Uma Segunda Chance escrita por Sapphire


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Capitulo adiantado. Mas não sei se o próximo será tão rápido pq preciso postar o cap da minha outra fanfic que ja esta quase em duas semanas parada.



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Ryan Scott

– Aqui senhora. Desculpa a demora, mas eu tive que ir correndo no mercado e voltar para a Cacilda preparar o leite. – Lalinha entrou apressada no meu quarto segurando a bandeja com meu chá e a mamadeira do Ryan. – Quer que eu passe seu chá primeiro enquanto está quente? Sei que a senhora gosta dele pelando.

– É claro que não, você é idiota por acaso? Me dá a mamadeira do meu filho primeiro. – eu estendi minha mão.

Ela me entrega e eu tiro a tampa.

– Já está na temperatura certa pra ele? – pergunto sem olhar para ela, porque eu espero que a resposta seja exatamente o que quero ouvir.

– Sim. A Cacilda se certificou que estivesse morno para ele não se queimar.

– Ótimo... Toma meu amor. - eu entreguei nas mãos do meu pequeno. Ryan a segura com as duas mãos e fica olhando para mim enquanto mama. Segurei no seu pezinho gordo dando um beijo, arrancando uma risada do meu pestinha.

Levantei para pegar a xicara enquanto isso a Lalinha ficou em pé parada feito uma pedra.

– Você deseja alguma coisa? – meu tom de ironia podia ser perceptível. – Não quer aproveitar para sentar e tomar chá comigo? Estou adorando sua presença.

Estava bem óbvio que ela queria ficar para saber de alguma coisa, ela estava curiosíssima, seja lá com que fosse. Mas claro que eu voltar para a mansão deve ter dado um reboliço e tanto e surpresa a todos, ainda mais com um homem e uma criança.

– Me desculpa, não quis incomodar. Achei que era para eu esperar o menino para levar para brincar.

É. Talvez não fosse uma má ideia. Melhor do que ficar chamando ela toda hora e acho que o Liam ia demorar no banho. Não teria problema dela esperar.

– Tudo bem, você pode ficar aqui enquanto isso.

– Será que ele não vai estranhar o idioma dona Paola?

– Ryan estuda em uma escola bilíngue, ele entende perfeitamente o espanhol. Mas eu gostaria que você estivesse perto dele sempre. Para o caso dele precisar de ajuda e do Carlinhos começar a dar um dos ataques deles.

– Sim senhora. Mas acho que não vai ser preciso, ele não é mais o mesmo. Mas se acontecer alguma coisa eu aviso a senhora, pode deixar. Mas claro se a senhora me der um dinheirinho. – ela diz rodando a saia do uniforme.

Lalinha sempre foi interesseira, nunca vi uma empregada tão aproveitadora. Eu devo ter servido de inspiração, só podia. Porque ela parecia uma aluna minha. Para tudo envolvia dinheiro para que ela me fizesse um favor.

– Vou te pagar muito bem se me manter informada de absolutamente tudo... Sabe, te pagarei muito mais do que recebia quando eu estava aqui. – Ela era facilmente comprável.

– Ahhh jura senhora? – ela sorriu, e quando sorria já sabia que ali eu conseguiria qualquer coisa. – A senhora é tão gentil.

– Meu futuro marido digamos que é generoso, e sua fortuna está estimada em bilhões. – eu sorrio para ela e sua boca abre em um “O” perfeito. – Fazendo os dois milhoes de dolares que minha irmazinha gemea conseguiu para a fabrica, parecer apenas mesada de criança.

– Poxa. Do jeito que a senhora gosta, né dona, Paola... Aliás, onde o senhor Scott está?

– No banho – comecei a tomar o meu chá, e olhava para o Ryan.

– Quem diria que a senhora iria ter um enteado novamente, né dona Paola? Deve ser uma chatice ter que cuidar do filho dos outros. – ela já estava começando a tomar muita liberdade.

Eu apenas a fuzilei com um olhar para deixar claro que não estava gostando de nada.

