Sinceridades com Olivia - 2º Temporada! escrita por Tia Julia


Capítulo 5
Em Busca de Alguém


Notas iniciais do capítulo

YEAAH 2 cap num só dia!! Não tem mts imagens interessantes pq eu queria postar logo hj vheyvhyeyhve Boa Leitura!

Dicionário:
Tsundere: é um termo japonês para uma personalidade que é inicialmente agressiva, que alterna com uma outra mais amável. Eles são conhecidos por geralmente esconder seus sentimentos sendo frios ou agressivos, quando tem por dentro uma personalidade amável.



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Correndo pela chuva que caía do céu da madrugada, o cabelo e as roupas grudando no corpo, a bandagem do tornozelo enfaixado se tornando úmidas, a garota de cabelos castanhos gritava. Olhando de um lado para o outro, em busca de alguma coisa, ela continuava a gritar. Aos poucos, lágrimas escorriam pelo seu rosto sardento. Ela parou no meio da rua, nenhum carro ou pessoa passava por ali, apenas com a chuva e a Lua lhe fazendo companhia, ela colocou as mãos no rosto e deixou seus joelhos vacilarem, ficando ajoelhada no concreto molhado.

– Noah...- Ela sussurrava entre lágrimas -... Aonde você está..?

Novamente, se derramou em lágrimas, lágrimas essas que se misturavam com as gostas de chuva .

Abri os olhos e vi um rosto me encarando bem de perto.

– AAAHHHH!!

Não demorou muito para eu estar ereta na cama com as mãos em posição de alto defesa e o coração quase saindo pra fora de meu corpo pelo susto. Wendy me encarava com os olhos cheios de lágrimas.

– W-WENDY... Que susto, o que está fazendo aqui à essa hora. - Eu disse, olhando no relógio em seguida. Na verdade já eram umas onze horas - Na verdade, como entrou aqui??

Wendy, que ainda tinha lágrimas no rosto, respondeu entre soluços.

– Pela p-porta, estava destrancada. - Ela simplesmente invadiu minha casa sem mais nem menos??

– Por que está chorando? Aconteceu alguma coisa? - Eu perguntei, agora mais calma e relaxada na cama. Passava a mãos no cabelo bagunçado tentano inutilmente desembarassa-lo com os dedos.

– K-Kuro fugiu! Ele sumiu e não faço idéia de onde ele pode ido!! Precisa me ajudar a procura-lo! - Ela fungava. Ela estava falando sobre o gato preto que ela havia adotado? Passei a mão em sua cabeça, suspirando.

– Tudo bem, eu te ajudo, mas pode parar de chorar. - Eu disse. Ela fungou mais uma vez e conteu as lágrimas. - Ótimo, agora temos que falar com os outros.

– E-eu já falei. Lucy, David, Lyon e Simon já estão procurando por aí.

– Entendo, melhor irmos logo. - Me levantei da cama, tirei a calça do pijama e pûs um short jeans qualquer, coloquei meu casaco de moleton e penteei rapidamente o cabelo. - Vamos.

– Mas, você não tirou o pijama, você só pôs o casaco por cima...

– E daí? Nunca tiro o casaco mesmo, não é como se alguém fosse ver. - Disse dando de ombros.

Ela me olhou com curiosidade e deu uma leve risadinha em seguida.

– Você é engraçada! - Ela disse. Por alguma razão aquilo me deixou meio sem graça, mesmo sendo amigas faz um tempo, senti como se fosse a primeira vez que nos encontrávamos.

Falei alguma coisa que não lembro direto o que foi e sem mais rodeios, descemos o andar e fomos para fora de casa.

– Você disse que os outros estão ajudando também, certo? Onde eles estão? - Eu perguntei à Wendy.

– Sim, acho que eles foram procurar perto daquele supermercado não muito longe daqui. - Ela disse com o celular em mãos, verificado as mensagens.

– Ok, vamos nos encontrar com eles lá.

Ela assentiu com a cabeça e digitou alguma coisa no celular. Caminhamos com um pouco de pressa.

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Me senti idiota de ter me apressado.

Quando chegamos no estacionamento do supermercado (o lugar marcado ) , o grupo (que envolvia Lucy, Simon, David e Lyon) estava sentado tranquilamente na grade e no chão, comendo picolés. Já se fazia algumas semanas desde que Simon havia voltado, ele se adequou rapidamente ao grupo.

– Ooh! Bom dia Olivia! - Lucy foi a primeira a me ver, ela disse sorrindo.

