Uma Segunda Chance escrita por Sapphire


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Nossa! Demorei muito, mas saiu o Capitulo. Ta ficando cada vez mais complicado escrever >.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/584237/chapter/16

Quem acha o Ryan a carinha brava da Paola?

***

Quando todos me vissem certamente eu iria atrair todos os olhares para mim. E era exatamente o que queria fazer. Despertaria olhares de inveja e fúria. Mais fúria que inveja, e não estava nem um pouco preocupada. Com tanto que chamasse a atenção.

Escolhi um dos meus vestidos mais escandalosos e chamativos que havia comprado. É claro que era na cor vermelha. Provocar não faria mal algum desde que fosse dentro dos limites.

Demorei o suficiente, para me vestir e maquiar. Quando estava pronta para descer alguém resolve bater na minha porta.

– Paola, ainda está aí? Sou eu, Paulina. – Achava incrível que ela tinha que se identificar sempre que me telefonava ou fazia algo do tipo, sério que ela achava que não reconhecia sua voz?

– O que você quer? – perguntei com a mão a maçaneta.

– Saber se já está pronta, quero que desça comigo, mas antes quero conversar a sós. Aproveitar que ninguém poderá nos interromper.

Fechei os olhos e os abri lentamente junto com um suspiro e girei a maçaneta abrindo a porta. Paulina estava com as mãos entrelaçadas me olhando.

– Entra, mas seja rápida, porque já estamos atrasadas, e daqui a pouco o jantar sai à meia noite. E estou faminta – fechei a porta e me sentei no divã, Ela ainda ficou parada em pé como se estivesse pensando no que dizer. – Não vai se sentar?

Paulina olhou para o Puff em frente a cama e sentou ali mesmo.

– O que quer falar comigo? – perguntei.

– Saber como está, ficamos tanto tempo sem nos ver.

Paulina acha que eu tenho cara de boba. Ela não veio até o meu quarto para perguntar aquilo.

– Que exagero maninha, apenas três meses. Não é muito comparado os anos que ficamos longe uma da outra.

– Eu sei, por isso mesmo eu não quero ficar longe de você nem mais uma semana. E gostaria de te pedir que venha morar perto da gente.

Morar perto da gente? O que ela quer dizer com isso? Eu bato a cabeça no acidente e quem fica sem parafusos é ela?

– O que está dizendo Paulina? Está louca? Era só o que me faltava, morar perto dos Bracho. E não falo isso porque eles me odeiam, mas por que não tem cabimento eu ficar perto de uma família que eu mesma tive desavenças e não suporto. Não tenho nada que me ligue a eles.

– Por mim. Pelo menos eu que sou sua irmã. Nossa mãe ficaria muito feliz de nos ver juntas.

– Se Carlos Daniel não tivesse pedido divórcio e eu estivesse com ele, poderíamos nos ver todos os dias. Mas as coisas mudaram, Paulina. E agora estou com o Liam e vou morar nos Estados Unidos com ele, não no México.

– Então pelo menos me prometa que vai todos os dias me telefonar e... Vai sempre que puder vir nos visitar, e ver as crianças. Por favor. Quero que uma faça parte da vida da outra.

Paulina estava com os olhos marejados. Estava sendo sincera quando disse que fossemos irmãs e amigas quando se dedicou e ficou ao meu lado na recuperação. Mas ela também roubou o Carlos Daniel de mim quando eu ainda estava com ele. E morar perto dela significaria morar perto dos Bracho e vê-los. Eu não quero saber mais do meu passado. Isso significa relembrar todas as monstruosidades que fiz e todas as coisas ruins que aconteceram comigo também.

– Não posso prometer que poderei vir sempre. Mas você pode vir nos visitar, sozinha com as crianças é claro. Nenhum Bracho a mais. – levantei e caminhei em sua direção – Olha Paulina, não faz meu tipo bancar a irmãzinha melosa, mas estou fazendo o possível para não ser mais como era antes com você. Porque foi boa pra mim quando eu mais precisei e a única em que posso confiar, talvez não cem por cento.

– Você ainda me culpa por não estar mais com o Carlos Daniel, não é verdade?

