Memórias Encaixotadas escrita por Malu


Capítulo 2
Am-izade-or


Notas iniciais do capítulo

Primeiro de tudo queria me desculpar pela demora... É a primeira vez que posto uma fanfic sem ter os próximos capítulos prontos, então provavelmente os próximos também vão demorar um pouco para sair. Quero deixar um obrigada especial para as meninos/as que comentaram o prólogo e esse capítulo vai para vocês...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/583133/chapter/2

Todos ficaram surpresos. Kentin e Armin trocaram um olhar e olharam para Castiel, buscando orientação por saber que ele era o que tinha mais contato com Lynn.

— Quanto tempo faz isso? — perguntou Alexy, fitando a mulher depois de perceber que até para Castiel era novidade.

— Uns 10 meses... — murmurou-a, olhando para as próprias mãos, cujas unhas eram cuidadosamente pintadas de um tom nude.

— Mas 10 meses atrás, nós nos vemos pela última vez. — constatou Violette ao contar nos dedos e perceber que aquilo começara em Dezembro do último ano.

— É complicado... — disse Lynn, deixando de olhar as mãos e fitando a mesa. Não conseguia olhar para as pessoas que a cercavam. — Estamos juntos, mas sabemos que vai acabar em breve, sabem como é? Pedi o divórcio, mas ainda não assinei os papéis... Juro que espero que algo mude.

— Mas... Vocês sempre foram os reis do baile. — murmurou Violette, parecendo chocada. Ela sempre esteve ao lado de Lynn durante o começo do relacionamento com Nathaniel e o suporte que lhes deu, foi até maior que aquele que receberam de Rosalya.

— Profissional e estatisticamente falando, a maior parte dos casamentos que começam no Ensino Médio, tendem a acabar em divórcio até os trinta e... — argumentava Castiel, mas Lysandre olhou para ele com um olhar feito que o fez se calar na mesma hora.

— E o que acontecerá com Jake? — perguntou Rosalya, preocupada.

— Não faço a menor ideia, mas provavelmente ficará comigo. Não quero deixá-lo sozinho... — suspirou Lynn.

— Nathaniel a ama, querida... Você devia saber disso... — Melody estendeu a mão para segurar a de Lynn e sorriu.

— Não é amor. — murmurou-a. — Era amizade, tentamos transformar em outra coisa, mas esquecemos de que sentimentos não é energia. Energia se transforma, sentimento muda e cresce, mas quando se transforma... Se gasta e morre.

Após uma longa discussão sobre o que fazer e sobre o que fora feito, Castiel e Lynn decidiram que precisavam ir embora e já estavam se despedindo de todos quando Xavier se aproximou com um envelope pardo em mãos e sorriu, estendendo-o para ela.

— Pelo seu aniversário. — disse o homem e ela sorriu de volta, pegando o envelope. Espiou dentro dele, encontrando um considerável bolo de papéis grossos.

— Fotos... — murmurou-a, surpresa.

— Todas as que temos... — a dona da cafeteria finalmente deu as caras, carregando mais um envelope e abraçou a mulher. — Achei essas agora...

Olhei-os, doida para olhá-las quando estivesse em casa, e sorri, agradecida.

— Eu tenho que ir... — murmurei, vendo Castiel se afastar, impaciente. Provavelmente tinha muita papelada para verificar. — Foi um prazer ver vocês. — acrescentei e apressei o passo para alcançá-lo, passando pela porta que ainda não se fechara depois de sua saída.

Mais tarde naquela noite, Lynn chegou à casa exausta e foi até o quarto de Jake para vê-lo e o encontrou vazio.

No mesmo momento, a porta da sala se abriu e ouviu Nathaniel avisar que havia chegado.

Lynn olhou para o relógio na parede e constatou que era tarde, mais tarde do que Nathaniel devia chegar.

A advogada desceu as escadas correndo e se desesperou ao ver que seu filho não estava com o homem.

