The Misty escrita por Matt Silva


Capítulo 30
Capítulo 28 - Acusação


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!



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Out States — Dark Sky

Lara Croft. 16 de Novembro de 1997, 0h30min.

A madrugada caiu rápido, tentava entender o que estava acontecendo mas, a coisa parecia está fora de controle. A tempestade acabou provocando uma falta de energia em Dark Sky e provavelmente em Roseward, no entanto essa tempestade não foi a coisa mais bombástica do dia, até por que ela continua brilhando o céu com imersivos relâmpagos. Uma idosa mulher foi encontrada morta na casa com a cor semelhante a barro, com desenhos relevados para baixo. O numero da casa era 71, um numero um quanto curioso para a ocasião. No entanto algumas pessoas não estão surpresas com o acontecimento, pois como eles dizem, a maldição e o monstro que habita a floresta vem levando pessoas e assim desaparecendo, mas, diferente disso essa foi assassinada, e, o que pelo menos as testemunhas dizem.

Estava esperando Júlia ser liberada do inquérito, não sei com ela se meteu nisso, mas, acredito que ela seja o foco principal do xerife.

A entrada da delegacia era bem simples, diversas cadeiras pretas acolchoadas, o piso xadrez, a parede com um azul clar o teto preenchido por uma cerâmica de gesso e uma luz “plugada” com o ventilador. A porta era de vidro e tinha o nome grande destacando a ação certa, “empurre”. Havia uma mulher na banca que atendia pedidos e anotava no computador, essa banca pegava da parede até a outra onde havia uma porta para as outras áreas da delegacia.

— Licença eu posso falar com o Xerife?

— Senhorita…

— Croft… Lara Croft — A mulher tinha a pele morena e tinha cabelos pretos, estava usando o uniforme de policial, a cor do uniforme era á mesma das paredes, usava uma calça preta, aparantemente com um tecido de calça social e um cinto com um tipo de radio e o compartimento para pistola.

— Lara Croft você não precisa mais pedir nada para essa mulher… — James falou já trazendo Júlia para fora… Ah Xerife James… Curioso o fato dele ter o mesmo nome que um saxofonista famoso…

— Lara... — Júlia parecia bem perturbada.

— Ela precisa de um ombro amigo, o que ela viu é inacreditavel.

— Então ela está solta? — Perguntei ao Xerife.

— Sim… ela te contará tudo… estou cansado e preciso de descanso, sugiro que façam o mesmo e não saiam mais nessa tempestade. — James já estava retornando para pegar sua coisas quando interrompi fazendo uma pergunta um tanto peculiar.

— Você sabe quem era as testemunhas? Afinal aquelas ruas são bem calmas de manhã.

— Sinto muito Lara mas não posso dizer quem é ela.

— Ela ? É uma mulher? — Ele fingiu um movimento e sussurrou no meu ouvido.

— Interprete como quiser. — soltou um sinal com o olho, um tipo de “piscar”, quem estava longe deve ter pensado que estávamos flertando.

Saindo da delegacia, pegamos muita chuva e o vento impedia de nós atravessamos para o outro lado da rua, falando em rua ela estava completamente escura eu usava uma lanterna dada pela atendente da delegacia para podermos visualizar alguma coisa.

Depois de alguns minutos finalmente conseguimos chegar no apartamento, a cada andar que subíamos eu lembrava que o Xerife não acabou com o caso, aliais ele praticamente nem começou. Por conta da tempestade não podiam simplesmente começar a procurar pistas e por conta da falta de energia isso pioraria tudo. Acredito que muito das pistas irão se perder pela água da chuva com o sangue da idosa.

Júlia não falou nada o caminho inteiro, aliais se ela falou alguma coisa eu não escutei, pois o vento interrompida até raios distantes.

— Vou tomar um banho quente…

— Certo…

— Depois eu te contarei o que aconteceu, se prepare por que as coisas não estão fáceis conosco.

Júlia passou vários minutos no banheiro, pensei que estava morta mas não foi notar, passei esse minutos incontáveis observando a janela e a tempestade com seus raios. Aquele lugar estava muito quente por incrível que pareça, com as janelas fechadas e a porta também o ar frio que havia antes desapareceu, aproveitei o tempo vago para aceder algumas velas e no meio desses momentos me lembrei de alguns dias antes de receber a ligação que mudaria minhas ferias.

— Lady Croft? — Winston me chamava com sua voz rouca e suave, apesar de certa idade, Winston nunca faltou respeito comigo e sempre me guiou para o lado certo, afinal ele era de extrema confiança e passava de geração e geração atendendo a família Croft. Para falar a verdade eu gostaria de poder dar um lazer para ele de vez em quando e por isso sempre fazia algumas coisas sozinhas para que não ocupe mas mesmo assim ele ainda vem com aqueles cabelos grisalhos para trás e o terno de “penguin” que sempre usava.

— Já vou… — Acordei com fios de cabelo para cima e com uma apareça nada agradável, me levantei e coloquei logo os meus pés no chão frio, ele me reprendeu e me apontou as pantufas de couro que eu havia comprado, besteira, já estava adulta o suficiente para aprender com os erros e possíveis “resfriados” que poderia ter.

