POV. ROSALIE

Feitos os esclarecimentos e dados os conselhos, depois de um marco feito naquela tarde, eu e Bella tratamos de terminar nossas refeições e pagar a conta, para então irmos embora. Até então, não estávamos com pressa, mas quando nos demos conta de que as horas haviam passado rápido demais, e eram 17h35min - com o horário de início do baile previsto para 20h -, decidimos encaminhar tudo o mais rápido possível.

Nossos vestidos estavam na loja, nos devidos cabides, encapados, para buscarmos depois de comer. Lembrando disso, antes de alcançarmos o carro no estacionamento, corremos até lá, falamos com a mesma atendente de antes e pegamos os vestidos. Em seguida, nos apressamos em pagar o estacionamento e organizar os vestidos no carro, de forma que não amassassem um ao outro. Logo estávamos colocando os cintos de segurança e depois, finalmente saindo do estacionamento.

(...)

Chegamos na casa de Isabella em poucos minutos: surpreendentemente os carros pareceram tomar outros caminhos, já que os usuais estavam consideravelmente vazios. Ao chegar, então, ajudei-a a tirar seu vestido do carro e levá-lo até seu quarto, onde ela se arrumaria.

—Precisa de ajuda com mais alguma coisa? - ofereci, gentilmente, enquanto ela pendurava o vestido na porta do guarda-roupa.

—Na verdade, eu não sou muito boa em me preparar para as festas. - ela admitiu, um tanto envergonhada - Minha mãe normalmente me ajuda a arrumar o cabelo, enquanto as meninas do time me ajudam a fazer a maquiagem. - ela mexeu nos próprios dedos e então me encarou - Mas, é claro que você também precisa se arrumar, então, se precisar ir, eu entendo. - ela sorriu, esperando que eu respondesse.

—Me arrumo rápido. - respondi como uma resposta positiva - Vamos, tome um banho rápido, coloque um roupão e sente na frente da penteadeira, para começarmos. - incentivei-a com um sorriso e ela agradeceu com o mesmo gesto. Parecendo animada, correu para tomar o tal banho o mais rápido que podia.

Fiquei esperando-a sentada na cama dela, observando todo o quarto sem realmente tocar em nada. Por sorte, ela não demorou mais do que dez minutos, e saiu do banheiro com os cabelos úmidos jogados nas costas, com pequenos cachos sendo formados naturalmente e vestindo um roupão branco, com chinelos de tecido lilás nos pés.

—Vou pegar o secador. - ela assentiu positivamente, imaginando que eu saberia que este se encontrava no banheiro. E eu realmente imaginava.

Voltei em poucos segundos, com o secador, uma toalha seca, algumas piranhas de cabelo, um protetor térmico que encontrei no armário e um babyliss. Bella, por sua vez, já estava sentada na cadeira, de frente para a penteadeira, esperando-me pacientemente enquanto encarava a si mesma no espelho.

—Vou colocar essa toalha nas suas costas, pro seu cabelo não molhar tudo. - expliquei e ela assentiu, levantando o cabelo para que eu fizesse o que acabara de dizer. - Primeiro vou secar um pouquinho, depois vou passar o protetor térmico e então vou separar as mechas para fazer os cachos com o babyliss. - expliquei o que faria em todo o processo, brevemente, enquanto ela apenas assentiu, sorrindo. Assim que comecei a secar os longos cabelos castanhos, ela iniciou uma conversa descontraída, que fez com que déssemos algumas risadas e também com que eu realizasse melhor o "trabalho" que eu estava fazendo pelas mechas longas (e quase intermináveis).

 Uma hora depois...

Bella estava, finalmente, com os cachos feitos e a maquiagem pronta. Eu tinha sido liberada para ir pra casa e me virar com o resto do tempo que eu tinha para aprontar-me: cabelo, maquiagem, unhas e vestido. Tudo feito por mim mesma, claro, como de costume.