– Eu quero deixar as coisas bem claras Lalinha – eu deixei minha xicara na escrivaninha e a encarei – Embora eu não seja como minha irmã gêmea, e eu tenha lhe dado certa liberdade, e você ser uma boa confidente e uma empregada fiel. Eu já não sou mais a mesma Paola. O que quero dizer que eu te proíbo de falar assim do meu filho. Sim, filho, porque eu vou casar com o pai dele. Embora eu adore fumar, beber e me divertir, eu paguei um preço caro pela minha imprudência, a falta de maturidade. Eu quero que você tenha cuidado com o que fala, na proxima eu corto sua língua.

Com os olhos fora de orbita, e totalmente petrificada, Lalinha tinha entendido muito bem o recado. Só por poder ver o medo estampando na sua cara, me dava um prazer imenso e de como era bom sentir a antiga Paola.

– Daqui para frente terei, dona Paola. Me desculpa, eu não quis dizer...

– Quis sim. Mas eu te perdoo. Porque você é a empregada mais fiel desta casa. E sei que não tornará a me desobedecer. – tomei outro gole do chá.

– Mãm... tia Paola! Eu acabei. – meu pequeno levantou estendendo a mamadeira entregando para a Lalinha que pegou rapidamente.

– Você não quer tomar banho primeiro? Papai ta lá dentro. – eu sugiro.

– NÃO! Quero ir brincar. – ele desceu da cama e veio correndo até mim, peguei-o no colo beijando sua bochecha rosada. – tá bom, meu anjo. Lalinha leve ele para conhecer a Lizete e o Carlinhos, e por favor fique de olho nele. – coloquei Ryan no chão, e mostrei o chinelinho para ele por.

– Como quiser. Vem comigo Ryan.

Ryan olhou para trás e para a Lalinha desconfiado, e fazendo a mesma cara de quando me conheceu. Meu garotinho era tão desconfiado quanto eu, não pude deixar de achar graça. Ele era muito esperto.

– Pode ir com ela, filho. Se quiser voltar estarei aqui e seu pai também. – avisei só para tranquiliza-lo. Ele calça o chinelo de brincar e sai com ela.

Ele não era fácil de se ganhar confiança.

Termino de beber todo meu chá e vou para a cama me deitar, quando retiro meu roupão de seda, eu sinto mãos tocar o meu ventre, me abraçando por trás e eu sorrio.

– Você está uma delicia com esta camisola. – ele me segura com mais força, me tirando do chão e mordendo meu ombro me jogando na cama. Eu solto um gritinho rindo.

Quando olho para ele a única coisa que vejo é um peitoral másculo e uma toalha em volta da sua cintura. Uma visão suficiente para me deixar excitada e molhada.

– Onde está o Ryan? – ele pergunta preocupado.

– Pedi que o levassem para ele ir brincar com as outras crianças. – me ajeitei no meio da cama e o chamei com o dedo – agora vem pra cá... estou excitada e você vai ter que dar um jeito nisso.

Liam riu e arrancou sua toalha, fazendo descer uma cachoeira pelo meio das minhas pernas. Eu queria saber como ele podia ser tão enorme.

[...]

Acordei com beijos nas costas. Enquanto mãos acariciavam meu corpo, mãos quentes, grandes e hábeis. Eu acabei ronronando igual um gato quando senti sua mão no meio das minhas pernas. Adorava ser mimada, receber caricias. E ele sabia como me deixar em ponto de bala. Mas confesso que estava mais excitada nas últimas semanas que qualquer dia na minha vida toda. Não reconhecia nem o meu corpo, desde que eu o conheci.

– Vamos, está na hora de levantar Paola, daqui a pouco é o jantar e você não está pronta ainda. E eu estou curioso com aquele vestido que você me prometeu.

Quando sinto que ele levanta da cama, a primeira coisa que vem é um gosto amargo na boca e a vontade de correr para o banheiro vomitar. E é exatamente isso que eu faço, eu levanto às pressas jogando lençol, jogando tudo pelo ar e tirando o Liam da minha frente e vomito tudo no banheiro. O gosto mais horroroso que já pude sentir.

– Paola, o que foi? O que você tem? – a porta abriu um pouquinho.

Eu o parei com a mão, e fiquei tossindo compulsivamente praticamente com todo meu rosto no vaso. Nunca me senti tão deselegante.