– Sério mesmo? Achei que estavam procurando o gato...

– Nós estavamos mas...- David começou.

– Tava muito sol, tinha uns picolés, sabe como é... - Simon completou, e o grupo todo deu de ombros com a clara mensagem ''Não deu para evitar''

Suspirei.

– ... Pelo menos guardaram algum para a gente? - Eu disse.

Lucy sorriu de canto.

– Como esqueceríamos? - Ela arremessou dois pacotinhos coloridos em nossa direção. Wendy e eu pegamos com um pouco de dificuldade.

– Sabor morango para Wendy e BlueSky para Olivia,certo? - Lyon perguntou, mais como uma afirmação do que como uma dúvida.

Abri o picolé e o coloquei na boca, aquele sabor era um pouco nostálgico.

– Você sempre foi do tipo de gostar de picolés-pinta-língua. - Simon disse sorrindo. - Não importava o sabor, se ele deixasse sua língua colorida, você comprava.

– C-cala boca. - Eu disse bufando.

– Isso é um pouco fofo. - Wendy disse rindo levemente.

– Oh, então Olivia sempre gostou de coisas coloridas? - Lucy perguntou.

– Ah, isso pode explicar seu cabelo, talvez? - Lyon disse, fazendo graça.

– Parem com isso... - Eu disse levemente irritada, mas envergonhada. Estavam me tratando como criança?? - Além do mas, isso foi um acidente envolvendo descolorante. - Eu disse, dando uma mordida no meu sorvete. Falando nisso..., onde e como será que aquela garota está agora?

– Hãm... nós não viemos procurar Kuro....? - Wendy disse meio baixo.

Ah. Nos distraímos do objetivo original. Todos se olharam e levantaram apressados, o momento estava tão simpático que esquecemos as preocupações envolvendo o gato.

Resolvemos nos separar para procura-lo. As meninas (Eu, Wendy e Lucy) iriam por um lado e os meninos (Simon, David e Lyon) por outro. Se encotrassemos qualquer pista, nós mandariamos uma mensagem avisando. Nos separamos e corremos nas direções opostas.

No lado em que procurávamos, passamos por uma praça e demos uma vasculhada, nem uma pista. Passamos perto do Banco e pela Biblioteca, mas nada de gato em lugar nenhum. Procuramos nas sorveterias e lanchonetes do bairro, e nada. Já haviam se passado quase uma hora. De repente, meu celular começou a tocar.

– Lyon? - Eu atendi. - Encontraram alguma coisa?

– Encontramos umas pegadas sujas no chão perto do ''Rio das Macieras'' e vamos dar uma olhada, aonde vocês estão?

– Estamos na frente do ''Ma Vie''.

– Ah! Podem me fazer um favor? - Ele perguntou e eu concordei. - A escola da Sam é perto daí, ela sai daqui a pouco, poderiam busca-la?

– Claro! - Ele me disse o endereço do lugar e eu desliguei.

Contei as garotas sobre a situação e elas não se importaram. Novamente, fomos caminhando até a escola.

Era uma escola bonitinha até, ela havia sido renovada então as paredes eram pitadas de branco com pequenos toques de azul claro aqui e ali, os portões eram prateados e a escola em si tinha um formato quadrado e com janelas de vidro retangulares (como normalmente são as escolas). Havia várias crianças acompanhadas de seus pais saindo da escola.

– Sam sai agora, né? - Lucy perguntou.

– Onde será que as crianças da classe dela saem? - Wendy perguntou olhando em volta.

Estava prestes a opinar quando vi um pequeno pontinho loiro em meio as crianças. Sam estava na frente do portão e apesar de estar com sua espressão sem reação de sempre, parecia meio perdida e procurando alguma coisa (provavelmente Lyon).

Eu estava prestes a ir em sua direção quando algo chamou minha atenção.
Um homem vestido num terno e roupa social (Parecia algum tipo de empresário) se aproximou de Sam. Tanto eu quando as meninas prestamos atenção na cena. O homem falava alguma coisa com Sam, mas da distância não dava para saber o que era. Sam franziu levemente a testa em sinal de confusão, o homem que deveria ter por volta de uns quarenta anos sorria enquanto falava.

Ele a segurou pelo ombro e parecia querer leva-la à algum lugar. Quando finalmente entendi a situação, um engasgo rouco saiu de minha garganta. Quando me preparei para correr, senti alguém passar por mim muito rápido.

