Príncipe Légolas escrita por America Singer


Capítulo 27
Capítulo 27: Fatos e conclusões


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas lindas, maravilhosas e perfeitas que me abandonaram no capítulo anterior.
Awnn estão todos de férias, tô sabendo hein? Vão pular carnaval né?
Pois esse capítulo pequeno é pra vocês não sentirem muita falta de mim porque eu também tô indo viajar (quem tiver em Porto Seguro-Ba, dá um alô nos comentários pra gente se encontrar naquelas típicas barracas de axé, que eu odeio, por sinal). Então, próximo capítulo sairá, no mínimo, sexta-feira que vem.
Morrerão de ansiedade? Que nada, tão todos viajando né?...
Bem, sobre o capítulo: tá tenso. Mas vamos prosseguir.
E ah, tá pequeno também.
Boa Leitura.



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Andei sem rumo por alguns minutos. O ar frio da manhã me ajudava a conter as lágrimas que se formavam em meu rosto, mas não parava meus pensamentos sobre tudo o que ouvi. Queria muito entender tudo o que o rei e minha mãe disseram, mas eu não conseguiria ouvi-los conversar. Se ao menos pudesse evitar que minha presença não fosse notada pelo elfo, mas suas habilidades com certeza me entregariam. Visão e audição dessas criaturas são estupidamente aguçadas, e nesse momento os odeio por isso.

Légolas provavelmente estaria se preparando para nosso café com seu pai. Antes dele acontecer, nós deveríamos conversar. Mas algo dentro de mim dizia que nossos planos já pausariam por ali. Na verdade, acho mesmo que ficar comigo seja mais uma obrigação de Légolas do que um desejo.

Fui até onde seria nosso encontro pela manhã. Sentei-me diante a mesa que estava sendo posta para nós três pelas criadas do castelo, e as pedi que parassem. Aguardaria Légolas lá até que aparecesse, e faria as perguntas que precisava fazer antes de tomar qualquer decisão – mesmo que, em meu coração, ela já estivesse sendo proposta.

Sentei-me numa cadeira e fechei os olhos na perspectiva de aprofundar em meus pensamentos e idéias. Esses que me traíram e só voltava-se para os beijos que o príncipe me deu. Confesso que me apaixonar por ele foi um erro, um deslize. Meu coração compadeceu-se por achar que o príncipe sofria por mim, e acabou se entregando aos prazeres de seus beijos, confundindo minha mente por completo. O momento certo que eu me apaixonei por Légolas, eu não sabia dizer. Mas foi algo que aconteceu de repente, mesmo que minha amizade com ele custasse acontecer.

Senti o gosto dos lábios do príncipe, que me despertaram. Ele estava ainda mais bonito nessa manhã. Seu rosto sereno exibia um sorriso calmo de satisfação, e seus olhos brilhavam com muito mais intensidade. Legolas tinha ao seu lado uma beleza que fazia meu coração amolecer todas as vezes que o via. E isso desde o primeiro momento em que o vi, já que me postei a observá-lo sempre, admirando seus belos olhos ou em como ele parecia perfeito demais. Mas aquilo, não era suficiente para manter minhas dúvidas longe, ou que me fizesse aceitar tudo o que estava por vir calada.

Endireitei-me na cadeira. Uma lágrima de angústia desceu por minha face, despertando Légolas para o que estava por vir.

– O que houve? – ele perguntou enxugando a gota solitária que descia aos poucos.

Encarei-o com severidade, afastando sua mão de minha face.

– Eu tenho perguntas a lhe fazer. – disse, afastando seu corpo do meu para dar espaço para o que viria a seguir. – De onde conhece minha mãe?

Legolas espantou-se com a minha pergunta. Buscou uma cadeira para se sentar à minha frente, encarando-me de forma questionadora.

– Melrise Phalnn. – disse, notando que ele não parecia entender do que estava falando.

Légolas abriu os olhos num susto. Não sei se era possível para ele ficar mais branco, mas naquele momento seu rosto ficara pálido.

Desviou o olhar e suspirou. Parece que a resposta que estava por vir não me agradaria nem um pouco.

– Não sabia que ela é sua mãe. – O príncipe disse, mas eu duvidei de sua veracidade. Minha mãe se parece muito comigo, e a primeira coisa que ele observaria era essa questão. Fora que ela é senhora da cidade de Mín, de onde eu vinha.

– Como a conheceu? – insisti na pergunta.

– Meu pai e ela tiveram um caso há muito tempo, vinte e oito anos atrás, para ser exato. E ele gostou muito dela, chegou a abandonar o reino por momentos para viver ao seu lado.

Surpreendi-me com a confissão de Légolas. Não conhecia essa história sobre minha própria mãe.

– Eles foram felizes, mas meu pai não soube reconhecer. Por momentos, ele até considerou deixar de ser rei para ficar com ela, mas voltou atrás. Achava que homens e elfos não deveriam se misturar, que estava sendo tolo.

Observava Légolas falar com mais dúvidas surgindo em minha mente.

