Devil Inside escrita por Darcy, ofWrittings


Capítulo 4
Why Do All Good Things Come To An End?


Notas iniciais do capítulo

Lu3na: Valar Morgulhis! Oi! Hey! Hola! Itadakimasu!... Pera... Acho que esse era para comida...
Ivory: Oi, karai! Tá né... É. Tá aí o 4º capítulo tatatatata
Lu3na: TARARARARA! TARARARA TATATAT TARARA TATATA TARARARAAAAAAA!



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"Viajando, eu paro somente nas saídas

Pensando que se continuar

Jovem e inquieta

Vivendo desse jeito, eu me estresso menos

Eu quero me afastar quando o sonho morre

A dor chega e eu não choro

Eu sinto somente a gravidade e me pergunto porque"

***

O vento batia em seus cabelos fazendo-o voar. Seus pés afundavam em meio a neve a cada passo. Sentou em uma árvore para repor seu fôlego, quando ouviu um barulho e seguiu o som. Passando por algumas árvores olhou para baixo e viu um filhote de lobo gigante.

Chegou mais perto e pegou o filhote, cujo pelos eram brancos, e seus olhos violeta. Voltou para Winterfell com seu lobo e foi até Arya. Ela estava brincando com Nymeria, as duas pulavam e rolavam uma em cima da outra.

– Arya... PSIU !!- assim que a ouviu, foi em direção a Ivory com Nymeria atrás.-Olha o que encontrei.

– Um filhote de lobo gigante..- Os olhos de Arya se arregalaram, não se via um filhote de lobo gigante desde Nymeria e seus irmãos.- Onde a encontrou?

– Na Mata dos Lobos. O que achou?- Ivory fazia cafuné em seu lobo. - É lindo. Macho ou fêmea?

– Femea.

– Qual o nome? - Arya falou fazendo carinho no lobo de Ivory. - Visenya, pois foi forte e foi a única sobrevivente da matilha.

– Olha Nymeria, uma nova irmã.

– Irmã, não. Sua primeira prima. - disse Ivory, fazendo uma cara orgulhosa e cômica. Ambas riram enquanto Nymerya cheirava Visenya.

– Ivory, Ivory! - Jon foi até ela.

– Noryne esta ferida, e...

– E o que, Jon Snow? - a pergunta saiu com um tom desesperado.

– O rei está vindo.

– E o que isso tem de mais? - perguntou, exasperada.

– Hm... Eu.. Não sei. É o rei?

– Vem.. - Ivory puxou Jon pelo braço.

– Você fica aqui!- pararam em frente a porta do quarto em que Ivory estava.

Ivory entrou e viu Nory deitada na cama com bandagens ensanguentadas aradas firmemente à sua perna. O cheiro adocicado de Leite de Papoula pairava sobre o quarto, Ivy sabia o quanto devia ter sido difícil fazer Nory engolir esse remédio que lhe era odioso.

"A dor faz as pessoas mais fortes. Leite de Papoula só me deixará mais mole, me deixe com minhas feridas e fique com seu remédio", ela disse para Meistre Luwin quando deslocara o ombro. Na verdade, ela mesma o havia posto de volta ao local certo.

Chegou mais perto e deu-lhe um tapa no rosto.

– Você tem sorte que estou incapacitada de devolver isso. - resmungou, já desperta, abrindo os olhos devagar incomodada com a claridade

– Tenho certeza que vai devolver quando puder.

– É... Esta certa. Por quanto tempo dormi? - Noryne falou, tentando levantar.

– Acabei de ter permissão para entrar. Não mais que um dia, aposto. - Ivory falou - A ironia de saber que você não pode levantar dessa vez e eu sim. Doce Vingança.

– E quem é esta? - Noryne perguntou, olhando Visenya, que acabara de pular em cima dela.

– É Visenya, minha loba. - Ivory falou orgulhosa.

– É linda... E tem um bom nome. Onde a achou?

– Na Mata dos Lobos.

