Identical Love escrita por Mille Bonnie


Capítulo 12
Química imperfeita


Notas iniciais do capítulo

Halou pessoas!!!!!!!!!!!!! Aqui o capítulo novo, os capítulos estão bem grandes né? Então, comentários grandes e quem sabe uma recomendação lindona haha. Vejo vocês nos comentários.



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Depois do banho e de ter trocado de roupa, desci e vi o Tadeu aos beijos com a Jenni no sofá. Cadê a tia Lú pra proibir isso?

–Eita coisa boa! – eu disse e eles se soltaram.

–Oi Sofi. –Jenni se ajeitou.

–Cadê a tia Lú? Ela sabe que você tá agarrando a filha dela no sofá? –perguntei sorrindo.

–Pior que sabe. –Jenni sorriu.

–Amor, eu posso falar com a Sofia a sós? –Tadeu pediu.

–Claro. –ela deu beijo na bochecha dele e bateu na minha bunda e saiu.

–Bom, e ai? –tentei sorrir, mas a cara dele tava bem fechada.

–Sofia você tem noção de como eu fiquei preocupado com você ontem? –ele perguntou me encarando.

–Desculpa. –pedi dando os ombros.

–Desculpa? Só isso que vai me dizer? –ele levantou do sofá. –Você quase entrou em coma alcoólico e só me vem com desculpa?

–O que você quer que eu diga Tadeu?

–Nada. –ele estava bem nervoso, eu nunca o tinha visto assim. –Foi aquele idiota que te embebedou.

–NÃO FALA ASSIM DELE. –eu explodi. –VOCÊ NEM SABE DIREITO O QUE ACONTECEU!

–E VOCÊ SABE? ACHO QUE NÃO NÉ? JÁ QUE ESTAVA MAIS BÊBADA QUE PIRU DE NATAL. –ele gritou.

–Para de gritar. –eu comecei a chorar. Por que ele estava falando isso do Pietro? Ele não era um marginal. –Não fala assim do Pietro... Ele não é um marginal!

–Não é o que parece. –ele disse. –Ele te embebedou minha irmã! EMBEBEDOU VOCÊ!

–Eu posso ter pedido. –o olhei.

–Fala sério! Você realmente acredita nisso? Você nunca foi de beber e nem de pedir pra beber.

–Isso pode ter mudado! Eu posso muito bem ter pedido pra ele me dar bebidas

–Você tá cega de amor! Como não consegue enxergar que ele é um cretino? –Tadeu veio andando até mim, suas bochechas estavam vermelhas.

–E quem te falou isso? Quem te falou que ele é um cretino? –eu perguntei.

–Eu sei. –ele pegou uma das minhas mãos. –Sô, você é minha irmãzinha. –ele me puxou pra perto. –Eu me preocupo com você! Eu não sei se aguentaria ver você sofrer. –ele me abraçou.

–Eu não vou sofrer. –eu o apertei.

–Não tenho tanta certeza disso. –ele murmurou. –Mas vou deixar você viver sua própria vida.

–Eu agradeço. –sorri.

–Mas se você beber novamente. –ele me olhou. –Eu vou te matar.

–Juro que não vou mais beber. –eu sorri.

–Jura juradinho? –ele me deu o mindinho.

–Juro juradinho. –entrelacei nossos mindinhos.

–Amor fraternal é a coisa mais linda desse mundo. –Jenni disse.

Tadeu (depois de ficar se agarrando com a Jenni por horas) me levou pra casa, mamãe não tinha desconfiado de nada, ela e o Brand saíram pra algum lugar e a Mille estava no meu quarto brincando com a Dora.

–O que vocês estão fazendo? –perguntei sentando na minha cama.

–Estamos contando segredos dos nossos irmãos. –Mille sorriu inocentemente. –Você não acha muito bobo ter medo de parafusos soltos, Sofi? –ela sorriu como o Arthur, eles se pareciam demais, os cabelos pretos e os olhos azuis e o jeito irônico de falar, igualzinha ao irmão.

–Não acho. –respondi olhando feio pra Isadora. –E eu não tenho medo, tenho agonia é bem diferente.

–Na minha terra isso se chama frescura. –Mille deu os ombros. Senhor! É tão irritante quanto o irmão, por que eles não podiam ser fofos e educados como o Pietro?

–Pelo menos a Sofi não tira os recheios dos biscoitos como o seu irmão faz. –Dora tentou me defender.

