Assim que anoiteceu, fui procurar Killian. Ele não estava em lugar nenhum, não estava no Granny's, não estava com David, não estava em casa e a pior parte é que ele não atendia o celular.

— Emma, vá procura-lo, eu cuido do Henry, ele está cansado. - falou Regina

— Eu não quero deixar o Henry, eu já não passo tanto tempo com ele e quando eu posso, tenho que deixa-lo.

— Ei, é só hoje, amanhã tudo vai estar normal de novo.

— Será?

— Killian estaria doido se não aceitasse conversar com você.

— Eu nem sei onde procurar ele mais. - falei frustrada

— Já procurou nas docas? Lá não pega sinal de celular direito e ele é louco por aquele barco, vá lá.

— E como vou saber qual é o barco dele?

— O Jolly Roger é o maior barco de lá, você vai saber qual é assim que o ver.

Fui até as docas, estava escuro lá, apenas algumas luzes iluminava o caminho. Regina estava certa, assim que cheguei lá, vi o barco de Killian. Me aproximei e subi, sem fazer barulho, parei na entrada embarcação.

— A vista aqui é linda. - falei

— Emma! - disse se virando assim que ouviu minha voz - O que faz aqui?

— Eu precisava conversar com você.

— Sobre o que? Vai brigar comigo de novo? Ficar me julgando?...

— Killian, não é nada disso! Eu preciso falar sobre nós. Eu queria te pedir desculpa, porque eu fui uma idiota... é que é difícil acreditar quando as provas estão bem ali, mesmo que seja o que não parece ser.

— Eu confiei em você quando ninguém mais confiou. Acho que você poderia ter me ouvido.

— Eu sei e é por isso que eu tô aqui. Me perdoa... e, na verdade, isso é a única coisa que vai me fazer ficar em Storybrooke, porque se você dizer que não, eu vou embora...

Ele ficou em silêncio, me encarou e deu um leve sorriso. Seu olhar ainda era o mesmo olhar triste, mas se encheu de lágrimas em poucos segundos.

— Eu não posso viver sem você e o Henry. - sorriu ele e me abraçou

— Eu te amo, me perdoa.

— Tá tudo bem agora, eu te entendo.

— Obrigada Killian.

Ele me beijou e encostou a sua testa na minha.

— Eu te amo Emma, eu te amo muito.

— Posso conhecer seu navio?

— Seja bem vinda ao Jolly Roger.

— Obrigada, capitão. - sorri

Ele me mostrou cada centímetro do navio, contou como o construiu com o pai e o irmão e como aquele navio trazia felicidade pra ele.

Passamos a noite conversando, ele me falava sobre as estrelas, me ensinou a guiar-me por elas. Aquelas confusas estrelas tinham um sentido, eu sabia que para ele, elas significavam bem mais do que simples pontos iluminados no céu.

— Onde está o Henry?

— Com a Regina.

— Então podemos aproveitar a noite tranquilos?

— Como faríamos isso?

— Se estiver disposta a descobrir, siga-me. - arqueou a sobrancelha esquerda com um sorriso torto

Eu me levantei e ele me guiou até o "quarto" dele, onde havia uma cama que não era nem grande, mas não era pequena.

— O quarto do capitão. Bem-vinda.

— Trouxe quantas pra cá? - brinquei

— Contando com você? Poucas. - riu

— Engraçadinho!