Os instrumentos mortais - A bela perdida escrita por A OLD ME


Capítulo 21
Capitulo 19


Notas iniciais do capítulo

Oiie gente... o primeiro capitulo de hoje... não sei se vai sair o segundo pq tive uns probleminhas mas vou tentar.



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Quando acordei ainda estava escuro, a cama estava vazia e gelada ao meu lado mas eu suava com o calor que vinha de mim mesma, talvez fosse meu corpo expulsando o veneno de demônio. Remexi-me na cama tentando levantar senti-me fraca e logo havia mãos me apoiando. Era Jonathan.

— Ei, ei, não. Continue deitada. – ele sussurrava enquanto arrumava meus travesseiros. – Você dormiu muito tempo e a runa ainda está fazendo efeito.

— Como dormi muito tempo? Jonn que dia é hoje?

— Faz dois dias que você está dormindo Celly... Eu estava tão preocupado mas Clary disse que a runa era assim mesmo. – ele fala aflito.

— Eu... amor eu to b..- estou tentando tranquiliza-lo até lembrar que não é só comigo que devo me preocupar – Jonathan precisamos ver Kiron... Agora!

— Celeste, eu sei, mas agora estamos em Paris.

— Jonathan não temos tempo para nada antes de ver Kiron! – eu praticamente grito com ele.

Ele claramente se rende e pega meu celular da cabeceira da cama estendendo-o a mim.

— Descubra onde ele está então!

Falo com Kiron rapidamente sem explicar a ele tudo sabendo que ele já entende o motivo, ele e Istael ainda estão no nosso apartamento protegido, Jonathan me deixa com Clarissa no quarto quando ela vem me trazer comida.

— Huum, Jace e eu preparamos, desculpa mas a sua cozinha ficou uma bagunça – diz ela rindo – mas Jace é compulsivo por limpeza e organização então aposto que quando você levantar ela vai estar brilhando. – ela brinca.

— Obrigado... Por tudo. – digo observando a grande bandeja com frutas, suco e bolo de laranja com chocolate me perguntando qual foi o motivo da sujeira a qual ela se referiu.

— Há Celly pare de me agradecer, acho que eu estaria pirando se você não estivesse aqui. – ela diz e como sei que ela tem mais a dizer só a observo enquanto como – Sabe, eu fico confusa com tudo isso, há horas em que só quero pegar Jace e sair daqui sem rumo, mas quando vejo você e Jonathan e a relação de Jace com vocês ele parece feliz como nunca antes. – ela se interrompe – eu me desculpa, é bobagem!

— Não é não Clary... Me sinto confusa também e te entendo, é difícil confiar em alguém que fez coisas horríveis mesmo que esse alguém seja seu irmão, mas você não tem culpa, foram afastados por culpa dos seus pais. Entendo qualquer um que odeie Jonathan uma vez que ninguém o conhece como eu.

— As vezes queria fico imaginando como teria sido se Valentim não fosse um maluco psicótico, se todos tivéssemos sido criados em Idris... – ela diz vagamente.

— Provavelmente você e Jonathan seriam os irmãos mais provocantes de toda Idris, Jonathan e Jace se achariam o máximo e seriam do tipo “Deixem com nós garotas”, mas Jace e eu ainda seriamos amigos porque somos parecidos no jeito tranquilo de lidar com as situações, Izzie e Alec seriam os irmãos mimados e rebeldes...

— E Max seria o garotinho que fica tentando nos seguir e que nós passaríamos o dia paparicando. – ela diz completando a visão.

No mesmo momento batidas leves soam na porta, gritamos juntas “pode entrar” e Jonathan e Jace aparecem.

— Estamos no Brasil, você nos guia agora bela adormecida – fala Jace piscando para mim.

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Todos já estão vestidos e prontos para sair Jace é o ultimo a chegar a sala principal então saímos, a brisa do nordeste brasileiro me da uma sensação de paz semelhante ao que senti quando fui a Suíça terra de origem da minha família.

Caminhamos algumas quadras, aqui já é noite embora o fuso horário seja bem diferente do da França. Nosso apartamento fica em frente a uma praia, aqui nessa época do ano já é bem quente mesmo não estando ainda no verão.

— Nossa aqui é quente... – reclama Clary tirando a jaqueta de couro preta.

— Chegamos... – digo entrando rapidamente no prédio grande com grandes tapetes vermelhos e pilares dourados.

