Identical Love escrita por Mille Bonnie


Capítulo 1
Um dia nada legal


Notas iniciais do capítulo

Olha quem está aqui novamente. Euuuuuuuuuu tia Mille.Espero que gostem dessa nova fanfic como gostaram das outras. Se leu e gostou deixe um comentário. Espero que gostem, vejo vocês nos comentários.



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Levantei com relutância pra desligar a porcaria da musiquinha idiota do despertador da minha irmã, cocei os olhos e vi que já estava atrasada. Bufei, por que a Isadora não me acordou? Droga, droga, droga.

–ISADORA, SAI DESSE BANHEIRO AGORA MENINA, EU TÔ ATRASADA. - Eu berrei do lado de fora do banheiro, além de estar atrasada eu estava super apertada.

–SOFIA NINGUÉM MANDOU VOCÊ DORMIR MAIS QUE A CAMA AGORA ESPERA. - Berrou ela de volta, beleza, beleza, beleza vou me atrasar.

Peguei meu uniforme e sai brava do quarto, eu precisava tomar banho e me arrumar, por isso fui até o quarto do meu irmão mais velho. Quem saber ele me deixaria tomar banho no banheiro dele.

–Tadeu? - Bati na porta.

–Entra Sofi. – ele respondeu

–Pelo amor de Deus, pelo que você me ama me deixa, por favor, usar o seu banheiro? - Disparei o olhando

–Pode usar Sofi, mas com uma condição. – ele sorriu. Ai, o que essa criatura quer de mim?

–Qual? – perguntei.

–Vai me emprestar seu livro da Clarice Lispector? –ele perguntou ajeitando o cabelo em frente ao espelho.

–Tadeu, você sabe que eu não empresto meus livros. – olhei para ele.

–Então vai esperar a Isa terminar de tomar banho. – ele disse.

–Tá, tá eu empresto. – eu disse. –Mas, se você causar qualquer dano ao meu livro eu te mato. – o ameacei.

–Como se eu tivesse medo de você anã. – ele riu. –Vou sair pra você tomar banho.

–Obrigada. –respondi sorrindo.

Entrei no banheiro e tomei um banho super-rápido, como diz minha mãe um banho de gato. Me troquei e voltei pro meu quarto de volta e a Isadora ainda estava no banheiro essa garota tava de brincadeira com a minha cara, só pode. Arrumei minha mochila com os livros das matérias que teríamos hoje, coloquei um all star e arrumei meu cabelo. Desci e vi minha mãe e o meu padrasto se beijando. Ninguém merece ver isso de manhã.

–Argh! –eu gemi. –Uma cena dessas de manhã não vai me fazer bem. –coloquei a mão na barriga.

–B-Bom dia, Sofi. –minha mãe soltou a boca do Brand e me olhou sorrindo e toda borrada.

–Bom dia, você está tendo um ótimo dia né? – eu sorri.

–Acordou amarga hoje Sofi? –Brand perguntou rindo.

–Sempre. – sorri de volta. Brand era meu padrasto, mas Tadeu e eu o considerávamos como pai, porque ele foi à única figura paterna que conhecemos, já que nosso estimado e querido pai biológico sumiu quando minha mãe engravidou de mim. Brand é um cara bem legal e faz a minha mãe feliz e pra mim é isso que importa.

–Vem tomar café filha. – minha mãe me chamou.

–Não vai dar tô atrasada e se eu chegar atrasada mais uma vez hoje vou ficar de castigo. – respondi.

–Melhor você ir. – ela disse.

–Tchau casal 20. – ri e sai de casa.

Fui andando rápido até a casa da Jeniffer ou Jenni pros íntimos, minha melhor amiga desde sempre. A casa dela na rua de cima e o colégio duas ruas depois da dela. Bati no portão e ela saiu toda saltitante. Jenni é a única pessoa que conheço que fica feliz em ir pra escola.

