– Ontem a noite o pai de vocês e eu conversamos sobre o que faremos para contornar a situação, e decidimos que vocês iram fazer trabalho comunitário, Hidan e Deidara. Isso com certeza vai ajuda-los a se tornarem pessoas melhores - a mãe dos garotos explica ainda muito triste pelo que descobriu ontem, assim como o esposo.
Todos se encontram sentados nas cadeiras da mesa.

Os dois apenas assentiram.

– Eu também vou, mãe - Sasuke anuncia decidido.

– Está bem, filho - a mãe sorrir para o filho orgulhosa, o que desperta novamente a inveja dos outros dois filhos.

– E vocês dois, me expliquem uma coisa, por que faziam mal ao irmão de vocês? Nos dêem um motivo - o pai finalmente fala algo.

Sasuke e sua mãe olham para os dois garotos, assim como o homem que fizera a pergunta, eles esperam uma resposta sensata...

– Desde o dia em que o Sasuke chegou, vocês não foram mais os mesmos com a gente - o mais velho de olhos lilás diz com amargura, deixando os três a frente deles surpreso.

– Da onde você tirou isso, filho? - a mãe pergunta segurando as lágrimas.

– É a verdade, mãe. Ele sempre foi o preferido de vocês - agora e Deidara quem fala com tristeza - ele sempre ganhou elogios, sempre foi o perfeitinho, e nós os imperfeitos da família...

– Isso não é verdade. Se tratamos o Sasuke bem é porque ele sempre foi um exemplo de garoto, exemplo que vocês deveriam ter seguido desde o começo - o pai levanta a voz, as palavras dos filhos o tiraram do serio.

– Querido, acalme-se - a mulher pede já preocupada - Sasuke, meu bem, pode nos deixar a sós? - pergunta retoricamente e vê o filho se levantar da cadeira.
As palavras dos irmãos fizeram mal a ele, e a mulher percebeu, não quer que o filho escutasse mais nada.
Não quer que ele se sinta culpado.

– Escutem meus filhos - ela se pronuncia para os dois novamente - nunca imaginamos que vocês se sentissem assim. Quando adotamos o Sasuke, queríamos dar todo o amor que até então ele não tinha tido...

– É, mas não deviam ter esquecido de nós - interrompe a mãe, o louro.
O homem está com a cabeça baixa, desolado com a situação, só pode contar com a esposa para contornar tudo.

– Não falem isso... Sempre amamos vocês, nos perdoem se não demonstramos isso da forma certa - pede e uma lágrima sai de um de seus olhos, até então a lágrima mais cheia de tristeza que derramou na vida - E espero que um dia vocês entendam isso - ela diz e levanta - Logo chegará as férias e vocês irão começar o trabalho comunitário junto de Sasuke.

[...]

“- Eles sempre me fizeram mal por inveja... Por acharem que nossos pais me amavam mais." - o garoto pensa ainda tentando assimilar o que ouviu a minutos atrás.

“É difícil entende-los, mas vou tentar, vou me aproximar deles quando estivermos fazendo o trabalho comunitário, quem sabe não acabamos nos dando bem?" - ele ousa sorrir com o último pensamento.

Apesar de tudo que os dois lhe fizeram de ruim, Sasuke com toda sua inocência e bondade ainda deseja que algum dia eles lhe reconheçam como irmão e gostem dele.

[..]

– Sasuke-kun - a garota de cabelos róseos, fala quando vê o moreno chegar na escola.
Ela corre até ele que ainda está passando pelo grande portão, com um sorriso no rosto.

Ele a vê e sorrir de canto.
Ela chega perto dele e mesmo exitando um pouco por achar que ele talvez não goste de sua atitude, o abraça, o surpreendendo.
A garota sabe que depois de tudo o que passou ele precisa de muitos carinhos e abraços, e ela deseja poder ajuda-lo sempre, e também depois de tudo o que aconteceu entre eles dois ontem,ela ente que pode abraça-lo e estar perto dele como nunca antes esteve.

– Vamos para a sala de aula? - ela pegunta retoricamente e ele concorda.Os dois andam lado a lado pelo corredor arrancando comentários sobre eles estarem juntos de alguns alunos.

[...]

– Não quero ir fazer droga de trabalho comunitário... - Hidan diz com raiva para o irmão sentando ao seu lado no sofá.

– Nem eu, mas não temos outra saída - o mais novo fala - Você acha que nossa mãe falou a verdade, que eles nunca preferiram o Sasuke?

– Não sei, estou muito confuso... Tudo aconteceu tão de repente.

[...]

– Meu filho, preciso vê-lo - o pai de Gaara pede a enfermeira com desespero.

– Tenha calma senhor, logo poderá vê-lo - ela diz e o homem finalmente senta em um dos bancos.
Porém seu coração ainda está aflito.
Fez muito mal ao filho e reconhece, no entanto nunca deixou de ama-lo, e só agora se dar conta disso.

O garoto está em alta velocidade na moto e acabou sendo atropelado por um carro, a sorte dele foi que o veículo andava devagar.

O homem assim que soube correu para o hospital desesperado, afinal ele já imaginava que essa catástrofe fosse acontecer.
Uma pena não ter conseguido para-lo.

– Senhor, pode vê-lo agora - a mesma enfermeira de poucos minutos avisa.

O pai levanta e começa a caminhar rumo ao quarto, quase caindo de tonto por conta da bebida.

– Meu filho, sei que não mereço perdão, mas me desculpe, por favor.