— UAU, é aqui que vocês estavam morando?

— Sim na cobertura. – afirmo sorridente.

Aproveitamos que o elevador estava aberto e ainda com as runas de invisibilidade entramos apertando o botão do 10º andar, que é o penúltimo. Caminho até a porta do apartamento 1004  e com a runa que programei destranco a porta, todos estamos rapidamente desfazendo as runas de invisibilidade. Quando estou virando sou surpreendida por dois braços fortes ao redor de mim.

— Pelo anjo Celeste – grita Istael – Eu quero te matar! Dois dias sem dar informações, uma ligação de emergência e aquela noticia eu quero simplesmente te colocar em coma para você parar de aprontar.

— Ist, não consigo respirar direito – digo entre suspiros.

Ele me larga de seu abraço de urso e me inspeciona dos pés a cabeça.

— Então o que houve?

— Me dê um minuto se você olhar para trás perceberá que não estou sozinha...

Ele se afasta limpando a garganta mas permanece em silencio encarando, logo quem, Jonathan! Para minha salvação Kiron aparece.

— Crianças, vocês chegaram! – ele fala sorridente enquanto nos observa – Vejamos, Menino e Menina anjo – diz olhando Jace e Clary – E você, o grande Jonathan, você fez com que eu tivesse muita dor de cabeça nos últimos meses, se quer saber! – ele finalmente se vira para mim segurando minha mão – e você meu docinho, eu estava preocupado. – ele só fala isso e me abraça.

— Também estava com saudades. Bom Clary, Jace e Jonh estes são Kiron o Bruxo que me ajudava e Istael meu parabatai.

Todos se entre olham por um momento mas ninguém diz nada Jonathan e Istael se encaram como se estivessem prestes a erguer suas laminas, Kiron que ainda segura minha mão e assim como eu percebe que não faremos nenhuma diferença ali então me puxa para meu antigo quarto. Sentamos em duas poltronas brancas de coura um em frente ao outro e ele começa a falar.

— Então vai me explicar o que aconteceu?

— Eu não sei se tem algo errado, preferi vir falar com você. Eu estava lutando com alguns demônios a dois dias atrás e fui mordida por um, Clary fez uma runa nova que mostrei a ela e estou me sentindo melhor agora, mas, o bebê eu, Kiron será que isso pode ter alguma reação nele?

— Você tem certeza? Do Bebê?

— Sim, fiz um teste... Kiron por favor, veja se ele está bem!

— Tudo bem querida não se apavore, você usou uma de suas runas tenho certeza que tudo está bem, mas vamos ver como ele está.

Kiron tranca a porta e mesmo preocupada com os outros lá fora ignoro, ele me da um chá esquisito e logo começa um tipo de magia. Sinto-me sonolenta viajando em pensamentos, tento imaginar como será o rosto do meu bebê, se terá os olhos de Jonathan ou os meus, imagino seus cabelos loiros quase prateados, a covinha no queixo igual a de Jonh. Por algum motivo em todas as tentativas de descrever meu bebê vejo um menino.

Batidas na porta me tiram de meus devaneios, caminho até a porta lentamente seguida por Kiron. Jonathan está parado em frente a porta mas não nos impede quando passamos por ele indo até o sofá da sala.

Chamo Jonh para sentar ao meu lado, Jace e Clary de juntam a nós, Istael senta ao lado de Kiron no outro sofá.

— Então... – começa Kiron – Você conta ou eu conto queridinha? – olho para Jonathan sem dizer nada e Kiron impaciente fala por mim – Parabéns, mais um Morgenstern virá ao mundo.

Clary está sorridente e Jace parece não acreditar, a expressão de Jonathan é indescritível. Ele coloca levemente a mão na minha barriga antes de me puxar para um abraço, quando me solta Jace segura minha mão sorrindo e Istael que ainda se mantinha quieto da dois passos até mim, levanto caminhando até ele que me abraça agora sorrindo e girando-me pelo ar.

— Ah Celly desculpa ter gritado com você, é que fico tão preocupado... Pelo anjo você vai ser mãe Celeste, estou tão feliz por você. Mas espero que pelo menos agora crie juízo não pode sair por ai caçando demônios e se metendo em uma missão de transformar o mundo maluca enquanto carrega essa criança.

— Ist...

