Identical Love escrita por Mille Bonnie


Capítulo 15
Eu tô muito lascado


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo só saiu hoje porque ganhei uma linda recomendação da Mingau (aliás, muitooooooooooooo obrigada, viu? Te amo demais) e porque as meninas ficaram me perturbando no grupo. Enfim, espero que gostem.



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Arthur’s POV

–Cara, limpa essa baba. –Gui me deu uma cotovelada.

–Cala essa boca. –ralhei com ele. –Vamos curtir essa droga de festa. –eu murmurei.

Como era uma festa infantil só estava tocando músicas infantis, especialmente as de Frozen, eu já não aguentava mais ouvir “Você quer brincar na neve”, “Livre estou” e “O que a neve faz no verão.”. O Gui estava tentando ficar com uma das monitoras dos brinquedos porque segundo ele era muito gostosa, eu estava sentando conversando com as minhas tias (ou pelo menos era o que eu estava tentando fazer), Sofia estava na mesa da frente com o Pietro, ela conversava animadamente com ele e ele encarava a garçonete com desejo e a Sofia nem percebia. Não sei quem era pior, a Sofia sendo uma besta apaixonada ou o Pietro sendo um cretino miserável. Droga, conhecendo meu irmão como conheço a qualquer momento ele ia pegar a garçonete. Markus pediu pra trocar as músicas, e minha mãe deixou. Então ele foi lá e colocou umas músicas mais animadas.

O tio Bê não conseguiu a fantasia de Olaf, mas em compensação arranjou uma pelúcia enorme do Olaf pra Mille. O Vinny o filhinho da tia Oli e tio Josh estava dançando com a Mille, ele tinha três anos e ria muito, o Gui parou de azarar a monitora e estava dançando com a Isa, acho que ela estava meio apaixonada por ele, pois ela olhava pra ele apaixonadamente, Tadeu e Jenni estavam dançando abraçadinhos, eles eram o casal mais meloso que eu já tinha visto. Minhas tias também estavam dançando com seus devidos maridos assim como os meus pais. Olhei pra frente e vi que o Pietro deixou a Sofia sozinha na mesa, ela estava encarando as unhas meio solitária. Levantei e fui até ela.

–Sozinha meu doce? –perguntei.

–Não. –ela responde. –Pietro foi ao banheiro e já volta.

–Ah. –assinto. –Gostei da blusa.

Ela sorri e me encara.

–Também gostei da sua. –ela ajeita os cabelos. –Disseram que essas blusas são a última moda em Paris. –ela falou a mesma coisa que o Gui falou mais cedo no aeroporto. –Acho que vou atrás do Pietro, ele está demorando. –ela diz se levantando, mas se senta rapidamente. –Eu não posso entrar no banheiro masculino, será que você poderia ir lá e chama-lo pra mim? Se não for incomodar você.

–Não, pode deixar, eu vou. –eu ando em direção ao banheiro.

Ela assente e eu entro no banheiro que aparentemente está vazio. Olho as cabines e de repente escuto gemidos abafados, entro em uma das cabines, abaixo a tampa do vazo e subo em cima e pra minha enorme surpresa (ou nem tanto) o Pietro está com a garçonete e ela está fazendo uma coisinha especial nele (se é que você me entende), ele está com a cabeça inclinada gemendo e com as mãos nos cabelos dela. Argh! Que filho da... A namorada está lá fora esperando por ele e ele está aqui pegando outra. Eu realmente odeio esse cara!

–TCHAM. –tusso e ele olha pra cima e me vê. A garota para de fazer o que estava fazendo e me olha exasperada. –Ops... Eu atrapalhei?

–O que tá fazendo aqui? –ele pergunta me olhando furioso.

–Sofia está te esperando lá fora. –digo. Ele coloca rapidamente o “amiguinho” dele dentro da calça empurra a garota e sai da cabine. –Espera ai garanhão.

Ele para de andar e me olha.

–E se eu contar pra Sofia? –pergunto.

–Não vai fazer isso. –ele sorri.

–Como sabe? –pergunto.

–Se você contasse. –ele me olhou. –Em quem você acha que ela acreditaria? Em mim ou em você? –ele arqueia a sobrancelha. Maldito! Ele tem razão, se eu falasse pra ela é bem capaz dela rir e me chamar de mentiroso. Ela tá cega.

–Você é um idiota. –murmuro.

–Eu? –ele sorri. –Você que tá apaixonado por ela e eu que sou o idiota?

Arregalo os olhos.

