No dia seguinte acordo com uma leve vontade de estar morto. Queria ficar na cama pois sabia que o dia não seria produtivo, porém minha barriga dizia outra coisa. Estava morrendo de fome.

Levantei com uma puta preguiça. Desci as escadas e fui direto para a cozinha. Chegando lá, todos estavam na mesa. Me sento junto a eles.

– Bom dia, mocinho. - Minha mãe diz assim que me vê. - Quer panquecas?

– Uhum, to morrendo de fome.

– E como foi ontem? - Meu pai me pergunta.

– Chato. - Respondo-o, lembrando de todos os momentos de ontem.

– Hoje tem jogo? - Minha mãe pergunta, me servindo panquecas.

– Não. Só amanhã. - Falei, enchendo meu copo de suco de maracujá. - Perece que vai ser Heisei contra Ariann.

– Heisei não é aquela escola onde só tem alunos de classe alta? - Minha mãe senta-se conosco na mesa. - Pensei que gente assim nem participavam de competições como essa.

– Participam. Mesmo nossa escola não indo muito com a cara deles. - Falei.

Percebo que tio Luke está arrumado de terno e gravata, o que não é muito comum de se ver.

– Vai a algum lugar, tio Luke?

– Em busca de trabalho. - ele me responde, e olho boquiaberto para os meus pais. - Como assim?

– Estou mais surpresa que você. - Minha mãe diz, tomando uma xícara de café.

– Conversei com seu tio sobre uma vaga na empresa onde trabalho, daí ele resolveu ir até lá para uma entrevista. - Meu pai fala para mim. - Se ele der sorte, pode ser contratado.

– Está de parabéns tio Luke. - Falei. - Agora só há um vagabundo nessa casa. - Olho em direção a Ash. Ele repara e logo sorri.

– Para sua informação, eu já arrumei um trabalho. - Ele fala. - Começo na segunda feira.

– Gente! - Eu grito, surpreso. - Preparem suas arcas, pois eu novo dilúvio está para chegar.

– Com vocês dois trabalhando, suas imagens iram mudar. Tanto você, Ash, com a sua mãe, e você, Luke, com a Elena.

– Realmente. - Concordei, tomando meu suco.

– É o que eu espero. Estou com saudades da minha pequena. - Sua expressão fica triste o lembrar de sua filha. Sinto uma leve pena.

– Enfim, precisamos ir. - Meu pai se levanta, e tio Luke logo em seguida. - Até daqui a pouco, queria, crianças.

– Bom trabalho, querido. E boa sorte, Luke! - Minha mãe diz a eles.

– Valeu. Vou precisar. - Tio Luke a responde. E logo os dois saem.

– Já já tenho que ir ao salão fazer o meu cabelo. - Minha mãe fica de pé.

– Mãe! A senhora prometeu que iria me levar na loja de animes hoje a tarde, para comprar o meu mangá. - Adam diz de repente.

– Tinha esquecido, Adam. - Ela coloca a mão na testa, culpada. - Eric pode te levar.

– "Eric, pode levar seu irmão?", existe, mãe. - Falou a ela, puto. - Ta bom, eu levo. Não farei nada hoje mesmo.

– Eu vou com vocês - Ash fala, de repente.

– Ninguém te chamou. - Falei.

– Eu não pedi a ninguém. - Ele me responde com seu sorriso debochado nos lábios.

– A essa hora da manhã vocês agindo feito cão e gato?! - Minha mãe nos repreende. - Seria bom vocês saírem juntos mesmo. Talvez vocês se entendam. Não aguento mais essa palhaçada.

– Isso só irá mudar quando ele sair dessa casa - Olhei diretamente para ele. - Só a presença dele me incomoda.

– Assim você me magoa, rosinha. - Ash me responde colocando a mão em seu peito, brincando.

– Olha só rosinha é o seu...

– Ei! Adam está aqui! - Bronqueia minha mãe. - Agora vocês vão sim ir sair juntos. Isso é uma ordem!

– Aff - Cruzei meus braços com raiva. Ash me olha, com um sorriso de lado.

(...)

A tarde chega, e como prometido irei levar Adam a loja de animes.