– Não entra – minha voz saiu sufocada.

– Se você está passando mal é claro que eu vou entrar – ele saiu da porta e veio andando até a mim, se abaixou segurando meu rosto entre suas mãos.

– Não me olha, estou horrivel. – eu suplico.

– Acho que devemos chamar um medico. – ele me ignora ainda olhando preocupado.

– Não precisa, deve ter sido o chá que a Lalinha fez. – eu levanto e lavo minha boca e meu rosto. Eu não estava nenhum pouco bem. Mas tinha certeza que após o jantar eu iria ficar ótima. Só precisava me alimentar e não tomar mais o veneno do chá.

– E se não foi o chá, Paola? – ele insiste.

– Tenho certeza que foi. – quando me recuperei o olhei de cima para baixo, ele estava usando um terno azul marinho. – Está elegante demais, não acha?

– É um jantar com a sua familia, acho que estou apropriado. – Liam ajeita o terno, como se estivesse com medo de amassa-lo.

– Tá... Agora saia, eu quero me vestir e não quero que me veja. – nunca gostei que um homem me visse daquela forma, nem mesmo eu deixava o Carlos Daniel me ver daquele jeito. Doente.

– Porque não? – homens não entendiam nada.

– Porque quero que você me veja depois. Vai atrás do Ryan querido enquanto isso. – caminhei até o closet e tirei o vestido e o olhei – Vai, preciso me vestir.

– Posso te ver nua, mas não posso ver você se vestindo. Faz muito sentido – ele ri e eu o expulso de lá.

LIAM PDV

Fechei a porta e desci as escadas. Paola estava estranha e se não bastasse o Ryan havia sumido e eu estava louco de medo que ele se sujasse inteiro, já que eu havia acabado de dar um banho nele antes de acordar a Paola.

Esperava que também não estivesse arranjando alguma confusão.

– Precisa de alguma coisa senhor Scott? – me perguntou a senhora que deveria ser a tal Adelina, se não me falha a memória.

– Sim, estou procurando o Ryan. A senhora o viu por aí?

– Está brincando no quarto com as crianças. O senhor quer que eu vá chama-lo?

– Só me leve até lá, por favor. – Estava torcendo para que meu garoto estivesse sendo bonzinho com as outras crianças. Ou seriamos expulsos de lá antes de entrar na igreja.

Segui em silencio a governanta da casa até o quarto onde o Ryan estava e do corredor já podia ouvir os gritos dele. Não era fácil ser pai dele. Não sei como a Paola o domina.

– ELA É MINHA MAMÃE SIM.

Eu estava achando muito ele não começar a se descontrolar e brigar. – Assim que entrei vi brinquedos espalhados por todo quarto e o Ryan encarando os dois furioso e pronto para bater em quem ousasse discordar dele.

– Ryan! O que você está fazendo? – peguei ele no colo afastando dos outros dois antes que se machucassem.

– Adelina, fala para esse menino metido que a Paola é nossa mãe. – a loirinha de olhos azuis apontou para meu filho.

– Eu já expliquei pra ela Adelina que nossa mamãe não se chama Paola e sim Paulina. E que Paola é nossa tia. – o Garoto começou a explicar - Mas a tia Paola não tem filho.

– E fala pra ele Adelina que ele não sabe falar direito. – a garotinha completou.

– Vamos com calma. Lizete, ele não fala bem nosso idioma porque ele não mora no México, ele mora nos Estados Unidos. E o Carlinhos tem razão, sua mãe não é a Paola é a Paulina. Porem Carlinhos, sua tia Paola tem um filho sim.

– Mas a mamãe disse que...

– Sua mãe estava enganada. – a senhora se abaixa na frente deles e ajeitando suas roupas.

– Minha mãe nunca se engana e nunca me diz uma mentira.

– Então vá procura-la e pergunte, mas não briguem, ele é pequeninho ainda.

– E muito chato, mandão e egoísta. - a menina era muito esperta.

– Não fale isso perto do pai dele, ele pode não gostar.

– Tá tudo bem. Eu sei o quanto difícil meu filho pode ser. E a Paola o põe num mal costume – eu dou uma risada para descontrair – Ela faz tudo pra ele e ele acha que pode fazer tudo também.

