Comédia Romântica Qualquer escrita por Thaís Romes


Capítulo 8
A noite romântica.


Notas iniciais do capítulo

Oi amorecos de my life.
Bom espero que curtam o capítulo de hoje, e galera aproveite (rsrs), não precisam ficar esperando que eu exploda a cabeça de um dos dois... Não tão cedo... Estamos no capítulo oito ainda.
Ps: O look da Felicity é inspirado naquele filme: Como perder um homem em 10 dias.



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FELICITY SMOAK

Os dez dias não foram “moleza”, não foram nem mesmo agradáveis. Vamos por partes. Primeiro, essa maldita cirurgia que é basicamente uma pessoa arrancando duas bolas de sua garganta, cauterizam a ferida, mas ela não se fecha completamente, é impossível costurar uma garganta. É como ter todas as crises que tive em toda a minha vida de uma única vez, e o sorvete, que eu pensei ser a única vantagem de toda essa merda, tinha gosto de plástico queimado, assim como qualquer outra coisa que eu comesse.

E a segunda parte, porém não menos torturante é que meu namorado é ninguém menos que Oliver Queen. Não existe homem mais lindo no mundo, me sinto como o Harry em frente ao espelho de Osejed, com a diferença que eu podia tocar, e que e era real, apesar de que eu tenho algumas duvidas quanto a isso. Já viu Oliver sem camisa? Bom, eu já vi, muitas vezes. O tempo todo. Ele tem ficado em minha casa para cuidar de mim, e eu o vejo sem camisa, de toalha, de cueca... Isso é uma tortura. Hoje eu volto para o trabalho, o que me anima um pouco, e foi a primeira noite que Oliver dormiu em sua casa.

Visto uma saia rodada de cintura alta que pegava na metade das minhas coxas, com estampa de oncinha e uma camiseta preta com cinto fino vermelho. Prendo meus cabelos em um rabo de cavalo alto, saltos e estava pronta. Saio com a bolsa e meus óculos nas mãos, o transito para minha sorte estava muito bom, o que me fez chegar mais cedo que o previsto no trabalho. Quando entro em minha sala vejo Paris em cima de uma cadeira pendurando um faixa de “bem vinda” na parede com a ajuda do Diggle.

–Bom dia. –Falo me anunciando e os dois se viram surpresos em minha direção.

–Você está quinze minutos adiantada. –Diggle diz olhando seu relógio. –Estragou a surpresa.

–Bom transito. –justifico sorrindo encantada com o cuidado deles. –E eu adorei a surpresa!

–Se sente bem? –Diggle se aproxima segurando meus ombros, eu balanço a cabeça confirmando com um sorriso. –Se precisar, sabe como me encontra, estou feliz por estar de volta. –Ele beija meu rosto antes de sair.

–É bom mesmo ter você de volta. –Paris diz com um sorris tímido antes de seguir Diggle para fora da minha sala.

Não tive muita bagunça para arrumar, por que primeiro, minha equipe é a melhor e segundo, eu estava fazendo o que podia do meu serviço de casa. Afinal, que outras opções eu tinha para passar meu tempo? Oliver não quis me ajudar em nada, se é que me entende. E por falar em Oliver, ele passou toda a manhã resolvendo assuntos com investidores, e em reuniões intermináveis, mas mesmo assim me ligou umas quinze vezes para se certificar se eu estava tomando os remédios, e quando eu estava prestes a sair, ele deu o ar de sua graça em minha sala.

–Como se sente? –pergunta se inclinando para me dar um beijo no rosto.

–Bem. –sorrio pegando minha bolsa. –Já está de saída?

–Sim, vou te levar a um encontro hoje, de verdade, sem manipulação ou ex-namorados ficando noivos dos melhores amigos. –Eu sorrio esperançosa, sem me importar em disfarçar e Oliver balança a cabeça, provavelmente pensando em como eu sou pervertida, mas não ligo.

–Mal posso esperar Sr. Queen. –saio da minha sala com ele ao meu lado.

OLIVER

Não sabia que o exercito ajudaria tanto assim em meu auto controle, mas nesses últimos dez dias percebi que devo tudo ao meu treinamento árduo. Felicity é uma pessoa muito persuasiva por assim dizer, e não tem facilitado em nada as coisas. Mas não queria ter a primeira vez com ela sem poder nem mesmo a beijar por que a causaria dor, ou sei lá, já que minhas amídalas estão intactas em minha boca.