Estou esperando Adam na porta, juntamente com Ash.

– Vamos, Adam! - Grito Adam, que está em seu quarto.

– Para que a pressa? - Ash me pergunta. - Você mesmo disse que não fará nada hoje.

– Odeio sair de casa. Ainda mais em sua companhia. - respondo-o. - Quanto mais rápido isso acabar, melhor.

– Você me odeia, né?

– Ódio é pouco. - Reviro os olhos e avisto Adam descendo as escadas.

– Finalmente. - Falei. - Vamos. - Tranquei a porta e saímos em seguida.

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A paixão do Adam por animes surgiu por influencia do meu pai. Ele sempre foi ligado nesse mundo oriental. Animes, musicas japonesas, comida japonesa, tudo o que se relaciona a cultura japonesa ele é apaixonado.

– Que tal viajarmos para o Japão no final do ano? - Meu pai pergunta a minha mãe. Ela estava amamentando Adam, que estava com 5 meses nessa época.

– Sid, não temos tempo e nem dinheiro para isso. - Mamãe responde a ele.

– Poderíamos fazer um empréstimo. - Ele fala. -

– Não inventa, Sidney. - Ela levanta o tom, e Adam começa a chorar. - Ótimo, ele acordou.

– Amor, pensa bem. - Meu pai continua. - Será uma experiência maravilhosa para o Eric. - Ele me lança um olhar de "me ajuda". - Não só ele, mas para o Adam também.

– Adam não tem nem idade para isso. - Minha mãe diz, balançando Adam que continua a chorar. - Como você sabe que ele gosta desse tipo de coisa?

Meu pai levanta em silêncio e vai até o rádio. Começa a tocar Aoi shiori de uma banda japonesa chamada Galileo Galilei.

– Abaixa isso.

– Apenas veja. - Meu pai fala a ela, e magicamente Adam se cala.

Os dois começam a sorri.

– Como? - Minha mãe fala, sem acreditar.

– Ele gosta desse estilo de musica, igual ao pai. - Meu pai diz, alisando os poucos cabelos de Adam. - Estou doido para que você cresça logo. Talvez assim poderemos ir ao Japão.

– Talvez. - Minha mãe o corrige.

Meu pai beija Adam na testa, e logo em seguida beija minha mãe.

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A loja de animes fica no centro, dentro de um shopping bastante popular da região. Adam é de frequentar esse lugar uma vez por semana, pois seu mangá sai sempre as terças.

Assim que avistamos a loja, Adam corre em disparada na frente, nos deixando para trás. Entro na loja segundos depois. Avisto Adam olhando de canto em canto, cada bancada, cada prateleira. Seus olhos brilham de encanto.

Ash vai para uma bancada e começa a olha alguns mangás. Eu o acompanho.

– Não sabia que gostava de animes. - Falei. Ele está com um mangá de sakura card captors em suas mãos.

– Curto um pouco, mas não chego a ser fã. - Ele me responde, colocando o mangá de volta no lugar. - Olha. - Ele vai até a outra bancada. - Hentai. - Ele sorri pervertidamente.

– Aff, idiota. - Dou as costas e me afasto.

Vou em direção a Adam, que está em uma outra bancada olhando alguns mangás.

– Adam, vou te esperar lá fora. Não demora, ok? - Deixei ele admirando a prateleira, e sai.

Sentei em um banco em frente a loja, esperando Adam. Minutos depois Ash aparece, e se aproxima.

– Depois daqui vamos para casa? - Ele pergunta, tentando puxar assunto.

– Pretendo, não sei você.

– Também irei. - Ele fala, sentando-se ao meu lado. - Cadê a sua amiga, a Luana?

– Foi para o cinema com os amigos - Falei.

– Pensei que vocês fossem amigos inseparáveis - Ele solta. - Tipo, de sair juntos e tal.

– Ela sai com quem ela quiser. - Eu não ia proibi-la de sair com outras pessoas, isso seria ridículo. Mas sair sem ela é estranho...

Ficamos ali, em silencio, esperando Adam. Minutos depois ele aparece, sorrindo de orelha a orelha com seu mangá na mão.

