Nós dois escrita por Sakeria


Capítulo 1
Temor


Notas iniciais do capítulo

Olá, estou de volta com uma nova fanfic amores, espero que gostem dela.



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Hoje será mais um dia horrível segundo o jovem estudante.

– Droga! - o garoto vociferou quando uma dor aguda se instalou mais uma vez em um de seus braços.

– Isso é tudo culpa daqueles malditos! - falou ainda com fúria e jogou a bolsa que estava em suas costas no chão do quarto.

– Eles acham que podem fazer aquilo tudo comigo apenas por eu ser bolsista e um nerd que ao contrário deles, busca por um futuro. Meu Deus, quanto horror a nesse mundo! - o jovem se encontra nesse estado de raiva há muito tempo, pode se dizer que desde que foi adotado aos quatro anos por seus pais. Quando ele chegou nessa casa, dois meninos maiores filhos de “verdade" dos seus pais adotivos, já moravam aqui, e digamos que não foi muito fácil para Sasuke se habituar a eles.

No começo, e até seu quatorze anos, ele era uma criança feliz, pois apesar de seus irmãos mais velhos nunca quererem ficar perto de si, seus pais estavam sempre lá para lhe dá amor e carinho. Porém as duas pessoas com quem ele sempre quis brincar, não gostavam nada, nada dele.

– Sasuke, venha comer seu café da manhã, filho. Seus irmãos estão te esperando. Eu e seu pai já estamos indo para o trabalho. - uma mulher de cabelos verdes avisou.

– Já estou descendo mãe. - disse fechando a porta atrás de si.

O semblante do rapaz não é dos melhores. Depois de tanto ser maltratado em tão pouco tempo de vida, ele se tornou amargurado e frio. A única pessoa que consegue lhe arrancar um sorriso é sua doce mãe.

– Ora, Sasuke, parece atrasado. - uma figura de cabelos brancos e olhos da cor lilás, o provocou.

– Ele sempre está Hidan. - agora foi a vez de um louro de olhos azuis com uma franja no lado esquerdo do olho, provoca-lo. E então depois os dois começam a rir do garoto que ainda se encontra em pé.

– Isso não é da conta de vocês! - falou e os olhou com raiva.

– O que foi em moleque? Quer apanha como há uns dias? - novamente o homem praticamente já feito de cabelos brancos falou em tom provocativo.

Aquelas palavras despertaram ódio e remorso em Sasuke. Afinal, o que ele fez a eles para lhe fazerem tanto mal daquela forma? Eles o obrigam a fazer os deveres de casa que sua mãe diz que eles têm que fazer, e se Sasuke se recusa, eles o batem. As feridas desse jovem estão por todos os lugares: no coração, pois as duas pessoas que ele queria que gostassem de si, o odeiam, no corpo de tantos murros que já levou deles e dos brutos do colégio onde estuda, e mentalmente, pois a cada vez que um daqueles garotos lhe agride em seu ambiente de aprendizagem, e lhes dizem que ele não vale e não serve para nada, à noite ou a qualquer momento que se encontra sozinho, aquelas palavras ficam indo e voltando em sua mente, e ficam sendo repetidas de forma torturante.

Então mesmo relutante e querendo sair correndo dali, Sasuke toma coragem e senta na cadeira de madeira marrom, afinal, essa casa também é dele, e ele não pode se transforma em um covarde deixando que seus irmãos façam tanto medo assim a ele.

Após tomar seu café com os dois jovens sentado nas duas cadeiras a sua frente, volta e meia lhe olhando e cochichando algo um com o outro, Sasuke se levanta e sai porta a fora.

E ele só tem uma indagação cruel e dura agora: o que é pior, ficar com seus irmãos em casa lhe obrigando a fazer as coisas que eles deveriam fazer? Ou ir para uma escola cheia de riquinhos que o olham como se fosse um nada, e que para completar ainda tem aqueles dois idiotas para lhe bater? O rapaz nem sabe o que pensar mais. Depois de tudo o que já passou nessa vida, seria maravilhoso encontra alguém que lhe salvasse disso tudo. Porém a vida não é um conto de fadas... E ele mais do que ninguém sabe disso.

[...]

O rapaz anda calmamente pelas ruas mal cheirosas e de bueiros abertos, até que avista o ponto de ônibus.

Ele corre para lá quando vê seu ônibus chegando. Entra rapidamente, passa seu bilhete único na máquina, e após passar pela catraca, procura por um lugar vazio para se sentar.

Quando acha vai de encontro ao banco rapidamente para que outra pessoa não sente nele primeiro.

Após passar uns 20 minutos, ele chega ao local de sua escola.

Ele para e respira profundamente antes de conseguir entra. Ele queria não ter medo daqueles caras, queria ser inatingível, entretanto ele sabe que isso não é possível, não o importa o quanto ele seja forte, ele sempre terá medo.

Ele caminha pelo corredor tentando passar despercebido por todos aqueles que costumam olha-lo com desdém.

O garoto simplesmente acha muito idiota todas aquelas pessoas passando por si como se fossem os melhores do mundo ou algo parecido. Para Sasuke eles não são melhores que ele nem que ninguém, mas parece que graças a divisão da sociedade, eles acreditam profundamente nisso: que são os reis do mundo.