Mas hoje seria diferente, nada de restaurantes. Resolvi não brincar com a sorte, por que já provamos não ter muito disso, então liguei para um amigo que é dono de um hotel cinco estrelas, e reservei a suíte presidencial, onde será o nosso jantar essa noite. Sem risco de interrupções ou aparições do além. Só nós dois.

As nove horas eu já estou no hotel, o quarto tinha uma espécie de sala enorme, onde havia uma mesa com o nosso jantar e castiçais dourados. Pedi para não colocarem pétalas ou esse tipo de coisa ou pareceria que eu só estava querendo a levar para cama, apesar de que pelas ultimas da Felicity, não acho que ela veria isso como uma ofensa. Dou risada com esse pensamento e escuto o barulho da porta.

Quando a abro ela está em um vestido longo amarelo de tecido leve e com alças grossas, os cabelos presos com poucos fios soltos dos lados, era a personificação da perfeição e modéstia. Bom, foi o que eu pensei a principio até que ela me deu um beijo nos lábios e entrou no quarto, o que o vestido tinha de simples na frente compensava nas costas que estavam completamente nuas, com apenas duas fitas cruzadas e o decote que acabava pouco antes de seu traseiro.

–Você está linda. –elogio engolindo em seco.

–Adorei a gravata. –diz com simplicidade apontando para minha gravata azul depois olha em volta maravilhada. –Uau, Oliver. É tão lindo.

–Você merece o melhor. –Eu a guio para que se sente. –E seu favorito. –destampo a bandeja que tinha uma pizza grande de alicci o que a faz gargalhar divertida.

–Oliver você é o melhor. –brinca. –Eu estava mesmo morrendo por uma dessa. Acho que tenho sonhado com isso todos os dias. –Ela parece falar sozinha.

–Então é Alicci que você vem murmurando enquanto dorme. –debocho me sentando a sua frente e servindo a pizza. –Pensei que estava sendo trocado. - Felicity não me responde, apenas me olha com ar sonhador. –O que foi?

–É que nós já passamos por muita merda. –Ela bebe um gole de seu vinho e eu faço o mesmo. –E você ainda assim consegue ser tão...

–Incrível? Maravilhoso? –Ela dá risada negando. –Absurdamente charmoso? –Falo só por implicância a vendo rir.

–Você. –responde. –Ainda consegue olhar para uma garota e se dedicar para que as coisas dêem certo. Oliver você cuidou de mim por dez dias inteiros.

–Você é uma boa paciente. –pisco para ela. –E nós somos amigos antes de tudo Felicity, cuidaria de você mesmo se não estivéssemos namorando.

–Viu! –exclama apontando para mim. –É esse tipo de coisa que me faz pensar como alguém pode preferir outra pessoa a te esperar. –Ela respira fundo como se tivesse pensado alto e se arrependesse do que disse. –Desculpa.

–Tudo bem. –dou de ombros. –Acho que podemos falar disso se quiser.

–Como foi? –Ela questiona me olhando com seriedade.

–A carta ou a guerra?

–Os dois. Se você quiser. –diz com a voz doce.

–Um dia eu fui escalado para participar de uma incursão de resgate. Havia um amigo meu, nós éramos o que você pode chamar de parceiros, cuidávamos um do outro, nos mantínhamos vivos. –sinto minha voz voltando a ficar sombria, era como se tudo passasse por meus olhos novamente. –Slade Wilson, a mulher que foi capturada se chamava Shado, ele era apaixonado por ela e todos sabiam disso, mas mesmo assim o deixaram ir, mesmo com todos os meus protestos. –respiro fundo com pesar. –Eu o conhecia, sabia que não estava apto para a missão, mas ele bateu pé e o nosso comandante preferiu escutar ele. Fomos em um grupo de cinco soldados, e teríamos reforços no menor sinal de perigo. Mas quando chegamos nós encontramos ela, sendo abusada... –não consigo mais falar e sinto a mão de Felicity sobre a minha.

–Não precisa falar mais disso, não deveria ter tocado no assunto. –Eu acaricio sua mão e forço um sorriso para agradá-la.

–Eu quero terminar. –sussurro e ela assente. –Shado tinha sido capturada a três dias e parece que toda a outra tropa fez isso com ela, o dia inteiro, o tempo todo. –sinto meu estomago embrulha enojado. –Nós a resgatamos com sucesso, Slade matou dezenas de soldados naquele dia, todos que ele soube que tocaram nela, mas então ele parou a seu lado, lhe dando água, verificando se na medida do possível ela estava bem e Shado pegou a arma dele, e deu um tiro na própria cabeça. –vejo o rosto horrorizado de Felicity. –Ele ficou louco depois disso, então nós voltamos com o corpo sem vida da mulher que ele amava e eu recebo um carta.

