Já era tarde, se podia ver a lua enfeitando o céu, eu já estava pronta com meu vestido de seda preto de alcinha, com um decote atrás, calçava uma sandália de fivela e meus cachos estavam alisados, não usava colar dessa vez, mas garanti um par de brincos para usar. Hoje era uma ocasião especial, porque não era apenas o segundo encontro formal com Klaus – por que na verdade nós tivemos diversos encontros não formais - era bem mais que isso, era a primeira vez que eu iria na casa dele.

Eu não diria que estava nervosa, já passei dessa fase, mas suava frio e controlava a respiração, para não acabar pirando de ansiedade. Chris tinha implorado para ir uma viagem dos escoteiros, e eu sabia bem o motivo, ele estava apaixonado por uma menina seis meses mais velha que ele,Amber se não me engano, e eu sempre pensei que havia uma lei no universo de que todas as Ambers do mundo tivessem que ser loiras, mas essa mini Amber tinha os cabelos mais escuros que eu já vira, eles beiravam o preto, de longe se tinha a impressão de que eram realmente pretos, mas se você chegasse bem perto dava pra notar o marrom que ali vivia, outra coisa era que ela simplesmente não tinha um olho claro igual a todas as Amber que eu já havia conhecido – e foram muitas- eles eram castanhos avelãs, ela era um doce e muito tímida, acho que era bem por isso que Chris gostava tanto dela. E eu estava feliz bem porque....

Era a primeira paixonite do meu filho!

Olhei para o lado procurando a chave e a encontrei em cima da estante, eu já estava dez minutos atrasada então fui correndo fechar a casa, e sai voando pela porta entrando no carro, dirigindo na velocidade certa, o apartamento de Klaus seguindo o endereço que ele mesmo me mandou pelo celular não era muito longe de casa, ficava no centro da cidade de frente para o parque municipal.

Parei do outro lado da rua nas vagas do parque e assim que sai do carro, eu vi que aquele prédio era gigante, digno de um premio. A fachada era linda cheia de pedras e eu não precisei de muito para entrar ali. O sindico estava sentado atrás de um balcão e eu me dirigi até ele.

– Posso ajudar lhe ajudar senhorita ?- Ele perguntou educadamente, me encarando com pouco caso.

– Eu vim visitar o senhor Mikaelson.- Informei, ele arqueou a sobrancelha, provavelmente duvidando da veracidade desse fato, pegou o telefone e discou.- Senhor Mikaelson, desculpe incomodar, mas tem uma senhorita aqui dizendo que veio visitar o senhor, posso mandá-la subir ?....Oh sim vou perguntar. Qual é o seu nome senhorita ?- O sindico gorducho me perguntou, afastando o telefone do rosto.

– Caroline.

– Oh certo, pode subir.- Ele avisou apontando para o conjunto de elevadores um pouco adiante de nós, me desapoiei da bancada e fui até o elevador.

Apertei o botão do quinto andar como Klaus havia me informado pela mensagem, e esperei naquele cubo metálico até a porta se abrir, vi Klaus esperando na porta, e quando ele me viu abriu um sorriso enorme, e me encarou dos pés a cabeça, engolindo em seco, vi os olhos azuis com as pupilas dilatadas, tornando aquele mar azul quase preto.

– Caroline você está linda.- Ele me elogiou ainda encarando meu corpo. Klaus vestia uma blusa xadrez e uma calça mais colada do que de costume, seus cabelos loiros ainda estavam úmidos e bagunçados, ele parecia mais descontraído, mas ainda dava para notar o nervosismo em sua voz.

– Obrigada.- Disse com um fio de voz, enquanto acompanhava seu olhar se perder no meu corpo.

– De nada, mas eu acho que você já sabia disso.- Piscou pra mim, dando espaço para entrar no apartamento, o apartamento era mais organizado do que pensei, era todo em cores neutras, predominando o preto e o marrom, a cozinha planejada era pequena e o balcão da mesma dava vista para a mesa de jantar e para a sala, onde descansava um sofá marrom em formato de L, havia portas de vidros que ligavam a varanda e a sala, e no meio do apartamento havia um corredor que levava a quatro portas.