–O Thur diz que recheios de biscoitos são gordurosos. –ela defendeu o irmão.

–Os recheios é que são bons. –minha irmã deu os ombros.

Deixei-as discutindo/conversando e fui pra sala, o Tadeu tinha saído com a Jenni, estava entediada, então resolvi ligar pro Markus.

–Vejam só se não é a minha bêbada favorita. –ele disse assim que atendeu ao telefone. –Espero que não esteja de ressaca.

–Como você é idiota. –eu ri. –Não, eu não estou de ressaca, pelo menos não mais.

–Menos mal, linda da próxima vez que quiser tomar um porre me chama. –ele riu.

–Idiota.

–Por que você bebeu tanto? –ele perguntou.

–Nem eu sei. –respondi.

–Bom, sei que foi uma confusão terrível e eu até levei um soco.

–Queria ter visto isso. –ri.

–Estou com um roxo enorme debaixo do olho e meu pai perguntou o que foi.

–E você disse? –perguntei rindo.

–Que estava te defendendo de uma briga. –ele suspirou. –Nunca vi meu pai tão feliz em toda vida.

–Sério? –ri mais ainda.

–Pensei que ele ia fazer um discurso de que violência não leva a nada, mas ele perguntou se o cara estava pior do que eu. –ele deu um risinho fraco. –Disse que é bom defender a honra da minha mulher.

Engasguei e tossi.

–Tá bem? –Markus perguntou.

–Ele falou isso mesmo?

–Com todas as palavras.

–Espero que ele nunca descubra que estou namorando.

–Eu também. –ele disse com a voz triste.

Depois de certo tempo conversando com o Markus eu desliguei, eu precisava conversar com o Pietro, mas estava com medo de ele estar bravo comigo por causa da confusão de ontem. Eu não quero que ele termine comigo, de jeito nenhum, eu acho que eu o... Eu o amo, não quero que ele termine comigo.

Estava sentada na sala olhando pra televisão sem prestar atenção no que estava escrito quando mamãe e Brand chegaram da rua, eles estavam sorridentes e contentes. Minha mãe disse que ia trocar de roupa e o Brand ficou na sala.

–Sosô. –Brand sentou do meu lado no sofá. –Como você está?

–Estou bem e você? –perguntei de volta.

–Acabamos de voltar de uma reunião. –ele sorriu. –Sua mãe fechou contrato com aquele grife de roupas que só vende pela internet, eu esqueci o nome...

–Le petite feé? –eu levantei do sofá. –Essa grife é demais! Adoro as roupas de lá! Como foi que a mamãe conseguiu isso? Eles só vendem via internet. –olhei pra ele que sorria. –MANHÊ! COMO VOCÊ CONSGUIU ISSO? –gritei e ela desceu as escadas sorrindo.

–Amor como você é fofoqueiro. –ela olhou feio pro Brand.

–MANHÊ! COMO FOI QUE VOCÊ CONSEGUIU ISSO? SÓ VENDE PELA INTERNET.

–Calma. –ela sentou no sofá. –Isso foi simples, consegui isso porque a dona da grife é a Clarice.

–Clarice? Clarice mãe do Pietro?

–Sim a Clarice! Sua sogra. –minha mãe riu.

–Como eu nunca soube disso? –eu perguntei.

–Porque nunca perguntou. –minha mãe deu os ombros. –Agora Le petite feé é grife exclusiva da loja Ly. –minha mãe sorriu.

O domingo passou lentamente, Mille iria dormir aqui e de noite o Tadeu trouxe a Jenni pra jantar conosco e apresenta-la como sua namorada pra mamãe e por Brand, minha mãe adorou saber que eles estavam juntos. Ela conhece a Jenni e a família há muitos anos, então adorou que seu rapazinho estava namorando uma garota de respeito. Assim como eu a Jenni pirou quando soube que a Le petite feé iria parar na loja da minha mãe.

–Isso é realmente demais tia Ly. –ela sorriu.

–Sabe de uma coisa. –minha mãe sorriu. –Clarice e eu estamos planejando um comercial e um desfile pra anunciar que a Ly está com parceria com a Petite feé... Acho que você e a Sofia seriam as modelos perfeitas.

Engasguei com a comida.

–Tá falando sério tia Ly? –Jenni bateu palmas empolgadas.

–Seríssimo! –minha mãe se empolgou. –Vocês são lindas e novas!

–ISSO É UM MÁXIMO! –Jenni gritou. –SOFI VAMOS SER MODELOS!

