Enquanto você dormia escrita por Grazy


Capítulo 11
Heartbeat


Notas iniciais do capítulo

Hey my cupcakes, gente eu juro que estou tentando responder todos os comentários, mas eu estou tão ocupada esses dias que ou eu escrevo ou eu respondo, mas saibam que eu leio todos os comentários.
Queria agradecer a: Gleicinha e Tania Filipe pelas recomendações incríveis, amo vocês pessoas!
Bem esse capitulo é especial porque tem Delena, tanto em Flashback quanto agora.
Espero que gostem.




I can feel your heartbeat
Running through me
Feel your heartbeat
Heartbeat - Enrique Iglesias



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Encarei o copo de bebida a minha frente, a festa tinha acabado a mais ou menos uma hora, mas como sempre para Fran tinha que estar tudo perfeito antes que fossemos embora, e eu estava cansado, queria dormir, por mim eu ficava aqui mesmo deitava na cadeira e dormiria tranquilamente, não era só o fato de estar exausto por ter que dar tantos sorrisos falsos ou por ter que aturar Fran reclamar o quanto ela achava que Elena estava errada.

Estou exausto por pensar em Elena e o único momento em que eu não penso nela é quando estou dormindo e isso é ótimo porque de certo modo quando eu não penso nela eu sonho com ela, oque é bem melhor, porque nos sonhos estamos juntos, e a realidade dói bem mais.

– Querido, podemos ir? Vou ter acordar cedo amanhã. – Fran colocou a mãos nos meus ombros.

– Claro, vai na frente. – Virei o resto do liquido do copo, e a vi saindo pela porta, ela era uma garota legal, divertida, e merecia minha total atenção.

Peguei as chaves e o celular sobre o balcão e fui em direção a saída, Fran já estava no carro e o mesmo já estava ligado, entrei rapidamente e a vi mexendo no celular com uma cara levemente preocupada.

– Droga, o voou foi adiantado, eu tenho que estar no aeroporto em 4 horas. – Ela murmurou ainda encarando o aparelho.

– Tudo bem, nós vamos pra casa dormimos três horas e depois vamos para o aeroporto. – Ela negou com a cabeça.

– Sabe aquela colega que eu te falei? A que vai comigo – Assenti – Tenho que buscar ela e ela mora a uma hora daqui, uma hora pra ir, uma pra voltar, mas o tempo de pegar as malas, não vai da para você me levar ao aeroporto.

– Tudo bem, eu te busco quando voltar. – Ela assentiu guardando o celular e dando partida no carro.

Aquela mulher conseguia ser mais rápida que um piloto quando era preciso, o caminho que deveria levar 30 minutos, levou somente 10, e sem burlar nenhuma lei de transito e sem fazer nenhuma ultrapassagem.

Assim que chegamos em casa ela mau estacionou e já pulou do carro correndo em direção ao entrada, eu tive que passar para o banco do motorista e desligar o carro, desci do carro em seguida o trancando e passando pela porta que a Fran tinha deixado aberta, subi as escadas aonde haviam sapatos e mais acima o vestido dela, recolhi tudo do chão e andei até o quarto aonde ela colocava uma calça jeans e mantinha o celular preso a orelha.

– Damon, pega o meu passaporte! –Ela mandou e eu abri o criado mudo pegando e entregando a ela – Esta bem, eu já estou indo! – Ela gritou com a pessoa no telefone e o desligou me encarando – Tenho que ir.

– Antes de entrar no avião manda uma mensagem de onde deixou o carro, vou lá buscar. – Ela assentiu.

– Damon... você, você sabe que se não fosse importante eu não iria passar duas semanas fora do pais – Ela ficou me encarando com seus grandes olhos azuis cintilando – Quer dizer... antes não tinha problema mas... agora, por favor não me decepcione.

– Eu nunca faria isso, vem aqui – A chamei dando um leve beijo em seus lábios – Não sou a pessoa mais confiável do mundo mas...

– Não diz nada – Ela colocou a mão me calando – Isso nunca melhora nada, só me beija.

– Tudo bem. – Me inclinei mas para ela a beijando, ela estava calma, talvez calma demais para quem esta atrasada – Não quero apressa-la mas você esta atrasada.

– Tem razão, tchau, eu te amo. – Ela levantou pegando as malas e correndo até a porta.