Tanto Sam quando o homem se surpreenderam quando viram a garota ir em sua direção. Ela pegou o braço do homem e o arremeçou por suas costas fazendo-o cair com tudo no chão. Ela aproveitou a chance para virar-lo de costas e o imobilizar, ficando sentada em cima dele e segurando seus braços de maneira que não pudesse se mover.

Tanto eu quando Lucy estavamos boquiabertas, WENDY ACABOU DE DAR UM GOLPE DE KARATÊ NUM HOMEM DUAS VEZES SEU PESO. Corremos em direção da mesma.

– ISSO FOI INCRÍVEL WENDY, COMO CONSEGUIU FAZER ISSO?? - Eu perguntei para a ruiva que estava com o homem imobilizado em baixo de si.

– Ah... Não foi nada demais... - Ela disse meio sem-graça. COMO ELA CONSEGUIA CORAR COM AQUELE OLHAR AMÁVEL ENQUANTO PRENDIA UM CARA??

– Hahaha Sabia que iria se surpreender Olivia! - Lucy disse rindo. - Wendy está fazendo aulas de auto-defesa. Eu a acompanho as vezes, é muito engraçado ver uma meninha de um metro e meio dando um mata-leão num cara de quase dois metros e dizendo ''me desculpa, me desculpa!'' Hahahahaha! - Ela ria da lembrança.

– Meu pai viu sobre assaltos na TV e ficou um pouco paranóico de isso acontecer comigo então falou para eu aprender a me defender caso algo acontecesse... - Wendy explicou.

– Mas acho que ele não esperava que você fosse se tornar uma das melhores da turma! - Lucy riu.

Lembrei da presença da menor, Samantha, que olhava a cena piscando como se etivesse tentando processar.

– Ah, Sam, viemos buscar você. Lyon está meio ocupado. - Eu falei.

– .. Obrigada... - Ela disse - Por virem e pelo homem aí...

– O que iremos fazer com ele? - Wendy disse, apertando com mais força o braço do homen, fazendo-o soltar um pequeno '' URG!'' de dor.

– Chamar a policia, claro! - Lucy abriu o celular - Esse doente vai ver só.

Esperamos a policia chegar, enquanto isso resolvemos falar com a direção da escola para faze-los ficar de olho nesse tipo de coisa. Demorou mais do que pensávamos, mas logo a viatura levou o homem para longe, antes disso, um policial disse para darmos um depoimento sobre o acontecimento mais tarde.

– Irmãnzona - Sam segurou em minha manga.

– O que foi, Sam? - Eu perguntei, me indagava se ela estava assustada, ela já possou por muita coisa apesar de sua idade, eu sabia disso, mas sentia que se mais coisas assim acontecessem, ela poderia se quebrar. Como uma pequena e frágil boneca de porcelana que foi deixada nas mãos de alguém desatrado.

– Não conte para Lyon, você sabe... sobre o que aconteceu...

– Uh? Por que não? Ele é seu irmão, precisa saber...

– Se ele souber vai ficar todo paranóico, não vai mais me deixar ir para lugar nenhum sozinha, vai sempre me levar e buscar. E além disso, não quero trazer mais problemas..

Olhei-a novamente, afagando seus cabelos logo depois. Acho que em algum ponto, ela e Lyon tinham algo em comum.

– Tudo bem. - Eu disse suspirando, por que sou sempre tão fraca com esses dois??

– Vamos. Temos aproveitar e dar uma pssada na delegacia. - Lucy disse. - Dessa vez vou pedir um taxi, cansei de andar.

Sorrimos levemente e continuamos nosso rumo. Aproveitamos para deixar Sam em casa antes de nos dirigir para a delegacia. Passei o caminho todo olhando para o céu com a cabeça encostada na janela do taxi, meus olhos começavam a pesar quando chegamos ao destino. Lucy foi quem pagou o taxi.

Saimos do carro e ficamos de frente para uma pequena contrução branca e verde, olhei em volta e nunca vi uma delegacia com tão poucos policiais como ali. Não havia nenhum a vista.

Na frete da porta, uma garota caminhava em círculos roendo a unha do polegar, ela parecia nervosa. Me aproximando, reconheci a garota.

– Emma! - Lucy disse, chamando a atenção da garota à frente. Ela usava uma blua branca e shorts, vestia um casaco de capûs verde-musgo e seus cabelos castanhos estavam em um coque.

– Ah! Vocês! - Ela correu em nossa direção. - São as que me salvaram naquele dia do atropelamento.

– Você ainda lembra da gente! - Wendy disse, emocionada.