–Quem te disse que eu aceito isso? –eu a olhei.

–Será que você pode ser menos chata e concordar? –Isadora falou me olhando feio. Gente, essa menina tá andando demais com a Mille e o Arthur, tá falando que nem eles.

–Isa tem razão. –Tadeu bebeu o suco. –Você deveria deixar de ser um pouco chata e ajudar a mamãe, ela só tá te pedindo um simples favor.

–Acho que eles têm razão Sosô. –Brand me olhou sorrindo.

–Tá, tá. –eu respondi mal humorada.

Na segunda-feira eu sai mais cedo do que o normal pra ir pra escola, queria conversar com o Pietro sobre o que aconteceu no sábado, Jenni e Markus estavam conversando sentados no banco e eu estava olhando pro portão esperando ele entrar. Vi o Arthur entrar com headphones azuis nos ouvidos, seus olhos cruzaram os meus e eu vi um repentino brilho neles. Ele estava bonito hoje, com o uniforme, sua usual jaqueta de couro, all stars pretos e os cabelos com uma touca.

–Admirando a vista docinho? –ele estava parado na minha frente. Nem vi quando ele chegou aqui.

–Não. –respondi ríspida.

–Arthuuuuuuuuuuuuuur. –Jenni o abraçou.

–Bom dia loirinha. –ele a abraçou. Desde quando esses dois tinham essa intimidade toda? Que parte da novela eu perdi?

–E ai cara? –Markus o cumprimentou.

–E ai. –Arthur também o cumprimentou.

Eu estava com cara de pastel vencido os encarando. Desde quando meus, MEUS amigos estavam tão íntimos do Arthur? O que eu tinha perdido?

–Terra chamando Sofia! –Markus estralou os dedos na minha frente.

–Ah... Que foi? –eu o olhei.

–O sinal tocou. –ele saiu andando, peguei minha mochila e levantei o seguindo. Continuei procurando o Pietro com os olhos e nada dele.

–Ele não vem. –Arthur sussurrou.

–Por quê? –perguntei.

–Ele não está apresentável. –ele deu um risinho.

–Tudo por minha culpa. –murmurei, Arthur segurou meu pulso e aquilo fez como se uma corrente elétrica percorresse meu corpo.

–Nunca diga isso Sofia. –ele sussurrou me olhando intensamente. Os olhos dele eram tão azuis, eram tão intensos e tão... Tristes. –Por tudo que é mais sagrado nunca mais diga isso.

–Por quê? –sussurrei com a respiração acelerada. Por que raios meu coração estava querendo sair do meu peito?

–Por que...

–A professora já chegou. –o Markus gritou. Arthur me encarou mais uma vez e soltou meu pulso. Entramos na sala e eu me sentei. Toquei meu pulso.

–Que droga foi essa? –murmurei pra mim mesma. Durante a aula de matemática eu decidi que depois da escola eu iria atrás do Pietro, nos dois precisávamos conversar. As aulas passaram a ritmo de tartaruga manca. Quando finalmente terminaram, eu avisei pra Jenni e pro Markus que eu iria ver o Pietro.

–Posso ir com você? –perguntei pro Arthur. –Preciso falar com o Pietro.

–Pode. –ele deu os ombros. –Só tenho que ir buscar a Mille na escola, tudo bem?

–Tudo bem. –saímos da escola e fomos andando até a escola da Mille, não era a mesma da Dora.

–Você sempre busca a Mille no colégio? –eu perguntei tentando puxar assunto.

–Sempre. –ele riu. –Levo pro ballet também.

–Você gosta muito dela né?

–Demais. –ele colocou a mão no bolso da calça. –Ela é a minha baixinha enxerida. –ele riu. –A protegeria com a minha vida se eu pudesse.

Ai droga! Isso foi tão fofo! Arthur não é fofo. O que está acontecendo com o mundo?

–Olha a minha baixinha ali. –ele apontou pra Mille. Ela estava correndo e com os cabelos assanhados.

–Thur. –ela pulou nele.

–Mimi. –ele beijou a testa dela.

–Oi Sofi. –ela me abraçou também. –Cadê a Isa?

–Oi Mille. –eu sorri. –Provavelmente deve estar em casa, o Tadeu já deve ter buscado ela.

–Ah. –ela assentiu. –E por que você está aqui? Trocou de namorado? Agora tá namorando o Thur? –ela disparou um monte de perguntas na minha cara.