– Pensei que ia morar lá. - Feli, me levantando. - Vamos?

– To com fome. - Adam diz, passa a mão na barriga por cima da blusa para demonstrar sua fome.

– Também estou com fome...Vamos comer alguma coisa antes de ir? - Ash me pergunta.

– Aff... - Na verdade também estou com fome...– Ta, vamos comer.

Partimos em direção a praça de alimentação. Sentamos em uma das mesas vazias.

– Vai querer o que, Adam? - Ash pergunta, pegando sua carteira.

– Vai pagar para ele? - me surpreendo pelo fato de ele ter dinheiro.

– Sim. Por isso estou perguntando para ele. - Ash me responde. - Vai querer algo também?

– Não. Não precisa. Tenho dinheiro.

– Tudo bem... - Ash fala, voltando a se virar para Adam. - Então, Adam. O que vai querer o que?

– Um X-burguer e um refrigerante. - Adam diz a ele. - Ah, e batata frita também.

–Minha mãe disse que você devia começar a comer coisas saldáveis. -Falei a Adam.

– A mãe dele não está aqui. - Ash fala. - Deixa o garoto comer o que ele quiser.

– Porque não vai ser você que vai ter problemas futuramente. - Falei a Ash, e me viro para Adam. - Tudo bem, Adam. Compraremos o X-burguer e o refrigerante, menos a batata frita.

– Ta bom. - Adam concorda.

– Beleza. - Ash se levanta.

– Espera, eu vou com você. - Volto a olhar para Adam. - Fique aqui. - Levanto e vou com Ash.

(...)

– Vai comprar o que? - Ash me pergunta. Estamos esperando ser atendidos na fila da lanchonete.

– Algo para beber - Respondi, olhando os preços de tudo, no cartaz que havia ali. - Tavez um sorvete... Não sei ainda. E você?

– Batata frita e uma coca. - Ash me responde.

– Tudo caro aqui. -Comentei.

– Eric? - Alguém me chama distante. Me viro e avisto Luana, junto com Pedro, Daniele e Gustavo. Que maravilha... O que eles fazem aqui?

– Luana? - Falei, meio surpreso. - O que faz aqui?

– Eu que te pergunto. - Ela se aproxima. - Marquei de ir ao cinema com o Pedro e o pessoal, esqueceu?

– Ah, é verdade...- Droga! Olho para Gustavo, aos fundos. Ele está com Daniela, que está agarrada em seu braço. Assim que ele percebe que estou observando-o, volto a olhar para Luana rapidamente, disfarçando. - Eu trouxe o Adam para comprar uma parada para ele. - Falei. - Ah, e o Ash também veio comigo. - Observo que Ash. Ele está todo bobo ao ver Luana, ali.

Ash acena para Luana, sorrindo

– Oi, Ash - Ela sorri.

– Oi, Lu... - Ele a responde.

Pedro se aproxima dos dois. Passa um dos seus braço na cintura de Luana, e encara Ash.

A expressão de Ash muda assim que Pedro entra em cena.

– E ai. - Pedro diz a Ash. - Você é...?

– Ash. - Ash se apresenta, num tom cortante e frio.

– Ash... - Ele estende a mão para complementá-lo. - Me chamo Pedro, sou namorado da Luana.

Namorado?!

Ash levanta suas sobrancelhas, mais surpreso do que eu.

– Não sabia que você namorava. - Ash diz a Luana.

– Na verdade, começamos a namorar a pouco tempo... - Luana o responde calmamente. Ela me lança um olha que dizia "Surpresa".

– Ah... - Ash parece triste com essa noticia. Ele realmente gosta da Luana... Tadinho... Espera! Estou sentindo pena dele?!

– Oi, Eric. - Gustavo se aproxima, de repente, com Daniela ao seu lado.

– Hey. - Falo. Lá vem o casalzinho...

– Tavinho, vamos comer alguma coisa? - Daniela simplesmente me ignora. Vadia! Penso, revirando os meus olhos

– Boa ideia, Dani. Que tal comermos algo antes de ir, pessoal?

– Pode ser? - Pedro pergunta, olhando para Luana, que concorda com a cabeça.

