , é que não tenho país e não sei como isso funciona sabe.... Mas para te retribuir eu peguei do carro dos seus pais a maleta com segredo do seu pai , achei que era algo de valor por isso que trouxe para te devolver Elena Gilbert.

Ele disse e senti uma estranha confiança , eu confiava em um estranho e isso bastava naquele momento.

–Fique depois do enterro , precisamos conversar sobre o acidente- Digo e ele assenti forçando um sorriso e sai de meu quarto me fazer desabar em minha cama com lágrimas .

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( 1 Mês depois)

–Elena preciso que assine aqui para mim- Matt disse com aquela brava de mal que só ele sabia fazer.

Assinei depois de ler mais não me esforcei em saber do que se tratava aquele contrato eu confiava em Matt cegamente , um mês havia se passado depois da morte dos meus pais e Matt era a pessoa mais próxima que poderia me ajudar a administrar todo estes bilhões que cercava a família Gilbert.... Que me cercava.

–Não fique bravo comigo Matt por favor...- Me levantei e fui em sua direção e o abracei .

–Não gosto de você perto daquele homem, vc é muito inocente não sabe o que ele quer- Ele dizia atento a tudo , eu achava besteira tudo que ele dizia de ruim de Richard.

–Você sabe que mais do que ninguém que ele me ajudou muito a superar a morte de meus pais, ele me levou pra conhecer gente nova , passeava comigo e sempre me diz a coisa certa ....

–Ele quer te levar pra cama – Ele disse e o vi se estapear depois nervoso e vi que não era o que ele queria dizer , mas não pude evitar a dor de uma facada por ele insinuar que eu seria uma qualquer se aceitasse .

–Saia daqui- Digo calmamente tentando me controlar. Ele sabe que errou e abaixa a cabeça a balançando e saiu esbarrando em Richard que entrou sorrindo para mim , não pude não sorrir de volta .

–Vim te pegar pra te levar para aquele lugar – Ele dizia e sorriu enquanto pegou minha mão.