– Sim e não. Sim eu te culpo porque você aceitou ficar com ele e não, porque se eu nunca tivesse te obrigado a ocupar meu lugar eu ainda estaria com ele. Mas estaria infeliz, sendo a mesma Paola, imprudente, adultera e cruel. Com o Liam é diferente, eu não sinto vazio da qual sentia quando estava aqui. Com ele eu não preciso forçar o jogo, e nem forçar que gosto do filho dele. Eu o amo de verdade. Com Carlos Daniel achei que fosse amor – sentei ao seu lado – mas descobri que não. Eu magoava o Carlos Daniel, e o Liam eu não quero. Tenho... Tenho medo dele descobrir toda a verdade sobre mim e não queira mais ficar comigo.

Paulina me abraçou, fazendo carinho nas minhas costas.

– Por mim ele nunca saberá no que se passou. Você tem minha palavra, Paola. Prometo a você irmã. Eu te amo e quero que seja feliz, porque a sua felicidade é a minha. Só te desejo o melhor. Mas também quero fazer parte da sua felicidade. Você é minha única família de sangue.

Eu não deveria sentir absolutamente nada com aquelas palavras tão cheias de melodrama e frescura. Mas eu senti e no mesmo instante comecei a chorar. Estava completamente sensível. Que raios estava acontecendo comigo?

– Você está chorando, Paola? – Paulina se afastou para me olhar quando ouviu meu soluço.

– É claro que não, é um cisco nos dois olhos – minha ironia estava perceptível, abanei as mãos em frente ao rosto – sua idiota, borrei minha maquiagem – levantei nervosa – agora vou ter que me arrumar de novo.

– Você está estranha. Nunca te vi chorando assim, tirando a vez que estava internada... Mas ali eu entendi o motivo....

–NÃO ENCHE, PAULINA! – sentei em frente a penteadeira e voltei a pegar meu kit de maquiagem para limpar os olhos e tirar o efeito panda do rímel.

– Deixa-me ajuda-la. – Ela tirou o estojo das minhas mãos e começou a limpar meu rosto e voltando a maquiar – Não queria faze-la chorar, desculpa. Mas você nunca chora porque alguém diz que te ama.

– Você não me fez chorar. Sim e não. Eu não me comovo facilmente, mas alguma coisa em mim me fez ficar sensível. É ridículo. Eu ando assim há um tempo.

– Paola é normal ficar sensível algumas vezes, você não pode ser dura sempre. – ela parou na minha frente – pode abrir os olhos, está linda.

Assim que o fiz eu mesma fui checar no espelho só para ter certeza de que ela havia feito um bom trabalho. E não é que ela havia aprendido mesmo a se maquiar quando a ensinei pela primeira vez?

– Obrigada! – peguei tudo da penteadeira para guardar e senti uma leve tontura no meio do caminho na qual tive que me apoiar na cama para não cair.

– Você está bem? Está sentindo alguma coisa? – ela veio andando até a mim preocupada me segurando.

–Estou bem, não se preocupe. Não é nada. – afastei as mãos dela em volta de mim. E guardei meu estojo. – Deve ser só um mal estar passageiro por algo que comi. Lalinha fez um chá mais cedo e tive alguns enjoos, mas já passou. Não vai se repetir. – ajeitei o vestido – Esse vestido tá tão apertado. Quando o comprei estava perfeito... – me olhei no espelho me achando um balão.

– Paola, será que você não está gr....

Batidas na porta interromperam a fala da minha irmã. E para falar a verdade achei ótimo, porque estava odiando a conversa.

– Dona Paola. – Era Lalinha batendo a porta. – Senhora, já estão todos esperando para jantar. A senhora está pronta?

Paulina abriu a porta.

– Já estamos indo Lalinha. – Ela falou por mim que já não tinha ânimo nenhum.

– Também está aí dona Paulina, poxa eu estava lhe procurando. Lá em baixo estão todos impacientes e as crianças já querem comer.

– Já vamos descer, não se preocupe.

– Vamos Paulina. Nós já terminamos de conversar. – saí logo atrás da Lalinha antes que a conversa rendesse mais. E eu já não estou muito boa e ficar com conversas que poderiam me fazer chorar na frente da Paulina seria uma humilhação.

Não trocamos palavras do quarto até a hora que chegamos na sala. Ajeitei meu vestido novamente e entrei junto com a Paulina. Estavam todos em silencio, até quebrarmos ele com nossa presença.

– Já estamos pronta. – parei com a minha pose, mãos na cintura e sorrindo para todos.

E como havia imaginado, recebi cara de nojo de quase todos ali presente, Liam olhava para mim com cobiça e luxuria. Piedade, Rodrigo e Carlos Daniel estavam com a cara de limão azedo como sempre. A casa continuava sem graça ainda, mas isso já não era problema meu. Que Paulina carregasse o fardo e o tédio.