Tantas quartos com tantas camas e nós dois sozinhos, isso definitivamente não vai prestar.

Klaus parecia feliz enquanto me conduzia para a mesa toda arrumada para dois, puxou a cadeira pra mim, para só depois contornar a mesa e se sentar a minha frente colocando uma tigela de lasanha e abrindo um vinho.

– eu posso ?- Ele insinuou apontando para a minha taça. Assenti mexendo minhas mãos com o súbito nervosismo.

– Hum lasanha, a pizzaria não estava aberta ?- Eu arqueie minha sobrancelha em desafio, brincando com ele. Klaus sorrio.

– Não, eu queria algo mais especial.- Ele disse me olhando como um tigre. Comecei a comer a lasanha, estava uma delicia. Klaus apenas tomava alguns goles do vinho.

– Não importa a comida, de qualquer jeito isso aqui já é especial.- Eu disse tomando um pouco de vinho tinto, Klaus sorrio ainda mais, mas era um sorriso diferente, era meio malicioso.

– Sabe Caroline você falando essas coisas, só me faz imaginar ainda mais que você daria uma sobremesa deliciosa.- Ele disse rindo safado. E fodido Deus não é que eu esquentei mesmo com essa frase, e eu não estava doente isso eu tinha certeza, era apenas a reação que o meu corpo tinha com essas insinuações sexuais indiretas de Klaus.

– Droga! Eu não sei o que responder a isso.- Digo com o rosto pegando fogo, acabei fazendo Klaus gargalhar.

– Na verdade, você só tem que me responder, sim ou não ?- Ele disse com os olhos azuis brilhando. Franzi o cenho formando um vinco na minha testa. Mais que droga ele estava falando ?

– Como assim ? Sim ou não ? Não entendi.

– É bem simples, a questão é se você me deixa provar da sobremesa. Sim ou não? Entendeu?- Eu assenti, e como se alguém tivesse batido na minha cabeça, eu entendi todas as intenções que ele tinha naquela frase, literalmente todas. Não vou falar que eu esperava isso, porque eu não esperava, na verdade a última coisa que eu imagina seria que Klaus me queria na cama.

O problema era que eu talvez quisesse isso também.

Ele continuou me fitando intensamente, os olhos azuis quase queimando em fogo, com as pupilas dilatas, deixando quase nada do azul, como se o preto quisesse assumir a liderança.

Eu me senti quente naquele momento, na verdade fervendo, Klaus virou o resto do vinho, e eu permaneci sentada sem fazer nada, enquanto ele levantava e vinha em minha direção, Klaus me ofereceu sua mão e me ajudou a levantar da cadeira me conduzindo para a sala, ele se esgueirou por todo o sofá até achar um controle do que me parecia ser do rádio.

Quando ele ligou a batida de Pretty Gilrs começou a tocar, e eu com todo a minha graça e jeito comecei a dançar, remexendo o quadril para um lado e para o outro, enquanto balançava minhas mãos descoordenadas, isso sem se esquecer da minha dublagem incrível.

Klaus ri sem parar tentando me acompanhar, mas levou cerca de pouco tempo até ele me agarrar pela cintura, e acabarmos caindo os dois no sofá.

E eu estava em cima dele!

Klaus me segurava pela base da coluna, seu coração batia acelerado e seu peito estufava em cada respiração, minhas mãos estavam agarradas em seus ombros largos, em quanto minhas pernas estavam dobradas uma de cada lado de sua cintura estreita, me fazendo assim acomodar ele em baixo de mim.

Ele se inclinou pra frente e juntou nossas bocas, uma explosão multe colorida aconteceu dentro de mim, enquanto sua língua invadia minha boca com firmeza e determinação, Klaus explorava minha boca tocando com a ponta da língua cada canto. Eu arfava, e parecia que Klaus sugava todo o meu ar. Meu coração martelava, mas eu tinha uma leve impressão de que ele estava no lugar errado, ou será que é normal sentir seu coração bater em suas costelas ?

