Shades Of Blue escrita por Lana


Capítulo 4
Capítulo III - "That Blue"


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, dei uma sumidinha! Desculpem-me eu estava viajando e onde eu me encontrava não dava para eu produzir capítulos, apenas pelo celular. Já fiz a edição, e tenho capítulos prontos! Boa leitura a todos!



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Nós relaxamos toda sexta à noite, dançando e rebolando sob a luz do luar. Era típico de Stefan me pegar pela cintura e erguer-me finalizando com um beijo em minha boca. E foi o que ele fez, eu sorrio levemente quando nós separamos. A música que tocava era Coming Around Again, eu cantava baixinho, foi quando Stefan se sentou e começou a me observar como ele fazia toda vez. Eu coro quando ele solta um dos seus melhores sorrisos.

“Vem aqui BD.” Stefan me chama calmamente, sigo em sua direção. Não entendo o nome que me chama. Sento em seu colo então ele me aninha.

“BD?” Pergunto com um belo sorriso no rosto. Stefan concorda, acenando.

“Beladona” Stefan revela, eu o olho confusa e logo ele ri de mim. As mãos de Stefan vão para o meu cabelo, acariciando de leve. Fecho os olhos por um instante me deliciando dessa sensação. “Você estava cheia de veneno” Penso em suas palavras. “Mas abençoada com a raiva e beleza.” Abro os olhos devagar, eles derretiam.

“O que acha de mim?” Ajeito-me em seu colo sem parar de encara-lo.

“Bem…” Stefan acaricia minha face. “É uma mulher bonita, ao mesmo tempo frágil.” Beija-me levemente nos lábios. “É a minha mulher.” Sorrio.

Apenas Stefan tinha o poder de me deixar viva, eu sorria abertamente enquanto ele distribuía pequenos beijos em todo o meu rosto.

“Você é o melhor homem.”

“Stefan” Foi a primeira palavra que disse quando percebi que estava sonhando. Coço meus olhos e localizo-me. Estava exatamente onde adormeci, ainda era noite e meu corpo aos poucos voltavam a doer. Xingo mentalmente. O vento gelado fazia meu corpo contorcer de frio, meus pelos arrepiam aos poucos, encolho-me rapidamente tentando ao máximo tentando suavizar o frio que me perturba.

As horas eram imagináveis, pensar que a minha única alegria era o dinheiro que tinha em minha mãos me fazia não querer desistir. A rua que me encontrava era escura, havia apenas um carro localizado a frente de mim, agradeço mentalmente que o barulho da rua ao meu lado havia cessado.

“Claro.” Ouço uma voz masculina. “Ric, você acha mesmo que eu iria perder a festa de despedida do meu amigão aqui.” O homem diz em entusiasmo. Rolo os olhos, diversão era algo que eles tinham. Eu não. Encolho-me mais a fim de me concentrar em dormir.

“Valeu, cara, por vim.” Outro homem, provavelmente seu amigo responde. “Vou voltar.” Avisa. Pergunto-me quando esses homens iriam finalmente fechar a boca.

“Adeus.” A voz despede. Finalmente paz, penso. Fecho os olhos com violência, eu só queria que o sono viesse para eu ver a luz do dia finalmente, porém passos de sapatos finos desfilavam na calçada. Escondo-me com o meu cabelo, fazendo uma cortina em volta de mim, os passos param e murmura algo que não posso ouvir. Meu coração acelera, apenas vá embora, imploro mentalmente. Os passos voltam a desfilar cada vez mais perto, e quando param está de frente a mim.

Através dos espaços entre meus fios de cabelo vejo seus sapatos, eram bonitos e pontudos, calça de linho. Era um homem bem vestido. Seu cheiro era como lavanda fresca, um perfurme forte. Coço o nariz levemente. O homem se abaixa então fecho os olhos de medo, o que ele poderia fazer comigo?

“Moça.” Sua voz me chama, eu o ignoro. Encolho-me cada vez mais. “Está tudo bem?” Ele insiste, permaneço em silencio. O homem se aproxima de mim e afasta o meu cabelo, alargo os olhos. Ele me olha assustado, e eu devolvo o olhar. O homem tinha uma cor pálida, seus olhos era azuis e tinham as pupilas dilatadas. Sigo o meu olhar para o chão. “Não vou te fazer mal.” O homem continua a me observar, sinto incomodada. Puxo o meu cabelo e viro-me tentando fazer aquele homem se afastar. “Não é do tipo que conversa.” Rolo os olhos com a conclusão.

