O Mistério dos Sete escrita por Tiago Spinelli


Capítulo 2
A Busca




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Aparentemente viemos para o Brasil somente para achar Vitor Martins, o filho de Cornélio Martins, que fazia parte de um grupo secreto criado juntamente com meu pai para derrotar Danielle, uma terrível bruxa que deseja roubar os poderes de todos.

Bom, e lá estávamos nos, meu tio, minha tia e eu, em algum apartamento em Copacabana, era tudo tão chique e parecia tão frágil que tive medo de encostar em algo e quebrar.

Que bom que já contaram ao Vitor e ele reagiu de uma forma calma– disse minha tia para um homem – Ah! Querida esse é Cornélio Martins, ele é um dos sete feiticeiros.

Muito prazer – eu disse

O prazer é todo meu eu disse – ele respondeu – Conheci seu pai a muitos anos, eu e ele lutamos grandes batalhas juntos, mas nenhuma ameaça foi tão grande como Danielle, até eu e seu pai juntamos forças com os outros cinco melhores feiticeiros do mundo, Camillie Latourelle, Annett Gruenewald, Enrico Bianchi, George Morris e Martha Johnson.

Uau – fiquei espantada.

Agora se não se importa, Vitor pode ir conosco? – minha tia interrompeu

Claro – respondeu ele – Porque eu negaria esse favor a vocês, a proposito ele será um dos sete que irão derrotar Danielle, então se encontramos no México?

Sim – respondeu minha tia – Se encontramos no México

***

Vitor era muito bonito, ele era alto, tinha cabelos castanhos e olhos avelã, aparenta ser um pouco mais velho que eu. Ficamos se olhando por um tempo até que minha tia disse – Não quero incomodar, temos de ir Vitor.

Espera um pouco, Vitor vem conosco? – eu disse – Achei que iriamos encontrar com ele no México.

Não, ele vai junto – respondeu minha tia – Faremos vocês se conhecerem bem antes de irem ao México.

Isso era bom, eu estava tendo meio que uma queda por Vitor, e isso poderia me ajudar a conhecer ele melhor.

Agora iremos para Paris, para encontrar Sophie Latourelle, filha de Camillie Latourelle – disse minha tia.

***

E lá estávamos nós num avião indo para Paris, sentei do lado de Vitor, minha tia e meu tio estavam três fileiras atrás de mim, o que me permitiu conversar com Vitor, acho que ela sabia que queria um pouco de privacidade.

Como você reagiu? – perguntei a ele

Reagi a que – ele respondeu

Ao saber que você é um feiticeiro – disse – e agora está numa batalha para salvar o mundo.

Eu suspeitei quando pequeno que eu não era uma criança normal – ele disse – Meus pais tinham um quarto secreto onde nunca pude entrar, mas como todas as crianças são curiosas, eu entrei lá, encontrei várias coisas estranhas, quando meu pai me viu lá, disse que todos aqueles objetos eram de uma coleção que ele fazia, mas eu sabia que não, eu tinha um outro sentimento ao ver tudo aquilo.

Minha tia é uma fada – eu disse – Nunca prestei a atenção até o momento em que ela disse as flores lá em casa nunca morrem.

Sim – ele disse – Tem um lado legal de ser feiticeiro, andei lendo um livro de feitiços que meu pai me deu e podemos fazer praticamente de tudo.

Você também ganhou um livro? – perguntei

Aham – disse ele me mostrando o livro, aparentemente o livro dele também era um livro que dizia “Manual de Sobrevivência na Floresta” na capa.

Logo paramos de conversar, queria ter conversado mais com ele, mas não sabia o que conversar para puxar assunto, e ele acabou cochilando. Aproveitei esse tempo e fiquei lendo meu livro que havia ganhando, Vitor estava certo, tinha feitiços para quase tudo, alguns mais complicados, mas acho que se eu conseguisse decorar me sairia bem em alguma batalha.

***

Foi uma longa viagem, mas chegamos a Paris, a cidade do amor, só espero esse clima de romance atinja também Vitor. Minha tia quis deixar eu e Vitor sozinhos e disse – Donald e eu iremos encontrar Camillie sozinhos, temos um assunto a tratar com ela antes de trazermos Sophie conosco. Vou deixar você e Vitor fazerem um tour em Paris. – ela disse isso antes de nos deixar no Louvre.

O que mais me chamou a atenção foi uma grande pirâmide rodeada por três pirâmides pequenas, não ficamos tanto tempo no Louvre, parece que Vitor tinha outros planos, ele sugeriu para pegarmos um ônibus e ir até a Torre Eiffel.

Quando estávamos nos Jardins du Trocadéro acabamos se juntando a uma excursão de turistas, quando chegamos ao topo da torre se dispersamos do grupo, lá o ato de amor mais romântico que alguém fez por mim aconteceu.

Desde o momento que te vi não consegui tirar os olhos de você – Vitor disse a mim – Eu sei que pode até parecer loucura, mas Emily Brown eu te amo!

Eu não consegui acreditar, eu tinha um amor correspondido, eu respondi para ele – Eu também te amo! – então ele me beijou. Seria melhor, se minha tinha não tivesse me ligado e interrompido o momento.

Oi tia – disse ao atender o telefone

Querida, já estamos com a Sophie, nós estamos no Grégory Renard - Cacao et Macarons, você sabe onde fica? – ela disse, é claro que eu não sabia onde fica, mas parece que Vitor escutou e disse que conhecia

Eu conheço, já estive lá numa viagem com minha mãe – ele disse

Eu não sei, mas Vitor sabe – respondi

Ah, que bom, te esperamos lá – ela respondeu.

Grégory Renard - Cacao et Macarons ficava algumas quadras da Torre Eiffel, na Saint-Dominique, o que não levou muito tempo até chegar lá. Minha tia estava com meu tio e Sophie, ela se vestia como uma típica garota francesa, isso inclui a boina, tinha longos cabelos pretos e olhos castanhos.

Je m'appelle Sophie – ela disse – Desculpe, quis fazer uma pequena brincadeira, eu disse que me chamo Sophie, não falarei em francês a menos que precise.

Muito prazer – eu disse – e esse é Vitor – disse apontando para Vitor, ela não pareceu muito encetada em conhecer Vitor, o que foi bom.

Como nosso voo estava marcado para o amanhecer, tivemos de passar uma noite em Paris, ficamos na casa de Sophie, não sei o que houve quando minha tia encontrou com a mãe de Sophie, ela também não quis comentar muito sobre o assunto.

Ao amanhecer saímos de Paris e fomos direto para Berlim. Quando estava no avião aproveitei que meu tio tinha saído para ir ao banheiro e sentei-me ao lado da minha tia.

Tia, por que temos que ir todos juntos em busca dos filhos dos feiticeiros? – perguntei a ela.

Bom, não somente queríamos que vocês se conheçam melhor, mas também... – ela não conseguiu terminar a frase, pois foi interrompida por uma aeromoça dizendo que iriamos passar por uma turbulência, meu tio voltou ao lugar e tive de voltar ao meu lugar.

A turbulência logo passou, não consegui falar com minha tia depois disso, depois de muitas horas, chegamos na Alemanha.


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