– E depois você vem me falar de ironia? - ela falou amarga, depois de uma risada seca

– Ah, o que eu não daria para encontrar um outro filho vivo de Balon Greyjoy. - Por que? Theon não é suficiente? - perguntou a Stark - Outra pessoa pra ferrar sua outra perna?

– Ha-ha. Tão engraçado. Não, querida Ivy, eu queria outro herdeiro homem, para que eu pudesse matar esse puto aqui. Falando nisso, onde esta o filho de uma quenga?!

– Nas masmorras de Winterfell. Robb o jogou lá. Pelo visto, ele está sendo considerado "ameaça a população"

×××

Robb encarava as roupas ensanguentadas de longe. Sentado numa cadeira no canto do quarto, com as mãos cruzadas sob o queixo. Cada vez mais a verdade de que aquelas últimas horas ficariam gravadas em sua mente, por mais aterradoras que fossem, por toda uma vida.

Noryne estivera tão perto da morte que fazia um calafrio percorrer sua coluna só de lembrar. Era como um pesadelo, mas ainda lembrava de tudo. Colocara Nory reencostada em seu peito enquanto cavalgava de volta para casa, carregou-a escada acima gritando, desesperado, por Meistre Luwin.

Tanto sangue. Tanto sangue. Tentaram retira-lo do quarto enquanto jurava que arrancaria as mãos daquele que o arrastasse para fora, agira como um tonto correndo de um lado para o outro ajudando com o que podia. Ela estava pálida, fria e desmaiada. Se ela morresse, seu coração seria arrastada para as profundezas com ela.

Quando Luwin começava a desistir e Robb ameaçava fraquejar, cair de joelhos e chorar, ela abriu os olhos, murmurando palavras desconexas sobre Balon Greyjoy, chamando seu pai e falando algo sobre não poderem mata-la com água. Chorava e gritava, berrando ameaças em uma língua estrangeira.

"TOBI DAOR! TOBI DAOR!"

A morena se debatera de um lado para o outro, piorando o ferimento, se recusando a tomar o Leite de Papoula. Estava tentando a queimar aquelas peças malditas ali mesmo e esperar que as lembranças fossem embora com as chamas.

– Robb?

Virou a cabeça na direção da voz da mãe. Catelyn vestia um vestido verde musgo e seus cabelos ruivos estavam duramente trançados como de costume. Seus olhos fitavam Robb com o que parecia ser o maximo de entendimento e compaixão de que era capaz frente a situação.

– Noryne acordou. - falou, com desgosto - Pensei que gostaria de ser informado.

– Sim, Jon veio me avisar a pouco tempo. Ivory está com ela e Meistre Luwin se recusa a permitir que mais de uma pessoa entre no quarto ao mesmo tempo.

– Entendo.

O silêncio frio e impessoal que se instalou contrastava com a relação geralmente calorosa entre mãe e filho. Mas aquele era um assunto tabu entre os dois, nunca havia compreensão por parte de Cat ou desistência por parte de Robb.

– Você a odeia tanto assim a ponto de desejar a morte dela?

– Não a quero morta, apenas quero que ela se afaste de você. - Cat declarou, colocando-se ao lado dele, inconformada - Que bem essa relação já trouxe a você, Robb? Isso? - disse, indicando as mudas de roupas ensangüentadas que ele encarava - Me diga que isso não o assombrará em seus pesadelos e saberei que está mentindo.

– Acho que Ivory já deve ter a acabado sua visita. - disse Robb, erguendo-se e abrindo a porta, mantendo-a aberta enquanto olhava para sua mãe - Perdoe-me, mãe, mas creio que nossa conversa acaba agora.

×××

As paredes rochosas de Winterfell eram frias, e, naquela ala em especial, pareciam mil vezes mais sombrias que de costume. Ivory não sabia ao certo o que se passava em sua mente, mas sentia que tinha que fazer aquilo.

Descia lentamente as escadas até as prisões de Winterfell. Parou em frente a uma cela, era a hora da troca dos guardas, ela mesma abriu a porta e adentrou o comodo. Theon estava deitado em sua "cama" encarando fixamente o teto, olhou rapidamente para a porta quando ouviu-a se abrindo.