Caminhava pelo o meu quarto circular, não estava na mansão, estava em uma cobertura em algum apartamento em londres, meu pai havia comprado esse imóvel inteiro mas não quis despejar ninguém, até por que 2% do lucro da familia vinha daqui. Caminhava pelo tapete ate em direção a porta que dava para o meu banheiro, lá havia uma pia de marmore com diversos produtos de beleza e de higiene, além de uma banheira com um chuveiro eletrico. Winston havia preparado meu banho quente de espumas, cheguei a rir quando vi um patinho de múmia na banheira. Me joguei la e comecei a relaxar, quando me dei conta de que ele não esqueceu de nenhum detalhe como as velas aromáticas que me trazia ótimas lembranças da minha infância, me perguntava como iria prosseguir minhas ferias, na realidade eu sempre entrava de ferias de vez enquanto, mas nunca ficava parada, depois de um ano do acontecimento em Paris e Praga e diversas coletivas com jornalistas locais e internacionais, e 3 à 5 visitas em fóruns e encarando o juiz, estava completamente cansada e decidi visitar alguns locais mais calmos como a selva do México, entretanto não fiquei por lá muito tempo retornei para esse apartamento e comecei a ler livros que tinha encomendado. Mas depois e diversos dias lendo e caminhando pela cidade decidir retornar um cargo muito antigo que eu tinha, épocas que virava uma Sherlock da vida, se brincar só faltava um cachorro falante para ser outra coisa.

Depois de sair e me vistir com uma camisa preta, por que preto é minha cor, e uma calça confortavel me sentei na poltrona da sala que dava uma visão incrivel da cidade. Atrás de min havia um tipo de mesa com algumas estatuas e coisas antigas logo depois um sofá e outra poltrona de frente a lareira, abaixo desses cômodos havia um tapete vermelho e meu “vovô” tinha medo de que aquilo queimasse e disse que não era como o jogo que vi Zip jogando dia desses. Falando nele já caminhava para cá, iria mandar ele junto com Winston para a "nova casa" depois do gás ter vazado na minha anterior e eu ter brincado de "pula nessa janela se não morre queimada", pensava sobre a minha conta com os bombeiros, havia muitos prédios e casas que tinham queimado, chegavam a me chamar de mulher de fogo, espero que, essa não queime novamente.

Eu tinha poucos amigos na realidade e não ficava triste com isso, afinal até virou um costume de ter poucos… Zip me ajudava muito em algumas missões, uma delas foi quando invadir o prédio de Werner o meu antigo mentor. Acho que meu interesse sobre coisas antigas não veio somente dos treinos e ensinamentos do meu pai como também de Werner, apesar de seu egoismo e obsessão sobre algumas relíquias ele era uma boa pessoa.

— Lara… — A voz grossa de zip estrondou a sala, mas não literalmente, estava usando um casaco de couro com listras amarelas nas partes dos braços, segurava um ou dois laptops e diversos tipo de coisas no ouvido e fios enrolados pelo o corpo. — Uma ajudinha?

Depois de desenrolar ele, começou a falar como estava ansioso para ver a nova mansão, apesar de não gostar muito de viver nas costas dos outros, algo que eu achava bem humilde dele. Acreditava que o que realmente queria ver era a área tecnológica de ultima geração que tinha encomendado por um amigo de uma empresa de agente secretos… longa historia.

— Soube que o turismo no continente de Out States começou a crescer…

— Out States?

— Nunca ouviu falar não é? — Pior que ele tinha razão, apesar de minhas viagens em diversos cantos no mundo, contava nos dedos o qual ainda tinha que visitar, a maioria foi apenas de passagem pois ia para locais focados das minhas missões… mas para falar a verdade adoraria ir para um pais chamado Brasil, ouvir dizer que a água de lá era perfeita… mas falando desse continente nunca tinha ouvido falar, por algum motivo… imagine quais tipos de mitologias eu poderia encontra para lá? Talvez era um ótimo ponto para ir nessas ferias.

— Deixa para lá, enfim o que está fazendo?

— Me entediando, preciso de ação e tiros passando de raspão pela minha cabeça, pulos impossíveis mas compreendidos por quem ver…

Depois de uma conversa monótona e comendo algumas coisas que o próprio Zip fez, decidimos caminhar pelas ruas de Londres… Ah sim Zip costumava a cozinha, ele tinha a qualificação de Chefe Gourmet mas desistiu do cargo, apesar que sua comida me agrada muito do que outras que servem em restaurantes de alta qualidade.

As ruas de Londres começavam a ficar chuvosas no mês de outubro, caminhávamos em ruas movimentadas e vendo pessoas com compromisso.

— Alister Está pensando em viajar para o exterior.

— Me admirei o por que de não ter vindo com você… — Entramos em uma lanchonete e pedimos algumas coisas bem “normais”; Batatas fritas, hambúrguer e um refrigerante.

— E então, onde você pretende ir?

— Talvez em Out States… sinceramente nunca havia notado esse continente… como eu sou burra…

— Você falando realmente mal conhecemos sobre ele, não faz parceria ativa com muitos países, apenas exporta materiais e lucra muito com isso, é praticamente um pais independente.

Depois de conversas aleatórias como tecnologia, historia e até mesmo mitologia, retornávamos para a mansão e Zip anunciou que já iria para mansão com Winston para fazer os preparativos elétricos.

Estava novamente sozinha no apartamento quando uma forte chuva começou. me sentei a poltrona observando cada gota á cair na janela quando o telefone tocou, aquilo ecoou por toda a sala e a palavra “LARA!” me tirou do flashback.

— Pensei que havia morrido — Júlia estava na minha frente com cara de espanto, seus cabelos estava molhado e vestia uma roupa simples, camisa branca e uma calça de cor de creme.

— Desculpe…

— Então… a coisa está bem complicada.

O telefone de Lara tocou e alguma coisa fez com que ela mudasse de ideia e algo que nunca tinha feito antes.

—Anaya? — Júlia observava com uma expressão que já sabia oque iria ocorrer.


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