– Vou falar para mamãe que você tá falando mal dela. – Ryan estava ficando terrível.

– Não estou falando mal da sua mãe, fofoqueiro. – eu ri de como ele ficou mais cumplice da Paola do que de mim. – Vou levar ele daqui antes que mais confusão surja.

Assim que saio do quarto eu agacho na frente dele para tentar conversar. Eu nunca fui um pai severo de bater, mas também achava totalmente errado não dar a disciplina correta.

– Porque estava brigando Ryan? Sabe que não pode falar assim com as pessoas filho. – tentei deixar minha voz o mais calma e leve possível.

– Eles falaram que eu não sou filho da mamãe Paola. Mas ela disse que eu posso ser filho dela sim, papai. – sua voz é de quem quer chorar, mas se aguentando.

– Achei que você não queria que ela fosse sua mamãe. Você mesmo disse que era eca, filho. Você se lembra? – tentei lembra-lo.

– Mas agora eu quero, e eles não podem falar assim comigo. – ele bate o pé indignado.

– Eles não sabiam, garotão. Agora já sabem que ela é sua mãe. Mas não precisa brigar com ninguém. Isso é feio. Tá bom? – ele concorda com a cabeça e me abraça.

Paola estava mesmo mal acostumando ele, mas abracei meu filho com um enorme sorriso. Nunca fiquei tão feliz de alguém querer estraga-lo. Estava claro pra mim que ela era a pessoa certa para ser a mãe do meu filho.

– Agora vem com o pai. Temos que esperar sua mãe terminar de se arrumar. – peguei ele pela mão e fui para a sala.

[...]

Estávamos todos na sala de estar esperando a Paulina descer para o jantar e claro, Paola. Eu nunca ficava impaciente, mas naquele momento eu estava. Sabia que Paola estava demorando de proposito e sabia que ela amava chamar atenção. Mas não sei porque logo com a família da irmã dela.

Fui apresentado ao irmão do Carlos Daniel que conseguia ser mais nojento que ele, a esposa Patrícia mesmo sendo casada com esse bacalhau, é muito mais educada e gentil. Parece ser uma mulher doce. E a senhora da casa Piedade Bracho, parece ser uma boa mulher, mas dura na queda. Não quero a Paola muito tempo perto dessa gente.

– Papai, cadê a mamãe que não chega? – Ryan que estava em meu colo olha pra cima.

– Se arrumando, daqui a pouco ela chega. Seja paciente. – era difícil pedir paciência ao meu filho de 3 anos, sendo que eu mesmo não estava com paciência.

– Então senhor Scott, onde conheceu a Paola? – A senhora Bracho pergunta.

– Em uma das minhas viagens de negócios. Nós nos conhecemos em uma festa no Caribe. – eu sorrio.

– E gosta muito dela?

– Eu amo a Paola. É a mulher da minha vida. – eu sorrio, o que é retribuído, mas não parecia ser sincero. Era como se debochassem.

Eu não sou um tipo de homem que se incomoda com muita coisa, ou que se sente desconfortável com alguns ambientes. Mas eles ali estavam me deixando muito puto. Quando já estou no meu limite e quase pedindo para o Ryan chama-la, vejo todos levantando a cabeça e olhando na direção da entrada da sala.

– Já estamos pronta.

Alguns minutos de silencio, porque eu não tinha palavras para descrever o que acabava de ver. Paola trajando um vestido vermelho, com costas nuas, o batom escandalosamente vermelho, e as pernas lindas de fora, e usando as sandálias que dei de presente. Estava linda.

Estava diante de um mulherão, me dava tesão só de olhar para aqueles pés delicados. Era uma boneca de luxo.

Eu já não podia falar muito de sua irmã, que estava com um vestido muito mais discreto, rosa e maquiagem leve.

Duas mulheres exatamente iguais, mas ao mesmo tempo diferentes. Eu podia sentir os olhares dos outros nelas, principalmente nela.

Eu estava em hipnose. Ela estava tão deslumbrante. O ambiente estava com mais vida. Com certeza era com aquela mulher que eu queria casar.


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Notas finais do capítulo

Quem amou o Ryan levanta a mão

eu eu eu



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