Olhei para os meus sobrinhos e sorri. Pareciam confusos. Exceto uma criança. Ryan estava sorrindo para mim.

– Mamãe. – Ryan veio correndo na minha direção, me chamando de mamãe pela primeira vez, fazendo meus olhos brilharem de alegria. Achei que ele odiasse me chamar assim.

Agachei um pouco para pega-lo no colo, beijando sua bochecha gostosa com uma leve covinha, deixando marca do batom.

– Quero desse lado também – ele aponta para a outra bochecha e eu rio, dando outro beijo para deixar as bochechas iguais. Ele olha para o lado e vê minha irmã – Essa é a tia Paulina? – ele fica encantado e olha para nós duas.

– É meu amor. – eu respondo.

– Oi Ryan. – Paulina diz com um sorriso. – Tudo bem? A tia Paulina estava louca para te conhecer.

– Mas você nem sabia de mim. Porque estava louca para me conhecer? – ele fala tirando uma risada dela.

– Mas vi você chegando com seu papai no colo hoje, dormindo. – ela responde.

– Porque você não me acordou mamãe? – ele olhou pra mim bravo como se eu tivesse culpa por ele estar dormindo quando chegamos.

– Chega Ryan, não aborreça sua mãe e sua tia mais. – Liam chegou tirando ele do meu colo colocando o Ryan no chão e olhou pra mim – Você está linda meu amor e você também Paulina.

Amava ouvir os elogios do Liam. Eram músicas para meu ouvido.

– Obrigada Liam. – minha irmã agradece um pouco sem jeito. Com certeza ainda era virgem. Nunca vi mulher tão sem jeito até mesmo para receber um elogio.

Carlos Daniel chegou ao lado da Paulina, dando um beijo nela e fazendo uma carranca porque Liam também a elogiou. Como se Liam fosse querer minha irmãzinha. Liam tinha gosto, e ele sabe diferenciar do que é realmente belo, ele estava apenas sendo gentil.

– Então Carlos Daniel, vou poder falar com os meus sobrinhos ou estou proibida? – eu pergunto, mas já me dirigindo aos meus ex filhos. Nem sabia se isso existia. Quando chego perto, com uma certa dificuldade me abaixo para ficar da mesma altura deles– Oi crianças...

Paulina se aproximou de mim sorrindo.

– Carlinhos e Lizete essa é...

– TIA PAOLA – os dois disseram em uníssimo me abraçando quase me levando ao chão. Chegava ser irônico e cômico. De mãe madrasta, para tia. Enquanto os dois me abraçavam fiz questão de olhar bem para o Carlos Daniel e sorri para ele. Sua carranca foi a das piores que já vi na vida. E nunca fiquei tão feliz na vida em poder provoca-lo.

– Vocês são lindos. Sua mãe fala coisas maravilhosas de vocês dois. Estou encantada em conhece-los. – me afasto dos dois para olhar melhor.

– Eu também tia. Muito feliz em te conhecer, a mamãe sempre fala de você. – Carlinhos sempre com seu jeito tímido de sempre. Mas parecia mais normalzinho do que da última vez que o vi.

– Você trouxe presentes para nós dois tia? – Lizete sempre se preocupava com presentes, e por isso ainda era a minha favorita daquela casa. Nunca me dava trabalho. Agradava fácil com uma boneca.

– Lizete! – Era o chato do pai dela repreendendo.

– Não tem problema. Dessa vez a tia Paola não trouxe. Mas da próxima vez que vier eu irei trazer uma linda boneca e para o Carlinhos vou trazer um vídeo game. – beijo na bochecha dos dois.

– Porque vai comprar presentes pra eles e pra mim não mamãe? – ouço meu bebe reclamar.

– Quieto Ryan! – Liam o repreende e isso não me agrada, eu falaria com meu filho depois.

Me levantei e olhei para o Rodrigo e a Patrícia dando boa noite, os mesmo de sempre. Conseguia até sentir a sensação de chatice só de estar naquela casa novamente. Olho a minha volta e faltava uma pessoa somente.

A senhora da casa.

– Oi Piedaaade. – cumprimento dando bastante ênfase em seu nome com um sorriso sarcástico da qual todos odiavam, principalmente ela. Cara de velha rabugenta.