–Não estou apaixonado por ela. –digo.

–Claro que está. –ele chega mais perto de mim. –Você e essa sua mania de gostar de garotas que não gostam de você. –ele sorri. –Será que você não se cansa de gostar de meninas preferem a mim a você?

–Eu não gosto da Sofia. –olho pra ele com raiva. Aquilo que ele falou me atingiu em cheio.

–Aham sei. –ele ajeita o cabelo. –Como sou um irmão muito bom pra você. –ele sorri. –Vou deixar você dançar com ela.

Ele sai andando e eu vou atrás dele, Sofia está esperando de braços cruzados e quando o vê sorri feliz.

–Vamos dançar? –ela pergunta.

–Hm, não tô me sentindo muito bem. –Pietro mente descaradamente.

–O que você tem? –ela pergunta tocando a bochecha dele.

–Ele tá com diarreia. –respondo, Pietro me fuzila com o olhar e eu dou os ombros.

–Sério? –ela desvia o olhar dele pra mim.

–É, acho que comi algo que me fez mal. - ele diz.

–Que pena. –ela morde os lábios. –Vamos ficar sentados então.

–Não. –Pietro a olha. –Dança com o Arthur, ele é um ótimo pé de valsa.

–Acho melhor não. –ela diz rapidamente.

–Dança com ele, vai? –Pietro dá um selinho nela. Que imundo! Dois minutos atrás estava beijando outra e agora beija a Sofia como se nada tivesse acontecido. Esse cara me dá nojo. Pobre Sofia, nem sabe por onde essa boca passou.

–Tá, tá. –ela diz com contra gosto. –Uma dança. –ela me olha e me puxa. O Gui quando nos vê sorri e diz silenciosamente “Esse é o meu garoto! Mostra quem manda.”.

–Por que você me odeia? –sussurro.

–Eu não odeio você. –ela me olha. –Só acho você bem irritante na maioria das vezes.

–Você também é bem irritante. –sorrio.

–Já me disseram isso. –ela também sorri.

Depois da dança, ela voltou pro Pietro, eu dancei com a Mille e a Isa ainda estava com o Gui, ela praticamente estava apaixonada por ele. Meninas de 10 anos e suas paixonites.

–Vamos namorar quando eu tiver com quinze anos. –Isadora sorriu.

–Princesa, quando você tiver quinze anos eu com toda certeza vou te pedir em namoro. –Gui beijou a testa dela.

–OUVIU ISSO MILLE. –Isadora gritou. –GUI E EU VAMOS NAMORAR QUANDO EU ESTIVER COM QUINZE ANOS!

Mille sorriu e elas ficaram lá fazendo planos.

–Guilherme, sua mãe não te ensinou que é feio enganar garotinhas inocentes? –perguntei.

–E quem disse que eu menti? –ele sorri.

–Tá falando sério? –perguntei rindo.

–Talvez. –ele bebe um gole de refrigerante. –Ela tem dez anos e já é bem bonitinha. Quando estiver com quinze vai ser a maior gata.

–Tarado. –bati nele.

A festa da Mille foi bem legal, o Gui ia voltar pra BH de madrugada, então meus tios o levaram para o aeroporto e eu fui junto.

–Meu japinha lindo já vai. –tia Gumi o abraçou chorando.

–Mãe eu vou estar de volta no final do mês. –Gui disse.

–Mas vai demorar tanto.

–Você é muito dramática amor. –Bernardo riu. –Imagina quando o Gui sair de casa? Você vai chorar o ano todinho.

–Você não entende. –ela fungou. –Sou sensível e sinto saudades do meu neném.

–Eu também sinto. –Bernardo diz.

–Não tanto quanto eu. –ela rebate.

–Não vão discutir né? –Gui perguntou. –Volto no fim do mês e vou ser todo seu mãe.

–Awwn meu amorzinho. –ela apertou as bochechas dele.

–Vou ser seu também Arthur, não precisa ficar com essa cara de feia de ciúmes. –Gui me abraçou.

–Argh! Eu passo. –eu o abracei. –Volta logo, viu mano?

–Me ama tanto assim? Que não vai aguentar um mês?

–Babaca.

–Quando eu voltar vou te ajudar a conquistar a Sofi. –ele sorri e me abraça.

–Quem te disse que eu gosto dela?

–Isso tá escrito na sua testa. –ele ri.

Maldição! Será que estou mesmo gostando dela? Eu tô realmente muito lascado!


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Notas finais do capítulo

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