Para a Eternidade escrita por DannyBourbon


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Hey, aqui estou eu com mais uma história :DD
Há uma semana assisti o novo filme e logo já criei toda uma nova trama para o Museu da minha infância. Espero que vocês gostem tanto quanto eu estou gostando de escrevê-la.

Bom Proveito ;*

~ * ~

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Há 5.000 anos – Antigo Egito

A noite chegara com extrema rapidez. O seu bilhete dizia para que nos encontrássemos no nosso lugar, após o jantar real. E meu coração palpitava cada vez mais rápido em um ritmo descompensado.

O que estávamos fazendo era errado. Na verdade, deveria até ser um pecado... Como poderia o herdeiro ao trono do Egito amar uma simples serviçal hebreia?

Após a noite chegar, o meu dever era acender os candeeiros pelo aposento da rainha e ir em direção ao salão de jantar para servir toda a família real. Mesmo assim a minha mente continuava a vagar e um sorriso bobo no meu rosto jamais saíra desde o momento em que eu achara o bilhete, seria estranho e provavelmente punitivo se minha senhora o visse ou qualquer outro egípcio. Mas eu não podia me impedir, sempre que o tirava do rosto alguns momentos depois ele retornava.

Ao mesmo tempo em que o tempo transcorria lentamente ele passava mais rápido do que eu notava e logo o meu primeiro serviço estava feito, então me dirigi silenciosamente e com a cabeça abaixada em direção ao salão de jantar. Era o que todos esperavam de nós escravos, um trabalho eficiente sem uma palavra em um claro sinal de serventia.

Chegando ao grande salão. Havia uma grande comitiva de exportadores de algum reino antigo que se banqueteavam como verdadeiros bárbaros, o faraó e sua esposa tentavam manter uma conversa com o grande líder deles... Mas o brilho de crueldade e malicia jamais saí do olhar do líder bárbaro que a todo momento gesticulava com as enormes mãos.

Meu dever ali era apenas servir o vinho ou trazer mais e assim fiz durante todo o jantar. O meu corpo estava ali, mas a minha mente estava longe... No encontro que teria após essa extravagancia. Enquanto enchia os cálices palavras grosseiras em um idioma indefinido vinham a mim com um olhar de malícia junto. Eu apenas os ignorava como era esperado que fizesse.

Enchendo uma taça aleatória uma frase em meu idioma nativo encheu meus ouvidos:

Não se preocupe. Esses porcos não farão mal algum a vós.

Após reconhecer a voz, meu coração palpitou mais ainda. Provavelmente meus olhos estavam brilhando e tudo o que eu mais queria fazer era olhar para a pessoa que havia me dito tais palavras e ver o carinho ali presente. Mas eu não poderia encarar a família real. O que fiz para demonstrar ter entendido, foi ficar alguns momentos a mais do que realmente era necessário.

Voltando ao meu lugar, fiquei o resto da noite em pé. Ia buscar mais vinho ou encher mais alguma taça. Quando o jantar finalmente acabou o faraó disse em uma voz profunda e rouca.

– Eu e a minha casa agradecemos aos deuses por mais essa rica mesa e pela presença de tão ilustres convidados. – Virou-se em direção a uma estátua. – Obrigado Lorde Rá. – E disse uma prece que todos repetiram em exceção a mim, é claro.

Todos os convidados foram para os seus respectivos quartos, enquanto a limpeza dependeria de nós, os escravos. Com uma música da minha infância em minha cabeça comecei a limpar cada canto do salão. Quando fui interrompida por Kasti, uma escrava que tinha a pele negra como ébano, olhos de um tom de âmbar característico de seu povo, os lábios fartos estavam repuxados em um sorriso amarelo e o seu corpo magro possuía curvas que deixavam os homens do salão loucos. Ela foi trazida de terras longínquas há alguns anos e era a minha única amiga ali.

– Soube por Akinei, - Uma fofoqueira que tinha entre os serviçais que era da mesma nacionalidade da caravana. – que muito dos homens hoje estavam interessados por você... Diziam guturalmente que pediriam para o faraó deixa-la com eles esta noite. – Sussurrou enquanto esfregávamos o chão. Eu engoli em seco e disse a primeira coisa que me veio em mente.