–Bom dia flor do dia! – ela me abraçou e quase me afagou com aquela cabeleira loira.

–Você tá me sufocando. – respondi e ela me soltou. Jenni é vinte centímetros mais alta que eu. Ela é alta, luta karatê, dá aulas de reforço para os alunos do fundamental, é loira e muito bonita.

–Ah, foi mal. – ela sorriu. –Você tá suja de pasta de dente.

–Onde? – perguntei.

–No queixo. – ela apontou pro meu queixo. Limpei.

–Saiu? –perguntei.

–Sim, agora vamos porque estamos atrasadas e se chegarmos atrasadas hoje vamos ficar de castigo. – ela saiu me puxando.

Andamos, andamos, andamos. Quase morri andando, tá talvez eu tenha exagerado um pouco, é porque eu gosto muito de usar hipérbole, chegamos à escola e fomos ao armário, deixei os livros dos últimos horários lá, e só levei os do primeiro. Quando me viro vejo uma cabeleira ruiva bem armada, um cabelo preto bem liso e um louro falsificado, Madalena, Melody e Melissa. Liga dos M's. Deve estar se perguntando o que é Liga dos M’s, eu te explico, são as: metidas, malvadas e mal comidas. Beleza, beleza, beleza minhas arqui-inimigas, na verdade arqui-inimiga porque a única delas que eu odeio é a hiena engasgada da Madalena, a hiena me persegue desde o primário quando ganhei o concurso da mais bem vestida, fala sério, no primário quem escolhia minhas roupas era minha mãe, por isso se explica eu ter ganhado aquele prêmio ridículo. E na verdade eu não ligo pra Madalena, mas ela não aceita isso muito bem, porque o único prazer que ela tem é me encher e me perseguir.

–Nossa! Você está horrível. - Voz de hiena engasgada disse. Todo santo dia ela diz isso, ela precisa mudar a fita. Já está arranhada.

–É horrível. - As outras duas repetiram como num filme de Hollywood, a garota chique e suas seguidoras fieis e a nerd que vive sendo humilhada, nossa que legal! Se a minha vida fosse um filme seria: Meninas Malvadas.

–Te perguntei alguma coisa? –respondi apertando o livro de Biologia.

–Além de mal vestida, ainda é mal-educada. - Hiena respondeu e suas amigas disseram algo como "Uhum é mesmo". Bando de bocós.

–Que bom pra mim né? Agora que tal você dar uma de moça elegante e se retirar da minha frente, por que seu veneno ta me fazendo passar mal. - Falei já sem paciência, ela me olhou de cima a baixo e estalou os dedos, e deu uma viradinha ridícula e as outras duas foram atrás.

Jenni me olhava rindo, o sinal tocou e nos separamos, infelizmente não estudávamos na mesma sala, o que pra mim era uma calamidade. Eu estava quase chegando ao pavilhão do laboratório de biologia, quando um idiota passou correndo derrubando meus livros e eu no chão. Ótimo! Ótimo! Ótimo!

Virei pronta pra xingar aquele retardado até sua quinta geração, quando me deparo com um par de olhos azuis, cabelos pretos, jaquetas de couro e all star azuis. Fiquei até sem ar, me abana Jesus!

–Desculpa ai, mas também você vem que nem uma zumbi nem olha quem vem na sua frente. - Ele disparou, me ajudando a levantar e pegando meus livros do chão.

–Claro a culpa é minha agora? Você vem correndo que nem um mongol pela escola e a culpa é minha? - Respondi, baixou o espirito de barraco em mim. Me segura! Me segura! Me segura!

–Ei guria, cadê sua educação? – ele perguntou franzindo a testa pra mim

–Sumiu quando você me derrubou no chão. - respondi sarcástica.

–Pera ai que eu vou procurar ela. - ele se agachou no chão fingindo procurar algo. Sujeitinho idiota e bonito, muito bonito na verdade. Epa Sofia se fecha borboleta.

