I'm Sorry escrita por Grani008


Capítulo 9
Machine Gun


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiii



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*Olha o Nyah ta cortando minhas notas iniciais ent. vai aqui: Esse capítulo vai pro Clecio (obrigada por corrigir e comentar e ler yaoi que tu não gosta ♥ ), Obrigada leitores e deixem reviews! Nos vemos próximo sábado!*

~nolita

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Cap.09 Machine Gun

Nico DiAngelo

O sangue da sua boca fluía vermelho pelo queixo seguindo pela curva do pescoço e desaparecendo por dentro da camisa, algo dentro de mim tinha sede para continuar, fome, doía e meu corpo pedia por isso, eu queria continuar a machucá-lo. Minha língua seguiu o percurso do sangue na pele clara e ele tentou me empurrar para longe, mas eu ignorei, o gosto salgado sendo ao mesmo tempo repugnante e gratificante, eu queria mais.

Jason tinha se levantado e começara a se debater, ele tinha soltado as mãos e, enquanto uma estava sobre a boca a outra estava sobre o meu ombro com um aperto fraco na intenção de que eu me afastasse. Jason era fraco, isso era um fato, era alto, mas não tanto – passava apenas alguns centímetros de mim -, não era muito musculoso e ele era magro, sua massa não estava ao seu favor e, quando ele empenhou as duas mãos contra meu peito para me afastar tudo o que precisei foi pressionar o machucado no seu abdômen, ele se encolheu imediatamente deixando a guarda aberta. Eu não deixei isso passar.

Envolvi seu quadril com as pernas habilmente sentando-me no seu colo e ele me olhou com pavor e dor, o tempo tinha parado. Meus olhos encontraram os deles e o azul confuso e até então inocente e foi como se uma conexão tivesse se instaurado, eu queria muito acabar com tudo aquilo, aquela sensação de paz que ele transmitia tudo aquilo, eu queria transformar em dor e perda, por que me irritava. Pessoas boas não existem, meu pai me dizia desde pequeno. Eu queria mostrar a ele que pelo menos eu não era uma boa pessoa.

Eu passei a faca em uma trilha leve sobre a pele do seu braço, de forma que não o machucou, apenas deu um tom de suspense mútuo: ambos só saberiam o que eu ia fazer quando fizesse.

A ponta da faca ficou dançando sobre seu ombro até que parasse em um ponto fixo e eu olhei para ele, que me observava atento.

– This is the point where we met.

– O quê? – Ele perguntou com voz trêmula.

– Esse é o ponto onde nossos caminhos se encontram.

Ele fechou os olhos no exato momento que eu forcei a lâmina a afundar na sua pele. Ele forçou o maxilar, mas nenhum som saiu de sua boca. Eu risquei duas retas perpendiculares fundas o bastante para saber que aquilo deixaria uma cicatriz. Aqueles eram nossos caminhos de cruzando, um “x” sangrento tão permanente quanto aquela cicatriz que ainda se formaria.

Eu continuei a riscá-lo como bem entendia. Seu peito. Seu pescoço. Chegou o momento que suas costas estavam preenchidas com sete “x” escorrendo sangue e ele mal se movia. Eu sabia que ainda estava ali e que sentia tudo aquilo, sentia minha pele deslizando contra a dele, sentia quando a faca rasgava a sua pele, eu ia ceder facilmente quando eu tentei tirar sua blusa, o vi estremecer quando eu o beijava ou limpava os rastros de sangue com a boca, simplesmente para que surgissem novamente fazendo com que suas costas agora estivessem vermelhas e marcadas, exatamente como eu queria.

Eu voltei a me focar no seu rosto e seus olhos se abriram lentamente, eles não continham lágrimas. Nada. Eles não eram nada. Não eram mais o oceano. Eram apenas vidros. Espelhos que refletiam o meu prazer ao cortá-lo.