–Não! –exclama chocada.

–Claro que não tinha como ela saber o que havia acabado de me acontecer. –dou uma risada sem nenhum humor. –A carta dizia: “Querido Ollie, sinto muito por cada uma das palavras a seguir, mas não posso mais fazer isso conosco. Preciso ser feliz e quero que você também seja, por isso não podemos mais ficar juntos. Com amor, Laurel”.

–Só isso? –franze o rosto.

–Eu li essas palavras milhões de vezes seguidas, tentei ligar para ela, mandei cartas que não foram respondidas, mas então Thea que percebeu o que eu estava sofrendo abriu o jogo comigo e descobri assim o real motivo do término.

–Que saco Oliver.

–É mesmo. –concordo. –Mas e você? Me conta sua historia.

–Conto, mas acho que de histórias tristes estamos esgotados por hoje. –Sorri com carinho para mim.

–Péssima conversa em um encontro. –brinco sorrindo para quebrar o clima de enterro. –Aliás, sobre o que se conversa em um encontro normal?

–Não sei, acho que as perguntas são sempre as mesmas. –dá de ombros sorrindo. –Em que você trabalha?

–Sou seu chefe, sei tudo o que você faz em seu trabalho. –Ela sorri mordendo o lábio, eu adoro implicar com o fato de ser o chefe dela, mas acho que ela não se importa mais. -Família?

–Conheço a sua, são todos meus chefes. –Ela debocha e eu dou risada.

–A sua família. –corrijo.

–Bom, sou apenas eu e minha mãe que é cantora em um bar em Las Vegas. Donna Smoak é uma figura. –Felicity faz careta cortando sua pizza. –Não sei exatamente quem meu pai é, por que ele nos abandonou.

–Sinto muito. –digo com sinceridade.

–Não, tudo bem, mal me lembro dele mesmo. –Ela sorri com tristeza. –Mas próximo tópico! –tamborila os dedos na mesa como se fossem tambores.

–Qual a sua cor preferida? –chuto prendendo o riso.

–Acho que verde. –sorri para mim com um leve rubor no rosto que eu não entendo. –E a sua?

–Vermelho, definitivamente. –me lembro da primeira vez que a vi com o vestido vermelho. – Mas estou tentado a mudar para o amarelo... –Felicity sorri corando. –Próxima pergunta.

–Gosta de chá de ervas? –começo a gargalhar, essa era a conversa mais sem sentido que já tive na vida.

–Isso é algum eufemismo para maconha? –debocho em meio ao riso.

–Oh não! –exclama dando risada depois para ficando séria de repente. –Por quê? Você gosta de maconha? –sussurra olhando para os lados.

–Só as sextas quando a lua está minguante. –dou de ombros. –Sabe como é, para evitar a depressão. –uso toda a minha força de vontade para continuar sério a olhando com atenção.

–É brincadeira não é? –questiona desesperada.

FELICITY

Nunca escutei tanto absurdo na vida, em um determinado momento decidimos que só importava quem conseguia chocar mais ao outro, e não sei ainda qual de nós é mais competitivo. E o que me assusta é que eu contei maia dúzia de verdades no meio de todo esse deboche, o que me leva a pensar, em o que era brincadeira ou não, de tudo o que foi dito das duas partes. Oliver hasteou a bandeira branca quando acabamos de jantar me convidando para dançar com ele.

–Não sei se deveria dançar com um membro da máfia russa. –brinco aceitando sua mão estendida.

–Ex membro. –corrige debochado. –Prestou mesmo atenção na minha história?

–Cada palavra. –asseguro sorrindo para ele.

Mas tudo se acalma quando ele liga a música e me puxa para seus braços, Oliver segura minha cintura enquanto nos balançávamos lentamente ao som de Goo Goo Dolls. “Eu desistiria da eternidade para te tocar. Pois eu sei que você sente de alguma maneira, você é o mais próximo do paraíso que eu jamais estarei e eu não quero ir para casa agora. E tudo que posso sentir é esse momento, tudo que posso respirar é a sua vida.” Sorrio ao perceber que essa musica nunca esteve na playlist que gravei para ele, e me aconchego mais em seus braços.

