The Z Apocalypse escrita por Nathi Peters


Capítulo 1
Caos


Notas iniciais do capítulo

então, primeiro capítulo, espero q gostem e me ajudem a divulgar pff



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Caos. Isso define o que está acontecendo. A senhorita Hernandez correu e trancou a porta. Todos gritam, correm, e choram. Mas não eu, na minha mente está tudo parado, um turbilhão de emoções passando ao mesmo tempo. Medo, horror, tensão, incredulidade. Tudo está em câmera lenta. Um grito agonizante me faz voltar para a realidade. Olho em volta, pessoas gritam, e outras sangram. Muitos alunos em volta da nossa sala de aula, do lado de fora, batendo na janela, tentando desesperadamente passar as cabeças pelo espaço das pequenas frestas das janelas. Alguém solta outro grito, está com o braço para fora da janela, e um dos alunos do lado de fora o...come. A garota urra de dor, enquanto pedaços de seu braço são arrancados. Corro, e a puxo pra longe da janela. Caímos as duas no chão, quando olho para seu rosto, percebo ser Mary. Ela chora muito. Olho para seu braço, está total e completamente sem carne, só osso. A janela toda ensanguentada. Fecho meus olhos e penso em tudo o que eu sei sobre zumbis. Corro até a senhorita Hernandez, a pobre professora de espanhol, chora e em meio as lágrimas, tenta conter os alunos que correm para os cantos da sala.

- Senhorita Hernandez...Temos que fechar todas as janelas, fechar as cortinas, apagar as luzes e nos deitar no chão, não podemos dar um gritinho sequer. Talvez eles saiam. Não sei muito coisa sobre zumbis, mas...Acho que isso pode ajudar. – eu digo, ela me olha apavorada.

- Zumbis? Foi isso mesmo o que disse?

- Sim. Creio que eles sejam zumbis. – eu respondo, já correndo para tentar fechar as outras janelas. Os zumbis, estão todos se apoiando na janela, empurramos com toda a força e conseguimos fechar, alguns braços caem dentro da sala, mas os zumbis que os perderam não desistem, continuam tentando abri-la. Fechamos as persianas. E apagamos as luzes. Todos nos deitamos no chão, alguns embaixo das classes. Ficamos quietos. Mary geme baixinho, pois acordou do desmaio e começa a sentir mais dor. Rastejo até ela e pressiono a mão em sua boca, para abafar os gemidos. Sua pele está agora muito pálida e seu corpo parece mais frágil do que nunca, todo o corpo dela treme. Os olhos se reviram, e sei que ela está morrendo, tento pensar rápido. Depois de mordida, uma pessoa morre e então volta, mas volta como um zumbi. Chamo uma das amigas de Mary e peço para que fique ao lado dela, abafando seus gemidos. Rastejo até a professora de espanhol.

- Senhorita Hernandez...Mary vai ser um deles, em algumas horas. Assim como todos os outros que foram mordidos. – eu digo, e ela me olha com pavor.

- Oh Meu Deus. Estamos Perdidos.

- Não, temos, que descobrir quem foi mordido, e depois, dar um jeito nisso.

- Não podemos, não sabemos quantas pessoas foram mordidas. Temos quarenta alunos nesta sala de aula, pelo menos a metade já foi mordida.- ela diz.

- É, mas, se não descobrirmos logo, a outra metade vai morrer também. A escola esta cercada. Olhe pela janela, tem deles por todos os lados, não tem como escapar. – a sala já não está mais tão cercada, alguns zumbis decidiram parar de forçar a janela.

- Precisamos de uma isca. – diz uma voz de garoto, a reconheço imediatamente. Logan.

- Ta maluco? Não vamos mandar ninguém lá pra fora, pra ser comido vivo. Não mesmo, de jeito nenhum. – falo mexendo a cabeça em sinal de desaprovação.

- Eu não ligo pra sua opinião Thompson. Se não fizermos isso, não vai ter como escapar daqui. Sem falar nos que estão feridos, foram mordidos, vão nos matar daqui a algumas horas, e você sabe disso. – ele responde.

