I'm a survivor: Haymitch Abernathy escrita por Alle White


Capítulo 13
Foco


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, como vocês estão?
Primeiramente gostaria de dizer o quão triste estou pela minha fanfic preferida (Os Jogos de Noah Cameron) ter chego ao fim, sério, estou me sentindo sem rumo. Por outro lado me sinto feliz em saber que consegui ler e comentar todos os capítulos!

Enfim, vamos ao que interessa... I'm a Survivor está sofrendo algumas alterações nos capítulos anteriores, o prólogo foi repaginado e, caso queiram, deem uma olhadinha. Seria legal saber o que acharam das "mudanças". A história continua a mesma, devo acrescentar.

Neste capítulo vocês encontrarão a presença de um personagem que considero bastante importante, levando em consideração que a história é de Haymitch. (AQuestionadora, obrigada pela sugestão ♥)

Também queria agradecer ao Eduardo Ariedo pela linda - e gigante - recomendação! Isso me motivou demais, fiquei sorrindo feito idiota quando li. Obrigada mesmo!

No mais, espero que gostei do capítulo. Boa leitura!



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David estava ao lado oposto da arena, longe da maioria dos tributos. O lado positivo era o fato de estar longe dos carreiristas e da garota do 7. Já o lado negativo era que isso não permaneceria desse jeito por muito tempo, afinal, os idealizadores dariam um jeito de aproximá-lo dos demais. Talvez não tenham feito isso ainda devido a luta que havia acontecido corporal se sucedeu, mas David acidentalmente fez com que o outro rapaz despencasse de uma altura demasiadamente grande, matando-o.

Pelo visto não colocam mais na arena aquele campo de força que te impede de cair te repelindo para cima. Provavelmente a culpa disso seja minha, já que usei essa barreira ao meu favor e saí vitorioso.

A garota do7 estava prestes a agir de forma inteligente e, ao mesmo tempo, burra. Ela estava montando alguma espécie de armadilha enquanto os demais – seus aliados – dormiam.

— Perdeu seu tempo – disse antes mesmo de Effie se sentar e iniciar mais um de seus discursos. Minha atenção estava tão focada nos Jogos que só prestei atenção no arco-íris mal feito quando notei que ela queria falar comigo.

— Mas eu nem disse nada – rebateu indignada enquanto se ajeitava na poltrona.

— Mas ia – respondi ainda com os olhos grudados no visor – E eu não quero ouvir.

Tomei um gole do licor. O copo já estava esvaziando, mas se eu me mexesse Effie poderia encontrar uma deixa para iniciar uma conversa, e eu não queria isso. Infelizmente, após se levantar, caminhou até a soleira da porta e disse uma última frase antes de se retirar:

— Só não esqueça que David ainda vive e precisa de você.

xxx

Não consegui ficar muito tempo dentro daquele lugar junto aos demais. Era muita gente maquiada ao redor e pouca bebida pra conseguir aturar. Estava em um restaurante para os hóspedes vindos de outros distritos.

Chaff era do distrito 11 e havia vencido os Jogos algumas edições antes de mim. Ele não possuía uma das mãos, resultado de sua edição nos Jogos, tendo se negado a obter uma mão robótica nova após ter saído. Após vencer o massacre e me tornar mentor pelo resto da vida, Chaff se aproximou de mim para uma conversa e a partir dai nos tornamos amigos. Sei que não serei mentor pelo resto da vida, claro, se porventura algum tributo do meu distrito desse o azar de conseguir vencer, eu estaria livre de vir para a Capital sempre, mas de qualquer forma eu preferia crer que mais ninguém do décimo segundo precisaria passar por isso.

— Seu garoto está se saindo bem este ano, Haymitch! – Comentou Chaff, um pouco animado devido ao excesso de bebida. Pena que eu não poderia dizer o mesmo sobre os tributos do 11, que morreram no banho de sangue.

— Realmente. Mas não quero que ele retorne. – Fui sincero. Ele era meu amigo há quase vinte e cinco anos, sabia sobre minha posição para com a Capital e tive a sorte de ele ter o mesmo pensamento, afinal, não queria ser dedurado para os pacificadores como alguém que detesta o governo e ainda tem coragem de expor isso. Não me levem a mal, mas não é por detestar o governo que passarei a agir com imprudência e ser burro.

— Mesmo assim você tem que começar a ajuda-lo naquela arena. Ele tem chances de sair e se perceberem o modo como está agindo, vão vir em cima de você. – Me aconselhou.

Chaff tinha razão. Eu simplesmente abandonei David desde a morte de Emily e a princípio pensei ser devido ao modo como ela morreu, mas a verdade era que eu não queria que aquele garoto retornasse. Por mais que eu quisesse que ele permanecesse vivo, algo em mim dizia que seria melhor para ele se ele morresse ali.

Apenas concordei com a cabeça e dei mais um gole na bebida azul que haviam nos oferecido.