– O faraó, não permitiria. – Disse rezando para que fosse a verdade. – Ele sabe dos costumes do meu povo e os respeita. – Ela revirou os olhos e bufou.

– Claro que respeita. – Começou ela. – Até porque você não é uma escrava, é uma egípcia que por opção trabalha para ele. – Alfinetou ela. – Para eles somos piores do que os insetos que eles tanto veneram. – Disse uma prece em sua língua materna e provavelmente algum xingamento. – E se pudéssemos fazer alguma coisa de útil para conseguir mais ouro para eles, eles assim nos tratariam. – Disse por fim.

Eu assenti com a cabeça pensando em tudo que eu já havia presenciado no palácio, era mais bárbaro do que os estrangeiros nos tratavam.

Após iniciar uma conversa com um assunto tão bom, ela começou a divagar sobre outros aspectos. O que eu agradeci mentalmente, ela sabia que assuntos como esse faziam que nós duas brigássemos quase que constantemente.

Quando acabamos nosso serviço dei uma desculpa qualquer para que ela voltasse para sua casa sem mim hoje. Gostaria de ver as estrelas do jardim antes que alguém fosse a aquele lugar. Na verdade, não era uma desculpa. Eu realmente veria as estrelas no jardim, mas eu estaria acompanhada e as veria no reflexo dos olhos daquele que eu tanto amava.

Chegando a árvore mais distante do jardim real fui em direção às sombras desta, mesmo distante era possível ver que havia um peso morto por ali. Quando estava a poucos passos o peso morto, que não estava morto se levantou e veio em minha direção. Ele pegou as minhas mãos e depositou um pequeno beijo em cada palma, então seus braços me puxaram e ele me prendeu sobre um abraço de ferro. Sua respiração superficial demonstrava o quanto ele estava aflito.

– Se soubesse o que aqueles porcos disseram de vós... – Sua voz morreu enquanto ele colocava e esfregava o seu rosto em meus cabelos. – Naquela hora eu gostaria de ter matado cada um que estava ali.

– Shiu. – Disse entrecortada. – Não fique assim... Tu não podes matar cada um que algum dia quiser alguma coisa comigo... – Sussurrei colocando a mão gentilmente em seus lábios. – Não viemos aqui para isso, não devo deixar que percas a cabeça, meu príncipe. – Sorri.

– Não me chame assim. – Disse com a voz cansada.

– Mas tu não és o meu príncipe? – Disse maliciosamente. - Príncipe Ahkmenrah. – Sorri enquanto ele gemeu em frustação.

– Tu és a única que não me chamas assim... E eu adoro – sussurrando em meu idioma. – Minha rainha.

– Tu não me chames assim! – Disse. – É uma ofensa. Eu não te ensinei o meu idioma para que usaste estas palavras em vão. – Depositando um beijo em sua bochecha disse. – Sabes que eu o a.. – Quando ia dizer a última palavra algo me atingiu na altura do meu estômago com uma dor alucinante. Ahkmenrah olhava com expectativa quando eu caí para a frente. Ele me segurou e então notou a flecha que se projetava do meu estômago.

– O que está acontecendo? – Gritou para todos os lados. Logo uma outra flecha me atingiu no coração, e aquilo doía. O meu príncipe me olhando sussurrou. – Tudo ficará bem! – Mesmo sua voz soando um pouco histérica eu acreditei nele e rezei para o meu Deus que tudo aquilo terminasse logo. Longos minutos se passaram e saraivadas de flechas vinham e me atingiam e a dor apenas aumentava.

Eu sentia que a vida ia embora de mim e olhando para cima vi os olhos daquele que eu amava e as estrelas que eu também tanto amava. Com minhas últimas forças sorri para ele e disse:

– Eu te amo... – E a minha visão enegreceu.

Atualmente

Aos poucos a minha visão foi se acostumando com o lugar onde estava. E eu estava presa. Presa, em uma caixa. Então fiz algo racional, eu gritei.


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Notas finais do capítulo

Realmente espero saber o que vocês acharam dessa ideia louca.

Comentem & Criticas sempre serão bem-vindas ^^

Beijos Danny B.



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