Te Encontrei escrita por Four


Capítulo 1
Hey


Notas iniciais do capítulo

Bom gente... esse é o primeiro capítulo da minha fic...
Nesse capítulo vocês vão conhecer um pouco da família e do cotidiano do Eric.
Espero que gostem ^^
Boa leitura :3



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– Filho? Filho, já está na hora de levantar. - Abri os meus olhos e vi minha mãe parada na porta do meu quarto. - Vai se atrasar para o colégio. Anda, levanta.

– Já vou - Viro para o outro lado da cama. - Só mais cinco minutos para me preparar psicologicamente para mais um dia, ok?

– Não demora. - Minha mãe sai, e depois de um tempo crio coragem para me levantar da cama.

Meu nome é Eric. Tenho 17 anos de vida entediante. Quase todos os meus dias são iguais, nada de diferente: Acordo, vou para o colégio, volto para minha casa e daí não faço mais nada. O "Quase todo os meus dias" que eu disse, é porque nos finais de semana as coisas são diferentes, é quando eu não faço nada o dia todo, absolutamente nada mesmo. Se você pensou "nossa, então você é um tipo de anti social", Acertou em cheio. Não gosto de sair de casa, prefiro ficar no meu quarto, no meu computador ou lendo um bom livro do que perder o meu tempo indo em festas, afinal, o que eu vou ganhar com isso?

– Que maravilha! Aonde eu enfiei a porra do meu tênis?!

Se o meu quarto é uma bagunça? Puf, magina. Sério, eu não acho que o meu quarto é uma bagunça, mas vai dizer isso a minha mãe. Ela sempre diz para eu arrumar pelo menos uma vez por semana, mas gosto do meu quarto do jeito que ele é, por mais bagunçado que ele seja. "Também né, olha essa bagunça, não me surpreende que as coisas sumam. A única coisa que me surpreende é o fato de você não se perder nela" diz meu pai, mas que culpa eu tenho se, a partir do momento que um objeto vai parar no meu quarto, magicamente nascem braços e pernas nele, e como bônus, aprendem rapidamente a brincar de esconde-esconde.

– Achei!

Estava de baixo da minha cama. Não estou impressionado, afinal, o que não está de baixo da minha cama? Semana passada, por exemplo, acordei no meio da madrugada com fome e, milagrosamente, achei meio pacote de biscoito de baixo dela. Naquele mesmo momento comecei a acreditar que Deus existe.

Me olho no espelho

– O que eu faço nesse cabelo? Ah, tanto faz. Vou de cabelo bagunçado mesmo.

Nunca fui de ligar para minha aparência, e também, por que eu iria me arrumar para ir ao colégio, e as 7h da manhã?? E o Incrível é que tem gente que se arruma para ir ao colégio, tipo assim, por que? Bagunço meu cabelo, coloco o meu uniforme escolar e um casaco xadrez velhinho que amo por cima, um all star preto, e pronto. Estou arrumado.

Desço as escadas, e como sempre, minha família toda está reunida na cozinha.

– Está atrasado senhor. - Essa é a minha mãe. Ela é do tipo de pessoa que, por mais que já esteja velha (Ela fica puta quando chamam ela de velha), faz de tudo para parecer jovem, mesmo ela não precisando. É roupas de garotas jovens, acessórios de jovens, e até gírias de jovens ela solta de vez em quando. Eu e meu pai sempre dizemos a ela que ela é bonita, que ela não precisa disso, afinal, ela é bonita mesmo. Com seu cabelo ruivo e comprido, olhos verdes claros e um corpo de causar inveja a qualquer mulher. Mas, mesmo assim, ela não escuta.

– Relaxa senhorita Isabela. Hoje é segunda, a minha professora de química está de licença maternidade, já já ela vai dar cria. - Sentei na mesa, ao lado do meu pai.

– Eu também não quero ir ao colégio agora, que ir só mais tarde. - Esse é o meu irmão mais novo, Adam. Ele tem apenas 10 anos, mas para um garotinho da idade dele, ele é bem mais esperto. Meu pai o chama de "Senhor Adam", e o Adam adora esse apelido. Baixinho e bochechudo, de pele clara com algumas sardas na região da bochecha, de cabelo ruivo e olhos verdes. Ele sempre chama atenção por onde passa, tanto na beleza, quanto na inteligência.

– Você não pode Adam. - Minha mãe responde.

– E por que não?

