Akame ga Kill! – Jogos Mortais escrita por Leitor de Animes


Capítulo 3
Capítulo 3 – Perigos e Frios


Notas iniciais do capítulo

Bem, esse é o capítulo 3/4 dessa FanFic. Desculpe ter demorado a postar, mas estava ocupado hoje.
Semana que vem acaba, então espero que tenham gostado até então.



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No outro dia, a voz do rapaz mascarado ecoou pela casa e acordou a todos.

– Acordem, jogadores! Está na hora de jogar!

Todos pegaram suas Fardas e foram para o portão do próximo local. Uma tela acendeu e o Chefe dos Jogos apareceu.

– Esse desafio será complicado. O local está inundado de um lado a outro, cheio de animais e monstros marinhos, além de peixes elétricos que um simples toque já mataria qualquer um de vocês.

Eles empurraram o portão e viram um enorme espaço cheio d’água, com uma parede no meio do lugar, por cima d’água, provavelmente para não passarem por cima. O único local seco era a entrada por onde chegaram.

– Vamos ter que nadar. – Wave ativou sua Grand Chariot e se pôs a frente. – Tatsumi e eu cuidamos dos monstros enquanto vocês passam.

– Mas... – Mine parecia preocupada, mas logo mudou sua expressão. – Se vocês querem morrer, enfiem uma espada no peito, mas ficar detonando consigo mesmos aos poucos é sacanagem.

Tatsumi ativou sua Incursio e ficou ao lado de Wave.

– Nós não morreríamos tão facilmente.

Eles entraram na frente e cada um ficou de um lado. Os outros foram pelo meio, sendo que Coro não parava quieto e ia atrás dos monstros do lugar. Nem foi preciso Tatsumi e Wave fazerem tanta coisa.

Quando chegaram à parede na água, viram que era bem grossa. Wave e Tatsumi olharam um para o outro e assentiram.

– Prendam bem a respiração.

Wave segurou Kurome e Seryu, Tatsumi pegou Akame e Sheele nos braços enquanto Mine se segurava nas costas dele. Os dois as deixaram do outro lado num piscar de olhos.

– Droga! – Mine foi colocada fora da água por Tatsumi. – Eu quase me afoguei!

Wave deixou as duas que trouxe com Tatsumi.

– Eu vou buscar o senhor Bols e o Coro. Você cuida delas por enquanto.

Wave saiu por alguns segundos e voltou com os dois. Todos saíram da água, se secaram com algumas toalhas que haviam no local e esperaram a aparição do rapaz mascarado.

– Vocês fizeram mais rápido do que eu pensava. Nem consegui preparar o último ainda e vocês já terminaram o penúltimo.

– O próximo é o último? – os olhos de Mine brilharam. – Quando sair daqui, você terá que pagar minhas próximas compras, seu idiota!

– Tudo bem, eu pago. Só peço que esperem por mais meia hora, porque o próximo inimigo ainda está sendo preparado e ele é meio... Complicado...

A tela desligou e os oito ficaram lá, esperando aquela meia hora passar.

Quando eles já não aguentavam esperar, a tela acendeu novamente.

– Bem, terminei os preparativos. Vocês podem entrar.

O portão abriu e os oito entraram. O lugar era um salão circular enorme, com dezenas de metros de altura e centenas de circunferência. Dos dois lados do portão por onde passaram havia portas, uma de cada lado.

Da porta da direita saíram algumas pessoas já esperadas: Najenda, Run, Chelsea, Leone, Dr. Stylish, Lubbock, Susanoo e...

– Tatsumi! – Esdeath correu em direção do rapaz e o abraçou.

– Esdeath! – o rapaz tentava se soltar dela, mas não conseguia. Ela era uma força imparável.

Mine observou a cena com os punhos cerados.

– Tatsumi, você poderia, por favor, solta-la? – a garota parecia pronta para atirar.

– Mas não sou eu, é ela!

Esdeath soltou o rapaz assim que a terceira porta abriu. Somente três pessoas saíram da porta, sendo eles um homem grande usando armadura negra com capacete de dragão e uma dupla de mascarados, um garoto e uma garota.

– Quem são vocês? – Tatsumi apontou sua espada para eles, sério.

– Usando minha Farda contra mim? – Bulat tirou o capacete e sorriu. Carregava uma enorme espada negra em suas costas.

– Irmão! – Tatsumi foi até ele, seguido pelo resto do pessoal.

Os outros dois mascarados traziam armas consigo: a garota trazia um arco branco decorado de penas azuis e o garoto trazia um machado de dois gumes com o cabo entalhado com uma cabeça de touro.

– E vocês seriam? – Chelsea perguntou aos dois.