Klaus me deitou no sofá e subiu em cima de mim, cobrindo meu corpo com o seu , sua boca deslizou da minha indo para meu queixo onde ele fez questão de deixar uma mordida. Minhas mãos escorregaram de seus ombros para suas costas, arranhando a mesma por cima da blusa, enquando sua boca atrevida foi lambendo a curvatura do meu pescoço. Gemi, era difícil não gemer com a língua experiente de Klaus lambendo meu pescoço, ele ia descendo com sua boca colada na minha pele, quando puxo seu rosto pra cima, olhando para aquelas imensidões azuis esverdeadas e devorando sua boca carnuda.

Eu descontava todo o calor que ele me fazia sentir com suas mãos em sua boca, as atrevidas não cansavam de deslizar por todo o meu corpo me apertando,enquanto eu sugava sua boca carnuda com vontade, mordendo-a.

Klaus me apertada contra o sofá, fazendo minhas costas ficarem coladas no couro marrom, enquanto ele se empurrava contra mim mesmo por cima da roupa, e eu podia notar que ELE estava acordado, literalmente. Suas mão que se perdiam pelo meu corpo foram instantaneamente parar no decote do meu vestido,onde por ali serpentearam deixando o decote mais baixo e expondo todo o meu colo para aquele pecado de língua, que fez questão de se arrastar por cada centímetro descoberto. Eu me arqueava em sua direção, enquanto o quadril de Klaus me empurrava pra baixo.

Foi ai que com uma mão ele deslizou a alça do vestido, enquanto a outra se perdia nos limites da minha saia, subindo-a e agarrando minhas coxas. Eu agarrava sua nuca com força, puxando os fios de cabelo que ali ficavam. Mas minha distração teve que acabar cedo, porque Klaus descobriu de alguma forma, um caminho pros meus seios. Onde ele correu a língua, provando minha pele, para em seguida devorar um.

Jesus, esse homem não pode ser de Deus!

Parecia um pecado ser tão bom com a língua. Ele mordia e soprava, me fazendo gemer enquanto arranhava suas costas por cima da blusa . Sua outra mão não me dava sossego, deslizava as pontas do dedo por todo há pele da minha coxa se agarrando no elástico da minha calcinha. Que vamos combinar não era nada sexy, a não ser que ele tenha fetiche pelos ursinhos carinhosos.

Klaus não ia parar, mas eu o chamei com resto de voz que ainda me tinha :

– vamos pro quarto.- Eu disse sem fôlego, mas a frase parecia precisar de uma explicação, por isso acrescentei.- No sofá não tem espaço suficiente .

– Princesa, mesmo eu querendo ter o maior prazer de te mostrar que dá muito bem pra foder no sofá sem problema nenhum,. Acho que não resisto a vontade de te ter na minha cama.- Ele disse com a voz quase pingando sexo, sua respiração arrastada contra meu rosto me fazia estremecer, sem me preocupar com nada agarrei ele pelo colarinho da camisa e o arrastei comigo para a parede mais próxima do corredor. Encurralei ele, o prendendo entre mim e a parede, Klaus resfolegou, acho que um pouco surpreso pela minha atitude.

– Você já comandou de mais por hoje. Deixa eu me divertir com você ?- Eu pedi com a voz manhosa sussurrando em seu ouvido ,enquanto mordia com lentidão o lóbulo da sua orelha.

– Pode se divertir o quanto quiser, eu sou todo seu.- Ele soprou perdendo o fôlego quando em questões de segundos eu arrebentei todos os botões de sua camisa preta, fazendo eles voarem feito rolhas para todas as direções.

– Ainda bem, porque eu não gosto de dividir.- Sorri arranhando toda a musculatura da sua barriga, iriam ficar vergões vermelhos por todo abdômen de Klaus, mas quem liga ? Quanto mais marcas melhor. Klaus tinha duas tatuagem, uma de pássaros a baixo da clavícula, porém essa se estendia até o ombro onde os pássaros viravam uma pena, e a outra em letra cursiva era Hope. E eu é claro fiz questão de passar a minha língua por cima das duas, lambendo e sentindo o verdadeiro gosto da pele de Klaus. Ele rosnou, praguejando qualquer coisa em um sotaque britânico totalmente sujo e incompreensível.