– Vocês tem uma aparência marcante, dificil esquecer! - Ela riu.

– Você foi liberada do hospital? - Eu perguntei.

– Sim, semana passada. - Ela disse. - Minha perna ainda tá um pouco coisada, mas consigo andar sem muito problema!

– O que está fazendo aqui na frente da delegacia? - Wendy perguntou, curiosa. Emma pareceu levar aquilo como uma jato de de realidade na cara. Sua expressão repentinamente se tornou entristecida e ela olhava pro chão.

– Isso é... - Ela começou.

– N-NÃO precisa responder se não quiser!! - Wendy se corrigiu, balçando os braços, percebendo que havia trazido algo ruim à tona. Emma sorriu levemente.

– Não, tudo bem... - Ela levantou o rosto para nós, seu sorriso era cheio de tristeza.- Eu posso... pedir ajuda a vocês?

Nós nos entre olhamos. Não precisávamos pensar muito sobre isso.

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Na escada da delegacia, nós estavamos sentadas e em nossa frente, Emma começou a falar.

– Eu... estou procurando por uma pessoa. - Ela disse.

– Uma pessoa? - Wendy repetiu.

– Sim, essa pessoa desapareceu alguns dias antes do meu acidente.

Por um momento, algo passou pela minha mente. No momento em que a vi atravesar a rua naquele dia, ela parecia estar desesperadamente olhando em volta buscando algo, por isso não viu o sinal mudar. Ela estava procurando essa pessoa.

–... Não querendo ser muito enxerida mas quem exatamente é essa pessoa? - Lucy disse. Emma olhava para o chão mas sorriu de canto.

– Ele... é meu namorado... - Ela disse. Oh, um namorado! - Nós nos conhecemos a muito tempo, desde pequenos. Comecei a gostar dele de verdade na 4º série e no 8º começamos a namorar. Ele é meu namorado e meu melhor amigo. - Ela sorriu, como se lembrasse de algo engraçado. - Ele sempre ficava sem-graça perto de mim por que eu era agitada demais naquela época.

Não falamos nada, apenas continuamos ouvindo. O sorriso dela foi diminuindo gradativamente.

– Eramos... bem felizes... Mas a alguns meses atrás ele teve problemas em casa... Eu estive ao lado dele o tempo todo, é claro. Mas ele começou a fazer amigos estranhos...até que um dia eu achei no quarto dele... cigarros e pacotes estranhos.

Prendi a respiração, claro, esse era sempre o problema. Drogas.

– Claro, eu fiquei muito preocupada com ele, mas não tive coragem de falar de imediato. Algum tempo depois, ele começou a agir estranho; seu humor estava pior a cada dia, ele emagreceu e sempre parecia fraco e doente, estava mais agressivo... Eu sabia o porquê disso tudo, é claro. Um dia, fui falar com ele sobre isso, pedindo para que ele parasse, que era para seu bem,... mas ele estava estranho, ele me pedia dinheiro, dizia que se eu o amasse mesmo, que desse dinheiro para ele. Não dei, é claro, mas o olhar dele,... Nunca o vi com aqueles olhos antes, ele estava quase que... insano. Aquele dia foi a primeira vez que ele me deu um tapa na vida. - Ela suspirou antes de continuar, eu começava a suar frio. - Depois daquele dia, ele não voltou para casa, não atendia o celular e ninguém sabia onde ele estava. Passei a procura-lo dias depois, até acontecer aquele acidente... Hoje vim aqui por que achei que poderia falar com a policia para acha-lo mas...

O silêncio reinou. Não sabiamos o que falar, claro que não sabiamos, nunca haviamos passado por uma situação parecida antes. Surpreendentemente, Wendy foi quem quebrou o silêncio.

– Como podemos ajudar você? - Emma olhou para nós.

– Queria que me ajudassem a procura-lo, quero acha-lo, quero muito. Acho que com vocês eu vou conseguir.

–... Porque acha isso? - Eu perguntei. Emma sorriu.

– Por que sinto que nosso encontro é coisa do destino. - Ah, então Emma é o tipo de pessoa que acredita em coisas como destino...

– Como ele é? - Lucy perguntou. - Eu digo, fisicamente.

– Ele tem cabelos pretos, sua franja é comprida, os olhos são avermelhados e ele geralmente usa jeans e moleton... E seu nome é Noah.

– Franja longa, jeans, moleton... Olivia, parece que achamos alguém da sua laia. - Lucy brincou e eu dei língua pra ela.