— Eu deveria estar com os patrocinadores agora, mas provavelmente estão todos atrás daquela garota do 7. – Comentei ao me lembrar da forma como ela agia, se fazendo de coitada, mas que de coitada não era nada.

— A tal de Johanna? Aquela menina é esperta.

— Os Jogos já piraram com ela, isso sim. – Rebati, imaginando como seria a vida dela caso ela saísse de lá. Provavelmente passaria o resto da vida com uma faca debaixo do travesseiro.

— Foque no seu tributo Abernathy – Disse sério, como se quisesse me passar algum tipo de mensagem. Não consegui decifrar logo de cara.

 

xxx

 

— Senhoras e senhores, apresento a vocês o vencedor da 50ª edição dos Jogos Vorazes e Segundo Massacre Quaternário, Haymitch Abernathy do Distrito 12! – Eu venci, estou livre.

Pelo menos foi o que pensei durante os primeiros segundos. Quando subi no aerodeslizador, meu mentor, Forman,  que infelizmente pertencia a Capital, já que não havia outro vencedor de meu distrito, me recebeu com um abraço sem jeito, provavelmente tentando não sujar sua roupa, mas ao mesmo tempo tentando não parecer insensível.

Os medicamentos para pressão, agulhas perfurando meu corpo, tudo parecia apenas algum tipo de ataque. Tentei me mexer, senti meus braços tentando se desvencilhar dos que me seguravam, quase soquei Forman. Eles queriam me atacar, queriam acabar comigo. Eles não me soltavam, provavelmente iriam dar a tacada final e meu canhão soaria, fazendo meu rosto ter um lugarzinho no céu durante a noite. Meus sentidos estavam esquisitos, eu sentia meu corpo agindo sem o meu consentimento, como se tentasse escapar e sobreviver.

Eu esperei, esperei, esperei... O ataque não vinha. Pior do que morrer era morrer lentamente. Eles não acabavam com aquela tortura logo, ficavam me examinando. Mas por quê? Porque não me matavam logo de uma vez, acabando com isso? Só havia uma resposta cabível.

Eu não precisava que me matassem, eu não estava mais na arena. Meus sentidos estavam me confundindo, ou então era o que eu imaginava. Senti mais uma fisgada de algo afiado e tudo passou a ficar embaçado, eu não conseguia mais entender nem mesmo os meus pensamentos. Eu já estava morto.

Ao longe, a única coisa que conseguia ouvir nitidamente eram os questionamentos dos presentes ali, como se ignorassem o fato de eu estar ouvindo.

— Como um garoto do Distrito 12 conseguiu ganhar os Jogos, ainda por cima ganhar de quarenta e sete tributos?

Então eu percebi que estava vivo, mas não era bem-vindo de volta.

Era exatamente isso que Chaff queria me alertar. O 12 nunca será bem-vindo de volta e se David continuar mostrando que está tendo sorte, os idealizadores planejarão uma morte dolorosa ao rapaz. Respirei fundo.

Eu poderia não querer que o garoto vivesse o resto da vida no vagão de um trem tendo que entregar companheiros de distrito para o abate, mas ele estava tendo sorte demais para alguém do 12. Não iriam deixar isso passar em branco.

Effie estava sentada assistindo aos Jogos ao mesmo tempo em que lia uma revista de moda. Era incrível a maneira como ela conseguia ser patética. Realmente, escolheram a pessoa certa para acompanhar o distrito mais pobre de Panem. Me apoderei de uma das garrafas que se encontravam na mesa de centro e me sentei ao seu lado, esperando que ela notasse que eu queria conversar.

— Preciso de um favor, querida Effie – Disse em tom galanteador, esperando que funcionasse e ela não começasse a gritar.

— Não quero saber que favor é esse – Respondeu, ainda com os olhos em direção aos vestidos horrorosos daquela revista esquisita. – Prefiro que me deixe sozinha.

— Preciso de ajuda com patrocinadores. Luthor pulou fora. – Comentei dando de ombros, como se a ajuda dele não fosse muito importante. Os olhos de Effie brilharam quando notou que eu iria ajudar David, ou talvez fosse o excesso de maquiagem, mas isso não vinha ao caso.

Ela me analisava, tentando entender o que eu estava tramando.  A verdade é que eu queria mesmo ajudar o garoto, mas ao mesmo tempo não. Podem até achar que sou uma pessoa cruel, mas se tivessem passado pelo menos que eu passei talvez entendessem meus motivos. Tomei um belo gole de licor e revirei os olhos, esperando uma resposta.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam?
Johanna está ganhando um certo destaque nos capítulos, mas como todos sabem, Haymitch é estrategista e observador, ele tinha que reparar nela. Quanto a Cheff, acho que ele é importantíssimo no desenvolvimento de Haymitch, acredito que ele foi o "culpado" por Haymitch não ter pirado a ponto de mudar completamente desde que ganhou os jogos.

Comentários são sempre bem-vindos, sempre me ajudam na hora de escrever, principalmente se devo melhorar algo. Até o próximo capítulo!



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