Luiza:

Fazia um ano que eu não via Nico, mais depois da longa batalha todos os deuses e heróis se reuniram na sala dos tronos no Olimpo para festejar a nossa vitória. Quando todos já estavam acomodados e Zeus terminou seu grande discurso sobre a bravura dos deuses, Annabeth chegou mais perto de mim e meu irmão e sussurrou algo para ele, que logo respondeu e começaram a rir só que tiveram que para pois Grover cutucou Percy, pois Hera estava lançando um olhar maléfico em nossa direção.
–Quanto aos meus irmãos- disse Zeus-, estamos agradecidos…- ele pigarreou, como se fosse falar algumas difíceis palavras-Hã, agradecemos pela ajuda de Hades.
O Senhor dos Mortos assentiu. Tinha uma expressão presunçosa no rosto, mas acho que ele conquistara esse direito. Ele deu tapinhas no ombro de Nico, que pareceu mas feliz. Depois de vários discursos,presentes sensacionais, a proposta de Percy eu sai da sala dos tronos e fui me sentar em um lindo jardim escondido entre algumas arvores.
– Lindo jardim não?- disse uma voz que fez meu coração acelerar.
– Sim Nico- disse me virando para poder olha-lo nos olhos.
– Posso me sentar?- ele perguntou com sorriso.
– Claro- respondi com outro sorriso.
– Luiza eu tenho um presente para você- assim que disse isso ele pegou uma caixinha azul de seu casaco e me entregou.- Eu ia te entregar quando fosse te visitar no acampamento, mais não pude ir porque meu pai não queria que eu te visse. Me sinto culpado pois isso, poderia facilmente sair do Mundo Inferior e ir te ver.
– Nico não se sinta culpado. Eu entendo os motivos de seu pai.
– Serio?-perguntou ele confuso.
– Sim. Você sabe que seu pai não gosta do Percy, como sou irmã dele Hades te proibia de ir me ver. Mais peço que não se sinta culpado- Assim que terminar de falar eu abri a caixinha, e dentro tinha um pingente de caveira.
– E lindo- imediatamente coloquei o pingente no meu colar do acampamento, que tinha duas contas- Obrigada- e dei-lhe um beijo na bochecha.
– Isso e para você- peguei do bolso da minha calça um colar de cordão preto e pingente de cocha azul royal- Fiz para você no segundo dia depois de sua partida.
– Obrigada- ele respondeu colocando o colar- Há e esse pingente não e meu único presente. Assim que ele disse isso Nico me puxou para mais perto e então selou nossos lábios com um beijo apaixonado e doce ( meu primeiro beijo ), depois de um longo tempo ele se afastou e olhou pra mim com um olhar travesso e perguntou:
– Sei que não nós vemos um bom tempo, mais desde os dias que passei no acampamento eu sentia algo por você, e esse sentimento ficava mais forte todos os dias que eu me lembrava de você.Então te pergunto Luiza, quer namorar comigo?
Demorei alguns segundos para processar o que tinha acontecido e respondi:
– SIM- Então me joguei para dar um abraço que acabou derrubando Nico de costas na grama e fazendo com que eu ficasse em cima dele.- Desculpe- disse por fim olhando em seus olhos.
– Tudo bem- disse ele acariciando meu rosto e puxando para outro beijo.
Depois de um tempo naquele jardim, Nico saiu dali e foi para o elevador e eu fui procurar Percy que estava terminado de conversar com Hermes. Assim que ele me viu veio a meu encontro.
– E ai, vamos descer- perguntou Percy.
Quando saímos do Olimpo Atena estava no meio da estrada, de braços cruzados e com o olhar mirado em Percy.Eu sabia que aquela conversa não era minha, então saí rumo ao elevador. Assim que cheguei na porta Annabeth me fitou.
– Cade o Percy?-perguntou Annabeth olhando em meus olhos.
– Ele já deve estar vindo.
Assim que Percy apareceu cheirando fumaça Annabeth perguntou:
– Por que você esta cheirando fumaça?
– É uma longa historia?- disse ele.