– Porque não.

– Mas "porque não" não é resposta, mãe.

– É resposta sim, meu bebê. - Mamãe serve panquecas para o Adam.

– Eu não sou bebê!

– Desculpa senhor Adam, mas você sempre será meu bebê.

– Mas eu já tenho pelos no...

– Acho que isso é desnecessário, Adam - Respondo.

Minha mãe solta uma pequena gargalhada

– Sim. Agora, Adam, termine seu café da manhã ou vai acabar se atrasando.

– Ainda não acho justo o Eric ir mais tarde ao colégio e eu não. - Murmurou Adam.

– Não discuta com sua mãe Adam. Quando você tiver a idade do seu irmão, você vai poder ir um pouco mais tarde ao colégio. - E por fim, esse é o meu pai, Sidney. Um quarentão. Meu pai é um pouco parecido comigo, tanto na aparência, quanto nas coisas que fazemos. Ele é do tipo de pessoa que adora fazer piadas em qualquer situação. Por mais que ele já esteja no auge dos 40 anos, ele também é bem cuidado. De cabelos castanho escuro, olhos verdes e uma barba bem feita (Minha mãe sempre o ajuda a fazer a barba, por isso), um corpo legal porque, geralmente, homens da idade dele estão uma bola.

– Não iluda ele, Sid. - Diz minha mãe ao meu pai.

– Não se preocupe amor. Ele é uma criança, já já ele esquece.

– Não tenha tanta certeza. Eu lembro de coisas quando eu tinha 7 anos de idade. - Respondo a ele. - Ainda me lembro quando você e minha mãe me prometeram me levar na Disney, e até hoje, nada.

– E eu não sou criança. - Adam disse por fim.

Meus pais riram, e eu soltei um risinho.

– Ok. Adam, pegue suas coisa. Já vamos.

Adam pega sua mochila e vai para o carro.

– Vai querer uma carona, Eric? - Meu pai pergunta.

– Não, não. - respondo.

– Tudo bem. - Meu pai fecha a porta e sai.

Não que eu tenha vergonha do meu pai me levar ao colégio...Só eu acho que é bem mais calmo eu ir de ônibus ao colégio, do que eu ir no carro com meu pai ouvindo musicas da época dele, em um som alto, e cantando com uma ajudinha especial do Adam.

Minutos depois, vou para a escola. A mesma coisa toda a semana, esperar o ônibus no ponto, e ir para o colégio. Só que dessa vez, parece que o ônibus decidiu dar uma volta ao mundo.

– Com certeza vou entrar no meio da aula. Obrigado Deus. Que maravilha.

Minutos depois, o bendito ônibus aparece. Quase perguntei mesmo ao motorista se ele tinha dado uma volta ao mundo, mas isso seria muita falta de educação... Por mais que eu goste de ser mal educado as vezes...

Passo pela catraca e olho para os cantos procurando um lugar para me sentar e... Por que ele está me olhando?

Um garoto, que aparenta ter a mesma idade que eu. Cabelos castanho claro, quase loiro. Seus olhos, cor de mel, então fixados em mim. E, no mesmo momento, sinto meu rosto corar de vergonha, e tenho uma leve vontade de afundar a minha cara no chão. Se já encararam você, então você sabe exatamente o que se passa na sua cabeça quando está sendo encarado. De duas, uma: Ou a pessoa se interessou por você, ou tem alguma coisa errada com você. Você nunca acha que é a primeira opção, e daí, automaticamente você começa a passar sua mão na cara, tenta ver o seu reflexo em qualquer lugar para ver se tem algo errado na sua aparência. É o cabelo, com certeza é o cabelo, pensei. Sento em um dos assentos a direita do ônibus. O garoto está sentando em um dos assentos a esquerda. Coloco os meus fones e começo a olhar pela janela. Percebo que o garoto vira a cabeça as vezes para me olhar. Porra, o que ele quer? Decido parar de ignorar e agora estou encarando ele. Novamente ele se vira para me olhar, e percebe que estou encarando-o. Ficamos assim por alguns segundos, até que o garoto sorri para mim, levanta do assento, e desce do ônibus. Pronto, digo para mim mesmo, a brincadeira acabou.


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Notas finais do capítulo

Então é isso pessoal, gostaram? Espero que sim.
Repetindo, postarei novos capítulos nos finais de semana (A partir de semana que vem).
Até o próximo capítulo o/



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