Para Sempre Te Amarei escrita por KayDream, Fewioho


Capítulo 12
Capítulo 12 - Trabalho Em Equipe


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo. Espero que gostem...

Boa leitura, bjs Fewioho.



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Capítulo 12 – Trabalho Em Equipe

Marie e seus colegas estavam tendo aula de história com o professor Faraize, que havia acabado de anotar o roteiro de um trabalho na lousa.

— Agora eu quero que vocês escolham uma dupla para o trabalho, que deverá ser entregue em até dois dias – após as palavras do professor, a maioria se prontificou para escolher seu parceiro. Marie estava indo em direção a Nathaniel, mas Melody aparece na frente do garoto.

— Nath, vamos formar uma dupla? – Melody pergunta com um enorme sorriso, e Nathaniel fica sem jeito.

— Claro! – respondeu o garoto, sem muita empolgação.

Marie escuta os dois conversando e logo se vira para o lado oposto a eles, ficando com uma cara triste.

— Sempre a Melody – pensou Marie, que abaixou a cabeça para ninguém perceber a expressão de tristeza em seu rosto, já que ela nunca foi boa para disfarçar os sentimentos. Iris percebe e vai em direção à amiga, e como ela também não tinha arrumado um parceiro, pede para fazer dupla com a Marie, que aceita.

— Tenho certeza que seremos uma ótima dupla! – diz Iris, com um enorme sorriso, que é retribuído por Marie.

Iris começa a falar sobre como pretende fazer o trabalho, Marie apenas fica concordando com a cabeça, sem prestar muita atenção e nem olhar diretamente para Iris, pois seu foco estava em observar Nathaniel e Melody, que estavam sentados um do lado do outro.

— Você prefere falar sobre a revolução Russa ou sobre a Crise de 1929? – Iris pergunta para Marie.

— Uhum – respondeu Marie, ainda sem olhar diretamente para a amiga.

— O Nathaniel é mais interessante do que o trabalho? – Iris percebe os olhares de Marie para o garoto.

— Hum – Marie concorda com a cabeça, em seguida toma consciência da pergunta de Iris – Quer dizer... Nathaniel? – Marie fica vermelha e começa a mexer no cabelo.

— Vocês formam um casal bonito – Iris ri, enquanto Marie fica cada vez mais vermelha e dá uma risadinha sem graça – Enfim, eu perguntei se você prefere falar sobre revolução Russa ou crise de 1929.

— Ah, desculpa! – Marie dá um sorriso tímido – Crise é bem mais fácil.

— Temos pouco tempo para fazer – Iris olha para Marie com cara de frustração.

— Se você puder, nós podemos ir para a minha casa depois da aula para começarmos, eu sei que os meus pais não se importam – propõem Marie.

— Eu posso.

Depois de alguns minutos o sinal toca. Era à hora do intervalo.

Marie tinha ido até a cantina comprar seu lanche, depois de pegá-lo, esbarrou em Nathaniel.

— Desculpa – disseram os dois ao mesmo tempo.

— Oi! – disse Marie com um sorriso.

— Oi! – respondeu Nathaniel, com um sorriso forçado.

— Como está a Ambre? Ela não veio hoje, e eu sei que isso é estranho, mas fiquei preocupada.

— Ela está bem – responde Nathaniel, com uma cara de frustração, em seguida, o garoto se vira para a direção oposta de Marie.

— E você? – Marie pergunta preocupada, pois estranhou a expressão do garoto.

— Por que não estaria? – Nathaniel se vira para direção de Marie.

— Porque você está estranho.

— Impressão sua – Nathaniel desvia o olhar, para não olhar diretamente para os olhos de Marie.

— Lembra-se de ontem quando eu estava triste e você me pediu para te contar o que havia acontecido? – Marie dá um passo para frente para ficar mais próxima de Nathaniel.

— Lembro...

— Também lembra que você me convenceu a te contar o que havia acontecido, dizendo que eu posso confiar em você?

— Sim, – Nathaniel olha para os olhos de Marie – em que ponto você quer chegar?

— No ponto em que isso também vale para você – Marie segura uma das mãos de Nathaniel, o que o faz ficar vermelho – Eu sei que nós não nos conhecemos há tanto tempo assim, mas isso não me impede de te conhecer bem, pelo menos o suficiente para saber que você está mal e precisando desabafar – Marie olha para Nathaniel com ternura e continua segurando a sua mão. O coração dos dois estava acelerado, Marie, apesar de apreensiva por estar sendo muito intrometida, não podia deixar que alguém tão especial para ela passasse por um aperto sozinho, apesar de não saber o que estava acontecendo, ela conseguia ler o olhar de Nathaniel.

— Eu não sei o que deu em você, – Nathaniel olha para Marie com deboche – eu agradeço por se preocupar comigo, mas eu só estou um pouco preocupado com a minha irmã, isso – Nathaniel solta à mão de Marie e dá um sorriso para tentar convencê-la de que está tudo bem.