–Camille! –Arthur olhou feio pra ela. –Sofia é namorada do Pietro e ela só está vindo com a gente porque quer vê-lo.

–Ah sim. –ela assentiu e continuamos andando. Arthur tinha perguntado pra Mille como tinha sido sua aula e ela estava falando sem parar. Chegamos a casa deles e a Mille correu pro quarto.

–Vou chamar o Pietro. –Arthur subiu as escadas correndo. Sentei no sofá e fiquei olhando os quadros com fotos. Em um dos quadros o Arthur e a Mille estavam com um garoto japonês, uma mulher bonita e um homem muito bonito com covinhas fofas, o garoto japonês estava com a Mille no colo e ela sorria. Em outra foto a Clarice estava com várias moças bonitas e todas elas usavam vestidos longos, em outra foto o Pedro e a Clarice se beijavam acho que foi no casamento deles e a última foto tinha toda a família Menezes, Clarice e o Pedro estavam segurando a Mille que estava pequena, Arthur e Pietro em lados opostos, naquela foto o Pietro parecia deslocado, nem parecia da família.

–Sofi? –olhei pra trás e vi o Pietro, ele vestia uma bermuda e uma camiseta de flanela, seus olhos estavam roxos.

–AI MEU DEUS! O QUE FIZERAM COM VOCÊ? –perguntei largando minha mochila no chão e indo até ele.

–Não foi nada. –ele tocou meu rosto. –Eu mereci. –ele olhou pra baixo.

–Amor. –eu toquei suas bochechas. –Não deviam ter feito isso.

–Deviam. –ele sorriu tristemente. –Eu não devia ter te dado bebidas, mas é que você pediu.

–Eu pedi? –perguntei e ele assentiu. –Eu não me lembro.

–Você acha que eu daria bebidas pra você sem você ter pedido? –ele pareceu ofendido. –Pensei que me conhecesse, Sofia.

–Ei amor. –eu o olhei. –Acredito em você.

Ele me beijou.

–Eu não acredito que meu irmão fez isso com você. –eu murmurei.

–Ele só estava nervoso, eu entendo. –ele beijou minha testa.

–Te amo tá? –eu disse. Droga! Saiu tão de repente, mas eu realmente sentia isso.

–Fofinha. –ele me beijou novamente e alisou meu cabelo.

–Vai pra escola amanhã? –perguntei.

–Se a minha cara estiver melhor. –ele deu os ombros e me abraçou.

–Garanto que vai estar. –não estava muito certa disso.

–Assim espero. –ele continuou me abraçando e eu fiquei lá até umas duas da tarde e depois fui pra casa.

Assim que cheguei lá vi a trupe toda na sala, Jenni, Tadeu, Markus, Isa, Mille, Clarice, mamãe e o Arthur.

–Clube da Luluzinha? –perguntei.

–Clube da campanha! –minha mãe riu. –Senta aqui, estamos combinando os detalhes pra campanha fotográfica da grife.

–O Bernardo já vem. –Clarice sorriu.

–Quem é Bernardo? –perguntei.

–Meu amigo e o fotografo que vai tirar as fotos da campanha. –Clarice respondeu.

–Ah... Mas ele já vem hoje?

–Sim, precisamos agilizar. –minha mãe levantou. –Como a Clarice já tem as roupas prontas e os modelos.

–E quem serão?

–Estão todos aqui. –Clarice riu pra minha mãe.

Olhei pra todos na sala e franzi a testa.

–Está dividido assim: Eternal Love é a linha in Love e os modelos dessa linha são a Jennifer e Tadeu e a Sofia e o Arthur. –olhei espantada pra minha mãe. –Campanha casual teen é com as meninas.

–Vamos ser modelos! –Mille sorriu pra Dora.

–E a o Markus vai ficar na linha Sport.

–Mas... –eu ia reclamar quando bateram na porta, minha levantou e foi abrir e um casal entrou sorrindo. Ei, eu já vi eles em algum lugar... É claro! Nas fotos da casa do Pietro.

–Yummiiiiiiiiiiiiiii. –Clarice a abraçou.

–Clariceeeeeee. –ela sorriu.

–Bernardoooooo. –Clarice abraçou o moço também.

–Clarice. –ele a abraçou. –Nem tanto tempo assim que nos vimos, mas eu também tava com saudades. –ele riu.

–Bobão. –Clarice deu uma cotovelada nele.