Juntos, descemos até o nível da rua. Nenhum de nós falou uma só palavra. A música ambiental do elevador era terrível.Quando chegamos ao saguão, encontramos a mãe de Percy e Paul discutindo com o cara da portaria, que tinha voltado ao trabalho.
– Estou te dizendo – gritava Sally. – Nós temos que subir! Meu filho... – Então ela nós viu e seus olhos se arregalaram. – Percy!
Ela o abraçou até o deixar sem ar.
– Vimos o edifício se iluminar todo de azul – ela disse. – Mas então você não descia. Você subiu faz horas!
– Ela estava ficando meio ansiosa – Paul disse.
– Tá tudo bem – disse Percy enquanto sua mãe abraçava Annabeth é a mim. – Tá tudo bem agora.
– Sr. Blofis – Annabeth disse. – Aquela foi uma manobra magistral com a espada.
Paul deu de ombros.
– Parecia a coisa a ser feita. Mas Percy, é mesmo... quero dizer, essa história de sexcentésimo andar?
– O Olimpo – respondeu Percy. – Sim.
Paul olhou o prédio sonhadoramente.
– Eu gostaria de ver isso.
– Paul – Sally falou. – Não é para mortais. De qualquer maneira, o importante é que estamos salvos. Todos nós.
Estávamos quase relaxando. Então Nico correu pela rua, e sua expressão nós disse que havia algo de errado.
– É Rachel – ele disse. – Acabei de encontrá-la na Rua 32.
Annabeth franziu a sobrancelha.
– O que é que ela fez dessa vez?
– A questão é para onde ela esta indo – Nico disse. – Eu lhe disse que ela morreria se tentasse, mas ela insistiu. Acabou de pegar Blackjack e...
– Ela pegou meu pégaso?- perguntou Percy alarmado.
Nico assentiu.
– Ela está indo para a Colina Meio-Sangue.Disse que tinha que chegar ao Acampamento.
Para resumir a historia Percy levou Annabeth, eu e Nico montados em hipocampos ate o acampamento. Assim que chagamos agradecemos a carona e andamos até a terra firme, só para encontrar Argos que estava à nossa espera.Ele estava na areia com os braços cruzados e cem olhos nos fitando seriamente.
– Ela está aqui? – Percy perguntou.
Ele acentiu com a cara amarrada.
– Está tudo bem? – Annabeth disse.
Argos balançou a cabeça.
Nós o seguimos pela trilha e corremos ate a Casa Grande, onde havia algo definitivamente errado. Luzes verdes disparavam de todas as janelas. Névoa – do tipo mágico – girava em torno do jardim. Quíron estava deitado em uma enorme maca, cercado por um bando de sátiros na quadra de vôlei. Blackjack batia os cascos nervosamente na grama.
Não me culpe chefe! suplicou ele quando viu Percy. A menina estranha me fez fazer isso!
Rachel Elizabeth Dare estava no topo dos degraus da varanda. Seus braços estavam levantados como se ela estivesse esperando alguém dentro da casa lhe atirasse uma bola. Quíron nos advertiu para que não chegaremos perto, mais Percy correu na direção dela, ignorando os sátiros. Chegou a três metros de Rachel,só que ele fora atingindo por algo e caiu na grama.Rachel abriu os olhos e se virou. Parecia que estava sonâmbula, como se ela pudesse velo, mas apenas em um sonho.
– Está tudo bem. – disse ela com uma voz longe. – Foi por isso que eu vim.
– Você vai ser destruída!
Ela balançou a cabeça.
– Eu pertenço a este lugar, Percy. Eu finalmente entendi o porquê.
A névoa ondulou em uma centena de serpentes de fumaça, se enrolando nas colunas da varando e ao redor da casa. Em seguida, o oráculo apareceu na porta. A múmia ressecada se arrastando para frente no seu vestido arco-íris. Ela parecia pior do que o habitual, se é que era possível. O cabelo dela estava caindo em tufos. Sua pele curtida rachando como assento desgastado de ônibus. Seus olhos vidrados olhavam fixamente para o espaço, me arrepiei quando vi que ela estava indo na direção de Rachel.
