Assim que chegamos perto surgiu a imagem da Swift pendurada no pescoço de um dos jogadores de futebol, que eu não tinha ideia do nome, eu entrei em choque e o Fred pareceu também, até que o sangue chegou ao seu cérebro e ele simplesmente pulou encima do cara, o derrubando no chão e o enchendo de soco, a Swift de inicio pareceu meio desorientada, mas logo ela se deu conta da situação, segundos depois o povo começou a fazer uma roda e eu estava paralisada demais para interferir, logo nossos amigos chegaram, não entenderam nada, só que do nada o Fred parou, pareceu se dar conta da loucura que estava fazendo e queria se impedir de perder ainda mais a cabeça, levantou rapidamente, deixando o cara sangrando no chão e empurrou todos do caminho indo até a porta, eu ia atrás dele, mas o Teddy segurou meu braço e murmurou um "Jessie, não…", então eu desisti, olhei para o centro da cena, o cara ainda estava no chão e tentava estancar o sangue que escorria da sua boca e de seu nariz, mas quando olhei para a vadia, ela estava dando um sorriso safado, como se estivesse satisfeita, como estivesse se sentindo mega valiosa. Não aguentei, antes que alguém pensasse em me segurar, eu avancei nela, dei um soco bem forte no seu nariz que a fez cair no chão, sentei em sua barriga e distribuir socos, socos para extravasar toda a minha raiva reprimida. Pelo tempo que eu e o Fred ficamos brigados, por todas as vezes que ela me provocou, mas por causa das circunstancia eu não pude bater nela, por ela ter usado o Fred e principalmente por ela ter magoado ele.
A raiva era tanta que esse negócio de menininha não rolava. Tapa? Puchão de cabelo? Não… Meu negócio era socos, socos muito fortes. Como aquela desgraçada pôde fazer aquilo?!
– Amiga…! - ouvi a voz da Moore correndo até onde eu estava, a boca da Swift sangrava muito, igualmente ao seu nariz.
Alguém segurou o braço em que eu estava preparada para dar outro soco, olhei para ela com um olhar psicopata…
– Solta, Moore… - falei lentamente
– Sai de cima da minha amiga… - mandou com a voz enjoada
– Moore, eu to avisando, solta meu braço, agora… - falei de uma forma ainda mais lenta e ameaçadora
– Você não escutou, Moore? Solte o braço dela… - falou a Thaty, caminhando para mais perto das costas dela
– Eu falei com você?! Vê se te enxerga, eu não pedi o pitaco de nenhuma IDIOTA RIDÍCULA! - a Thaty deu um sorriso mortal com o "apelido", todos (o Teddy, o Luke, a Sam, a Maya e o Logan) que estavam perto dela deram um passo para trás
– Sabe… Você não devia ter dito isso… - lamentou o Teddy, em poucos segundos a Thaty voou na Moore e começou a bater nela.
A Grey e a Lance tentaram vir para cima de nós, de mim e da Thaty, que batíamos nas suas amigas, mas a Sam e a Maya seguraram-as e começaram a bater nelas também.
A Swift em desespero agarrou meu cabelo, eu olhei para sua mão e dei um sorriso de "péssima ideia", peguei o pulso dela apertei o máximo que pude e comecei a girá-lo, ela soltou meu cabelo e olhava para mim temerosa, até que algúm idiota me pegou pelo braço e me ergueu um pouco
– Sai de cima dela… - falou o cara que a Swift estava agarrando o qual a boca ainda sangrava e continuando a apertar meu braço
– Com todo prazer… - respondi meiga, nessa hora todos pararam com as brigas e as tentativas de apartá-las para nos encarar.
Me levantei e o olhei fixa e desafiadoramente , até que dei um belo soco no seu queixo e ele caiu no chão
– Ora… SUA VADIA! - falou se levantando e vindo para cima de mim, mas o Teddy se pôs na minha frente e pulou nele
– NÃO SE ATREVA A ENCOSTAR NA MINHA IRMÃ… - gritou seguido de um soco, eu fui de novo para cima da Swift.
Ficamos naquela confusão com uma mistura de tapas, puxões de cabelo e socos, o Luke e o Logan estavam desesperados não sabendo quem apartar primeiro. Essa zona continuou até que os seguranças vieram, nos separaram e acabaram nos expulsando da festa, mas até que foi divertido.
Deixamos a Thaty em casa, ela concordou que eu levasse seu carro no sábado, quando chegamos na nossa casa, fizemos o máximo de cuidado possível para não fazer barulho, nós dois estávamos todos sujos e machucados, então não seria muito legal nossos pais nos verem e começarem a fazer perguntas.