–Idiota. - ralhei

–Grossa. - Ele me respondeu, fiquei muito, muito, mais muito irritada, virei à cara para o sujeito, e andei até a sala, todo mundo já tinha entrado, inclusive a professora que me deu um mini sermão por atraso, ela disse que ia relevar e não me dar castigo porque cheguei à tolerância do horário. Ignorei-a e sentei com meu parceiro de laboratório Markus, ele era um dos meus melhores amigos, na verdade são ele e a Jenni. Ele usa óculos e é bem bonitinho.

–Dia ruim? – ele me perguntou assim que sentei bufando.

–Vida ruim. - Respondi sorrindo torto.

–Não está sendo um pouco dramática Sofi? –ele levantou uma sobrancelha rindo.

–Eu sou o drama em pessoa, esqueceu? – sorri.

–MARKUS E SOFIA, CALEM A BOCA. SE NÃO QUEREM ESTUDAR FIQUEM EM CASA. - A velha mal humorada gritou, e Markus e eu nos calamos.

Logo depois chega coordenadora com dois meninos, um louro de olhos azuis e um moreno também de olhos azuis que são iguais só muda a cor do cabelo. Espera ai... É aquele idiota do pavilhão. E... Aquele ali é seu irmão? Ótimo, se ele for tão idiota quanto o irmão eu estou feita.

–Alunos. –coordenadora falou e todos olharam pra ela. –Esses são os novos alunos: Pietro e Arthur Menezes. – ela apontou pros dois. –Eles são gêmeos.

–Avá não diga. – Markus ironizou e eu ri.

–Algum problema Srta. Sofia Mendes? –coordenadora me olhou feio e todos olharam pra mim. Minha cara esquentou. Eu simplesmente odeio ser o centro das atenções.

–Nenhum. –eu sorri sem graça.

–Bom, voltando... Pietro e Arthur vão estudar na sala de vocês e espero que sejam muito cordiais com eles. – ela sorriu pra eles. –Estão entregues rapazes. – ela saiu.

Olhei pros gêmeos, o que me derrubou estava me olhando, revirei os olhos e ele desviou o olhar.

–Tive uma ideia! –a professora sorriu. Ah não, lá vem merda. –Vamos mudar os lugares pros novos alunos se enturmarem.

Nãooooooooooooooooooooooooooooooooo.

–Droga. – Markus murmurou baixinho.

–O que vocês estão esperando pra levantarem? – a professora perguntou já impaciente.

Levantamo-nos e ela começou a refazer os mapeamentos. Markus e eu estávamos cruzando os dedos pra continuarmos juntos.

–Markus e Melody. – ela apontou pra carteira da penúltima fileira.

–Não, por que eu Senhor? –Markus me olhou com cara de aflição e eu ri.

–Vai lá garotão, mostra quem é que manda. – eu dei um tapinha nas costas dele. Ele bufou.

Ele colocou a mochila nos ombros e foi até a carteira, a Melody já estava lá e olhou pra ele com cara de nojo. Tadinho do Markus. Melody é muito nojentinha, e ainda por cima era amiga da Madalena.

–Madalena e Melissa. –professora sorriu pra Madalena. Paga pau ela? Imagina.

–Arthur e Sofia. –ela disse. Olhei pra frente, qual deles é o Arthur?

Fui me sentar na carteira que era ao lado da do Markus, sorri pra ele e senti alguém sentar do meu lado e quando olhei vi que o Arthur era o idiota do pavilhão.

–Ah nem. – Bufei.

–Ah nem digo eu. –ele me olhou. –Vou ter que passar o resto do ano sentado perto de uma grossa.

–É só fingir que eu não existo que vai ficar tudo bem. – respondi e olhei pra frente.

–Faça o mesmo você também. –ele respondeu.

Esse ano seria mais longo do que eu imaginava.


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Notas finais do capítulo

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