“Vá embora.” Sussurro baixo. O homem puxa novamente meu cabelo, eu logo o olho incrédula.

“Não precisa ter medo.” Ele sussurra. Como assim? Eu nunca havia visto esse homem em toda a minha vida. “Você não parece uma pessoa que mora na rua.” Retiro meus fios de cabelo do meu rosto, o observo melhor. Era um homem bonito, eu já havia conhecido vários homens com sua beleza, todos me usaram e me jogaram onde estou neste momento. “Presumo pelas suas roupas, e seu olhar amendrotado.” O homem não tira os olhos de mim, e passa a observar meu corpo, encolho-me com o seu olhar pertubador. “Está com uma aparência pálida, deixa-me te ajudar.” Ele pede. Este homem poderia ser o meu maior paraíso ou o meu pior pesadelo. Ele me olha mansamente, eu não poderia confiar nele, penso.

“Eu não quero.” Sussurro. O homem solta um leve sorriso, era belo.

“Por favor, deixa-me te ajudar.” Ele insiste, eu devo afasta-lo. Rolo os olhos enraivecida, ele deveria me deixar em paz.

“Não preciso de sua ajuda.” Aumento o tom de voz, fazendo o homem se calar e me olhar passivo. Não me sentindo bem, minhas costas provocam pequenas agulhadas. Ajeito-me no meu canto totalmente ignorando o homem a minha frente. Eu tinha medo que ele pudesse me enganar e fazer coisas ruins comigo. Ele não tira os olhos de mim, e isso me deixava cada vez mais nervosa.

“Tudo bem, se insiste.” Diz após um longo transe. O homem se levanta me olhando de cima, sinto-me inferior. “Mas pelo menos deixa-me saber o seu nome.” Sem chance, penso. Permaneço em silencio, o homem sorri e logo se abaixa novamente. Meus fios são afastados pelos seus dedos novamente. “Não vai me dizer, certo?” Nego. “Acha que posso te fazer mal?” Sua pergunta era tão direta, eu poderia dizer a verdade mas a forma como ele simplesmente sentou ao meu lado fez-me mudar de ideia. Nego diante a sua pergunta. “Então por que não me deixa te ajudar, você não vive nas ruas, está perdida?” Nego novamente. “Está evitando alguem?” Nego. “Está abandonada?” Aquela pergunta acumula lágrimas em meus olhos, eu tinha certeza que se piscasse, elas iriam rolar. Levanto o rosto a fim de fazer as lágrimas voltarem para o seu lugar. Um silencio constrangedor se mantém, eu podia apenas ouvir uma musica bem baixa e os sons de alguns pássaros. “Deixa-me te ajudar.” O homem sussurra. Eu não tinha saída, porém eu não confiava nele.

“É melhor eu sair daqui.” Levanto-me ignorando a leve tontura que me atinge, pisco os olhos tentando melhorar a visão embarrada.

“Está…” Foram as palavras do homem que ouvi após cair em seus braços.

“Essas são as minhas preciosas.” Stefan ergue a minha frente pequenas bolinhas prateadas. Elas eram tão pequenas, eu me perguntava como aquilo poderia ser ingerido. “Apenas use-as quando estiver realmente precisando, não é fácil achar no mercado.” Vejo Stefan usando uma delas então me oferece uma, a injeto dentro de mim aguardando a sensação.

“Estou com medo.” Disparo.

“Relaxa, o mundo é nosso.” Stefan me acaricia fechando os olhos devagar.

Meus olhos abrem assim que sinto confortável o suficiente para abri-los. Observo o que há em cima de mim. Vejo um teto branco com grades decorações tradicionais. Levanto-me sobre a cama que permaneço. Isso é mais um sonho? Stefan aparecerá nele? Sobre os cotovelos analiso minhas roupas, uso um pijama de seda. Estou limpa, e perfumada.

“Quem bom que acordou.” Tomo um susto com a voz que ocupa o espaço. Era aquele homem dos olhos azuis. Oh não, penso.

“O que estou fazendo aqui?” Pergunto em desaprovação. O homem se levanta da cadeira que se encontrava e senta ao meu lado.

“Desmaiou em meus braços ontem, não lhe deixaria naquele lugar imundo.” Ele responde. Minha cabeça estava tão confusa, a primeira coisa que gostaria de fazer era apenas sair daquele lugar.

“Acho que devo ir embora.” Anuncio levantando na cama, porém o homem dos olhos azuis me segura. Eu o olho e seus olhos brilhavam.