– De qualquer forma - Eu levantei, ficando de frente para Emma, colocando as mãos em seus ombros, fazendo-a olhar diretamente para mim. - Nós vamos te ajudar. Eu sei o que é perder alguém querido, não quero que aconteça o mesmo com você.

Os olhos de Emma brilharam sob a luz, como se fosse lacrimejar. Ela me abraçou, a voz abafada pelo meu casaco dizia ''obrigada... obrigada...''. Emma puxou Lucy e Wendy para o abraço também. Eramos agora quatro meninas abraçadas na frente da delegacia, não julgaria quem passasse por nós e nos olhasse estranho.

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– Primeiro estavamos procurando um gato, agora estamos procurando um garoto?? - David indagou, indignado. Agora todo o grupo estava presente, os meninos haviam recebido uma ligação nossa para se encontrarem com a gente na delegacia, havia tido uma mudança de planos.

– Bom... se o garoto for bonito podemos considerar estar procurando DOIS gatos. - Lucy disse, virando para Emma. - Ele é?

Emma pareceu ficar meio sem-graça e olhou para o chão, mas disse sorrindo um pouco:

– E-ele é meio bonitinho sim.

– Ok, esse não é exatamente o problema principal... - Lyon disse, passando a mão na nuca.

– Vamos considerar isso como um bonus. Enqaunto procuramos o garoto, ficamos atentos ao gato também. - Simon disse, ajeitando os óculos. - ''Dois coelhos com uma só cajadada''

– V-você vai bater em coelhos?? - Wendy indagou, alarmada.

– F-foi só uma expressão! - Simon se corrigiu, balançando as mãos em sinal de negação. Isso pareceu libertar uma risada baixa de Emma. Ela parecia mais aliviada agora.

– De qualquer forma! - Lucy disse alto, chamando a atenção de todos. Acho divertido quando ela faz pose de líder, Wendy parecia achar isso também. - Temos que nos separar e procurar pistas!

– ... Você realmente acabou de citar uma fala de ''Scooby-Doo''? - David olhou para Lucy, inconformado.

– Sempre quis dizer isso! - Ela saltitou. - Mas sério, vamos nos separar para facilitar.

– ACABAMOS de nos encontrar com você e você quer nos separar?? - David disse.

– Hoho! Quer dizer que o senhor Davidizinho não quer se separar de mim,hum? - Lucy cerrou os olhos com uma expressão de provocação. David ficou aterrorizado e com bochechas vermelhas.

– NÃO SE ACHE TANTO! - Ele cruzou os braços e virou a cara. - O mundo não gira ao seu redor...

– Hihihi - Lucy riu maléficamente. - Ooh David, seu tsundere! Sua irmã era igualzinha a você no fundamental.

– Não sou tsundere!– Eu e David gritamos ao mesmo tempo sem querer. Nós nos encaramos logo depois.

– É EXATAMENTE DISSO QUE EU ESTOU FALANDO! HAHA- Lucy gargalhou.

– Ah... Vocês dois poderiam parar de flertar um pouco para a gente voltar ao objetivo original? - Simon disse, fazendo uma Lucy e um David indignados olharem para ele espantados.

– NÃO ESTAMOS FLERTANDO!- Eles gritaram em uníssono.

Isso gerou risadas, enquanto os dois começavam a discutir novamente. Nesse meio tempo, Emma se aproximou de mim.

– Eles são muito divertidos de se estar perto. - Ela disse baixinho. - Seus amigos, eu digo.

Levantei um pouco o olhar para encontrar seus olhos, ela era um pouco mais alta que eu. Eu sorri, um sorriso discreto que acho que apenas Emma, que estava do meu lado, pode ver.

– Sim eles são. - Ela sorriu também, mas logo ele desapareceu. - Não se preocupe, vamos encontrar seu namorado.

Ela voltou a me encarar de lado, dando um sorriso de soslaio

– Sim,... Quando isso acontecer, quero apresentar vocês a ele. Acho que isso vai fazer bem,... Tanto para Noah quanto para mim.

Paramos de falar e voltamos a encarar a pequena confusão entre os colegas. Lyon e Simon falavam com David, esse, que gritava para Lucy, que estava sendo segurada por Wendy. Eu não fazia ideia do que estava acontecendo.

Depois de um tempo de organização, uns gritos meus, uns tapas na testa de todo mundo, dados por Lyon, nós continuamos nosso objetivo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado Hohoho Nos vemo no proximo capitulo u.u