The Misty escrita por Matt Silva


Capítulo 1
Capítulo 1 - Zen


Notas iniciais do capítulo

"Depois dos acontecimentos em Paris e Praga; Lara decidiu ter férias. Mas de um jeito bastante diferente; no entanto o que ela não espera é que essas suas 'ferias' à leve para o fim de sua vida." - Boa Leitura



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28 de Outubro 1997, 22h00min

Era uma noite chuvosa e sombria. Olhava o meu reflexo na janela, estava em um apartamento temporário. Afinal não queria voltar agora para Inglaterra e ir direto para minha nova mansão, de qualquer forma, estava lendo um livro sobre o calor da lareira enquanto uma música clássica tocava para acalmar-me diante da poluição lá fora, até que o telefone tocou e ecoou por toda sala de estar.

Ao meu lado peguei o telefone e o atendi falando com uma voz meio fria;

— Alô?

— Senhorita Croft? Desculpe ligar tão tarde, mas, é uma urgência… — falou uma mulher no telefone que estava picotando por conta da tempestade.

— Diga.

— É Lady Abigail, estou em uma cidade distante de onde você está, mas as coisas não estão boas por aqui. Chamei alguns detetives, mas eles não conseguiram resolver o caso, até fugiram quando contei a história desse local e logo pensei em você… — A Mulher parecia aflita no telefone e até cansada - Lara… por favor… não tenho tempo, eu preciso de você aqui.

— Tudo bem… mas dependendo do local irá demorar…

— Ok... Em Dark Sky… esteja na casa 73...

— Dark Sky? Tudo bem. Estarei ai. - Na realidade não sabia muito sobre o loca, apenas que realmente era distante de Londres e precisava saber um pouco sobre o local.

Em seguida me caminhei para cama, afinal tinha um longo caminho para ir ao próximo dia.

O dia amanheceu nublado, mas mesmo assim me arrumei. Com uma camiseta preta, calça e casaco jeans. Partir de moto até à estação de trem, antes de entrar no trem liguei para Zip. Queria saber se ele já estava se caminhando para a mansão da Inglaterra.

— Zip, já chegou?

— Ah… Oi Lara, sim, o Winston está organizando tudo. Como vai ai? Pensei que você estava de férias.

— Investigar é meu horário vago, estou desligando, o trem está partindo.

Entrei no trem e sentei perto da janela. Com o clima frio acabei adormecendo. Tive um sonho, no qual eu estava acordando e tudo ficou meio escuro e azulado, havia um tipo de luz mais à frente. Estava ficando muito frio, parecia ter entrado no freezer onde costumava a prender o Winston nas minhas brincadeiras, de qualquer forma caminhei lentamente. Havia um barulho estranho no piso do trem, do outro lado do vagão escutei um tipo de choro, quando abri tive uma surpresa o que estava vendo, um corpo no chão. Diversas pessoas chorando; não pessoas normais, pessoas reluzentes, uma forma nebulosa e transparente, quando um apareceu na minha frente e me disse algo sussurrando, algo que me fez pensar na minha vida inteira. Sua frase fez os meus cabelos ficarem em pé. As pessoas ali ficaram olhando para min, seus olhos negros e brilhantes me faziam querer acordar daquilo, à mesma frase foi repetida, o que ele falou foi se eu teria coragem de me sacrificar por amor e outra coisa foi escutada, um eco escutado por todo o trem e redondeza; Lara Croft está indo pro Limbo. Acordei com uma parada brusca do trem.

— O que está havendo? - Perguntei a moça que estava sentada a minha frente.

— O trem enguiçou, creio que paramos em Roseward. Irei verificar…

— Espere! Até que ponto fica à cidade Dark Sky? — A mulher parou e virou para min com um olhar estranho, um olhar de temor e tristeza. Não via aquele olhar a um bom tempo, somente no enterro de meu pai.

— Dark Sky? Moça, muita gente não vai lá por que existem rumores que a cidade é amaldiçoada e por isso que vive nublada…

— Bem, isso eu não sabia, mas você não me respondeu. Preciso ir até lá.