— Desculpe, eu estou paranoica mesmo – Marie sente uma súbita vontade de chorar, mas consegue se segurar. Ela estava dividida, queria acreditar que essa sensação de que algo está errado com Nathaniel era só algo de sua cabeça, ao mesmo tempo estava tendo uma forte sensação de que algo estava muito errado. A garota se vira para o lado oposto de Nathaniel. Enquanto ela está andando, Nathaniel respira fundo e chama Marie.

— Espera! – Marie volta para a direção de Nathaniel. Por que acha que algo está errado?

— Eu não sei explicar, é uma sensação, mas eu já entendi que é coisa da minha cabeça – Marie dá um sorriso forçado, para tentar convencer Nathaniel que mudou de opinião.

— Não é, – Nathaniel olha para Marie com um olhar triste – mas você não precisa se envolver, é complicado – Nathaniel estava confuso, ele estava com vários problemas e queria contar para Marie, por outro lado achava que deveria guardar para si.

— Confia em mim – Marie olha para Nathaniel com ternura, que apenas concorda com a cabeça – podemos ir para o porão, lá deve estar vazio? – Marie concorda. Então o dois vão até o porão, que, assim como previsto por Nathaniel, estava vazio.

— Então, qual o problema? – pergunta Marie.

— Não é nada demais. Ontem, depois do que aconteceu com a Ambre, o meu pai brigou comigo, só isso.

— Mas, você não teve culpa, nem sabia que a Ambre estava lá, ela que não deveria ter comido algo com amendoim, além do mais, você avisou que chegaria mais tarde – Marie ficou indignada com a confissão.

— Eu tenho culpa sim, os meus pais sempre me disseram que eu tenho que cuidar da Ambre, mas mesmo assim é meio inevitável ficar um pouco chateado – Nathaniel fica um pouco nervoso, mas tenta disfarçar.

— Mas Nath, você tem sua própria vida, não é por ser o irmão mais velho que tem que se responsabilizar por todos os atos da Ambre.

— Na verdade eu não sou mais velho, quer dizer, sou por dois minutos.

— Vocês são gêmeos? – Marie fica espantada – Não que você pareça ser bem mais velho do que ela, mas é bem mais responsável. Se vocês têm a mesma idade, eu não entendo o motivo de ter tanta cobrança em cima de você e não dela.

— A Ambre é a princesinha da casa, acho que é normal o tratamento diferenciado.

— Isso parece meio injusto.

— Meu pai é um homem justo. – Nathaniel fala com convicção – Ele às vezes é bem severo, mas sei que ele só quer o melhor para mim.

— Ou ele acha que está fazendo o melhor para você, mas não está – Marie passa a mão no cabelo de Nathaniel, que não a responde, apenas abaixa a cabeça – pela sua cara, isso foi bem mais do que uma simples briga, ele deve ter pegado bem pesado com você, e por uma coisa que você não fez. Realmente acha que isso é certo? – Nathaniel respira fundo e olha para Marie com um olhar triste, que machuca Marie.

— Foi só uma simples briga. Eu sei que não parece certo, mas eu já me acostumei – Nathaniel fica trêmulo. Ele tenta falar com convicção, mas dá para perceber que estava reprimindo seus sentimentos ao defender o pai.

— Mas não deveria – Marie segura à mão de Nathaniel e começa a acariciá-la, o que acalma o garoto.

— Pelo menos eu sei que posso contar com você – Nathaniel olha para Marie com um pequeno sorriso. Marie o abraça. – Ai! – diz Nathaniel, fazendo cara de dor. Marie para de abraçá-lo.

— Me desculpa! Eu te apertei demais? – Marie fica desesperada, e se afasta de Nathaniel.

— Não foi você, é que meu pai... É... – Nathaniel fica trêmulo e não consegue mais falar.

— Seu pai o que?

— N-nada, é-é...

— Seu pai te machucou? – Marie fala muito assustada.

— Não, é que ontem, antes dá briga, ele me chamou e eu acabei caindo da escada – Nathaniel se vira para o lado oposto de Marie, para não olhar para a menina enquanto respondia sua pergunta.

— E você se machucou muito?

— N-não, eu

*O sinal toca*

— Vamos? – Nathaniel rapidamente sai do porão, sem esperar por Marie.

Logo depois que Marie entrou na sala o professor apareceu. Os alunos tiveram três aulas. Por mais que Marie estivesse tentando se focar, ela só conseguia pensar em Nathaniel, pois achou estranho o fato de Nathaniel ter ficado tão nervoso ao falar sobre seu acidente, também notou que ele sempre ficava mal ao falar sobre o pai. Ela estava pensando que Francis havia batido em Nathaniel, mas não queria acreditar que ele seria capaz disso.