Deixei Isabella terminar de fazer as unhas e aprontar-se, e desci à caminho da porta da frente. No caminho, encontrei Charlie, pai de Bella, e dei uma breve explicação sobre o que eu estava fazendo ali até então. Convencido da resposta, ele deu de ombros e sorriu gentilmente como forma de dizer “adeus”. Agora realmente liberada, desci o pequeno lance de escadas e encaminhei-me até o banco do motorista do carro de minha mãe, para finalmente dar a partida e dirigir-me até minha casa.

No meio do caminho, ao parar em um semáforo, liguei para Emmett através do painel do carro, para saber à que horas ele me buscaria. Se ele quisesse ser pontual, eu teria menos de uma hora e quinze minutos para me arrumar. Em poucos segundos, ele atendeu.

—Oi, amor. – ele disse, parecendo calmo.

—Oi! – falei, animada, preparando-me para fazer a pergunta.

—Já está indo se arrumar? – ele quis saber. Parecia sorrir.

—Sim, claro. Na verdade acabei de sair da casa de Isabella. Tivemos a tal conversa e propus-me a ajudá-la com o cabelo e a maquiagem também, então, só estou voltando mesmo agora.

—Espero que consiga fazer tudo em uma hora. – ele riu e eu revirei os olhos.

—Que horas irá me buscar? – perguntei, finalmente, esperando por uma resposta razoável.

—Bem, só preciso tomar banho, ajeitar o cabelo e vestir o terno. Depende de você.

—Preciso tomar banho, arrumar o cabelo, fazer as unhas, a maquiagem e colocar o vestido. Pra tudo isso, preciso de pelo menos uma hora e meia, sendo sincera. – esperei que ele aceitasse a proposta e fiquei quieta.

—Por mim, tudo bem. O baile começa às 20h, mas não precisamos ser tão pontuais. Agora são 18h45min, contando que você chegue na sua casa em menos de dez minutos, posso te pegar entre 20h15 e 20h20, e chegamos no baile até 20h30.

—Por mim, está ótimo. Te vejo nesse horário, então. – sorri e ele pareceu fazer o mesmo do outro lado da linha.

—Combinado. Amo você.

—Também amo você.

(Ligação off)

Nesse meio tempo, o farol abriu e o caminho se fez mais livre. Quando desliguei o telefone, estava a cinco minutos da minha casa – o que era bom, já que eu precisava mesmo agilizar as coisas.

Logo que cheguei em casa, vi minha mãe sentada no sofá, com uma expressão um tanto feliz. A TV estava ligada e seus olhos estavam fixos nela, mas ela sequer prestava atenção no que estava sendo transmitido – tanto que não teve interesse em ver o vestido que eu carregava, mesmo que encapado.

—Cheguei. – anunciei, sorrindo. Ela, por sua vez, olhou pra mim e abriu um enorme sorriso. Não houveram abraços ou cumprimentos calorosos porque eu estava apressada demais para isso (conforme expliquei para ela antes de subir as escadas).

Chegando em meu quarto, apressei-me em tirar a roupa que vestia por completo e entrar no banho. Nesse, lavei meus cabelos com os tradicionais shampoo e condicionador e o corpo com o sabonete usual. Em dez minutos estava saindo: toalha na cabeça, roupão no corpo e chinelos nos pés.

Enquanto pensava no que faria primeiro, separei acetona, algodão, creme, esmalte, alicate e tudo mais para fazer as unhas; depois, separei o secador e babyliss, deixando sobre a cama, - junto ao vestido - para arrumar o cabelo; por último, separei os itens de maquiagem que usaria para fazer a mesma e os sapatos que usaria, em frente à cama.

Decidi, por fim, que começaria pela maquiagem, depois faria as unhas, secaria o cabelo e faria os cachos e então colocaria o vestido e os sapatos. Vendo que, agora eu tinha uma hora e dez minutos para fazer tudo isso, apressei-me em começar pelo escolhido – primeiro visitando algum canal no Youtube para conseguir alguma ideia do que fazer.

(...)