Seu rosto se moldou à minha mão quando eu o toquei, os dedos deixando linhas avermelhadas sobre a pele ligeiramente pálida. Deixei que meu rosto tocasse o dele, primeiro nossos narizes, depois testas, para, enfim, nossas bocas se unirem. Meus lábios apenas tocaram os dele superficialmente, mas no último segundo, quando eu me afastei, tive a impressão de que ele tinha começado a abrir os lábios, como se ansiasse por mais.

Minha mão que não segurava a faca deslizou pelo seu peitoral e abdômen até chegar à lateral da sua cintura, eu sentia uma espécie de calor em expectativa crescer dentro de mim. O zíper da sua calça parecia bem atrativo para mim. Eu desviei a minha atenção, ciente da minha mão na sua calça e da faca muito próxima do pescoço dele. Eu poderia matá-lo agora, me ocorreu. Afastei esse pensamento e voltei a pensar na faca, eu a levantei até que estivesse à altura de seu olho direito. Ele não se assustou, não reagiu, apenas continuou olhando fixamente para mim, mas agora eu que dividi a mim mesmo, eu sabia que aqueles olhos eram algo perigoso para mim, mas se eu os cortasse...

Se eu os cortasse eu não teria nenhum risco. Nuca mais veria aquela imensidão azul.

Fui interrompido pela mão dele, que segurou a minha de um jeito leve, mas o suficiente para que passasse a faca da minha mão para a dele. Ele a guardou na calça jeans e pegou minha outra mão que estava vagando por lá, trazendo-a até que meus braços estivessem debruçados nos seus ombros. Eu não sabia o que ele estava fazendo, mas a ternura nos seus movimentos me deixou inativo, apenas um observador.

Então Jason me beijou, sua boca se abrindo e a minha também, em um beijo com a colaboração dos dois. Sua língua não se moldava coma minha, fazendo com que brigássemos de certa forma, as mãos dele me trouxeram para perto. Minhas pernas envolveram seu quadril e o apertaram com força quando ele me segurou e me levantou, sem parar o beijo. Jason parecia não saber para onde ir, eu mordi seu lábio me entregando completamente àquele beijo e um suspiro leve escapou pela sua boca, a tensão do seu corpo diminuindo. Ele esbarrou nos móveis quando minha boca estava próxima ao seu pescoço e eu o mordi, quase acidentalmente, ele emitiu um ruído de dor e eu sorri com aquilo.

– Para a esquerda - sussurrei.

Ele conseguiu chegar até a bancada da cozinha aos tropeços e encostou-se ao mármore, agora eu tinha que me inclinar para beijá-lo, o que não era nenhum problema. Ele parou o beijo na metade e segurou a barra da minha blusa levantando-a e depois voltou a unir nossas bocas, agora suas mãos percorriam meu corpo.

Eu senti algo frio contra a pele do meu peito e pensei em ignorar, até que aquela sensação se tornou um arder e enfim dor.

–Arght! O que diabos...

Eu tirei minha boca da dele e olhei para meu corpo, Jason tinha cortado um x na minha pele, bem acima do coração.

A sua mão puxou meu queixo para cima e agora meu olhos encaravam a frieza contida no seu olhar.

– Esse é o ponto onde nossos caminhos se encontram. – Murmurou.

Eu olhei para ele ainda não acreditando, a faca caiu da sua mão e a sua pele pareceu mais pálida quando ele fechou os olhos e caiu. Eu tentei segurá-lo pelos ombros, mas era muito pesado.

Nesse momento a porta se abriu com um estrondo e uma Thalia sorridente apareceu e tenho a leve lembrança de ver Luke logo atrás, mas tudo estava meio confuso. Ela olhou para mim atônita e eu olhei de Jason para Luke apenas uma fez para que o segundo loiro entendesse.

– Eu acho que o matei.


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Notas finais do capítulo

COMENTEM PQ ,2WXSXKGJCKSDHQUS ACHO QUE MEREÇO, obrigada por tudo >



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