Uma Segunda Chance escrita por Sapphire


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Quase esse cap não sai. Deu surto hoje em mim e deu vontade de escrever.
Simples assim...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/584237/chapter/13

Estávamos em uma correria para o casamento da Paulina, eu estava enlouquecendo com tudo ao meu redor. Eu tive que sair as compras, e comprei vários vestidos na dúvida, pois eu adorava cada loja que entrava e comprava em torno de 2 ou 3 vestidos. Até porque eu Paola tinha que estar linda nesse casamento e me destacar até mais do que a noiva.

Outro problema era a correria que o Liam estava por causa da empresa, ele tinha que deixar tudo sob controle enquanto estivesse fora e tínhamos que avisar a escola do Ryan que ele iria faltar alguns dias.

Mas o meu problema maior era que a droga do meu vestido estava apertado, principalmente na cintura. Eu não sabia como tinha engordado em tão pouco tempo. E pra completar o enjoo matinal que tive logo hoje, logo hoje no dia da viagem.

Parece que o casamento dos pombinhos estava me dando má sorte. Era uma droga mesmo. Eu teria que mudar minha dieta novamente.

Eu estava me matando para ajustar o vestido ao meu corpo e subir o zíper. Eu tinha certeza que era esse sedentarismo que estava vivendo na casa do Liam. Minha única atividade era compras e buscar o Ryan na escola. Mas assim que voltasse da viagem eu iria contratar um personal trainer.

Já ia chamar pela ajuda da minha mais nova fiel empregada, mas o Liam chegou bem na hora.

– Que foi amor? Algum problema? – ele escorou na porta.

– Todos, esse vestido está apertadíssimo em mim e não consigo subir a porcaria desse zíper. E essa pochete horrível – eu apontei para minha barriga saliente.

– Para mim você ainda parece a mesma, e o vestido não está tão apertado assim – ele disse subindo o zíper com facilidade – na verdade você está linda.

– Espere só pelo vestido da festa – eu disse piscando.

– Mal posso esperar.... Eu e o Ryan já estamos prontos. Podemos ir, meu amor?

– Quase, só vou retocar a maquiagem e então nós poderemos ir. – dei um beijo em seus lábios e peguei meu kit sentando em frente ao espelho da penteadeira. Tudo estava em completo silencio até que o terrorista da casa chega igual um furacão.

– VRUUUUM! – meu pestinha surgiu imitando uma moto. – Vamos logo, eu quero andar de avião. - Liam riu pegando o Ryan no colo.

– Nós já vamos filho.

– Mas e se a gente não chegar a tempo no casamento, papai?

– O casamento é só amanhã Ryan, não precisa ter pressa – eu respondi olhando para ele do espelho e ao terminar de passar batom mandei um beijo ao qual meu garotinho me mandou um de volta. – Agora sim estou pronta.

– Ebaaaa... – Ryan gritou pulando do colo do Liam levantando os bracinhos para cima em comemoração. – Mas... vai ter criança pra brincar?

– Vai, meu amor. Vai ter crianças para você brincar. – eu disse pegando a bolsa em cima da cama. – Agora sim, vamos querido.

– Está linda. Logo mais serão eles vindo para nosso casamento. - Toda vez que Liam fala sobre casamento meu coração pula de felicidade e meu cartão de crédito também.

– Papai, quando você casar com a tia Paola, ela vai ser minha mamãe? – Ryan se enfiou no meio e dando as mãozinhas para nós dois.

– Bom... você já tem uma mãe filho... – ele respondeu.

– Mas ela nunca vem me ver e eu sou o único da minha escolinha que não tem a mamãe buscando ou levando pra passear.

Aquela confissão havia nos pegado desprevenidos, e aquele garotinho já havia ganhado espaço no meu coração. Coisa que nenhuma criança havia feito comigo antes. Eu, Paola estava feliz por um dia casar com o Liam e mais ainda ter um pestinha como o Ryan tão parecido comigo na infância. Eu dessa vez não queria ser a madrasta que fui para a Lizete e o Carlinhos.

Eu vi onde minha maldade havia chegado e não queria que fosse igual. Se eu disse que se pudesse recomeçar minha vida no hospital eu faria diferente, então eu ia fazer diferente.

Me ajoelhei na frente do meu homenzinho, segurando suas duas mãozinhas e as beijei deixando a marca do meu batom.

– Ryan, se a falta da palavra mamãe que você sente falta, tudo bem você me chamar assim. Não tem problema meu amor. Se quiser que eu seja sua mamãe, eu serei. – ele ficou me olhando por alguns segundos e até Liam ficou surpreso, mas não houve objeção da parte dele.

Eu fiquei esperando uma resposta até que seu rostinho se contorceu numa careta.

– Eca, tia Paola. Isso foi muito eca. Né Papai? – ele olhou para cima para ver o que o pai ia dizer e meu queixo foi no chão.

Por isso que madrasta sempre serão madrastas igual dos contos de fadas. É por uns enteados desses que a gente arruma que dá vontade de esquentar alguns bumbuns. Pela primeira vez eu estava aqui sendo solidária e até estou tentando ser carinhosa e esse pestinha me diz na cara de pau que fui melosa.

Tá, eu poderia até estar sendo melosa mesmo. Eu nunca me vi tão sensível e por mais que eu quisesse estar zangada com ele eu me magoei um pouco. Mas eu não iria chorar. Paola nunca chora.

Levantei com classe e o que restou da minha dignidade.

– Isso não foi uma coisa legal de se dizer filho. – Liam o repreendeu – e você deveria pedir desculpas.