– Você esperou demais – Rachel disse. – Mas agora estou aqui.
O sol brilhou mais intensamente, então Apolo apareceu disse algumas coisas e Rachael respondia. Rachel estendeu os braços. Ela não parecia assustada.Uma coluna verde de fumaça, como uma serpente enorme, saiu da boca da múmia e deslizou para baixo da escada, envolvendo carinhosamente os pés de Rachel. A múmia do Oráculo desintegrou, caindo no chão, restou apenas um monte de pó e um velho vestido colorido. A névoa envolveu todo o corpo de Rachel e por um momento ninguém conseguia vê-la.
Rachel caiu no chão e ficou em posição fetal.
Annabeth, Percy,Nico e eu corremos em sua direção, mas Apolo disse:
– Parem! Esta é a parte mais delicada.
– O que vai acontecer? – Eu quis saber. – O que você quer dizer?
Apolo estudou Rachel com preocupação.
– Ou o espírito se estabelece, ou não.
– E se ele não se estabelecer? – Annabeth perguntou.
– Cinco sílabas – Apolo disse contando nos seus dedos. – Isso seria muito ruim.
Apesar da advertência de Apolo, Percy se ajoelhou em frente a Rachel. A névoa afundou no solo e a luz verde esmaeceu. Mas Rachel estava ainda pálida. Quase sem respirar.
Então seus olhos se abriram. Ela focou em Percy com dificuldade.
– Percy.
– Você está bem?
Ela tentou se sentar.
– Ai. – Ela pressionou suas têmporas.
– Rachel – Nico disse – a sua aura de vida quase desapareceu. Eu pude ver você morrendo.
– Eu... Eu estou bem – ela murmurou. – Por favor, me ajude. As visões... elas me deixam um pouco desorientada.
– Você tem certeza de que está bem? – Eu perguntei.
Apolo desceu suavemente para a varanda.
– Senhoras e senhores, gostaria de apresentar o oráculo de Delfos.
– Você está brincando – Annabeth disse.
Rachel deu um sorriso fraco.
– É um pouco surpreendente para mim também, mas este é o meu destino. Eu vi isso quando eu estava em Nova York. Agora compreendo porque nasci com a verdadeira visão. Estava destinada a me tornar o Oráculo.
Pisquei.
– Quer dizer que agora você pode prever o futuro?
– Não o tempo todo – disse ela. – Mas há visões, imagens, palavras em minha mente. Quando alguém me faz uma pergunta, eu... Ah, não...
– Começou – Apolo falou.
Rachel se dobrou como se alguém tivesse dado um soco nela. Então ela se endireitou e seus olhos brilharam com um tom verde.
Quando falou, sua voz triplicou, como se três Rachels estivessem falando ao mesmo tempo.

Sete meios-sangues responderão ao chamado.
Em tempestade ou fogo, o mundo terá acabado.
Um juramento a manter com um alento final,
E inimigos com armas às Portas da Morte afinal.

Com a última palavra, Rachel entrou em colapso. Nico e eu a pegamos e levamos para a varanda. Seu corpo estava febril. Depois que Rachel acordou, Apolo pediu para que especaremos dentro da casa grande, pois ele, Percy e Rachel precisavam conversar. Enquanto esperávamos Quíron nos preparou sanduíche de queijo-quente e suco de laranja. Annabeth parecia desconfortável com o fato de Percy estar conversando com Rachel e Apolo la fora.
– Annabeth ta tudo bem? Pergunto.
– Esta sim Luiza. E que eu não gosto muito de Percy e Rachel estarem conversando.
– Aposto que não acontecera nada demais, alem disso Apolo esta la.
Depois de meia hora de espera, saímos para a varanda onde vimos uma cena meio desconfortável para a pele de Percy. Rachel estava dando um beijo no rosto de Percy, o que fez Annabeth ficar furiosa, então Rachel sussurrou algo e seguiu Apolo, entrando na casa grande.
Nico e eu deixamos Percy e Annabeth discutindo na varanda e fomos para a nossa clareira na floresta, onde ficamos la ate dar a hora do jantar, depois cada um de nós foi para o seu chalé dormir.