–Você vai ficar comigo não vai? –pergunta em meu ouvido com sua voz rouca fazendo com que eu o olhe sem entender direito.

–Por que acha que eu vou fugir? –devolvo a pergunta me afastando um pouco para olhar em seus olhos.

–Não sei, acho que tudo cedo ou tarde acaba escapando por meus dedos. –Oliver diz cheio de sinceridade e intensidade para mim.

–Não vou fazer parte disso. –puxo seus lábios para os meus em um beijo rápido e carinhoso. –Não pretendo ir a nenhum lugar. –Oliver sorri contido com os olhos brilhando.

–Era só o que eu precisava saber.

Sinto seus lábios em meu pescoço suas mãos passando por minhas costas nuas, e aperto minhas mãos em volta de seus braços. “Eu só não quero ficar sem você essa noite. E eu não quero que o mundo me veja, por que eles não entenderiam. Quando tudo é feito para não durar, eu só quero que você saiba quem eu sou.” Oliver me gira me abraçando de costas e sinto seus lábios em minha nuca me fazendo suspirar, suas mãos sobre meu ventre enquanto seus beijos passam para meus ombros.

–Acho que é a hora. –sua voz é cheia de provocação, me viro para ele tirando seu paletó com um sorriso de satisfação em meu rosto que se espelha no dele. Afrouxo mais sua gravata e ele a tira sem nem mesmo desatar o nó.

–Finalmente. –digo ofegante pensando no traseiro dele.

Oliver dá risada provavelmente adivinhando meu pensamento pervertido e começa a desabotoar a camisa, eu o ajudo e todos os nossos movimentos parecem puro desespero o que mais dificulta do que qualquer outra coisa. –Okay. –Oliver fala segurando minhas mãos com um sorriso safado. -É melhor eu fazer isso. –se afasta um pouco tirando a blusa com facilidade, eu coloco as mãos no fecho na lateral do meu vestido. –Não! –quase grita me assustando. –Eu faço isso também.

Ele desce o zíper exageradamente devagar com cuidado, olhando cada novo pedaço de pele exposta com ar de puro desejo. O vestido desliza por meu corpo ao chão me deixando apenas com uma calcinha minúscula de renda branca, sei que estou nua, mas o olhar dele foi como fogo sobre meu corpo, queimando minhas entranhas. Ele tira as calças e os sapatos ficando apenas de cueca box vermelha o que me faz gargalhar antes dele me abraçar.

–Belo traseiro. –brinca olhando minha bunda por sobre meus ombros e eu me esquivo um pouco para conseguir ver o dele.

–Meu Deus, que bunda perfeita. –Penso alto me arrependendo no mesmo segundo.

Oliver me olha segurando o riso, sei que é ridículo, mas toda essa palhaçada estava me deixando louca. Qual é minha gente? Sou humana e namoro esse cara a dias, esse Adônis, louro e lindo, que ainda é engraçado de um jeito provocativo e sexy, já conversamos o suficiente por longos anos.

Acho que pensamos as mesmas coisa por que no mesmo instante seus braços me erguem do chão, fazendo com que minhas pernas se encaixem em seu quadril. Passei a beijar seu pescoço puxando de leve seus cabelos e Oliver encosta meu corpo na parede liberando suas mãos que rasgaram minha calcinha. Já havia esperado muito, não conseguiria mais. Sinto seus lábios em meus seios, sugando um após o outro e quando penso que iria enlouquecer ele junta nossos corpos de uma vez me fazendo tremer.

Fizemos amor escorados naquela parede, depois na cama, e ainda no chuveiro. Quando pensei estar esgotada Oliver disse alguma coisa que me acendeu como fósforo e fizemos mais uma vez antes de cair exaustos de sono um ao lado do outro na cama. Ele me puxa para seus braços e sinto seus lábios pressionados em minha cabeça.

–Quanto tempo até que isso se torne menos acrobático. –pergunto tocando as minhas costas doloridas e Oliver da risada me puxando para mais um beijo. –Não estou reclamando. –começo a explicar com os lábios nos dele. –Adoro acrobacias, fiz balé por anos quando criança e tinha o sonho de me tornar trapezista de circo um dia, viajar pelo...

–Felicity! –Oliver se afasta para me olhar. –Eu ententi.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo vai ser o do triangulo amoroso!
Bom galera, espero que vocês estejam curtindo okay, me contem o que acharam!
Bjs