O Panóptico escrita por Kiri Huo Ziv


Capítulo 5
Livro IV: Renascimento


Notas iniciais do capítulo

Perdão pela demora.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/583605/chapter/5

Asami acordou lentamente com a suave claridade do sol matutino em seu rosto. Ela estendeu o braço para tocar Korra, mas descobriu-se sozinha em sua cama. Teria sido o dia anterior um sonho?

Não, ela sabia que estivera com Korra. Ela nunca se sentira tão completa quanto naquele momento, e seu corpo parecia ter recebido uma dose enorme de algo que ela só conseguia descrever como uma luz, algo essencial que estivera lhe faltando nos anos anteriores, algo que a fazia se sentir viva. Korra estivera ali no dia anterior e lhe devolvera tudo que lhe faltara naqueles últimos anos.

"Eu te amo," ela disse em voz alta para o vazio enquanto se voltava para o teto do quarto, ainda deitada.

Dizer aquilo fez com que a luz dentro dela crescesse. De alguma forma, ela sabia que Korra a estava escutando naquele momento, que Korra estava em algum lugar, observando e esperando. Quando eu não for mais a Avatar e você não for mais Asami, mas formos, em essência as mesmas: então, nós teremos paz. As palavras pareceram ressoar dentro sua cabeça, como se Korra a estivesse respondendo.

Lentamente, Asami se levantou. Era a primeira vez em anos que seu corpo obedecia imediatamente a um comando de seu cérebro, e ela se sentiu imediatamente muito animada diante das perspectivas daquele dia. A energia que percorria o seu corpo era o bastante para até mesmo praticar artes marciais; estava um pouco enferrujada, mas talvez Konrad pudesse praticar com ela.

Sim, aquele parecia ser um bom plano.

Após vestir-se adequadamente, ela saiu de seu quarto procurando por Iroh e Konrad. Os dois estavam ausentes, entretanto, e Asami debateu internamente se deveria procurá-los. Sentindo a luz dentro de si, ela lentamente saiu da casa.

O cenário com o qual se deparou, entretanto, fez com que imediatamente se esquecesse do motivo pelo qual estava ali. O chão em torno da cabana estava completamente coberto por flores tão azuis que resplandeciam em ressonância com o céu completamente descoberto de nuvens e as árvores mais próximas, cujo caule se tornara inexplicavelmente branco, estavam completamente cobertas por folhas amarelas*.

Asami sabia que o mundo espiritual reagia aos sentimentos do Avatar, e se perguntava se aquela mudança fora causada por aquilo que ela e Korra haviam vivenciado no dia anterior ou pela separação do espírito do Avatar. Qualquer fosse o motivo, ela sabia que não podia ter sido causado por algo negativo, pois o cenário diante de si era muito belo.

"O Mundo Espiritual reagiu a Korra da mesma maneira como costuma reagir ao Avatar. Intrigante, mas não necessariamente inesperado," disse Iroh, aproximando-se à esquerda de Asami.

"Então, foi Korra quem causou isso?" Asami perguntou, olhando ao redor.

"Bom, mais precisamente você e Korra, para ser sincero," disse Iroh em um tom de voz que deixava claro que ele sabia perfeitamente que tipo de atividade havia causado aquela súbita mudança no entorno deles. "Vejo que o plano de Kon funcionou, tenho certeza que ele ficará muito feliz em saber."

"Onde está ele, afinal?" Perguntou Asami, preferindo ignorar a primeira colocação de Iroh. "Ele está bem, certo?"

"Um pouco ansioso para falar com você, mas bem. Eu o deixei treinando com Daichi," disse Iroh, referindo-se ao espírito que ajudava Konrad a aperfeiçoar sua dobra de terra. "Há coisas que precisamos conversar à sós agora que você está se sentindo melhor."

Asami assentiu e se sentou no chão, sentindo o aroma adocicado das flores preenchendo lentamente todo o seu ser, a luz dentro de si a preencheu por um momento, e ela não soube o que estava acontecendo por um momento. Repentinamente, ela se viu encarando Iroh, que se sentava ao lado dela, mas em uma cadeira que a engenheira não sabia de onde viera. Estranho.

"Konrad está pronto para aprender ar. Há muito o que ainda posso ensinar a ele, mas o Avatar precisa do mundo na mesma medida em que o mundo precisa do Avatar. Mantê-lo aqui para ensinar a ele tudo o que sei é mais danoso do que deixá-lo aprender com outros mestres no Mundo Físico," disse Iroh, e Asami pensou que ele parecia um pouco triste diante da perspectiva de perder seu aluno. "Eu posso sentir o desequilíbrio crescendo nos dois mundos. Ainda restam alguns anos de paz armada, mas estes serão seguidos por mais uma guerra entre as quatro nações; Kuvira se certificará de ter poder o bastante para se colocar contra as outras nações."