- Não gosto que me chame pelo meu sobrenome. E além disso, nem sabemos quantas pessoas foram mordidas. – respondo

- Vinte e duas pessoas. A maioria está morrendo agora, o tempo para a transformação é indeterminado, em algumas pessoas demora duas horas, em outras cinco. Não sabemos. Temos duas escolhas. Ou mandamos alguém dos mordidos como isca e fugimos daqui, ou esperamos eles se transformarem e morremos.

- Pois eu tenho uma ideia melhor, separamos não mordidos dos mordidos, e os colocamos em um lado da sala, tenho certeza que o espaço é grande o suficiente. Esperamos eles se transformarem, e os matamos. Depois jogamos os corpos de isca. – diz uma das meninas que estão sentadas perto da professora.

- Não vai dar certo. Zumbis não comem outros zumbis. – respondo. – Mas deveríamos dividir a sala. Pode ser uma boa idéia. – Logan revira os olhos, mas concorda.

Levantamos e começamos a dividir a sala, várias pessoas haviam sido mordidas, olho ao redor em busca dos meus amigos, muitos deles estão ali, mas falta...Ah, merda! Vejo ela encolhida em um canto, seu rosto contorcido de dor, ela treme, suas roupas ensopadas de sangue, está pálida. Grandes bolsas escuras em volta dos olhos. Parece tão sem vida quanto meu avô, em seu caixão, alguns anos atrás, mas posso perceber seu peito subir e descer. Não está morta, mas está quase lá. Corro até ela.

- Milla! Oh, meu Deus, Milla! – sento no chão e coloco sua cabeça em meu colo. Ela abre os olhos e me encara. Solta um suspiro.

- Que loucura né? – ela murmura.

- Que droga Milla, por que você não ficou perto de mim? Por que? – minhas lágrimas molham o rosto dela. Vasculho seu corpo para achar a mordida.

- Aqui... – ela aponta para o braço. A carne do braço esta rasgada, o sangue jorra quente, e escorre pelo chão.

- Vai ficar tudo bem!

- Está tudo bem, Vee. – ela sussurra.

- Por que não chora? Sabe que está doendo.

- Quero morrer com dignidade.

- Cuida do Jason pra mim. – ela pede. Jason, seu namorado, está na sala ao lado, não sei o destino dele.

- Não faça isso...Não se despeça. – meus amigos se aproximam, muitos começaram a chorar.

- Eu amo vocês. – ela diz e num último suspiro, a vida lhe escapa, Milla fecha os olhos, e tomba a cabeça para o lado. Logo ela viraria um deles, e de uma amiga, se tornaria uma ameaça.

- Vamos...Vamos pessoal, temos que sair de perto dela. – eu digo, puxando eles.

O dia chega no fim. A lua já está alta no céu. Alguns zumbis ainda tentam desesperadamente empurrar a porta, e forçam a janela. Não temos comida, nem água, e nem uma chance de salvação, não podemos passar muito mais tempo ali, ou morreremos. Todos os infectados já morreram. Mas ainda não se transformaram, todos nervosos e com medo, eu e Logan improvisamos armas com pedaços de coisas que conseguimos destruir na sala. Ligo para uns amigos das salas ao lado, eles estão nas mesmas condições que a gente, explico para ficarem camuflados e deitados no chão, com tudo apagado. Nossa grande preocupação, é com a noite. Não podemos acender as luzes, mas, como nós vamos nos proteger? Estou tão cansada, havia cortado o pulso destruindo algumas classes, e consegui estancar o sangue, mas mesmo assim, ainda estou cansada e com dor.

- Ei, Vee, por que não dorme um pouco? – Logan pergunta.

- Preciso ficar alerta, logo os outros vão se transformar.

- Você não vai ter chances se continuar como está, você perdeu sangue, tem que repor as energias. Eu fico de vigia. – ele diz. Deito no chão, dormir um pouco não faria mal a ninguém. Fecho meus olhos, está tudo tão silencioso, meu corpo todo dói. Penso na minha família, e em como eles estão agora. Como as coisas foram ficar assim?


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Notas finais do capítulo

Okay, é isso, comentem, acompanhem, pfff



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