– Eu... – Ela saiu antes que eu terminasse a frase.

Fiquei deitado olhando para o teto bege do quarto por alguns minutos, tirei o blazer o jogando sobre a poltrona, e depois a camisa ficando só com a calça e a substituindo pela calça do pijama, passei o lençol até minha cintura e me mantive encarando o teto bege, até ouvir o passos e alguém se encostar na porta, e olhei os olhos azuis de Paola parecidos com os meus.

– Acordado maninho? – Ela murmurou vindo até a cama e se sentando.

– Estou dormindo, não está vendo? – Ela revirou os olhos e se deitou do meu lado.

– Elena? – Ela falou em tom sugestivo.

– Oque tem ela? – Ela riu baixo e me olhou de forma petulante.

– Ela estava linda, não estava? –Assenti encarando minha irmã – Sem querer me gabar mas... fui eu quem escolheu tudo.

– Tinha a sua cara mesmo. – Voltei a olhar para o teto.

– Oque aconteceu?

– Ela primeiro discutiu com a Fran, depois comigo e então passou a festa toda com o Parker! – Ela riu alto e voltei a encara-la.

– E você ficou com ciúmes! – Ela continuou a rir.

– Não... eu não... a Fran, ela não...

– Calma Damon! – Ela me interrompeu – Não tem problema sentir ciúmes, mas se você sente isso é porque você ainda sente algo.

– A Fran ela, ela não merece! – Ela negou com a cabeça.

– Não, mas... você também não merece – Ela garantiu – Lembro de quando você voltou da Itália com ela, eu estava triste, passei um mês com o Stefan e estava com saudade suas e dos gêmeos, e ainda mais da Elena, eu fui no hospital, todos os dias, como você pediu, cheguei a dormir lá varias noites, e eu a amava como minha irmã, até mais que a Rose, e então você trouxe a Fran na bagagem, eu te odiei Damon, muito, mas eu fui crescendo e te entendendo mas tem algo que você não sabe, promete não ficar triste comigo? – Assenti – Lembra que todo dia 15 eu ia para casa da minha amiga? Então eu não ia, eu ia para o hospital, ia ver a Elena.

– Ok, você deveria ter me contado mas... eu também tenho que dizer algo, promete ficar só entre nós? – Ela assentiu – Eu fui ver a Elena quando ela acordou.

– Mas...

– Calma! – Pedi e ela assentiu – Escuta e você vai saber o porque ela não sabe que eu fui.

***Flashback On***

Deixei o telefone cair ao ouvir as palavras “Ela acordou”, minha garganta se fechou e me olhos se fixaram no porta-retratos dos meus filhos na estante, fiquei preso em uma reunião o dia todo e fui jantar depois disso, quando voltei para buscar minhas coisas ouvi esse recado, já passava da meia-noite.

Não consegui pensar em nada, só em vê-la, só em vê-la om meus próprios olhos, poder toca-la e ver ela responder a eles, corri para pegar a chaves do carro e corri para o elevador da empresa, já estava vazia então não tive que dar explicações a ninguém, assim que o elevador abriu eu passei correndo pelo vigia noturno e passei pela porta rapidamente, correndo até o carro.

O hospital ficava longe então quando eu cheguei lá já era quase 1:30 da manhã, algumas enfermeiras passavam tranquilamente de um lado para o outro e eu fui até a recepção encarando uma senhora em seus 40 anos que olhava para o monitor do computador.

– Senhora? – Chamei sua atenção e ela me encarou com seus óculos enormes.

– Sim? – Ela tinha uma voz suave.

– Eu preciso ver uma paciente, Elena Salvatore – Ela encarou o computador.

– Ela não deve receber visitas, mas se for da família, pode me falar seu nome e me dar sua identidade? – Assenti e entreguei minha carteira de identidade.

– Ah, claro, Damon Salvatore, o marido dela, você pode entrar – Me virei e ela segurou meu braço – Ela esta no segundo andar, mas esta a base de analgésicos e calmantes, ela vai estar sonolenta.

– Obrigado. – Subi de elevador e avistei o nome dela no quarto N° 138, andei a passos leves até o quarto.