"Como pode saber disso estando tão isolado do Mundo Físico?" Perguntou Asami, querendo evitar assuntos do mundo de onde viera naquele momento.

"Ah, mas o Mundo Espiritual não está isolado do Mundo Físico," disse Iroh com um sorriso. "Mesmo quando os portais estavam fechados, espíritos e humanos podiam entrar em contato uns com os outros se soubessem como fazê-lo apropriadamente."

Asami assentiu, coletando uma das flores mais próximas. Não podia prestar atenção ao que Iroh estava dizendo, não quando Korra lhe deixara um presente tão belo. Ela precisava aproveitar enquanto podia. Korra, sua presença foi breve, mas, em vida e em morte, você deixou a sua marca no mundo. E em mim.

"Você sabe que Konrad ainda precisa estudar com um mestre do Ar e com um mestre da Água, isso antes da guerra que provavelmente virá daqui alguns anos," insistiu Iroh. E quando a mulher ao seu lado não respondeu, ainda admirando a flor que coletara, ele falou em um tom mais firme: "Asami, por favor, vocês têm um dever para com esse mundo e o Mundo Físico."

A engenheira aproximou o próprio rosto da flor, sentindo o seu aroma adocicado e a sua textura suave. Queria passar o resto da vida olhando para as flores ao seu redor e sentindo a luz de Korra brilhando dentro de si, uma recordação pulsante do único momento de amor, paixão e devoção que ambas haviam tido naquela vida. Asami definitivamente não desejava falar de guerras sangrentas e inevitáveis naquele momento, ou em qualquer outro momento de sua vida.

Eu te amo, Korra.

Percebendo que Asami não responderia, Iroh deixou escapar um suspiro. Isso apenas significava que ele teria que dizer diretamente a Konrad; de todo modo, o rapaz já era física e espiritualmente um adulto.

O antigo general encarou a mulher ao seu lado, que ainda parecia hipnotizada pela visão do seu entorno e pelo aroma das flores. Ele percebeu, com espanto, que havia algo de diferente em Asami, ela emanava luz de um modo como Iroh nunca havia visto antes. Avatar Korra, o que você fez com a sua parceira?

"Asami," gritou repentinamente Konrad, aproximando-se correndo. "Asami, você está se sentindo melhor?"

Se possível, o brilho emanado pela engenheira se tornou ainda mais intenso quando ela se ergueu para abraçar o jovem Avatar. Iroh tinha duas grandes suspeitas a respeito do que aquilo se tratava, mas não gostava de nenhuma das duas, pois ambas criariam em Asami um sentimento de autopreservação que a forçaria a manter Konrad fora dos assuntos do Mundo Físico.

"Você está tão grande," disse Asami, seus olhos se enchendo de lágrimas. "Eu passei uma parte tão grande dos últimos meses deitada que nem percebi o quanto você cresceu."

Konrad se desvencilhou do abraço para analisar a mulher diante de si. Ele segurou o rosto de Asami com as duas mãos, olhando diretamente nos olhos dela: havia algo ali que ele não tinha certeza se compreendia, algo novo, algo resultante do que Korra fizera.

O jovem sentiu o espírito de Raava se agitando dentro dele, dizendo algo que, em breve, se tornaria importante, fundamental, e mudaria tudo. Sutileza definitivamente era algo que faltava a Korra, e ele não sabia se estava feliz ou triste pelo que ela fizera.

"Asami, você… você está," ele começou, embora não soubesse se deveria terminar aquela frase. Como explicaria aquilo para Asami? Para seu alívio, entretanto, Iroh pigarreou, chamando a atenção dos dois.

Konrad engoliu seco e se aproximou de Iroh. Algo no olhar do antigo general dizia que aquele era um assunto que devia ser deixado para outro momento e, embora o jovem não conhecesse os motivos de seu mestre, confiava o bastante na sabedoria dele para saber que aquela decisão era a correta.

"Venha, rapaz," disse Iroh, e seu sorriso era triste. "Precisamos conversar sobre seu futuro."

Iroh não esperou por resposta, apenas entrou na casa. Konrad se voltou para Asami por um momento, tentando ler as emoções dela, e percebeu que ela estava um pouco perturbada. Os dois se encararam por um momento e, em seguida, lado a lado, entraram na casa.

~~//~~

Eles partiram do Mundo Espiritual não muitos dias depois. Asami se sentia triste por deixar para trás a bela paisagem que ela e Korra haviam criado a partir do amor que sentiam uma pela outra. Ela tentou, no entanto, não deixar a tristeza tomá-la, sabendo por experiência que emoções negativas fariam com as flores murchassem. Portanto, ela passou pelo portal do Pólo Norte com um sorriso no rosto.