– Sei que com essa aventura, ele prejudicou sua mãe de alguma forma. Como realmente eu não sei. Mas em um momento... – Légolas tomara fôlego para dizer. Suas palavras saíam pausadamente, como se sua mente voltava-se para o passado. – Em um momento, eu tive que acordá-lo para a vida. Depois de um acidente com sua mãe. Meu pai não tinha escrúpulos quando se tratava dela. Acho que fui o culpado por tê-la afastado dele, de algum modo. Sabia que meu pai não poderia amá-la, e sua intenção nunca fora realmente casar-se com ela.

Ouvi tudo de forma a duvidar de toda a sua verdade.

– É tudo o que sabe? – meu rosto permanecia rígido e meu controle sobre as lágrimas falhava ás vezes.

Legolas desviou o olhar.

– Acho que não posso contar tudo sem a permissão de meu pai. Sinto muito. – o peso em suas costas parecia voltar.

Passei a mão por sob meu rosto para limpar algumas lágrimas que desciam.

– Thranduil beijou-me. – confessei. Légolas voltara a me olhar, mas dessa vez surpreso.

– Como é? – seu corpo voltara-se para frente num gesto brusco, como se aquilo fosse esclarecer os fatos.

– E me pediu em casamento. – continuei. – Achou que você pediria a mão de Hangar, e que estava apaixonado por ela. Então, como prometeu à mamãe que eu me casaria com alguém da realeza – uma promessa muito estúpida por sinal – ofereceu-se para ser meu marido. Está entendendo? Seu pai não se importa com essa seleção!

Légolas olhava-me paralisado.

– É tudo uma farsa. É tudo porque ele precisa pagar uma dívida com minha mãe. Ofereceu à ela você como recompensa. Ela me vendeu desde o início.

– Eu não compreendo. – Légolas disse ainda paralisado pelas informações.

– Será que não? – confrontei-o. – Pois eu acho que você sabe muito bem. Eles tiveram um caso, não deu certo, mas conosco poderia dar. E você está cumprindo com a promessa de seu pai.

– Mas é claro que não! Eu não sabia de nada disso, meu pai não me contou esses planos. Eu não sabia que você era filha dela, apesar de ter desconfiado na noite anterior. Achei que meu pai lhe aprovava por você ser como é. Por amar a música que toca, por não temê-lo. A seleção é real, e se eu não me apaixonasse por você, e sim por outra garota? Se eu não te escolhesse, então os planos dele seriam em vão. – Légolas defendeu-se.

Levantei de minha cadeira e segui até a janela. Imaginava se o rei e minha mãe ainda conversavam, e sobre o quê.

– Então ele se ofereceria para se casar comigo. – respondi ao príncipe, triste. – Desde o início, esse era o plano. – voltei para o príncipe. – E eu estava nele mesmo não querendo, mesmo se eu não estivesse preenchido aquela maldita carta de seleção.

Concluí, encarando quem seria meu futuro marido em desaprovação.

Légolas tentava chegar perto, mas desviei-me dele por diversas vezes. Se ele me tocasse, me renderia mais uma vez, mas eu não queria que aquilo acontecesse mais.

– Eu não tenho culpa, Luz. – ele disse cabisbaixo. – Eu não sabia.

– Talvez não. Mas eu não quero mais participar disso, Légolas. – respondi deixando mais lágrimas molharem meu rosto.

– O que está dizendo? Você não pode desistir, não depois que me fez entregar meu coração à você. – o desespero apontava na voz do príncipe.

– Eu já não acredito mais nisso. – disse, voltando para a porta de entrada. – Você não está apaixonado por mim. Sei por que não houve tempo suficiente para isso acontecer. Não na longa vida de um elfo, que teve milhares de chances de amar alguém. Porque me escolheria?

– Essas coisas não têm explicação. – Légolas limitou-se a dizer, engolindo suas próprias gotas que desciam por sua face.

Balancei a cabeça em negativo, tornando claro que não tinha nada mais a dizer à ele, e tentei dar a última olhada em sua bela face, que nesse momento exibia seus olhos vermelhos e uma expressão de tristeza.

– Eu te amo. – Foi a última coisa que ele disse, antes de eu sair correndo dali.

A única coisa que eu precisava fazer agora é procurar Runel, e implorar-lhe para que cumpra sua promessa de viajar o mundo ao meu lado, ou que pelo menos me ajudasse a sumir dali.


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam de comentar pra ter vários pra eu responder semana que vem como castigo por abandonar vocês por uma semana, prometo que responderei todos vocês, e se tiverem dúvidas, eu responderei todas. E se acharem que precisa de mais detalhes, aí eu vou ter que me esforçar ainda mais para desenrolar a cabeça de vocês hshuahusauhsuha
Formando uma fila pra esbofetear a Belle por ser tão estúpida, outra pra abraçar e consolar o Légolas, e outra pra aquelas que aceitam se casar com o rei, mesmo sabendo que ele nunca vai te amar de verdade (mas só casar com ele já basta, ficaremos felizes :D)
Beijos e até o próximo ♥