–Arthur meu garotão. –Bernardo abraçou o Arthur.

–Tio... Você tá me sufocando. –Arthur disse. –Vi você no domingo.

–Tava com saudades. –ele riu. –Mimoca? –ele chamou a Mille e ela o abraçou.

–Thur. –a moça o abraçou.

–Oi tia Gumi. –ele a abraçou sorrindo.

–Yu e Bê esses são o Tadeu, Markus, Jenni, Lygia, Isa e Sofia. –Clarice foi apontando assim que falava. –E gente esses são Yummi e Bernardo, meus melhores amigos desde muito tempo.

–Prazer. –dissemos todos juntos.

Depois das devidas apresentações feitas e conversas jogadas fora, fomos ao estúdio do Bernardo. Ele já tinha tirado as fotos do Markus com várias roupas, agora estava tirando as fotos da Isadora e da Mille. Enquanto isso a Yummi estava arrumando o cabelo da Jenni, a Clarice estava me maquiando, meu cabelo já estava pronto.

–Você tem olhos muito bonitos. –ela comentou. –Grandes e vivos.

–Obrigada. –eu ri.

–Eu sei que você e o Thur não se dão. –ela passou algum pó no meu rosto que fez meu nariz coçar. –Eu não chamei o Pietro pra fazer as fotos com você, porque o rosto dele tá muito ruim.

–Tudo bem. –sorri.

–Fiquei desapontada com ele. –ela disse com a voz triste.

–Não fique dona Clarice. –eu a olhei. –Fui eu que pedi.

–Mesmo assim, peço desculpas por ele. –ela alisou minha bochecha.

–Tudo bem.

–Jenni o Bernardo tá te chamando. –minha mãe veio chamar a Jenni. Ela vestia um vestido azul e saltos pretos.

–Tô indo. –ela foi.

Fiquei lá conversando com as meninas, Yummi era uma mulher bem engraçada, ela se deu super bem com a minha mãe, acho que já tinha se passado uns quarenta minutos quando a Jenni saiu de dentro do estúdio com o Tadeu e me chamou. Entrei e o Arthur já estava lá, ele vestia uma bermuda preta e uma camiseta azul, ele usava tênis pretos, eu vestia um vestido florido, meia calça e botas três quartos. Bernardo e Arthur conversavam e quando me viram calaram a boca, o que foi muito constrangedor.

–Você está muito bonita! –Bernardo me elogiou.

–Obrigada. –respondi sorrindo.

–De nada. –ele ajeitou a câmera. –Vocês podem ficar ali no meio. –ele apontou o meio da sala. –Arthur pega na cintura da Sofia.

Fiquei em pânico! Caramba! O Arthur me olhou inseguro, parecia estar nervoso. Seus dedos tocaram a minha cintura e aquela corrente apareceu novamente.

–Sei que estão nervosos, mas precisam sorrir como se estivessem com a pessoa que mais ama no mundo.

O que? Ele era louco?

–Thur toca a bochecha dela. –Bernardo pediu.

Olhei pro Arthur e ele estava com o maxilar travado, acho que aquilo devia estar tão ruim pra ele quanto estava pra mim.

–Se importa? –ele sussurrou.

–Vá em frente. –sussurrei.

Ele tocou minha bochecha com as pontas dos dedos e a maldita corrente reapareceu. Dez minutos se passaram e nenhuma foto ficou boa.

–Com a Jenni e o Tadeu foi bem mais fácil e rápido. –Bernardo bufou. –Vocês dois estão muito tensos, tentem relaxar. –ele veio até nós. –Sofia sorria. –ele fez uma careta engraçada pra mim e eu ri. –Isso meu bem. –ele sorriu. –E você olhe pra ela como se ela fosse a criatura mais linda que você já viu na vida.

Ele voltou para o lugar dele e fez uma careta pra mim de novo, sorri e senti os dedos do Arthur tocarem meu rosto.

–ISSO! –Bernardo gritou. –Sofia beije a bochecha do Arthur.

Só pode estar de brincadeira comigo.

–É rápido.

Olhei pro Arthur e ele estava mordendo os lábios. Tive que ficar na ponta dos pés pra conseguir alcança-lo, o beijei e ouvi o flash da câmera.

–Vocês dois são lindos juntos. –Bernardo riu. –Tem uma química sensacional!

–Também acho, uma química imperfeita. –Arthur sussurrou baixinho. Eu tinha mesmo ouvido aquilo?


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