Quando se despediram, ela abraçou Iroh com verdadeiras afeição e saudades. Durante o período de sua doença, o homem mais velho fora um santuário de paz e conforto. Asami não gostara dele ter dito a Konrad sem que ela concordasse sobre suas suspeitas sobre a respeito da guerra, mas não podia negar a afeição que sentia por ele.

A partir do momento em que saíram do Mundo Espiritual, Konrad e Asami passaram a ter longas conversas sobre o que enfrentariam a seguir, mas não havia nada que pudessem fazer a respeito do perigo que aquilo proporcionava para Asami. Konrad achava que era perfeitamente capaz de enfrentar a guerra que viria com apenas fogo e terra, mas Asami não queria arriscar.

A viagem até a Cidade República não demorou muito tempo, e, em apenas algumas semanas, eles já estavam à fronteira da República Unida das Nações.

"Eu não preciso de ar, Asami," disse Konrad, na última noite dos dois antes de entrarem na Cidade República. Ele se sentia cada vez mais tentado a contar a Asami sobre a descoberta que fizera após a sua recuperação, muito embora Iroh achasse que, se aquele fator afetasse as decisões dela e Konrad acabasse sofrendo o preço dessas escolhas, Asami nunca se perdoaria.

"Kon, se você me prometer não se envolver nessa guerra que Iroh diz que vai acontecer daqui alguns anos, eu não vejo problema nenhum em você não aprender ar," disse Asami.

"Eu… eu não posso, eles precisam de mim, eu não posso mais fugir do meu dever," disse o jovem, com tristeza. "Mas eu… eu preciso de você mais do que preciso saber dobrar ar e água. E se eles me separarem de você? E se eles te prenderem? Não posso correr esse risco. Por favor."

Asami meneou a cabeça suavemente. Ela temia o que viria no dia seguinte, mas tinha esperanças que alguém na Ilha do Ar a compreendesse o bastante para pelo menos tentar perdoá-la.

Contra a vontade de Konrad, os dois entraram na Cidade República no dia seguinte. Ninguém reconheceu Asami; as fotos que eles exibiam dela haviam sido tiradas dezoito anos antes, e a bela e muito bem arrumada Srta. Sato que um dia fora companheira da Avatar Korra não existia mais.

Konrad olhava em seu entorno com espanto. Nunca vira tantas pessoas juntas em toda a sua vida, e Asami se ressentia por nunca ter mostrado adequadamente àquele que era seu filho em tudo, menos em nome, a cidade em que ela crescera.

A viagem até a Ilha do Ar durou algumas poucas horas, já que Konrad precisava parar de tempo em tempos para admirar algo que o impressionasse.

Ele ficou quase meia hora dizendo que a estátua de Korra no parque da cidade não a retratava com perfeição e, embora Asami concordasse que a antiga Avatar merecia uma versão mais acurada de si, estava ficando ansiosa diante da perspectiva de se reencontrar com as pessoas que um dia chamara de aliadas.

Outra parada longa fora diante da floresta de vinhas, na qual o rapaz fez questão de meditar por alguns minutos enquanto Asami se perguntava se aqueles seriam seus últimos momentos em liberdade.

A engenheira sabia que aquelas paradas tinham a intenção de dar tempo a ela para reconsiderar a sua decisão; estava decidida, entretanto. No final da tarde, eles finalmente se apresentaram como viajantes para os acólitos do ar que guiavam e embarcaram na pequena canoa para a Ilha do Ar. Eles foram saudados por mais um dos acólitos, então na recepção do templo.

"Viemos ver o Mestre Tenzin," disse Konrad, com o seu sorriso mais encantador e inocente.

"Ele está esperando por vocês?" Perguntou o acólito, franzindo o cenho, e Konrad se voltou para Asami sem saber o que responder.

"Escutem, o Mestre é um homem muito ocupado. Não vou mentir para vocês, mesmo se tentassem agendar um horário para conversar com ele, as chances de isso vir a acontecer são mínimas," disse o acólito, com tristeza, e Asami, com um suspiro, se adiantou.

"Talvez ele se sinta mais inclinado a se encontrar conosco se disser quem sou eu," disse, seu olhar convicto, embora amedrontado. "Meu nome é…"

"Asami?" Disse uma voz vinda de trás deles.

Quando Asami voltou-se para encarar a dona da voz, viu uma dobradora de ar adulta a encarando com grande surpresa. Apenas os olhos castanhos e a incrível semelhança com Tenzin fizeram com que Asami reconhecesse aquela pessoa, pois em tudo o mais ela estava completamente mudada.

"Jinora."

Konrad pareceu encantado diante da perspectiva de conhecer Jinora, e se adiantou com a mão estendida.