Essa ideia não me agradou, muito menos a Ash.

Depois que compramos o que queríamos, fomos nos sentar. Decidimos nos sentar todos juntos, mesmo eu não querendo.

– Pensei que tinha me deixado. - Adam diz para mim assim que eu me aproximo. - quem são eles? - Ele repara no pessoal que vinha atrás.

– Conhecidos. - Falo me sentando ou seu lado. - E uma puta. - Acrescento, baixinho.

– Que? - Adam acaba ouvindo.

– Nada. Esqueça. - Sorrio para ele. - Aqui está seu lanche. - Coloco em sua frente.

– Senhor Adam. - Luana diz, se sentando ao lado esquerdo de Adam.

– Oi, Lu. - Adam sorri para ela.

O resto do pessoal se junta na mesa, conosco. Oito cadeiras no total, quatro em cada lado. Eu, Adam, Luana e Pedro em um lado, Gustavo, Daniela e Ash do outro.

– Que é esse? - Gustavo pergunta, se sentando a minha frente.

– Meu irmão. - Eu o respondi.

– Tem a sua cara. Tirando a cor...

– ...Do cabelo. - Eu o interrompi. - É, eu sei.

– Beleza? Como se chama? - Gustavo estende a mão para Adam.

– Adam. - Adam o responde, apertando sua mão.

– Gosta de Naruto? - Gustavo aponta para o mangá de Adam que está em cima da mesa.

– Uhum. - Adam o responde, timidamente.

– Eu também. - Gustavo sorri.

– Você é um Otaku?

– Com muito prazer. - Gustavo responde, empinando o nariz. - E você deve ser também, não é?

– Sim, Sim. - Adam sorri, feliz por ter encontrado um novo amigo Otaku. - Quais animes você gosta?

– Ah, eu gosto de vários... - Gustavo continua.

Eu sorrio ao observá-los conversando com tanto entusiasmo.

– Eles estão se dando bem. - Luana diz, próxima a mim.

– Sim. - Falei. Meu olhar vai para Ash, que até agora está calado, comendo suas batatas fritas.

– Lu, quer ir na minha casa amanhã? - Pedro pergunta a Luana de repente. - Meus pais vão adorar te conhecer.

– Ta... Pode ser - Luana diz, tomando um gole do seu refrigerante.

Ash os observa, gostando nada daquela conversa.

Volto a olhar para Gustavo e Adam, que continuam a conversar. Só que agora é sobre jogos.

– Eu comprei assassin's creed unity a pouco tempo. - Gustavo fala. - Muito difícil zerar...

– Eu já zerei. - Adam fala.

– Mentira. - Gustavo fica surpreso. - Sério?!

– Sim, pergunta ao Eric. Não é, Eric?

Os dois me olham. Eu apenas balanço a cabeça, concordando.

– Falei. - Adam se gaba.

Gustavo solta uma gargalhada. Ele está mesmo curtindo o Adam... De repente, Gustavo me olha, desfazendo seu sorriso aos poucos. Nos olhamos timidamente uma para o outro, até que somos interrompidos por nada mais nada menos que a Daniela.

– Tavinho. - Ela o chama, com sua voz fina e irritante. Ele se vira para lhe dar atenção. Os dois começam a conversar baixinho, e pelos sorrisos que eles estão dando, o assunto parece ser bom.

Reviro meus olhos, pego meu celular no bolso e vejo a hora. 21h?! Como essa hora passou tão rápido?!

– Acho que já está na hora de nós irmos, Adam. - Falei, me levantando da mesa e guardando meu celular no bolso.

– Mas já? - Gustavo pergunta, olhando para o relógio - Ainda são nove horas.

E te importa eu ficar ou não?

– Sim, já está tarde. - Falei.

– Nossa, nove horas é tarde aonde? - Daniela diz, me irritando.

– Para o Adam, é sim. - Eu a respondi, olhando fixamente para ela.

– Eu vou também. - Ash fala, se levantando.

– Espera, pessoal. Pedro pode levar vocês em casa. - Luana fala, olhando para Pedro. - Certo?

Pedro não parece muito afim de nos levar. Acho que ele não quer dar carona ao Ash...

