Um mês depois ...

Violetta entrou em coma uma semana depois de dar a hemorragia, ela perdeu muito sangue então foi inevitável.

Toda vez que vou ver Sophi ela pergunta pela mãe, sempre digo a ela que Violetta já vai voltar para casa e ela faz um escândalo, por isso evito ir vê-la.

Agora estou no quarto de Vilu a olhando, como ela está diferente. Está pálida, os lábios estão roxos, não parece a mesma, que saudade que sinto dela.

Sai do "quarto" e fui falar com o doutor.

– Olá! - Ele disse quando me aproximei.

– Oi... Eu vou ir ver a minha filha e volto logo, qualquer coisa me ligue.

– Está bem. - Assim fui para casa.

*Dim Dom*

Austin abriu a porta com Sophia no colo, ela chorava.

– Meu amor, o que houve? - A peguei do colo de Austin e entrei.

– Eu quelo a mamãe.

– Por que princesinha?

– Pô que eu tô com saudade dela.

– Logo ela vai vir pra casa, tá bom?

– Você disse isso dá outla vez e não tlouxe ela.

– Mas agora eu vou trazer.

– Você plomete?

– Prometo. Agora o que acha de brincarmos?

– Ebaaaaah! - Ficar com Sophi é a única coisa que me faz esquecer a situação em que estamos.

(...)

Brinquei um pouco com ela e voltei para o hospital.

– Alguma novidade? - Perguntei ao meu aproximar do doutor.

– Não, continua do mesmo jeito.

– Vou vê-la!

– Está bem. - Fui para o "quarto" de Vilu.

– Ah princesa, se você soubesse o quanto eu sinto sua falta... Eu estou morrendo de saudade sabia? - Segurei a mão fria dela. - Por que não acorda logo? Nós estamos precisando de você! - Senti um pequeno aperto em minha mão. Oh meu Deus, ela apertou a minha mão! Aproximei meu rosto do seu e selei nossos lábios, eles não estavam frios como antes. - Princesa, você está me ouvindo? - Segurei a mão dela novamente e senti outro aperto, um pouco mais forte. - Você está me ouvindo, você está me ouvindo! - OH MEU DEUS, ELA ESTÁ ME OUVINDO!!! Que coisa maravilhosa!

(...)

Estava sentado ao lado de Vilu, esperando o doutor vir vê-la. Ele estava demorando muito, queria contar logo que ela teve algumas reações mas ele não chega, argh!

– León? - Ouvi uma voz falha chamar. Olhei para Vilu, ela havia mesmo me chamado ou eu estava alucinado?

– Minha princesa, você acordou! Eu não estou acreditando!

– Acordei... O que aconteceu? - Sua voz estava fraca, os olhos fundos e a pele pálida, mas ainda assim era ótima, ela havia acordado, um ótimo progresso!

– Você não se lembra?

– Me lembro de algumas coisas.

– Tipo o que?

– Que cai da escada e que perdi os bebês.

– Como está a sua cabeça?

– Está bem.

– Não está doendo?

– Não.

– Ai, que bom!

– Mas então... O que aconteceu?

– Você entrou em coma.

– Por que?

– Você teve uma hemorragia e depois de um tempo entrou em coma, não se sabe bem o porque.

– Ah...Ai! - Colocou a mão na cabeça.

– O que foi?

– Senti uma pontada.

– Está se sentindo bem?

– Estou.

– Então tá bom.

– Cadê Sophia?

– Está em casa.

– Sozinha?

– Não.

– Com quem?

– Com Austin.

– Ele já sabe?

– Do que?

– Do "acidente". - Fez aspa com os dedos.

– Sim, ele sabe.

– Ah sim. - Seus olhos estavam marejados.

– O que foi princesa?

– Nada. - Uma lágrima escorreu por sua bochecha.

– Está chorando por nada?

– Eu só queria os nossos filhos de volta... - Disse e desabou a chorar.

– Meu amor, a gente pode ter quantos filhos você quiser.

– Mas eu quero a Louise e o Bernardo.

– Podemos chamar os outros de Louise e Bernardo.

– Não quero chama-los assim.

– Mas amor... - Ela me interrompeu.

– MAS NADA, EU QUERO ELES DE VOLTA! - Gritou.

– Calma amor, você não pode se estressar.

– Mas León, os nossos filhos...

– Sim princesa, mas você não pode fazer nada por eles.

– Mas... mas...

– Princesa, não dá para trazer eles de volta.

– Mas... Eu sei.

– Então princesa...

– Eu quero eles de volta.

– Querer não é poder princesa.

– Disso eu também sei.

– Então fica calma amor, para você se recuperar logo.

– Pra que vou querer me recuperar?

– Pra poder ir embora e podermos ter nossos bebês.

– Está bem.

– Me dá um beijo?

– Eu não.

– Por que não?

– Porque não.

– Ah princesa, eu já estou a quase um mês sem um beijo.

– E daí?

– Eu mereço, não?

– Não.

– Mas amor... - Ela me interrompeu.

– Não merece mas como sou muito boa vou te dar.

– Eeeeh. - Me aproximei dela e começamos um beijo. Paramos quando o ar se fez necessário e percebemos que doutor Ismael estava lá nos olhando.

– Ahn, desculpe. - Ele disse.

– Ahn... Olá. - Respondi.

– Olá. Então você acordou? - Se aproximou da "cama" de Vilu.

– É, acordei. Quem é você?

– Sou o doutor Ismael, sou eu quem está cuidando de você.

– Ah, prazer.

– O prazer é todo meu. - Pegou a mão dela e deu um beijo.

– Então, quando ela vai poder ir embora? - Indaguei.

– Não sei.

– Como não? Ela já não acordou?

– Não é porque ela acordou que pode ir embora.

– Por que não?

– Precisamos ver se ela já está bem.

– Mas ela já acordou, é um sinal, não?

– É, só que ela ainda não pode ir.

– Argh.

– Então senhorita Castillo, venha comigo.

– Para onde? - Indaguei novamente.

– Vou leva-la para fazer alguns exames.

– Hum...

– Vem. - Chamou Violetta e ela se levantou devagar com o auxilio dele. Quando ela já estava de pé ele a abraçou pela cintura, acho que para segurá-la.

– Precisa segurá-la assim?

– Sim, ela ainda está fraca.

– Não seria melhor leva-la em uma cadeira de rodas?

– Não.

– Argh! - Eles saíram "abraçados", doutor oferecido!