"Você é Jinora? Eu ouvi muitas histórias sobre como você ajudou Korra a derrotar o espírito de Vaatu. Meu nome é Konrad, eu sou o Avatar, vim aprender dobra de ar com o seu pai."

Jinora não demorou muito tempo para processar aquela informação, ela certamente estava ciente da traição de Asami.

A engenheira se aproximou lentamente de Konrad, e a dobradora de ar se voltou para a mulher mais velha, tentando decidir o que dizer diante daquela situação. Por fim, com um suspiro, ela pediu que um dos acólitos fosse se encontrar com o pai dela e dissesse que Asami e o Avatar estavam-no aguardando no pátio central do templo. Depois, fez um sinal para que os dois outros a seguissem.

"Meu pai não vai ficar feliz em te ver," disse Jinora, sentando-se nas escadas que levavam aos aposentos das mulheres quando finalmente chegaram ao pátio central do templo. "Ele não gosta de ser traído, você sabe."

"Eu tive bons motivos," disse Asami, sentando-se ao lado de Jinora enquanto Konrad se afastava para lhes dar mais privacidade e admirar o templo, embora ele não desviasse seu olhar dela por muito tempo.

"Todos sabemos quais foram os seus motivos, Asami. Eu principalmente, já que vi o que você e Korra fizeram com o Mundo Espiritual há algumas semanas. Mas alguns de nós não acha que seus motivos foram bons. Meu pai e o pai dele, Aang, sacrificaram muita coisa em função dos deveres deles."

Asami deixou escapar um suspiro. Não conhecera Tenzin muito bem, mas nunca tivera a ilusão de que ele a perdoaria facilmente. Embora

"Com quem mais eu devo meu preocupar, além de Tenzin?" Perguntou, por fim.

"Não comigo, é claro. O que você fez foi irresponsável, mas foi muito romântico! E esse seu novo Avatar tem uma poderosa conexão com o Mundo Espiritual e aprendeu Terra e Fogo com os melhores mestres que podem ser encontrados. Acho que não temos do que reclamar a respeito da criação que você deu a ele."

"Obrigada, Jinora," disse Asami, sorrindo e sentindo a luz em seu interior pela primeira vez naquele dia. Korra!

"Sem problemas. Não sei se isso vai te fazer bem durante a sua conversa com meu pai, mas Bolin já te perdoou há muito tempo. Ele entende que você fez aquilo por amor, e que não pretendia machucá-lo mais do que o necessário. Só se sente um pouco magoado por não ter sido convidado a se juntar à sua aventura, mas ele superou isso depois que Jade nasceu."

"Jade?" Perguntou Asami, confusa.

"Oh, Jade é filha de Bolin e Opal, é claro. Ela já está com oito anos de idade, eles também tiveram Gaspeite, que tem três anos**."

Então, Bolin e Opal já tinham dois filhos. Ela não conseguia imaginar o seu amigo desastrado e inconsequente como pai, mas se passara realmente muito tempo desde que conversara com ela pela última vez. Muitas coisas haviam mudado. O sorriso desapareceu em seu rosto quando Asami se viu repentinamente presa em uma forte corrente de ar que circulava o seu corpo.

Ela se voltou para encarar um Tenzin muito mais velho e muito mais irritado do que ela jamais vira. Antes que a engenheira tivesse tempo para dizer qualquer coisa, a corrente foi interrompida quando o dobrador de ar precisou desviar de uma pedra e se voltou para encontrar o seu agressor segurando uma chama em cada mão.

O Avatar estava de volta.

* Essas cores não foram escolhidas ao acaso. Eu consultei a respeito da representatividade das cores na sexualidade e esse site (http://www.maltanet.com.br/noticias/noticia.php?id=3184) informa o seguinte: as flores próximas são azuis porque o azul está associado aos domínios mais profundos do espírito, e promove a paz e sentimentos curativos; o caule das árvores é branco pois o branco representa luz, pureza, limpeza, tranquilidade de espírito e bem estar; as flores são amarelas pois o amarelo representa esperança e alegria. Espero que o simbolismo os agrade.

** Jade e Gaspeite são pedras preciosas de tom esverdeado. Como Opal também é uma pedra.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Leiam as notas do capítulo, elas vão explicar algumas escolhas minhas.

Huh, estou muito agradecida pela resposta que tive no último capítulo. Eu estava muito insegura em fazer aquilo com a Korra, mas fico muito feliz que tenham gostado!

Sei que prometi um capítulo e um epílogo, mas esse capítulo estava ameaçando chegar às 5.000 palavras, então eu o dividi em dois.

Suspeitas a respeito da luz interior da Asami?

Abraços a todos, o próximo capítulo em breve! :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Panóptico" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.