— Não, não me venha com Ist... – ele se virá para Jonathan – Escuta, eu sei que você a ama, mas sabemos que nem mesmo você tem controle sobre si mesmo, precisa cuidar dela, precisa mantê-la fora de suas loucuras. – eles se encaram por alguns segundos – Sei que ela só será completamente feliz ao seu lado, então lhe imploro que cuide dela, mas mesmo assim quero ir com vocês para onde quer que estejam indo, fazer o que quer que estejam fazendo.

Jonathan faz uma careta como se não acreditasse nas palavras dele, nunca imaginei que alguém que soubesse do temperamento de Jonathan o desafiaria assim. Com medo que Jonh perdesse a cabeça seguro sua mão, mas ele se solta estendendo-a para Istael.

— Alguém que cuidou de Celeste como vocês dois e que se importa tanto com ela sempre será bem vindo... Se assim quiserem os dois podem vir conosco, farão parte de um novo mundo.

— E o que exatamente vai ser esse novo mundo para alguém, digamos da minha, “raça”? – perguntou Kiron.

— Não sou Valentim, não tenho nada contra os seres do submundo, serão bem vindos desde que estejam de acordo com as minhas regras.

— Interessante...

— Acho que devemos ir, temos assuntos a tratar ainda hoje. – interrompe Jace.

— Certo, Celeste... – respondeu Jonh enquanto Jace e Clary já se despediam e se dirigiam a porta.

— Vou sentir saudades queridinha... – Kiron fala me abraçando.

Depois de alguns minutos me instruindo sobre chá e ervas que fariam bem para o bebê Kiron e eu caminhamos até a porta onde estão os outros.

— Volto para ver você logo.

— Acho bom mesmo quero ver se estará cuidando direitinho dessa barriguinha!

Istael me abraça e beija o topo da minha cabeça, seu abraço protetor não faz sentido até que ele sussurra “Te vejo em alguns dias”, olho para ele que pisca para mim, mas é Jonathan quem explica.

— Seu parabatai irá nos encontrar em alguns dias, temos muito a organizar ainda, mas nada perigoso.

— Ainda não consigo acreditar.

É tudo que falo e logo estamos caminhando em direção ao elevador deixando meu parabatai teimoso e meu fiel, conselheiro bruxo para trás. Sem demora chegamos ao apartamento, Jonathan fez compras no caminho, frutas, doces, comida brasileira e tudo que tínhamos direito. Enquanto nosso apartamento viajava nos levando através do tempo e espaço meu noivo ergueu sua taça e falou:

— Nunca imaginei que faria esse brinde tão cedo, mas estou extremamente feliz de fazê-lo, por mim e por minha bela noiva Celeste, sabemos que não haveria pessoas melhores para compartilhar esse momento, por isso, proponho um brinde a meu filho e também quero convida-los a serem nossos padrinho e madrinha de casamento.

Seguro a mão de Jonathan confirmando aos dois que é a vontade de ambos. E após se entreolharem algumas vezes respondem juntos:

— É claro que aceitamos!

— Temos que comemorar hoje a noite... – falo deixando a frase no ar, sei que Jonh entenderá.

— Mas já não estamos fazendo isso? – indaga Jace.

— Não, não pelo bebê. Por Jonathan, hoje é aniversário dele.

— Quem diria ein, que presente você ganhou – comenta Clary irônica.

— Ganhei o melhor presente que alguém poderia me dar! – ele comenta enquanto levanta da cadeira, já estou achando que ele dirá não a festa quando ele para atrás de mim e beija o topo de minha cabeça dizendo - Tenho um lugar para irmos, a Kosti Lustr?

— A o que? – pergunta Clary.

— Significa O Lustre de ossos, uma boate – explica Jace.

— Conheço esse lugar... Licantropes, vampiros, bruxos existe de todas as espécies lá.

— Como você conhece esse lugar Celeste? – agora ele se irritou. Beleza. Mas não me abalo.

— Da mesma forma que conheço Jace... Eu viajava bastante com meus portais, um dia decidi conhecer Praga e meu portal me trouxe para a esquina dessa boate. – ele me encara com um misto de expressões, retribuo o olhar lembrando-o do porque eu fazia isso e ele suaviza o rosto, viro-me para Clary sorrindo – Você vai adorar aquele lugar, vai se divertir como nunca.


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Notas finais do capítulo

Gente... como vocês imaginam o Istael? A algum ator com quem vocês comparam? E repetindo a pergunta de outro capitulo... Quem vocês me matariam se eu matasse na história?



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