2ª Temp. O Diário das Creepypastas - Interativa escrita por Slendon6336


Capítulo 18
#18 Você bate como uma vadia


Notas iniciais do capítulo

~Boa Leitura o/



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Todos arregalaram os olhos, vendo os dois rapazes no hall, incrédulos. As chamas azuladas bruxuleavam em torno de ambos e apenas parecia os consumir como se fossem uma única coisa. Slenderman estava parado, congelado sem saber bem o que fazer. Aquilo era apenas o começo do pesadelo...

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Tempo considerável passara em um piscar de olhos. Nada mudava conforme os tempos iam e a cada dia que se passava as coisas não mudavam o padrão. A não ser à saída de um grupo de Creepypastas.

Suze, Kather, Alexandre, Angelique... Eram exemplos de pessoas que se despediram do casarão naquele tempo. Splendorman os encaminhou para outro lugar, sabe-se lá onde. Liu não gostara, afinal, Angelique não o dissera sobre o relacionamento dos dois. Algo inacabado como isso, deixava o assassino com dúvidas cruéis.

Fora esta surpresa, houve o tão repercutido término de BEN com Jasmine. A garota fora pega no flagra pelo esverdeado nos braços de Scout. Sim... Esse acontecimento já estava sendo bem previsto pelos moradores. Em compensação, o cosplay de Link encontrara uma garota legal com quem conversar. Nickky o fazia rir.

— Faz o quê? Um mês ou dois? — Jane comentava com Thompson no barzinho. Ao lado deles, Jack Risonho, Rellik e Aria vegetavam.

— Por aí mesmo... — Concordou o puro-sangue, tirando o copo vazio defronte a jovem. Os olhos dele seguiram BEN e Nickky que estavam passando pela sala de estar. Seu rosto ficara em um misto de expressão.

— Então... — Começara Risonho percebendo — É verdade mesmo que você...?

Jane lhe deu uma cotovelada, o interrompendo.

— Aaaaah — Se espreguiçou — Está um tédio aqui, não?

— Este lugar sempre foi assim — Thom dera de ombros.

Ficaram em silêncio, ninguém dissera mais nada. Um minuto se passou, depois três... cinco...

Um berro. Fora isso que escutaram. Vários baques na escadaria e depois uma série de xingos e mais berros. Todos correram para o hall, esperando poderem ver o que se passava.

Jane viu, ali ao pé da escada, dois inimigos mortais. Edgar e Jeff em uma mistura onde não se via quem era quem. Lá em cima, descendo correndo os degraus, Dick tentava apaziguar a situação. A assassina ainda viu quando todo o casarão se reuniu em roda para assistir à briga.

Ninguém foi capaz de parar Jeff, aliás, ninguém se atreveu.

Ele descera a faca no estranho masoquista. Uma poça de sangue se espalhava sob eles. Não demorou até que Slenderman surgisse na escadaria, indagando o que se passava ali.

— Ordeno que pare agora mesmo, Jeffrey! — Bradou o dono do casarão.

Jeff obedeceu, ofegante. Encarou o rosto de Edgar abaixo de si e enxugou com a manga do moletom os respingos de sangue que voaram em sua pele. O mais velho não se mexia, e era difícil ver se estava consciente levando em conta a quantidade abundante de vermelho que o cobria.

Ele saiu de cima de Edgar, cambaleando. Do seu lado oposto, Dick arregalava os olhos. Desde quando eles eram tão escuros?

— Exijo que explique agora mesmo o motivo para tamanha baderna — Disse Slenderman, começando a descer a escadaria.

Jeff estava quente. Tão quente que todos ao redor podiam sentir sua raiva espalhando-se pelo local, tornando o clima mais denso do que deveria.

— Ele não é o que diz ser! — O de sorriso esculpido apontou para o corpo ainda imóvel no chão. — Esse cretino tem me infortunado por muito tempo, fazendo ameaças. Kh! EDGAR ESTAVA COM LORD! O mesmo Lord que serviu de proxy para o filho da puta do Daemon!

— Jeff, pare. — Liu deu um passo a frente do irmão. Jeff o empurrou.

— NÃO! Tô cansado já dessa palhaçada. Vou mostrar pra todos o que esse desgraçado é de verdade! Vocês não entendem? Edgar sempre esteve do mesmo lado que Daemon!

Uma risada fora o que escutaram, vindo de outro ponto. Edgar tentava se levantar dolorosamente, rindo de maneira bizarra.

Ele estava com a cabeça tombada para baixo, o cabelo negro bagunçado cobrindo o rosto como um véu. Edgar virou um pouco o rosto, apenas o suficiente para que um de seus olhos azuis pudesse encarar as pessoas dali.

— Ora... — Ele parara de rir — Não fiquem tão surpresos.

O casarão se remexeu, dando um passo para trás, sem reação. Tudo o que conseguiram fazer foi observar a cena.

Edgar estralou o pescoço, com um sorriso divertido no rosto.

— Muito além de um simples proxy do idiota do Daemon... — Sua postura estava corrigida novamente. E num toque de mágica seus cabelos se agitavam, e todo o sangue que escorria de si se esvaneceu até que não sobrasse nada. Nem mesmo os cortes causados pela faca de Jeff — ... Eu sou o primogênito do idiota do Daemon.

Slenderman teve de repassar a frase na cabeça para poder raciocinar.

— Ele me largou, muito antes de ter você, Dicky — Edgar continuou, olhando para o garoto — Ele me subestimou e fingiu que eu nunca existi, sabe? Tudo o que eu queria era que aquele demônio desaparecesse para sempre, e então, há, há. Vejamos só! Você surgiu e acabou com ele.

Edgar então virou-se para a multidão, procurando por Mason. E ele estava ali, perdido como qualquer outro. O sadomasoquista passou a mão pela cicatriz deixada pelo incubbu, e, ao terminar, pôde-se perceber que esta não se encontrava mais ali, como se a briga na sala nunca tivesse existido.

— Opa, esqueci de mencionar que tudo isso era apenas uma máscara? — Riu — Eu poderia muito bem ter acabado com você naquele dia. Você bate como uma vadia...

— O que você quer conosco? — Slender indagou diretamente.

— Ora — Os olhos azuis brilharam para o sem-rosto — Terminar o que meu velho deixou de fazer por culpa do meu querido irmãozinho.

Dick sentiu o peso do braço dele sobre seus ombros.

Alguns avançaram, tentando afastar os dois. Um circulo de fogo alto contornou-os.

Todos arregalaram os olhos, vendo os dois rapazes no hall, incrédulos. As chamas azuladas bruxuleavam em torno de ambos e apenas parecia os consumir como se fossem uma única coisa. Slenderman estava parado, congelado sem saber bem o que fazer. Aquilo era apenas o começo do pesadelo...

— Hey — Finalizou Edgar, inclinando a cabeça de modo debochado para o homem esguio de terno — “Telefonema pra você”.

Então sumiu do local com apenas suas gargalhadas ecoando pelo Casarão Creepypasta.


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Notas finais do capítulo

"Hey, sabe que horas são?"
"Hora de largar a falsiane =DD"
—Lubices