– Não precisa. - Falei, sem espertar a resposta de Pedro. - Nós vamos de ônibus mesmo.

– Ta bom, então. Cuidado hein. - Ela abre seus braços esperando um abraço. Vou até ela e lhe abraço.

Assim que desfazemos o nosso abraço, Luana desvia seu olhar e começa a olhar para os fundos. Olho para a mesma direção e observamos Ash saindo na frente, sem se despedir. Ela volta a me olhar, confusa. Apenas sorrio de lado para ela, levantando meus ombros. Acho que ela ainda não sacou que ele está afim dela...

Adam vai até Luana e lhe oferece um abraço também. Depois vai ele vai até Gustavo, que lhe oferece um aperto de mão.

– Até qualquer dia, Adam. - Gustavo diz a ele, bagunçando seu cabelo gentilmente. - Você é demais moleque.

– Vai lá em casa, algum dia. Para jogar Xbox - Adam diz a ele. - Gosto de jogar com pessoas fracas.

Gustavo solta uma pequena gargalhada.

– Pode deixar.

– Ta bom. - Adam da suas costas a ele, e sai.

Meu olhar e o de Gustavo se encontram. Ele me dá um pequeno aceno, e diz sem som: "Até". Eu aceno de volta, sorrindo timidamente. Depois dou-lhe as cosas e saio.

(...)

Encontro Ash logo a frente, olhando para uma vitrine de celulares. Me aproximo a ele.

– Porque não se despediu do pessoal? - Pergunto a ele. - Isso é falta de educação, sabia?

– Não sou muito sociável. - Ele deu de ombro.

– Nem eu, mas me despedi. - Me abaixei até o ouvido e Adam. - Olha lá, Adam. Tem uma loja de jogos de Xbox ali na frente. - Adam vai até lá, deixando eu e Ash a sós. - Ash, eu sei o que está rolando...

– Você sabia que ela estava namorando?

–Não. Estou mais chocado do que você. - Dou-lhe um sorriso triste. - Olha, você é bonito, Ash. E, por mais que eu te odeie, não quero ver você assim. Na verdade não gosto de ver ninguém sofrendo por amor, mas enfim. - Continuei. - Parte para outra. O mundo é enorme.

– Esse é o problema...

– Como assim? - Perguntei, confuso.

– Acho que estou apaixonado. - FODEU. - Quando eu bati os olhos nela, algo aconteceu. Algo me fez sentir uma coisa que eu nunca senti... Sabe? - Concordei com a cabeça. Eu não estou apaixonado, Ok? Apenas concordei por concordar. - Nunca havia sentido algo assim. E olha que a gente nem ficou.

Eu estava chocado com duas coisas que aconteceram hoje. A primeira coisa foi que a Luana estava namorando, e a segunda foi saber que o Ash tinha sentimentos.

– Ash... - Eu cocei minha cabeça, sem saber o que dizer. - Ficar desejando uma pessoa que você não pode ter é uma puta perda de tempo. - E é verdade.– Eu já passei por isso... Na verdade eu sou experiente nisso. E olha, amor não correspondido é uma coisa tão horrível que eu não desejo isso a ninguém.

Ash apenas concorda com a cabeça, em silêncio.

Eu sabia que ele estava afim da Luana, mas não sabia que era tão intenso assim...

Um pequeno sorriso se forma, de repente, nos lábios de Ash.

– Por que está rindo? - Pergunto a ele.

– Você me dando conselhos. - Ele me olha, sorrindo de lado. - Mas, você tem toda a razão. Luana agora está namorando, e continuar a gostar dela enquanto ela está com outro seria perda de tempo...

– Sim. - Concordei, balançando a cabeça. Nesse exato momento lembro da minha situação em relação a Gustavo, que está com namorando com a Daniela. Mas, eu estava confuso. Não sabia ao certo o que eu sentia pelo Gustavo. Gostar dele me traria problemas...– Bom. - Digo, saindo dos meus pensamentos. - É melhor é melhor a gente ir. Minha mãe deve estar pirando por Adam está na rua a essa hora.

Ash concorda, e assim vamos para casa.