– Ivory...- murmurou, andando tropegamente até ela e pegou suas mãos.

– Não me toque..- falou, tirando suas mãos das de Theon.

– Toco sim.- pegou-a pelos braços, prendendo-os atrás de seu corpo e começou a beijar seu pescoço.

– Me larga..- grunhiu, dando uma cabeçada na testa de Theon fazendo ele soltá-la.

Theon caiu no chão ensangüentado, após incontáveis socos. Ivory agarrou seus cabelos e ergueu sua cabeça, fazendo com que olhasse diretamente para ela. Theon não fora o único a ficar ferido.

O lábio inferior de Ivy sangrava, manchando seu queixo haviam hematomas em seus ombros e braços e seu olho esquerdo estava inchado e levemente fechado. Sua aparência estava selvagem como nunca vira, selvagem como uma loba.

– Nunca mais ameace alguém da minha família.- rosnou, sacudindo a cabeça do Greyjoy, e ouvindo seu gemidis de dor - Ou qualquer um que eu ame ou me importe. Faça isso mais uma vez, e eu não terei consideração quanto seu sangue nobre nem mesmo com a importância que você tem para Nory. Porque você é importante para ela! É importante para a pessoa que tentou marar! - ela aproximou a boca do ouvido dele antes de sussurar - Eu. Te. Mato.

Largou-o no chão e foi embora deixando Theon trancado na escuridão de sua cela.

×××

Uma semana depois os ferimentos já haviam desaparecido da face de Ivy e os hematomas de Theon eram "disfarçaveis". O rei estava chegando a Winterfell, e isso acarretava aacarretavna triste obrigação de usar um vestido. Ivy andava até o novo quarto de Nory, que era desconfortavelmente mais longe de seu quarto que o antigo, e agradavelmente mais perto do de Robb. Não era algo inesperado já que fora ele a orquestrar toda a mudança.

A cauda do vestido azul caribenho se arrastava atrás dela pelo chão cinzento. Este era mais apertado na cintura decorada com brilhantes minuscilos e uma saia diáfana e larga. Os sapatos apertavam seus pés e os cabelos presos em uma trança imbutida que repuxava-lhe o couro cabeludo.

Sentiu a lamina fina em forma de alfinete por baixo das mangas longas do vestido, gostava de estar sempre pronta, e a lâmina a acalmava agora que Winterfell se provara um lugar mais perigoso do que imaginava.

– CHEGA! CHEGA! CHEGA! - ouviu o berro ecooar - A PROXIMA PESSOA QUE ME TROUXER UM VESTIDO TERA AS MAOS ARRANCADAS!

Deu uma risada leve ao ver as servas saírem correndo do quarto, apavoradas com a não-tão-Lady que tinham sido designadas a servir. Entrou no quarto vendo aquele quadro de caos e desordem, a perna mal-cicatrizasa da morena estava envolta em gazes e bandagens desleixadas que com certeza haviam sido feitas por ela mesma.

Haviam vestidos largados por todos os cantos do quarto e a menina andava de um lado para o outro com uma calça colada negra e uma blusa fogalda. Seus cabelos estavam presos em um coque frouxo que permitia que algumas mechas cacheadas caíssem sobre seus ombros, costas e face.

– Não se atreva a caçoar de mim, Stark. - falou sem encara-la

– Não porei vestido nenhum.

– Não falei nada. - disse, erguendo as mãos divertida - Apenas...

– O que?

– Penso que Robb ficaria decepcionado. Tem feito tanto por você nessa ultima semana. Não finja que não notou. Visitava-a todas as manhas e noites, lhe deu um quarto novo, criadas, roupas...

A Greyjoy parou, expirando todo ar de seus pulmões de uma vez, dando-se por vencida.

– Odeio Robb, odeio ser uma mulher e odeio você. Ajude-me a escolher um vestido.


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Notas finais do capítulo

Lu3na & Ivory: Valar Dohaeris e até o proximo capítulo!



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