Amor...Dor...Reencontro escrita por NiniPatrIlario


Capítulo 20
Capitulo 20 : Perdão




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– Tens que me ouvir, Paulina, suplico-te. - Parecia realmente arrependido mas ele não merecia que o ouvisse pela forma em que a tratara na noite anterior deante de toda a equipa da novela.

– Agora queres falar? Pois eu não! Magoaste-me, Carlos Daniel, desiludiste-me, desconfiaste de mim, jamais pensei que poderias cair tão baixo! Nem me deste a oportunidade de defender-me, de falar-te. Porque é que agora te deveria escutar?

– Tens razão. Sim, tens razão, desconfiei de ti e isso é imperdoavél, mas como querias que reagisse ao ver-te em braços de outro? Eu não sou de pedra, Paulina. Tinhas-me dito que não te querias casar conmigo, que não podias, e no dia seguinte vejo-te ali com outro, o que querias que pensasse?

– Mas não era eu! - Declarou de uma pequena voz já farta de ter que se estar sempre a explicar.

Segurando-a novamente sentou-a no sofá enquanto que ele tomava lugar frente a ela na mesinha de centro e pegando nas suas mãos geladas continuou:

– Agora sei que não eras tu, mas sim a Daniela. Ela contou-me tudo, mas como podia eu saber? Tinhas-me dito que tinhas uma irmã, mas que ela vivia na Venezuela, e não que ela estava aqui e que além de ser tua irmã, era a tua gêmea. - Tomando uma grande respiração seguiu - Eu amava-te, Paulina. Amava-te como jamais pensei voltar a amar, por primeira vez pedi em casamento a uma mulher que apenas conhecia, pondo a minha vida, o meu destino e o da minha filha em suas mãos. Como pensas que me senti ao sentir-me enganado e utilizado pela mulher que amava loucamente? Como pensas que me senti ao pensar-te em braços de outro sabendo tudo o que tinhamos compartilhado juntos?

Ela queria acreditar nas suas palavras, queria dizer que o perdoava e que de uma certa forma ele tinha razão, mas desconfiou dela, da sua palavra e se dela desconfiou uma vez, quem lhe asegurava que não voltaria a suceder?

– Desconfias-te de mim, - soltando as suas mãos seguiu, - quem me diz que não o voltarás a fazer? - Levantando-se se dirigiu para para as grandes janelas que permitiam ao sol de entrar, acariciando assim o seu rosto.

Levantando-se por sua vez, abraçou-a por trás pela cintura, fazendo-a suspirar. Abraçou-a então mais forte e encostando o seu rosto ao dela, suspirou também fazendo-a se arrepiar novamente.

Era tão bom estar assim ao seu lado, abraçados, era como se nada mais existisse nem fosse importante. Os seus braços sempre foram e seriam o seu lar mas o podia perdoar? O amor deles era demasiado forte para superar este obstáculo que se tinha formado no seu caminho?

– Amo-te, adoro-te, e não quero perder-te meu amor, e não te vou perder, não posso viver sem ti. Somos feitos um para o outro, não o vês?

– Amas-me, não me queres perder, mas desconfias de mim. Achas que se não te amasse, entregaria-me a ti sabendo por tudo o que tinha vivido por justamente ter entregado o meu coração a um homem? Que classe de mulher pensas que sou, Carlos Daniel?!

– Perdoa-me por favor. Estava cego, cego pelo odio de pensar que podias ter jogado com os meus sentimentos, que tudo o que tinhamos vivido juntos não significava nada para ti. Cego por pensar que tinha sido enganado pela mulher que amava.

Um silêncio pesado se fez na sala e durante minutos não falaram, simplesmente observavam o reflecto dos dois corpos unidos nas janelas.

Afastando os seus cabelos suaves, beijou-lhe o pescoço. Deixando a sua cabeça cair para trás sobre o ombro dele e fechando os olhos murmurou rouca:

– Não sei, Carlos Daniel, não sei se te poderia perdoar. Desconfiaste de mim, duvidaste do meu amor por ti.

Tentou se libertar uma vez mais, mas ele a apertou mais forte e fazendo-a se virar segurou no seu rosto, olhando-a nos olhos murmurou como se a sua vida dependesse daquelas palavras:

– Amo-te Paulina. Se por ver-te com outro senti ciumes é porque realmente te amo e tudo o que possa passar contigo afecta-me.