— É só você ir até a cidade de Roseward e pedir um táxi. -Falou com voz melancólica.

— Ok. Obrigado. Irei saindo. - Me levantei pegando minhas coisas, quando ela se pronunciou.

— Mas, moça, não pode sair assim. Está chovendo e você não sabe o que diz quando chove em cidade perto de Dark Sky?

— O que? —

— É quando alguém perde a alma. — Olhou para baixo com uma cara triste como se tivesse perdido alguém recentemente.

— Tudo bem. Certificarei-me de ficar com a minha bem guardada.

Havia muita névoa na estrada, não conseguia ver nada, à chuva não favorecia à minha caminhada, me fazia recuar diversas vezes. Depois de cinco minutos praticamente cega notei o letreiro da cidade; Bem Vindo a Roseward. Cheguei à noite e logo vi um hotel por perto. Notei um caminho que dava para Dark Sky logo direto, mas era muito tarde. Entrei na recepção do hotel o qual ele era vasto. Na parede havia um tipo de painel de camurça, com um mosaico peculiar para o local; Um fio amarelo formava vários losangos colados um ao outro, a cor do fundo do painel era verde escuro. Digamos que para quem tem alguma alergia não ficaria no local por muito sem ter um espirro constante. A cerâmica tinha a cor de barro. Na entrada havia um tapete com cor de creme. Ele era bastante comprido que ia até a banca da recepção. No teto o lustre brilhava como um diamante o qual iluminava todo o local. O hall tinha um formato circular, mais a frente havia uma escada dupla e ao subir tinha um corredor direto para os quartos. Ao meu lado esquerdo havia a passagem para o restaurante. Em si decoração do local era bastante variada, com alguns sofás e algumas plantas. A alguns metros a minha frente um jovem rapaz estava cuidando da recepção, atrás dele tinha a bandeira local, o desenho de uma muda. Caminhei-me até ele e falei:

— Olá, eu gostaria de um quarto, e uma toalha — sorri.

— Olha uma turista, o que traz a presença de uma moça tão linda como você? - O rapaz lançou uma cantada para min, ele tinha um cabelo loiro queimado, ele era meio gordinho e seus olhos eram castanhos. Tinha uma faixa de 20 anos.

— Ah estou de passagem, estou indo mesmo para Dark Sky você pode me dizer se e… — fui interrompida com um silêncio agonizante. Quando o moço me olhou, era igual à passageira que estava no trem. O relâmpago lá fora clareava ainda mais aquele salão, as luzes começaram a piscar, mas não ouve blackout.

— Moça você devia ficar em Roseward e amanhã mesmo voltar para sua casa, você não sabe o que está fazendo…

— Afinal o que tanto tem nessa tal de Dark Sky?

— Você sabe a tradução dessa palavra?

— É claro sou britânica, é céu escuro, mas veja são apenas traduções...

— Não é por acaso esse nome, a cidade vive com um clima nublado, dizem que esse é um fato, que aumenta ainda mais a teoria da cidade está amaldiçoada.

— Olha, não acredito muito nessas coisas mesmo eu tendo passado por situações parecidas alguns anos atrás - um pequeno flashback dos anos anteriores - existe logica para isso, notei que a uma placa apontando o caminho para Dark Sky aqui perto e pelo o que eu vi, é nas colinas onde a uma floresta e isso só contribuem para as tais chuvas.

— Te contarei mais, se você voltar aqui hoje à noite. Não posso falar em público sobre a história dessa cidade, só sei um pouco, mas é muito para você voltar para casa.

— OK. Diga à hora que já estou indo. — Caminhei pela escada da recepção do hotel, o local era bem ‘chique’ para uma cidade rural como Roseward, havia algumas pessoas ao redor que me observaram quando citei Dark Sky, e concordei com o rapaz.

Caminhei por um longo corredor dos quartos. O meu era o 17, ao entrar não me surpreendi muito uma cama e um banheiro.

Fui tomar um banho e em seguida, por sorte, à roupa reserva estava seca então logo desci e ele estava sentado, me esperando, havia velas por toda parte, no meu quarto também, só reparei que me havia faltado energia nesse instante.