Eu dormi super preocupada com o Fred e acordei mais ainda, as 10:30 da manhã, não aquentava mais, me arrumei, peguei o carro da Thaty e fui até a casa dele. Chegando lá toquei a campainha, quem atendeu foi a Sra. Johnson
– Jessie?
– Bom dia, Sra. Johnson… Desculpe vim assim…
– Tudo bem, querida, entre… - ela estava com um avental, provavelmente estava cozinhando
– Eu vim aqui ver o Fred… - falei
– Ah, sim… Está tudo bem? - pareceu preocupada
– Está, sim… - sorri de canto
– Então pode subir, mas acho que ele ainda está dormindo, não o vi sair do quarto hoje…
– Ok, eu vou ver… - subi rápido as escadas, quando cheguei diante da porta do quarto dele, bati, ninguém respondeu, aproximei o ouvido e escutei uma musica deprimente tocar bem baixinho, então resolvi entrar
– Fred… - o chamei ao abrir a porta
– Jessie? - ele que estava sentado no chão do outro lado da cama se virou para mim
– Oi… - encostei a porta e fui até ele, sentando ao seu lado - Fiquei preocupada…
– É… Como ela pôde fazer isso? - perguntou monótono
– É da natureza dela ser uma vadia… - ele deu um sorrisinho quase microscópico
– Olha, Jessie… - o encarei - Me desculpe por…
– Shiiii… - o parei - Tudo bem, não precisa falar nada… Eu só vim aqui para curtir o silêncio com você… - cheguei mais perto, entrelacei meus braços no dele e pousei minha cabeça no seu ombro, ele pousou a dele na minha - E talvez ouvir um pouco de música deprimente… - peguei o controle de sua mão e aumentei um pouquinho o volume, fechei os olhos e ficamos ali aproveitando o momento, respirei fundo e inalei o seu cheiro, aquele cheiro ao qual eu não sabia que sentiria tanta falta, passamos um bom tempo agarrados, talvez horas, até…
– Crianças, o almoço está pronto… - falou a Sra. Johnson abrindo a porta, nos viramos com o susto - Atrapalho alguma coisa…? - perguntou com um sorriso
– Claro que não… - falei me separando dele
– É… Mãe, já estamos descendo… - o Johnson se levantou e me ofereceu a mão me ajudando a levantar também
– Jessie, você almoça conosco? - perguntou ela
– Hum… Acho que… - olhei para o Fred e vi no seu olhar que ele pedia para eu aceitar - Almoço - sorri
– Ótimo… - a Sra. Johnson sorriu fechando a porta
– Sua mãe é um amor… - comentei
– É, ela gosta muito de você… De uns tempos para cá ela ficou me enchendo perguntando quando você viria de novo… - eu ri - Sabia que teve uma vez que ela praticamente insinuou que você é a nora dos seus sonhos? - ri novamente
– Você avisou a ela que somos só amigos…?
– Acho que, do mesmo jeito, ela não vai aceitar - dei outro risinho
– Vem… Vamos descer… - o puxei pelo pulso abrindo a porta
Quando chegamos na base da escada, meu celular apitou, era o Teddy…

"Cadê você? A mamãe está aqui pra ter um ataque, dizendo que você não avisou pra onde ia"

"Diz pra ela que eu estou aqui, na casa do Fred"

"Está onde?!"

"Cala a boca, só passa o recado"

"Ela perguntou se você vai almoçar ai mesmo?"

"Vou, sim"

"Ok"

Entramos na cozinha, nos sentamos, não sei que milagre o Fred inventou de dar uma de cavalheiro e puxou a cadeira para mim, a Sra. Johnson deu um sorrisinho de canto ao ver a cena, conversamos o almoço todo, rimos, lembramos de história idiotas, não sei se o Fred é um ótimo desfaçador ou ele aceitou bem o fato de ter levado um chifre. Depois de comer eu acabei voltando para casa, quer dizer, é claro, depois de levar o carro para a Thaty. O fim de semana passou rápido. Na semana que se seguiu eu quase que não via o Fred, parecia que ele estava se escondendo do mundo, quando eu o avistava pelos corredores, estava meio cabisbaixo, com os meninos tentando alegáa-lo ou focado num livro, ao final acabei sem conseguir falar com ele por esse tempo. Na sexta, as meninas me chamaram para um piquenique, como de uns tempos para cá elas só têm pensado nos garotos, eu não questionei em aceitar. Depois da aulas fomos comprar as comidas, passamos em casa para pegar algumas coisas e seguimos juntas a caminho do parque, chegando lá, procuramos uma boa árvore na decida da montanha, estendemos o enorme pano sobre a grama a sua sombra e tiramos as comidas das cestas.
Mal tínhamos começado a conversar, quando as três olharam para alguma coisa atrás de mim, vindo do topo da elevação que estávamos, me virei e vi os meninos caminhando até nós puxando o Fred que parecia super mega desanimado.