— Onde está Jake? — perguntou ela, já irritada.

— No quarto? — Nathaniel devolveu-lhe a pergunta, com um tom de sarcasmo na voz que a tirou do sério.

— Você disse que o buscaria hoje! — sua voz se elevou e ela não se conteve quanto a isso. Jake não estava em casa. — Eu disse que tinha uma porra de uma audiência e falei que precisaria que você o buscasse na porra da escola! — ela empurrou Nathaniel, furiosa. — Caralho, Nathaniel!

— Wow, vai com calma! Eu não disse nada sobre buscá-lo, sei disso. — Nathaniel subiu sua voz também, jogando a maleta no sofá e deixando o casaco em um canto.

Você disse que iria buscá-lo! — gritou.

Lynn nunca esteve tão fora de si quanto naquele momento. Estava cansada da irresponsabilidade de Nathaniel quando se tratava da família.

— E sabe o que vai acontecer agora? Teremos que sair ligando para todos que conhecemos porque à essa hora, a desgraça da escola está fechada e não fazemos ideia de onde ele pode estar! — ela disse. — É isso! Estou farta, Nathaniel! Vou encontrar meu filho e vamos embora dessa casa! — ela pegou a bolsa, já com as chaves do carro e o celular dentro. Nathaniel não viu abertura para discutir naquele momento, então apenas pegou as próprias chaves e correu para seu carro.

Lynn ligou para tantas pessoas que, em certo momento, socando o volante e desejando nunca ter conhecido Nathaniel, começou a achar que nunca voltaria a ver seu filho.

Começou a pensar no que a fizera aguentar o homem com todo o seu egoísmo e egocentrismo por dez malditos anos e foi puxada de volta do fluxo de raiva quando seu telefone tocou.

— Alô? — disse ela, ativando o viva-voz e colocando o aparelho celular no colo.

— Lynn, o que houve? — ela ouviu a voz da mãe de Brian do outro lado e suspirou, aliviada. Brian era o melhor amigo do garoto... Talvez Jake estivesse com ele. — Jake está aqui até agora!

— Oh, Maggie... Sinto muito, Nathaniel devia tê-lo buscado na escola. — Lynn suspirou novamente, mas não soube dizer se era mais alivio ou se era mais vontade de socar o marido.

— Tudo bem... Se quiser deixá-lo dormir aqui. Parece que vocês estão com problemas no Paraíso.

— Oh, muito obrigada, Mag. — disse-a, sentindo-se extremamente agradecida. — O ambiente no Inferno deve ser mais agradável do que está se passando em casa.

— Eu imagino, Lynn... — murmurou Maggie.

Mas Maggie não imaginava.

Ela não sabia o que era ver um de seus melhores amigos virar o amor de sua vida e então ver o amor morrer aos poucos.

Lynn sabia como era e, toda vez que brigavam, desejava nunca ter se apaixonado por Nathaniel e então se lembrava de que não teria Jake se fosse o caso e passava a desejar que ainda fosse apaixonada pelo marido como era aos 17 anos.

Ela sentiu o desespero ir embora aos poucos e, enquanto fazia o retorno e dirigia de volta para casa, ligou para o esposo e avisou que o filho deles estava bem.

Quando chegou à sua casa, ele ainda não estava lá, então ela apenas deitou no sofá e esperou até que chegasse.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, gente, só queria dizer que vou fazer capítulos um pouco menores do que estou acostumada a fazer, pois não pretendo passar de 1500 palavras, mas nada com muito menos que 1000... E, como sempre, quero pedir para vocês comentarem ç-ç Não estou mendigando, só que como estou postando o que acabo de escrever, cada vez que vejo um comentário novo, me dá um pouco mais de força de vontade para continuar, então sei lá... Se puderem comentar, vou ser eternamente grata o/
See ya' xx



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Memórias Encaixotadas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.