– Ninguém em especial, né, Tatsumi?

O rapaz tirou a sua máscara, mostrando ser...

– Ieayasu! – Tatsumi se virou para a garota. – E essa é...

– Eu mesma. – Sayo tirou sua máscara.

Tatsumi não conseguia segurar suas lágrimas. Ele sorria e chorava de alegria. Todos no lugar tinham as marcas de penas em seus braços.

– Como isso aconteceu? – ele limpou o rosto.

– Da mesma forma que vocês. – Sayo olhou para o telão que acendeu no teto. – Aquele cara.

O Chefe dos Jogos estava lá, olhando para todos eles.

– Vejo que vocês conseguiram se encontrar. Muito bom. – ele batia palmas para eles. – Vocês mereceram cada instante de vida pelo qual lutaram até então. Agora, será sua última luta pela vida aqui dentro.

No centro do lugar, uma plataforma saiu do chão e um ser de cinco metros estava em cima. Tinha corpo humano e era extremamente musculoso, mas seu rosto, pernas, mãos e pelugem eram de leão.

Ele estava preso em correntes ao chão e parecia bem raivoso.

– Este é Spelaea, o Leosomem. – disse o mascarado. – Ele é um ser muito perigoso e de extrema violência. Foi encontrado por meu bisavô e se mostrou uma grande fonte de informações.

– Legal, mas? – Leone parecia com muita vontade de lutar.

– Bem, ele será seu próximo oponente. – o rapaz soltou as correntes do monstro e riu. – E só pra avisar, ele é imortal.

Spelaea foi em direção do grupo em uma velocidade enorme. Mine apontou Pumpkin para ele e atirou, perfurando o coração do monstro. Ele parou, imóvel.

– Imortal? Que nada...

O peito de Spelaea se regenerou e ele continuou o ataque. Deu a volta neles em questão de segundos e pegou Chelsea.

– Droga!

Ela usou sua Farda, se tornando uma cobra e escorregando pela mão do monstro. Depois, se transformou o mais rápido o possível e se tornou um pássaro, ficando fora da área de ataque de Spelaea.

– Pessoal, preparem-se! – Najenda ordenou. – A luta vai ser complicada.

Eles lutavam em turnos, revezando sempre e procurando falhas na defesa do monstro. Todos os cortes e danos causados a ele se regeneravam em segundos como se aquilo fosse normal.

– Vocês são fracos... – Spelaea sorriu, lambendo os lábios.

– Ele fala também... – Mine apontou para a cabeça dele e atirou.

O grandão desviou com facilidade e foi em direção a Mine. Leone logo o pegou por trás e quebrou seu fêmur com um soco.

Ele caiu de joelhos, mas logo depois levantou.

– Muito boa.

Ele surgiu atrás de Leone e chutou-a longe.

– Leone! – Tatsumi prestou atenção nela e não viu Spelaea chegando perto.

– Cuidado! – Leone gritou para ele.

Ele também saiu voando e acertou a parede. Alguns deles, como o Dr. Stylish, não podiam fazer nada na luta e tentavam somente fugir. Outros atiravam o que tinham contra o monstro e atacavam com suas armas.

Já Bulat, Sayo e Ieyasu demonstravam ótima interação. Bulat distraia e segurava os ataques do Leosomem enquanto Sayo atacava a distância, lançando flechas nos olhos e outros pontos, e Ieyasu atacava com investidas rápidas e machadadas certeiras.

Bols, Mine e Seryu também faziam seus ataques a distância, com Coro suprindo os armamentos de Seryu.

– Coro, me desculpe por isso, mas... Modo Berserker!

Coro ficou gigantesco e vermelho, indo pra cima de Spelaea com toda sua fúria e devorando a metade de cima de seu corpo. As pernas do humanoide caíram no chão, mas logo um corpo cresceu novamente delas.

– Muito legal isso. – ele pegou Coro e quebrou, torcendo-o em vários pontos.

– Coro! – Seryu começou a atirar mais ainda contra o leão, mas ele desviou dos ataques.

Sayo atirou duas flechas envoltas em chamas azuis e acertou os olhos do monstro. Ieyasu aproveitou e acertou o machado de lado na cabeça dele, afundando-a com força no chão e ainda emitiu eletricidade por todo o corpo dele. Bulat pegou sua espada, envolta em sombras, e partiu o monstro na vertical.

Com todo o seu corpo acabado, ele se juntou novamente e se levantou. Mesmo assim, Susanoo acertou seu joelho direito pela frente e o afundou para trás, tombando-o novamente. Najenda jogou seu punho mecânico no ângulo certo e acertou novamente o olho do monstro.