Klaus levou as mãos para a minha nuca e me capturou em um beijo voraz, sua a língua afoita se esticava em todas direções possíveis enquanto com o dente ele prendia meu lábio inferior, o sugando com força. Ele passou os braços pela parte de trás do meus joelhos e me levantou do chão, minhas pernas foram de encontro com sua cintura se agarrando ali como um cinto, suas mãos macias perderam toda doçura enquanto se cravavam em minha coxa, sua boca tinha esquecido de qualquer indicio delicadeza e atacava a minha com voracidade.

Klaus não beijava. Ele fazia sexo de bocas.

Ele tentou andar comigo no colo, mas nós não fomos muito longe, ainda que por um milagre conseguimos chegar ao corredor. Tivemos que interromper o beijo, e voltamos a andar enquanto eu me distraia com seu pescoço cheiroso. Era tão macio. Tão delicioso. Aquele pedacinho de pele parecia implorar para ser beijado. Acabei não resistindo a vontade e dei uma mordida no pescoço dele, terminando com um sucção, Klaus gemeu e cambaleou, batendo as minhas costas na porta do quarto, soltei um palavrão, mas mais uma vez Klaus me calou com a sua boca.

Ele me arrastou para dentro do quarto, me segurando entre os braços fortes, comecei a deslizar minhas pernas até elas estarem completamente apoiadas no chão,e com as mãos ansiosas eu terminei despir Klaus da cintura pra cima, eu já estava com as mãos no cinto da calça dele quando Klaus com uma mão me impediu.

– Não, primeiro o seu vestido linda.- Ele disse com a voz rouca, os olhos azuis escurecidos pelo desejo que queimava naqueles dois pequenos oceanos.

– Porque o meu vestido vai primeiro ?- Perguntei petulante.

– Porque eu imaginei isso muitas vezes, só quero ter certeza que você é tão deliciosa quanto parece.- Ele disse passando a língua pelos lábios enquanto olhava pro meu vestido todo abarrotado e embolado na minha coxa por conta dos nosso amasso anterior. Fodido Deus ele era tão sexy!

– Você fala como se eu já não tivesse te imaginado nu. Sabe as vezes você estava coberto de espuma na minha banheira,era uma visão fodidamente sexy de se ver, só perdia pra você coberto de chocolate, isso sim era a minha tentação.- Eu disse não conseguindo conter minhas mão, elas insistiam em se perder em Klaus, na verdade ele parecia um imã, me sugando pra ele, me impossibilitando de não tocá-lo.

– Ah, a banheira suicida, acho que me lembro dela.- Ele solta uma gargalhada.- Mas eu duvido que você tenha sequer tenha imaginado, o que eu venho fantasiando nessas últimas semanas.- Ele usa um tom mais suave, mas ainda sim sujo pra falar comigo. Eu estava adorando esse jogo de provocações, isso estava me deixando em chamas. Na verdade eu parecia que tinha virado uma fogueira.

– E o que você tanto imaginou ?

– Umas formas muito sujas de transar, acho que essa sua doce cabecinha nem seria capaz de imaginar uma coisas dessas.- Ele estava me provocando. O cretino estava me provocando e isso ficou bem mais claro quando ele piscou um daqueles olhos . Ele queria jogar ? Beleza vamos jogar.

– Então me mostre essas formas sujas de transar. Vamos lá Klaus, deixe eu ser a sua Katniss Everdeen.

– O que ?! Como assim ?- Com o cenho franzido quase formando um vinco em sua testa, Klaus me olhava diretamente confuso.

– É sabe, me deixe ser sua girl on fire.- Eu disse sorrindo maliciosamente.

– Ta bem garota de fogo, eu não entendi a referencia.- Ele disse... hum constrangido talvez ?

– Você não assistiu jogos vorazes ?- Negou.- Isso me soa como um crime, mas amanhã eu talvez te mostre os filmes.Agora tenho coisas mais importantes pra fazer.- Eu digo com a voz mais sedutora que eu tenho, o que não deve ser grande coisa, porque no mínimo eu estava me sentindo ridícula.

– Acho que já perdemos tempo demais. Você ta pronta ?- Ele perguntou, me fitando com aqueles olhos azuis que me arrastavam pra ele.

– Sim, me deixe em chamas Klaus.

– Com o maior prazer.