— Bem estou aqui pronta para ouvir. — sentei-me à mesa que era do restaurante do hotel, ele não era tão diferente do salão, mesma textura na parede, no entanto o piso e o teto estavam cobertos por um piso de madeira reluzente, estava obvio que as empregadas do local dava um duro para limpar tudo isso.

Também havia um bar com diversos vinhos franceses e de ótima qualidade, e uma porta para a cozinha do local, o garoto estava meio nervoso e falou gaguejando.

— Preparasse por que o que está para ouvir é algo sobrenatural.

— Sei... Sou uma mulher sobrenatural. - Era um bom momento para distrair. O cenário estava como um filme de terror; velas, relâmpagos, um som esquisito... A sensação de estar sendo observada...

— Ok, de acordo com algumas pessoas idosas que se mudaram para Roseward dizem ter visto algumas luzes e até almas de algumas pessoas pela floresta, e isso não é o que do medo.

— Desde quando isso dá medo? Pelo o que percebi vocês tendem a acreditar nesse tipo de coisa, veja, se a terra foi abençoada pelos espíritos da luz por que haveria almas vagando? Algum tipo de espírito do mal que quer se vingar? Não, as chances de alguém ser em carne e osso são bem maiores que isso, mas... Acreditam-se por que ninguém os seguiu o?

— Você aparenta ser muito corajosa, mas, pode ser arrepender-se se continua assim.

— Está me ameaçando? — perguntei com um olhar ameaçador, a tempestade lá fora estava feia; Em cinco e cinco minutos trovões eram escutados.

— Não... Queria ser assim, só estou dizendo que é a realidade, nada de bom vem daquela cidade, existem pessoas desaparecendo por lá.

— Isso eu sei, eu que pretendo investigar tudo isso…

— Desista desse caso agora, isso não é bom… — ele ficou muito apreensivo, suspeitei.

— Agora minha vez de perguntar, você já morou lá?

— Não sempre fiquei aqui, mas, minha irmã ela foi para lá, mas é uma história muito antiga eu não a vejo faz alguns anos.

— Tenho tempo suficiente, afinal, ainda é uma hora da madrugada.

— Tudo bem. Vou te contar… alguns anos atrás minha irmã de 16 anos pediu para ver aquelas colinas, mas, a má fama de lá sempre evitava ir. — falou pausadamente.

— Espere — interrompi — mas por que ainda tem táxis vagando até lá?

— Eles não vão até a cidade, vai até a estrada que vai para cidade perto do lago.

— Ok, desculpe por interromper, prossiga.

— Ela pedia bastante e um dia resolvi enfrentar esse medo, caminhei com ela até a estrada que vai à cidade como citei, ela descobriu que tinha um lago perto dali e ela saiu correndo... Sorrindo... Como uma pessoa livre, mas eu tive que ir atrás dela não podia deixar ela ali correndo pela floresta, cujo era muito ameaçadora, mesmo com alguns pinheiros havia muita nevoa e galhos solto, a segui, ela pulou no lago pedi para ela que saísse dali, ela estava tão feliz pedindo que eu entrasse, mas ela não queria sair, quando escutei trovões, começou a neblinar, ela não saia, não sei o que deu em min, mas juro ter visto um tipo de entidade saindo da mina... Uma sombra, eu gritei pelo seu nome, ela sorriu e se entregou, vi seu corpo desaparecendo em minha frente, e como se ela soubesse daquilo, a sombra olhou para min e sai correndo aos prantos, depois disso nunca mais voltei… - Notei que ele estava muito abalado, afinal perder a irmã desse jeito.

— Você acha que aquilo... Que você viu... Tem alguma ideia do que seja?

— Não...

— Tudo bem é só por hoje sinto muito pela sua perda, caso eu tenha informações de sua irmã eu digo, mas, em que ano ocorreu isso?

— Dois anos atrás, gostava muito dela, foi à única família que me sobrou depois do acidente dos meus pais.