– Oi Sasuke, preparado para a hora da saída? - um garoto de cabelos vermelhos falou com intuito de por medo.

Mesmo não querendo demonstra, era impossível para Sasuke não sentir medo. Ora, quem não sentiria medo naquela situação?

– É, mas agora eu preciso ir para a aula. - disse enquanto caminhava até a sala.

– Você só vai para a aula quando eu mandar! - o garoto se enfureceu pela falta de consideração dele, e deu um soco em sua barriga com um sorriso debochado no rosto.

O jovem jogou a cabeça para baixo pela dor e a falta de ar.

– Agora sim você pode ir. - disse, e Sasuke ainda caído de joelhos, range os dentes de ódio.

“Calma, Sasuke, você tem que ser forte." - o garoto pensou enquanto reprimia com todas as suas forças, a vontade de chora. Chora de ódio, rancor e dor.

Ainda sentindo uma dor forte, ele se levantou e começou a caminhar novamente até a sala de aula.

Ao chegar perto da porta que já se encontra fechada, Sasuke olhou seu relógio de pulso, e se deu conta de como está atrasado.

Ele bateu umas duas vezes na porta, até o professor vir e abri-la.

– Está atrasado, Sasuke. - o homem alto de cabelos brancos falou com uma cara nada agradável.

– Eu sei, é que... - parou para pensar em uma desculpa. - o ônibus atrasou.

O homem arqueou uma sobrancelha diante daquela desculpa esfarrapada. Porém ele fingiu acredita e deixou que Sasuke entrasse.

Ao entra Sasuke sentiu como se fosse uma ovelha, e todos naquela sala fossem lobos prontos para lhe devora.

Estava ocorrendo tudo bem, afinal, Kakashi é o único professor que não deixa que joguem papel nele.

Em muitas vezes Kakashi aconselhou Sasuke quando precisou. Entretanto ele não está a par de tudo sobre ele...

O homem olhou Sasuke disfarçadamente, e viu que ela não parecia muito bem. Está fazendo a lição rapidamente como sempre, porém parece triste raivoso. Se ele ao menos pudesse lhe arrancar alguma coisa.

Em uma cadeira atrás de Sasuke, uma figura de cabelos rosa, repara nele desde que entrou na sala, na verdade... Desde que ele entrou naquela escola há dois meses.

“Sasuke-kun... Eles te machucaram de novo?" - ela pensou triste, afinal, ela sabe bem como é terrível tudo o que ele passa. Ela já sentiu tudo isso na pele.

Quando estava na terceira aula, o sinal bateu e todos os alunos saíram da sala, exceto Sasuke. Ele não queria sair, não tinha o porquê de sair, ele não tem amigos ou colegas. Ele sempre está sozinho nessa escola horrorosa.

O garoto nem se deu conta do homem alto que vinha chegando perto de si.

– Sasuke uchiha, vamos saindo. - o inspetor mandou sem nenhuma gentileza.

– Eu quero ficar. - disse sem si importa com a cara que o homem fazia.

– Não seja teimoso seu pirralho! Você é só um bolsista, não tem direito de escolha aqui! - o homem vociferou.

– O deixe. - o homem de cabelos brancos ao ouvir a discussão dos dois, veio com o intuito de proteger Sasuke.

– Mas... - o inspetor ia dizer algo contra mais foi interrompido.

– Mas nada! Você não tem o direito de tratar nenhum aluno dessa maneira. - falou seriamente e viu o homem alto sair em seguida, com muita raiva.

– E você Sasuke, porque não quer ir para o intervalo? - perguntou confuso.

– Não estou com vontade, só isso. - falou seco.

– Entendi. Então eu vou para a sala dos professores, qualquer coisa me chame. - disse com um sorriso por trás da mascara que usava.

E Sasuke ao ouvir as palavras dele se sentiu bem, sentiu que alguém além de sua mãe e seu pai que vivem ocupados, se importa consigo.

– Está bem. - foi tudo que ele respondeu ao ver o professor indo de encontro a sala. E naquele momento o garoto se sentiu protegido como em anos não se sentia.

Quando o sinal bateu novamente e todos os alunos começaram a entrar na sala, Sasuke logo sentiu o medo chegando.


“Faltam apenas três aulas para eu apanhar injustamente!" - pensou temeroso.

“Eu podia... Eu deveria contar a alguém, mas... Eu tenho tanto medo, tanto... E me sinto um fraco por isso." - continuava a se detesta por não ser feito de aço; e sim, apenas de um frágil vidro...

E em meio a pensamentos, Sasuke começou a pensar em como aquele ambiente deveria ser agradável para si: aquelas paredes de cores amarelas, aquele quadro branco; o verde, as mesas, as cadeiras, o cheiro dos livros, o cheiro da comida, o riso e as conversas dos outros alunos, o sinal batendo seja para avisar que está na hora do intervalo, ou a hora de ir para a casa... Tudo ali deveria passar segurança para ele, porém tudo que passa é temor...
Tudo ali lembra o que já lhe fizeram, e lhe traz a angústia de pensar no que ainda vão lhe fazer.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, e não esqueçam de comentar por favor ♥.