– Vocês já estão de sacanagem, né? – Spelaea gritou. – Atacar meus olhos não vai me deixar cego!

Enquanto isso, os outros mal podiam entrar na luta. Tatsumi e Leone conseguiram voltar para junto dos outros, mas estavam bem cansados.

– Mana, posso? – perguntou Kurome para Akame.

– Se acha necessário. – respondeu Akame.

Kurome sorriu, depois invocou uma das últimas aquisições de seus brinquedos: Uma armadura da mesma altura do monstrengo com uma lança e escudo.

– Mate. – ela apontou para Spelaea.

Quando ele se virou para a armadura, Esdeath aproveitou e congelou o felino.

– Vamos fazer aquilo? – Lubba perguntou para Run.

– Claro.

O soldado armadura enfiou a lança no gelo, partindo Spelaea em dezenas de pedaços. Mesmo assim, ele se reuniu novamente.

– Isso está ficando chato. – disse.

Neste momento, Run e Lubba colocaram seu plano em pratica. Run jogou suas penas amaradas com os fios de Lubba, que guiava as penas. Eles enrolaram o felino gigante, abrindo chance para os outros.

Sheele foi até o pescoço do grandão e cortou a cabeça dele fora, enquanto Susanoo e Bulat arrancavam as pernas dele. Esdeath, por sua vez, congelou-o novamente.

A armadura gigante carregou Spelaea o mais rápido possível para o centro do lugar. Lá, Wave e Tatsumi prenderam uma de suas mãos com as correntes enquanto Susanoo e Leone prenderam a outra, já que ele já estava voltando a se recuperar.

Quando Spelaea percebeu o que tinha acontecido, começou a gritar.

– Trapaceiros! Malditos! Desgraçados! Bastardos! Filhos de hienas! Comedores de folhas e capim! Lanche de tigre!

Ele continuou a gritar esses xingamentos enquanto a plataforma onde estava abaixava lentamente. Ao mesmo tempo, outra descia do alto no mesmo local.

Quando ela terminou de descer, lá estava ele, o Chefe dos Jogos. Usava uma calça e botas pretas e camisa branca.

– Muito bem, jogadores. Vocês zeraram meu jogo e provaram que podem voltar a suas vidas. Surpreenderam até a mim, o Grande Chefe dos Jogos.

Akame, Kurome, Mine e todos os outros apontaram suas armas para ele. Ainda assim, Sayo e Ieyasu ficaram ao lado do estranho rapaz. Mesmo querendo atacar, não conseguiam.

– O que vocês estão fazendo? – perguntou Tatsumi aos amigos.

– Não vamos deixar que matem quem nos deu essa segunda chance. – disse Sayo.

O rapaz saiu de trás deles e ficou de braços abertos para eles.

– Me matem! Tentem! Vocês não poderiam mesmo se quisessem. Eu os modifiquei para não faze-lo.

Eles tentaram ataca-lo, mas não conseguiram. Suas armas paravam antes de acertar seu corpo. Nem Mine conseguia atirar nele, mesmo cheia de raiva.

– Como você fez isso? – Akame ficou cutucando o ar perto do rapaz com Murasame.

– Longa história. É melhor eu explicar lá em cima. – ele apontou para o alto, de onde desceu a plataforma.

Eles estavam com um pé atrás, mas seguiram o rapaz. Subiram até um salão repleto de telas daquelas que ele usava e muitas outras menores. Haviam imagens de tudo: a capital, a base da Night Raid, o espaço lá embaixo, etc.

O rapaz seguiu para uma porta, a qual dava para uma sala de reuniões cheia de cadeiras.

– Sentem-se. – ele se sentou na cabeceira.

Os outros também se sentaram.

– Bem, eu sei que devo muitas explicações para vocês. Mas antes, vou tirar essa máscara.

Após tirar a máscara, seus cabelos meio longos e brancos ficaram expostos, além de seus olhos roxos escuros. Parecia ter 16 anos no máximo.

– Eu sou Lion, o Criador dos Jogos. Fiz tudo isso para me divertir, já que não tinha nada para fazer.

– Para se divertir? – Leone parecia com raiva. – Nada para fazer? Você estava brincando com nossas vidas!

– Eu sei. Sou meio sem noção na hora de brincar.

Ele suspirou.

– Alguém quer uma bebida ou algo para comer antes de eu começar? A história será longa.

Todos assentiram.

– Tauren, traga algo para eles.

O minotauro trouxe algumas bebidas e salgadinhos para eles. O rapaz se posicionou e se preparou para falar.

– Bem, tudo começou quando vocês morreram.


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Notas finais do capítulo

Bem, mais uma capítulo, mais história.
Semana que vem acaba e saberemos toda a verdade.