– Não Carlos Daniel, se sentiste ciumes é porque estás inseguro, é porque és possessivo, porque...
– Porque te AMO. - Segurando no seu queixo para que enfrentasse o seu olhar, inclinou a cabeça e tomou posseção dos seus labios rosados. Beijo que ela recusou ao principio mas que terminou por ceder quando a lingua dele se ensinuou entre os seus labios e se tournou mais exigente buscando um caminho para se encontrar com a dela numa valsa infinita. Acariciando os seus cabelos, mordiscou o seu labio inferior, mas, num momento de lucidez, ela se afastou posando as mãos nos seu peito.

– O que foi meu amor? - Acariciando-lhe o rosto, beijou-lhe delicadamente a testa e a ponta do seu nariz vermelhinho por ter chorado, e saber que tinha sido ele o culpado, ainda sentia mais odio contra ele mesmo. Como pôde agir daquela forma?

– Preciso de tempo. Tempo para pensar, para pôr as minhas ideias em ordem.

– Mas...

– Por favor Carlos Daniel, necessito pensar, dá-me o tempo que te pesso.

– Está bem, compreendo, mas antes de ir quero que saibas que te amo e que sinto a tua falta e te necessito. - Passando novamente uma mão suave no seu rosto delicado, sorriu deixando o seu dedo percorrer as linhas perfeitas que formavam os seus labios pulposos. - Esperarei por ti. - Concluiu dando-lhe um leve beijo nos labios que acabara de beijar apaixonadamente e saiu deixando-a sozinha olhando para a janela. Fechou os olhos e deitou a cabeça para trás. Ouvindo passos exclamou:

– Carlos Daniel, disse que...

– Não sou o Carlos Daniel. - Fazendo-a se sentar ao seu lado perguntou, - O que te disse?

– Pediu-me perdão mas... ai Dany, nem sei o que pensar, estou tão confusa, irmã.

Pequenas lágrimas se começavam a formar novamente nos seus olhos quando deitou a cabeça no colo da irmã. Ficaram uns momentos sem dizer nada disfrutando do seu reencontro até que a Dany disse:

– Amas-o? E o homem com quem te vês passar o resto da tua vida?

– Se o amo? Sempre o amei, desde que o vi por primeira vez naquela noite chuvosa e desde então, sempre o vi como o homem da minha vida, mas...

– Então? Do que é que estás à espera Paulina? Que alguém te o roube? O que acaba de fazer agora ao vir ter contigo até Acapulco não é suficiente para te demostrar o quanto te ama? O que sentes por ele, o que me acabas de confessar, não é suficiente para que o perdoues? Para que tornes esse amor que sentes por ele mais forte e à prova de balas? Acorda, Paulina! Já uma vez sofreste por amar, vais permitir que por amar voltes a sofrer? Não permitas que uma estupidez te fassa sofrer novamente e te arranque o amor da tua vida e te tire o sonho de ser feliz ao lado do homem que amas e de com quem te verias fundar a familia que sempre sonhaste.

Levantando-se abraçou-a, e no rosto a beijou antes de sair a correr para a recepção. Segundo o recepcionista, Carlos Daniel se encontrava no quarto 220. Batendo à porta, sentia como se o seu coração fosse sair do seu peito. Esperava tomar a decisão correcta.

Quando a porta se abriu, Paulina somente disse perdão e o resto das palavras não foram necessárias, atirando-se para os seus braços, pediu-lhe perdão e num suspiro beijou-o longamente, como se dessa vez fosse a sua vida que dependesse daquela entrega. Quando o beijo terminou e já sem fôlego, Carlos Daniel deu um beijo suave nos seus labios e rindo disse:

– Perdão porquê, meu amor? Se sou eu quem tem que ser perdoado.

– Perdão porque fui uma tonta, preferi ficar sozinha em vez de aceitar de uma vez por todas as tuas desculpas. Eu queria perdoar-te, mas o meu orgulho era mais forte do que eu até que a Daniela abriu-me os olhos. Amo-te tanto, meu amor, que quando me disseste que querias acabar, senti que morria por dentro. Por favor, não me faças sentir assim nunca mais.

– Prometo-te que jamais voltarei a duvidar de ti e so vivirei para amar-te e para proteger-te. - Abraçando-a encostou o rosto dela no seu peito e levemente beijou o seu cabelo. - E agora senhorita, creio que deveriamos ir comer algo com a tua irmã e o seu noivo, senão vão pensar que somos um par de mal agradecidos.

Saindo de mãos dadas e de dedos entrelaçados, chamaram a Daniela e o Marco para irem comer à beira mar.

Passaram um dia maravilhoso desfrutando do azul do mar, das gaivotas a voarem pelo céu limpido, das conversas que terminavam em gargalhadas... Paulina sentia que era o melhor dia que vivera pois estava entre os braços do homem que amava e junto a ela se encontrava a irmã que tanto amava.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e me deixem saber o que acharam.
Muitos jocas bombocas, muacks



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