POV. EMMETT

Já eram 20h10min. Eu estava devidamente vestido, sendo obrigado a tirar as tradicionais fotos de baile antes de sair. Destas, tive uma foto sozinho, uma com minha mãe e meu pai e outra com Alice e Jasper – que também estavam arrumados, já que as crianças do fundamental também iam para o baile de fim de ano letivo – que era em outra parte do colégio.

Ao fim da “sessão de fotos”, fui liberado para sair. Despedindo-me brevemente de todos, peguei o buquê de rosas brancas que havia comprado para Rose e saí.

Ao entrar no carro, percebi que estava um tanto nervoso. Na verdade, não diria nervoso, diria ansioso. A certeza de que aquela seria uma noite especial, que marcaria o fim de um ciclo em nossas vidas, fazia meu estômago flutuar. Não era lá uma sensação muito gostosa de provar, mas era bom saber que era proveniente de um bom motivo.

Enquanto dirigia, pensava em todas as coisas que haviam se passado. Rosalie seria sempre a melhor coisa que já me aconteceu. Era tudo diferente demais com ela – e era um diferente maravilhoso. A incerteza sobre nosso futuro me fazia agonizar: e se não fôssemos para a mesma faculdade? E se nossos horários não coincidissem o bastante para nos vermos sempre que a saudade apertasse? Por outro lado, a certeza de que teríamos um futuro maravilhoso, juntos, independente das circunstâncias, me preenchia o medo com uma felicidade estonteante. A certeza de que ela sempre seria minha linda e única Rose, e eu seria seu único Emmett, e juntos realizaríamos nossos desejos pela eternidade, com tanto amor, felicidade e respeito quanto pudesse existir na Terra, me dava uma sensação indescritível, que dispensava todo o medo e agonia que ameaçassem existir.

 Em alguns minutos, eu estava em frente à casa dela. Deixei para pressionar a buzina quando fossem, pontualmente, 20h20min – e assim fiz –. Desci do carro com o buquê em mãos e fui recebido pela mãe dela, que me cumprimentou com um abraço forte e um beijo no rosto. Esperamos que Rosalie descesse, sentados na sala, conversando sobre coisas banais. Levantamo-nos quando ouvimos passos no corredor do andar de cima, e deduzimos que fosse ela.

(fim do POV.EMMETT)

Look Rosalie e Emmett:

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Look Isabella:

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(N/A: Assim como a Bella,considerem o look do Edward igual ao do baile do filme.)

*Emmett:

Os sapatos prateados vestindo os pés brancos, semi-cobertos pela barra azul-marinho do vestido, me fizeram questionar se meus olhos brilhariam muito exageradamente quando visse o restante do seu corpo.

*Rosalie:

O medo de tropeçar, mesmo segurando o tecido entre meus dedos, desapareceu no momento em que meus olhos alcançaram os sapatos sociais pretos e a calça também preta, alinhada ao corpo. Duvidei de que fossem existir mais de duas ocasiões em nossas vidas que ele estivesse mais elegante do que agora.

*Emmett:

Quando ela finalmente apareceu dos pés à cabeça, num dos pontos mais baixos daquela escada, tudo o que eu queria era beijá-la e tentar dizer o quão maravilhosa ela estava. Entretanto, mesmo com o coração pulando do peito, tudo o que consegui fazer foi ficar parado como uma estátua, com os olhos perdidos nela, admirando cada detalhe.

*Rosalie:

Quando meus olhos finalmente alcançaram os dele, tive vontade de ganhá-lo num grande beijo e tomá-lo para mim num ímpeto, porém, tudo o que pude fazer foi varrer seu corpo com os olhos, perguntando-me quantas vezes mais eu me encantaria com aquele homem.

*Emmett e Rosalie:

Quando, com dificuldade, impedi meus olhos de continuarem a corrida para analisar cada detalhe de seu corpo e roupa, os mesmos pararam em seus olhos estonteantemente brilhantes e, depois, em sua boca. Ele/Ela sabia o que eu estava pensando agora, e o que eu queria também. Ainda mais do que alcançar seus lábios, finalmente, queria dizer o quanto o/a amava, e que nunca o/a deixaria escapar do meu amor. Nem em um milhão de anos.

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