Abri lentamente a porta e ela estava deitada de lado de modo que ela nunca ficou porque podia atrapalhar a respiração mas agora ela estava, ela estava encolhida virada para o outro lado, me sentei encarando o rosto delicado dela.

Passei levemente a mão nas maças de seus rostos e ela abriu um pouco os olhos, os fechou em seguida, tentei afastar minha mão mas ela a segurou com delicadeza a mantendo ali, seu toque quente fez com que meus olhos se enchessem de lagrimas.

– Onde você estava? – Sua voz doce só fez com que as lágrimas aumentassem – Porque esta chorando?

– Você está perfeita. – Murmurei sem responder – Como se sente?

– Eu sinto frio, e dor. – Ela tinha uma voz sonolenta e arrastada.

– Vou achar um outro cobertor. – Me levantei mas ela apertou mais uma vez minha mão.

– Não precisa, só fica aqui – Ela pediu e eu voltei a me sentar – A quanto tempo estou aqui?

Ela acordou a uma dia, mas desmaiou e tem sido mantida a base de analgésico desde então, pelo menos foi oque Miranda me disse na mensagem, e também pediu para se eu tivesse a curiosidade de vê-la não contasse nada a ela, por enquanto.

– Não importa, você esta aqui agora. – Ela assentiu levemente fechando os olhos.

– Eu estou com sono – Comentou se virando na cama – E com frio, você pode se deitar aqui um pouco?

– Não acho que isso seja permitido, mas se quiser posso deixar você em paz. – Ela negou com a cabeça.

– Só um pouco, por favor – Ela se afastou dando espaço para mim, me dei por vencido e me deitei ao lado dela, a cama era pequena e quase metade das minhas costas ficaram para fora, ela colocou a cabeça no meu peito e delicadamente coloquei a mão em seus cabelos castanhos – Como estão os bebês?

– Bem, muito bem. – Ela afundou mais a cabeça no meu peito.

– Você é quente, não estou mais com frio. – Está passou a mão me abraçando de lado.

– Fico feliz. – Sorri e dei um beijo em seus cabelos.

– Eu te amo. – Ela sussurrou.

– Eu também, Elena. – Depois disso pude ver a diferença em sua respiração e ela voltou a dormir.

***Flashback Off***

– Você disse que a amava? – Minha irmã estava boquiaberta.

– Oque mais eu poderia dizer? – Ela deu um mini sorriso.

– Não, você não precisava me contar isso, pelo menos se não quisesse minha opinião. – Ela sorriu minimamente.

– Você vai dar sua opinião de qualquer jeito. – Ela concordou dando de ombros – E a Elena nem se lembra disso, malditos calmantes.

– Pois bem, ai vai... – Ela respirou fundo e endireitou o corpo – Acorda! Você ama a Elena, e não a Fran – Abri a boca para reclamar, mas ela não deixou – Nem me venha com “Eu amo sim”, se a amasse essa conversa não estaria acontecendo – Ela levantou da cama colocando as pantufas de abelha dela – E Damon, seja rápido porque Andrew é um conquistador e tanto, e sem contar que ele é muito lindo.

Ela saiu do quarto me deixando sozinho, encarei o relógio digital no qual já marcava 4:00 horas da manhã, me levantei apagando as luzes do quarto e fechando a porta, coloquei o despertador para bem cedo, e me joguei na cama, fechando os olhos.

***

Olhei para a porta branca, ela parecia bem ameaçadora agora, não a porta mas oque aconteceria quando fosse aberta, respirei fundo antes de tocar a campainha, e ouvi alguns passos do outro lado e assim que a porta se abriu vi Elena com o rosto um pouco suado e os cabelos presos.

– Cria...

– Não –A impedi de gritar e ela ficou confusa – Quero falar com você, antes de levar eles.

– Ok, vamos nos sentar aqui. – Ela se sentou no balanço diante da casa.

– Eu quero pedir desculpas por...

– É tarde demais para se desculpar! Tarde demais! – Ela me interrompeu e eu a fitei respirando.

– Ontem eu te escutei sem protestar, será que pode fazer o mesmo? – Ela assentiu – Eu queria me desculpar por tudo, mas principalmente por ter sido fraco, fraco para não te esperar, fraco para achar que meu sofrimento superava o seu, por achar que com outra pessoa eu iria te esquecer, desculpe por ser o idiota que fui, desculpe por ter duvidado da sua força, desculpe por ter mentido para nossos filhos, desculpe...