– Esquece Liam, vamos – cortei-o e fui andando na frente, por que estava chateada.

Chegamos ao aeroporto muito rapidamente, o jatinho já estava nos esperando. E logo entramos para nos acomodar para a viagem. Sentei-me na poltrona a frente do Liam o que resultou em lembranças de quando fui para o Havaí com o Douglas Maldonado. Com a diferença que o jatinho do Liam era muito maior e seu “brinquedo” também.

Ryan se sentou na poltrona ao lado e ficou brigando com o cinto para tentar por, a comissária de voo tentou ajeitar para ele, mas o menino explodiu bravo.

– NÃO. Eu quero ela. – apontou para mim.

– Filho, a moça ajeita para você.

– Não! – ele respondeu do avesso para o Liam fazendo um bico zangado e cruzando os braços.

– Tudo bem Liam eu faço. – destravei o cinto e me levantei para fechar o cinto do Ryan. – pronto, já coloquei gatinho.

Ele olhou pra mim sorrindo. O que me fez sorrir também.

– Você quer alguma coisa para beber, Paola?

– Quero... Champanhe. Estou com a boca seca.

– Assim que decolarmos vou pedir para trazer. – ele olhou para o filho e viu ele encolhido na poltrona com o ursinho de pelúcia e a manta – Vou pedir para pôr um desenho para ele ver. – ele tirou a atenção do filho olhando diretamente pra mim – Espero que não tenha ficado chateada pelo o que o Ryan disse. Ele não tá acostumado com esses cuidados. Ele nunca pôde ter a chance de ficar com a mãe dele de verdade e nunca a chamou de mãe. Acho que a forma que falou com ele tenha o pego de surpresa.

– Esquece isso Liam, ele é criança e não me ofendeu. Talvez seja melhor. Os filhos do meu ex marido me chamavam de mãe e olha no que resultou... – olhei para ele arrependida de ter falado.

– No que resultou, Paola?

– Er....

Eu e minha boca tão grande, geralmente eu não deixava escapar as coisas tão facilmente, mas eu estava ficando estranha ultimamente.

– Bom, meu amor... Resultou no divórcio. E eles foram os mais prejudicados, porque tiveram que explicar que não era a sua mãe. – Boa escapada.

– Mas Ryan sabe que você não é e eu nunca vou me divorciar de você. Ah não ser que você queira.

Não, eu não queria. Mas não queria responder aquilo. Ryan ficou surpreso porque eu não respondi o que ele queria e inclinou na cadeira para relaxar e eu fiz o mesmo. Não demorou muito para levantarmos voo e eu ser servida com champanhe.

Liam ficou em silencio durante a viagem chateado comigo e eu também não sou o tipo que implora por nada e nem por ninguém. Olhei para o meu lado e Ryan tirou a atenção do desenho para mim tirando o cinto saindo da poltrona dele e vindo para o meu colo se ajeitando para dormir.

Eu o aconcheguei em meus braços e como um bebe ele colocou a chupeta na boca e adormeceu. E pela primeira vez durante a viagem Liam falou.

– Ele parece mesmo com você. – ficou nos observando enquanto falava, parecia maravilhado - Não digo nos traços, como cabelos e olhos. Ele é bravinho e genioso também. Queria que ele tivesse sido fruto meu e seu.

Eu o olhei sem dizer nada.

– Fico feliz que vocês se dão bem. A Minha última namorada não o suportava. Uma vez eu flagrei um diário dela falando que queria ele morto para herdar o dinheiro da minha família, e sem um herdeiro era mais dinheiro que ela conseguiria. É claro que terminamos. Mas não só por isso. Ela me traia, ela possuía diversos amantes e até porque que raios de gente doente mantem um diário revelando seus pensamentos mais abomináveis? – ele suspirou.

Eu estava mais do que surpresa pela revelação que ele havia feito. Parecia que Liam estava falando de mim, eu me via naquela situação há mais de dois anos. Doida, psicopata, gananciosa e cruel.

Eu desejei a morte do Carlinhos porque estava cega de ódio. Eu queria estar sozinha só com o Carlos Daniel.

Olhei para o pacotinho em meus braços e eu fiquei horrorizada só de imaginar alguma maluca se aproximar do meu pestinha. Só eu tinha o direito de esquentar o bumbum dele e ainda assim nem sei se teria coragem. Eu era muito imatura e os acidentes que eu tive não foram atoa.

– Não pensa mais nisso Liam, ele está bem. E nada de mal vai acontecer com ele porque nem eu e nem você vamos deixar. – ele sorriu pra mim e inclinou para frente me dando um selinho e um beijo na testa do filho. – Não sei como seu marido te largou, ele não sabia a mulher que estava perdendo? Ele estava louco. Mas foi melhor pra mim.

Se você soubesse....

Eu apenas sorri, não tinha o que dizer naquele momento. Afinal eu não era a melhor pessoa para discutir aquele assunto.

Espero que nesse casamento a verdade não venha à tona.

[...]

Assim que pousamos no aeroporto do México, Liam teve que nos acordar, porque eu e meu pequenos estávamos em um sono profundo. E eu não me lembrava de ter dormido tanto em uma viagem, eu parecia estar mais sonolenta que o normal ultimamente.

Ryan ficou reclamando de querer dormir mais e Liam teve que pega-lo no colo. Quando saímos do jatinho eu já podia ver ao longe minha irmã e... ele.

Carlos Daniel estava com ela e somente Paulina parecia feliz e acenava para mim.

Okay... Respirei fundo e levantei o queixo, ali eu era uma outra pessoa. Pois eu estava pisando em campo minado novamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentários???



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Uma Segunda Chance" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.