Nós dois andamos para frente, colidindo com o corpo do outro, Klaus segurou minha nuca,erguendo meu rosto até ficar da altura do seu , seus olhos azuis acompanhavam cada gesto meu, talvez não acreditando que isso realmente fosse acontecer. Ele estava prestes a dizer alguma coisa, mas eu calei a sua boca com a minha, de qualquer forma eu não queria escutar agora.

Klaus soltou uma das mãos da minha nuca e começou a bater na parede á procura do interruptor, o quarto estava escuro, mas nem tanto graças as luzes do corredor, então foi bem mais fácil achar o bendito. Já com as luzes ligadas eu pude me situar melhor no quarto, próxima a mim estava uma pequena estante de livros e uma escrivaninha, a cama de casal ficava literalmente no meio do quarto, ela estava mal arrumada, mas eu não poderia dizer nada, também sou um verdadeiro caos arrumando a cama.

Havia alguns desenhos espalhados pela parede do quarto, mas eu verdadeiramente não estava me apegando á detalhes, Klaus estava tirando a camisa, não tinha como desviar minha atenção do seu corpo, para reparar em uma folha com desenhos de giz de cera, não enquanto ele estivem sem blusa.

Sob a luz amarelada da lâmpada as bochechas dele ficavam mais rosadas, e ele veio em minha direção, com aquele olhar que só dizia que ele iria acabar com você, mas na cama. Eu não sei porque, mas na hora que suas mãos vieram de encontro ao meu tronco, para me encurralar, eu simplesmente dei um pulo pra trás, caindo sentada na cama gelatina ( sério parênteses para aquele móvel, aquela era a melhor cama que eu já havia colocada a minha bunda, na vida inteira, ela era tão molinha).

Klaus riu, e pulou na cama também, caindo bem em cima de mim, e me forçando a colar as costas na cama. Com o pouco espaço que me sobrou para movimentar eu arranquei o cinto dele, jogando aquilo em qualquer lugar.

Como se fosse automático as mãos dele foram direto para a barra do vestido, subindo finalmente o vestido preto, e exibindo minha nada sexy calcinha dos ursinhos carinhosos , passou o vestido pela minha cabeça e colocou no chão. Eu sinceramente estava com os olhos fechados e rezando, porque com uma calcinha dessas até um gigôlo broxava. Klaus apenas riu.

— Ta eu sei que a minha calcinha não é lá essas coisa, mas tenha um pouco de respeito por ela.- Eu quase gritei, mas no último momento lembrei que eu estava falando sobre uma calcinha e que o apartamento tem vizinhos, não seria muito legal ficar gritando por ai defendendo minha calcinha dos ursinho carinhosos, não há uma hora dessas.

— Docinho eu não to rindo da calcinha.-Ele sorria.

— Então porque você ta rindo, docinho ?!- Eu o imitei.

— A sabe, só sobre a sua deliciosa decisão de não vir de sutiã.- Ele riu, e eu bati com força no seu braço.

— safado!-Grunhi.

— Tem certeza que eu sou o safado aqui ?- Ele perguntou apontando pro meu busto. Belisquei seu braço.- Au! Quer parar de me agredir ?!

— Só quando parar de me provocar!- Eu reclamei, enquanto Klaus se apoiava em seus cotovelos.

— Mas ai não tem graça!- Ele disse piscando pra mim. Eu iria retrucar, mas ele me agarrou antes, invadindo minha boca com a sua língua, com os pés tentei abaixar as calças dele, mas eu acho que colados do jeito que estávamos eu acabei encontrando outra coisa.

Uma coisa bem mais interessante.

Klaus gemeu, e mordeu minha boca, não me dando tempo de lhe lançar um sorriso convencido. Continuei a tatear as cegas com os pés, e caramba, isso era mais difícil do que parece , por fim Klaus resolveu ser bonzinho e me ajudou com as calças.

Suas mãos não desgrudavam do meu corpo, então eu comecei a agir, com um pouco de força livrei meus braços de sua mão, e com um impulso digno de um prêmio, nos virei, batendo as costas de Klaus na cama e ficando por cima.

Girl Power! Caroline 1, Klaus 0.

Klaus segurou minha cintura e simulou uma investida, ou quase isso, só sei que perdi o fôlego, ou talvez o pulmão inteiro.

Ok, depois dessa, acho que estamos empatados.

Minhas mãos dessa vez foram rápidas, e prenderam as de Klaus em cima de sua cabeça, ele precisa ser um garoto obediente agora.

— Fique quieto, ou eu vou ter que te amarrar.- Resmunguei.

— E vai me amarrar com o que ? Com sua sensual calcinha dos ursinhos carinhoso ?- Ele provocou com um sorriso maroto nos lábios.

— Quem sabe, talvez um grampeador resolva.- Usei meu sorriso mais desafiador possível.

— Não senhora, sua calcinha sexy é castigo o suficiente.- Eu sabia que ele estava apenas tentando me provocar, mas eu precisei revidar, dando uma porrada no braço dele. Klaus não tentou parar meus braços, na verdade ele usou isso a seu favor,me derrubando de cima dele, e ficando por cima de novo.

Suas mãos voaram em direção a minha calcinha, e a tirou do caminho, jogando ela pra algum lugar qualquer, eu estava nem ligando pra onde ela havia ido, pois no segundo seguinte eu só conseguia sentir uma estranha sensação de leveza , e vendo uma explosão de cores.

Aquilo não era real, não podia ser. Era incrível de mais pra ser a realidade, mas se Klaus existia, qualquer outra coisa irreal poderia também existir.

Os movimentos parecidos com pequenos símbolos de infinito, e a preção que ele fazia enquanto impulsionava pra frente com o quadril, só me fazia ver mais estrelas do que eu podia contar, talvez até conseguisse encher uma constelação.

Nesse momento a única coisa que eu poderia fazer ela me agarrar em seus ombros, em busca de um apoio.Enquanto fazia um movimento igual ao dele, batendo contra seu quadril.

Os rosnados que Klaus soltava ao pé do ouvido, me faziam perder a cabeça, e o suor minando de nossa pele, só me fazia quere acelerar mais o ritmo, deixando-o mais frenético a cada segundo.

Eu sentia que estava chegando perto. E foi quando finalmente eu acabei indo além da estrelas.