– Oi Paola. – seu esforço para tentar falar comigo era notável.

– Como está? – vejo que está sentada na poltrona e eu sorrindo ainda sarcasticamente. – Nunca mais caiu no vicio do álcool?

– Graças a sua irmã eu estou bem e ainda viverei muito tempo. Estou surpresa que veio para o casamento da sua irmã nas circunstancias na qual tudo aconteceu.

– Eu não perderia isso por nada. E as circunstancias são passado Piedade, e não sou museu para viver de passado. Gosto de viver o presente. E estou muito bem agora. Muito mais... digamos que feliz.

– Que bom pra você. Agora tem um novo marido e filho. Creio que agora você será muito mais feliz – ela sorri com tom sarcástico junto com o meu. A velha maldita estava era debochando.

– Com certeza, não tenha sombra de dúvida. – ela não iria me provocar, eu estava ali para provoca-los e não ser provocada.

– A mesa já está posta. Posso servir o Jantar ao senhores? – Cacilda entra na sala.

– Sim Cacilda, pode servir – Paulina autoriza – Vamos todos para a mesa?

Um por um eles foram saindo indo para a sala de jantar, Liam ofereceu o seu braço para que eu segurasse. Ryan foi andando ao meu lado. Como se estivesse querendo fuzilar a Lizete e o Carlinhos.

– Porque o Ryan está com essa cara meu amor? – perguntei.

– Ciúmes, não é nada demais. Depois nós conversamos com ele. Pura malcriação. – ele me beija na nuca me fazendo arrepiar inteira – Você está deliciosamente sexy. Quando poderei tirar esse vestido?

Eu sorrio de forma sensual sem dizer uma palavra.

Não demorou muito para todos se sentarem à mesa e começar os diálogos interessante. E eu tinha que segurar minha língua pra não começar a provoca-los e criar uma pequena discórdia. Por três motivos eu fiquei em silencio: O primeiro por minha irmã, o segundo era que o Liam não deveria saber de absolutamente nada e terceiro que eu prometi aos Bracho ser boazinha.

A minha maneira é claro, mas eu seria.

– Só por curiosidade maninha, quem vai ser a sua madrinha de casamento? Leda? – eu solto uma risada. Enquanto corto o frango em tiras pequenas.

– Não, Paola. Eu pensei que você poderia ser minha madrinha de casamento. – quando Paulina confessa que eu seria sua madrinha de casamento minha reação era de puro choque - Rodrigo será o Padrinho de casamento do Carlos Daniel e você minha madrinha. O que acha?

O que eu acho? Bom...o que eu acho que eu deveria ter sido informada dias ANTES. E não um dia antes do casamento. Parecia que era de proposito as coisas que ela vinha soltando. Primeiro o convite agora a humilhação de ser madrinha de casamento do homem que me largou por minha irmã. É piada de puro mal gosto.

– E me fala isso só agora? – eu repouso o garfo no prato e a encaro segurando meu ódio.

– Achei que iria gostar. Eu ia falar só amanhã como surpresa, mas como você perguntou... – era uma cínica mesmo. Vontade de sentar minha mão na Paulina.

– Isso é ótimo, não é meu amor? Será madrinha da sua irmã. - E pra completar tinha o Liam sorrindo, aprovando.

– É. É... ótimo mesmo. – sorri forçado. – Nossa, muito obrigada por me chamar para ser sua madrinha, irmãzinha.

Deu para notar a cara dos Bracho de quem quer rir. Estavam se divertindo com minha cara.

Cheguei a me arrepender por querer começar alguma dialogo mais interessante a mesa e tentar animar aquilo tudo. Achei que não poderia me divertir mais até que o jantar acabou e uma visita inusitada apareceu.

– Boa noite a todos.

Aquela voz.... Não poderia ser mais apropriado. Leda Duran na casa dos Bracho. Olhei em direção a voz e estava aquela cínica e perdedora no jogo do amor e da sedução parada sorrindo.

Nem tudo estava perdido. Com a infeliz eu poderia brincar até demais.

– Boa noite! – respondemos ao seu cumprimento. Levantei e fui em sua direção.

– Olha quem veio para a comemoração, se não a Paola! Quando me contaram que você viria eu não acreditei. – nos cumprimentamos com beijos no rosto. – Olha, está linda. Você está muito bem. – ela segura minhas mãos e abre meus braços para me olhar.