– Eu já cansei de ouvir, você acha que é assim? – Ela perguntou e antes que eu respondesse ela continuou – Acha que eu vou te perdoar tão fácil, ou só esta fazendo isso porque viu que alguém nesse mundo ainda me acha atraente, vamos responda! É por causa do Andrew?

– Esse idiota não nada com isso, eu estou me desculpando por...

– Porque sua namorada viajou, é por isso porque ela foi viajar e você ficou sozinho se sentiu mal e veio aqui – Ela se levantou e pareceu ir embora mas voltou – Oque diabos você acha que eu sou?

– Nada, eu só vim me desculpa por ter sido um completa idiota e...

– Damon, você acha que eu sou um cachorro, que vai ficar procurando o dono esperando que ele lhe de carinho ou lhe jogue um osso, Damon eu não sou seu cachorro – Ela se exaltou – Não é porque sua namoradinha saiu do país que eu vou ser seu passatempo!

– Você acha que eu sou tão fútil assim, não é? – Questionei e ela assentiu – Droga, se você acha isso, porque se casou comigo? Porque se apaixonou? Porque dizia que me amava?

– Porque eu te amava seu idiota! – Ela começou a chorar – Porque eu amava quem eu era quando estava com você, porque eu amava sua ironia, seus ciúmes, seu jeito de sorrir, e o jeito que eu sorria quando você me abraçava, amava seus beijos, e quando você me fazia ficar nervosa e eu te batia, eu amava o fato de estar grávida dos seus filhos, eu amava poder te abraçar a qualquer momento, o fato de você aguentar todas as minhas crises e sempre saber quando eu estava triste, porque eu amava quem você era!

– E oque você acha que eu sentia por você? – Ela negou com a cabeça colocando a mão no rosto – Acha que eu não te amava? Eu aguentei cada crise sua, eu vi você feliz e depois triste, eu te aguentei quando você me batia por se sentir estressada, e quer saber, li todos os livros sobre TPM, porque eu não me importava se eu ia ficar chateado, eu só me importava se você estava feliz!

– Sua ideia de felicidade é estranha! – Ela ergueu novamente o rosto – Eu pareço estar feliz? Eu pareço estar contente? Damon oque me dói não é o fato de você ter arranjado alguém, é o fato de você ter desistido de mim, o fato de involuntariamente ter feito meus filhos desistirem de mim!

– Eu nunca desisti de você! – Só percebi oque tinha falado depois que falei, então decidi continuar – Estudei tudo oque pude sobre coma, tenho artigos de jornais e conversei com todos os especialistas, e todos eles disseram que era impossível você voltar, e ainda sim, ai está vocês, eu nunca desisti!

– Você não desistiu, tudo bem – Ela se aproximou de mim suspirando – Como explica ter afastado meus filhos? Ter mentido? E a Italiana?

– Eu vi seu coração... – Tirei todos os outros pensamentos da minha cabeça e me concentrei em seus olhos – Eu vi seu coração parar, o vi parar duas vezes, não queria que eles se sentissem como eu me senti! Eu não queria que eles te vissem morrer, como eu vi.

Lagrimas saíram novamente de meus olhos, e abaixei minha cabeça e me virei, não queria que ela me visse assim, não queria parecer fraco diante dela, senti sua mão tocar a minha e me assustei mas ainda sim continuei virado, sua mão me puxou me virando para vê-la, ela guiou minha mão até seu peito e senti seu coração bater.

– Ele parece parado? – Seus olhos castanhos agora cheio de lagrimas, ela levou a outra mão até meu rosto, sua mão quente e macia fez um leve carinho na minha bochecha – Eu pareço morta? – Me aproximei mas dela colocando minhas mãos em sua cintura, porem ela me afastou – Isso não foi para te beijar, foi para fazer você parar de usar isso como desculpa – Seus olhos fugiram dos meus – Eu não estou morta!


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Notas finais do capítulo

Eu posso sentir seu coração bater
Correndo para mim
Sinto seu coração bater.
Heartbeat - Enrique Iglesias





Gostaram? Odiaram? A Elena deveria ceder? O Desculpar?
Bem para o próximo são 6 comentários.
Até a próxima Cupcakes



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