Agradeci pelas informações e caminhei para meu quarto, mas não parei de pensar no ano e nos dados que conseguir com Zip, afinal esse acontecimento ocorreu em 1995, no mesmo ano do fechamento das obras para encontrar o Petróleo, de acordo com a informação as pessoas envolvida para a extração do petróleo desistiram e sumirão e nunca mais foram vistos, e curiosamente bateu com a morte da irmã dele, mas por que desistiram de pegar o petróleo?

Havia muitas perguntas, mas eu comecei a ficar meio sonolenta.

Ao cair na cama o sono foi profundo, ao acordar senti uma pequena dor de cabeça além de um movimento no hall de entrada, ao sair diversas pessoas corriam para as escadarias, além de pessoas conversando e algumas chorando, ao me caminhar até o local, não acreditava no que estava vendo. O rapaz que eu vi estava morto na banca de atendimento. Havia diversos cortes em seu corpo, além de um profundo em seu pescoço, o piso e o tapete limpo virou um sangue brilhante.

— O que aconteceu aqui? — Perguntei à mulher que estava ao meu lado.

— Senhorita, você não escutou os barulhos ontem à noite? Os rumores estão certo a maldição de Dark Sky está vindo para Roseward! — a mulher saiu correndo aos prantos de lá. - A mulher aparentemente era alguma amiga, ela era meio idosa e vestia uma saia com uns detalhes de floreste, uma camiseta por baixo do casaco rosa, seus cabelos brancos era bastante tratado.

Tentei descer, mas a multidão não me deixava, pedi licença aos demais e Caminhei-me até o policial que observava o corpo.

— Policial você sabe o que exatamente aconteceu aqui?

— Não, mas iremos descobrir... - ele falou meio sentido e ao olhar para min se apresentou - Ah prazer meu nome é Jean.

— Lara, Prazer. Alguma aposta? Você acha que possa ter sido um ladrão ou alguém que teria tentado matá-lo, ou até mesmo suicídio?

— Suicídio? Creio que não, eu o conheci recentemente, pobre homem, tiraram a vida quando ainda tinha esperanças…

— Como assim?

— Não sabe da irmã dele? Aparentemente é nova aqui, mas, foi encontrado um tipo de fio de cabelo dela na tesoura do barbeiro aqui mesmo em Roseward, isso significa que ela possa está viva.

— Não sabia. Sou realmente nova aqui — tive de mentir, por que será que ele não me contou esse ponto? Ele queria que eu seguisse o rumo para Dark Sky mesmo sabendo que a sua irmã poderia está em Roseward? Ainda não sei muito bem, talvez ele duvidasse da palavra dos policiais. Voltei para pegar minhas coisas no quarto e avistei a mulher pela janela, a que saiu do hotel, às pressas me chamando.

— Oi, você é a mulher que saiu…

— Olhe não tenho muito tempo, pegue esse arquivo, leia em um local, sozinha de preferência, ele pediu antes que morresse disse que você era a mulher certa para salvar Dark Sky, são provavelmente as pessoas de Roseward… - Ela olhava para os lados, parecia bastante apressada.

— Espere… — ela olhou para min — Qual era o nome dele?

— Junior… Junior Smith…

Ela seguiu o seu rumo quando pretendia seguir o meu, olhei o título do arquivo ‘Confidencial: A verdade atrás do desaparecimento de Júlia Smith’; possível nome da irmã dele, no entanto ao abrir ouvi tiros a alguns quarteirões. O meu desejo de curiosidade era maior e fui correndo até lá.

— Essa mulher de óculos vermelho e casaco jeans. Quem é?

— Lara Croft; britânica; metida; arqueóloga; famosa por desmascarar alguns barra pesada e máfias poderosas. Mas não sei preocupe garanto que ela será exterminada em breve e não irá atrapalhar nossos planos...

— Acho bom... A muita coisa guardada debaixo do tapete... Nenhuma caçadora de ossos vai destruir meus planos.


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Notas finais do capítulo

Promo do Capítulo 02; Sopro. "O Novas evidencias foram entregues para Lara, agora ela deve procurar por mais pistas e respostas diante dos acontecimentos nas duas cidades. Nada deve deter ela, a não ser que venha do céu. "

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