Depois de três estressantes aulas é a hora as saída. Marie liga para seus pais avisando que Iris iria para sua casa. As duas vão andando até a casa de Marie. Chegando lá, encontraram os pais de Marie terminando de preparar o almoço.

— Você deve ser a Iris – diz Lúcia, se aproximando de Iris para cumprimentá-la. – Eu sou Lúcia, mãe de Marie, e aquele é meu Marido Philippe – Philippe acena para Iris.

— É um prazer conhecê-la – Philippe coloca uma panela em cima da mesa – Sente-se, por favor. O almoço está pronto, podem se servir.

Enquanto almoçam, Philippe e Lúcia fazem perguntas para as meninas sobre como está à escola. Assim que os pais de Marie terminam de almoçar se despedem das meninas para irem trabalhar. Quando as meninas terminam de almoçar, vão até o quarto de Marie. Plume estava lá, então as duas brincam um pouco com o gato, e em seguida começam a fazer o trabalho.

Depois de três horas as meninas terminam todo o trabalho.

— Achei que fosse demorar bem mais – disse Iris, se sentando na cama de Marie, para ficar ao lado da amiga – Eu vou mandar uma mensagem para a minha mãe me buscar, – Iris pega o seu celular em seu bolso e começa a digitar a mensagem – pronto, mas eu acho que ela vai demorar um pouco para chegar.

— Você mora longe? – pergunta Marie, se virando para a direção de Iris.

— Não muito, mas a minha mãe demora para se arrumar.

— Entendi.

— Mas eu queria aproveitar para te perguntar uma coisa – Iris fica sem graça – você estava bem nas últimas aulas? Achei que estava com uma cara meio triste.

— Impressão sua – Marie sorri para tentar disfarçar.

— É por causa do Nathaniel?

— Por que seria? – Marie fica nervosa.

— Porque a Melody não desgrudou dele durante a aula, e parece que você gosta dele, ou você gosta do Castiel?

— Você é bem direta. – Marie dá um sorriso – Eu e o Castiel somos melhores amigos, nos conhecemos desde crianças, e ficamos um pouco separados, mas não temos nada além de uma grande amizade, já o Nathaniel... – Marie ia contar para Iris sobre seus sentimentos, mas se lembrou de que quando contou para Melody e se deu mal por isso – O Nathaniel também é só um grande amigo, nós só nos identificamos muito, além dos nossos pais serem amigos, mas não tem nada demais entre nós.

— Desculpa ser enxerida, mas como começou a sua amizade com o Castiel?

— Nossas mães eram amigas, então nós crescemos juntos e, apesar dele sempre ter tido esse jeito marrento, sempre nos demos muito bem – Plume aparece no quarto e pula no colo de Marie, que o acaricia.

— Mas você nunca gostou dele? – Iris faz um olhar sugestivo.

— Não, sempre foi só amizade. Nós tínhamos um amigo, Viktor, ele foi minha friendzone por muito tempo.

— Então vocês eram um trio de amigos? – Iris brinca com Plume.

— Eu era bem mais amiga do Viktor do que o Castiel, mas eles conversavam de vez em quando, se davam bem – diz Marie, enquanto arruma seu cabelo.

— Mesmo vocês tendo toda essa história, é difícil imaginar o Castiel sendo tão amigo de alguém que não seja o Lysandre. Fora a ele, eu só o vi sendo intimo de uma garota que ele namorava, a Debrah.

— Eu conheço a Debrah. – Marie fala desanimada – Minha mãe gosta muito do Castiel, mas meu pai nem tanto, pois como ele sempre teve esse jeito rebelde e impulsivo.O meu pai não achava ele uma boa companhia, mas o aturava por causa da amizade entre nossas mães. O que eu mais gostava no Castiel era que ele sempre me defendia. Uma vez ele ouviu o meu pai “brigando” – Marie faz sinal de aspas com a mão – comigo por ter dito que queria fazer música na faculdade, então senti que o Castiel ia criar uma intriga por isso, mas eu falei para ele ficar na dele e não fazer nada, e felizmente ele ficou quieto, senão o meu pai nunca mais me deixaria olhar para o Castiel.

— E seu pai sabe que vocês se reencontraram? – Iris fica bem entretida com a história.

— Não, só minha mãe. Mas se soubesse não me impediria de andar com ele, pois sabe que a minha mãe interviria em meu favor, só ira dizer para tomar cuidado com ele.

O celular da Iris brilha, avisando que havia uma mensagem, então Iris o pega para ler a mensagem, que era de sua mãe.

— Minha mãe chegou, ela está do lado de fora – Iris se levanta da cama e pega a sua mochila, que estava do lado da cama de Marie.

— Eu e a Plume te acompanhamos – Marie e Plume vão até a porta, Marie abre a porta para Iris, e acena para a mãe da amiga, que estava dentro do carro.

Depois, Marie coloca ração no potinho do gato, vai para a sala, se senta no sofá e liga a televisão para descansar.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo... ;D