– Digo o mesmo queridinha. Como deve ser pra você ver o homem que você ama casar pela terceira vez? Não deve ser nada fácil amar e não ser correspondida. Eu imagino você esperar pelas oportunidades aparecerem e quando aparecem, vem uma e rouba o de você.

– Carlos Daniel já não me interessa mais. – ela dá de ombros.

– Ah não? – fiz minha cara de surpresa a qual eu fazia de melhor.

– Não, querida. Vi que ele não tem muita sorte com as esposas que escolhe. E não quero carregar essa maldição comigo.

Depois da confissão eu acabo caindo na gargalhada. Leda sabia que era uma perdedora nata, mas não queria dar o braço a torcer. E dizer um absurdo daquele, era como confessar seu fracasso.

Liam se levantou e parou atrás de mim passando os braços em volta de minha cintura.

– E este? Quem é? – Leda perguntou com uma cara de interesse, cheguei ver faíscas saírem de seus olhos. Claro. Ele era tão lindo que despertaria o interesse até de uma freira.

– Este é Liam Scott, meu futuro marido. – eu olhei para ele apresentando os dois - querido, esta Leda Duran, prima do Carlos Daniel.

– Muito prazer – ele disse segurando a mão dela e apertando.

– Nada mal Paola, arrumou um lindo americano, sempre teve bom gosto para os homens.– eu a fuzilo quando ela fala homens. No plural.

– Sempre, assim como você. Mas você sempre gostou dos homens comprometidos. Os solteiros não tinham graça para você, não é verdade? – se vamos começar... então vamos para as alfinetadas

– Não tenho culpa, não tenho domínio sobre quem meu coração escolhe. Mas pelo menos eu era fiel a um homem só. – sua voz despreocupada me irritava simplesmente porque eu não queria que Liam soubesse de alguma coisa sobre mim.

– Realmente! É tão fiel a ponto de vir ao casamento dele com outra mulher. – eu ri. – Ai queridinha...

– Deixa eu cumprimentar os noivos – Leda fugiu para o lado do casal os abraçando e entregando um presente. Ela realmente não parecia mais interessada no Carlos Daniel. A idiota deve ter percebido que qualquer uma teria chance com ele, menos ela.

Após conversar com cada membro da família Bracho Leda entregou presentes para as crianças e sua cara de choque ao ver o filho do Liam foi impagável. Ela parecia não acreditar que eu tinha um enteado.

– Não sabia que virou mãe novamente Paola. Você deve estar muito feliz com isso. – É, Leda veio pra jogar assim como vim pro casamento pra jogar também. Um iria irritar a outra.

– Você não sabe o quanto – a fuzilo.

Leda em nenhum momento parou de olhar para o Liam quando estava falando com os Bracho ou as crianças. Eu estava filmando seus movimentos. Ela deu a volta na sala quando terminou de falar com todos, segurando ainda o copo de bebida e ficou do outro lado do Liam. Ela queria flertar com ele, mas eu não deixaria como fiz com Carlos Daniel. Diferente do meu ex, eu tinha ciúmes do Liam.

– Me conta um pouquinho sobre você Liam. É um americano... gostaria de saber como vocês dois se conheceram – ela olha para mim com um sorriso cínico. – Foi nessa sua viagem Paola?

– Sim Leda, foi nessa minha viagem atual onde nos conhecemos. – eu olho para ela e Liam tira me abraça.

– Nós nos conhecemos no Caribe. Quando a vi pela primeira vez, Paola me encantou com sua beleza e alegria. – Liam conta para ela e me tira um sorriso.

– Paola sempre encantou os homens com sua beleza e alegria de vida. Está de parabéns, Paola é uma grande mulher. Tem muito gosto. Principalmente porque ela adora crianças e é uma ótima mulher de casa e mãe. Ganhou na loteria

Ela toma um gole da bebida e fica com aquele sorrisinho sem vergonha para o Liam e cínico pra mim.

Eu queria amassar o crânio dela com minhas próprias mãos e cortar a língua. Então a maldita perde o interesse pelo Carlos Daniel e passa a se interessar pelo MEU homem. Eu colocaria a sem vergonha no lugar merecido dela. A imbecil parecia sempre se interessar por quem me interessava. Até meus amantes ela conhecia.

A imprestável não sabia se interessar por homens solteiros, porque os bonitos sempre tinham dona.

Mas eu sempre vencia ela. Sempre.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Vamos lá povo, comentem, favoritem e recomendem. :D



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Uma Segunda Chance" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.