“Não vá.” Pede. “Não está em condições de voltar para a rua, deixe-me te ajudar.” Suspiro pesadamente. Ele não havia feito nada comigo desde então, ele poderia me ajudar. O olho novamente e observo sua ansiedade.

“Tudo bem, mas preciso saber quem é.” Exponho a minha decisão. Ele sorri levemente.

“Damon, Damon Salvatore.” Ele se apresenta. Damon, penso em seu nome incomum. Um nome forte.

“Nome diferente.” Comento, ele ri do meu comentário.

“Eu sei, todos dizem.” Pausa. “Acho que deve tomar um banho para repor as energias, tem uma toalha logo em cima da cadeira.

“Calma.” Analiso a situação. “Como pode me colocar em sua casa assim?” Pergunto. “Mal me conhece, não sabe de onde vim.”

“Não acho que possa fazer algo malvado.” Damon responde. “Eu percebi isso a partir do seu olhar quando lhe chamei, estava com medo.” Ele descreveu todas as minhas sensações. “Olha, sei que é meio estranho, mas eu confio em você, quero ter sua confiança também.” O olho desconfiada, confiança era algo muito forte.

“Não sei.” Respondo. “Talvez quem sabe.” Sinto-me intimidada.

“Pode pelo menos aceitar a minha proposta em te ajudar?” Damon pede, eu penso em sua pergunta. Aceno a cabeça, afirmando a minha certeza. Sigo para a cadeira e pego a toalha.

Após um bom banho, eu seco minha pele perfumada com a toalha macia. Fecho os olhos com a sensação de conforto, coisa que desejava por dias. Visto uma roupa que estava em cima da cama que acordei. Olho-me no espelho, assusto-me com minha magreza excessiva. Meus cabelos estavam ainda maiores precisando de um corte, e sem brilho. Passo a mão sobre meu corpo assustando-me cada vez mais.

Ouço alguém bater a porta.

“É Damon.” Ele anuncia. Sigo até a porta e a abro. Ele me observa com as roupas limpas. “Deve comer, presumo que esteja com fome.” Concordo timidamente. “Venha.” Sigo os seus passos.

Na mesa havia comida de todos os jeitos, eu não podia deixar de afirmar que o momento que estava vivendo era maravilhoso. Sento-me a mesa e Damon segue para o sofá próximo.

“Sirva-se o quanto quiser, a comida é sua.” Meus olhos brilham.

“Obrigada.” Agradeço.

A comida estava maravilhosa, a minha fome estava saciada. Não havia comido muito, pois eu sempre achei falta de educação. Quando terminei uma moça de idade veio recolher meu prato lançando-me um sorriso radiante. Olho para Damon e me sento ao seu lado.

“Conte-me sobre você.” Damon sussurra eu logo aperto minhas mãos sobre meu colo. O que dizer? Sou a mulher do chefe de uma gangue. Não parecia uma grande opção. Rolo os meus olhos rapidamente. Eu sou nada.

“Não tenho o que dizer.” Sou sincera. Alias, eu não podia o assustar.

“Eu sei que tem.” Damon se aproxima.

“O que quer saber é algo doloroso para mim.” Ajeito meu cabelo em desconforto. Eu não queria entrar naquele assunto, principalmente porque Stefan estava nele.

“Pelo menos me conte como parou nas ruas.” Damon se vira totalmente a mim. Oh, o que dizer?

“Eu não estou nas ruas porque quero.” Afirmo.

“Quem te abandonou?” Damon me pergunta. Eu não queria entrar muito naquele assunto, mas por está em sua casa acho devo-lhe explicação. Eu estava enloquecendo. A mulher que havia visto me entrega uma caneca azul. Analiso a situação, era água. Sorrio em agradecimento.

“Meu homem.” Respondo e logo beberico a aguá contida na caneca. Damon parecia analisar minhas palavras.

“Seu homem.” Ele repete. Concordo o visualizando ele tinha uma expressão confusa.

“Ele me deixou, mas eu tenho certeza que vai voltar, é apenas uma fase.” Dou de ombros. Beberico mais da água contida. Eu tinha sede, e além disso fome. Novamente.

“Elena, o seu estado não é os melhores, está anêmica.” Damon me conta, eu deveria preocupar, mas naquele momento tudo que pensava era além das coisas imagináveis. Estranhava como as sensações delas me faziam implorar para ter apenas um momento a mais. “Acho que deveria ficar em observação alguns dias, até seguir a sua vida.” Ele me aconselha. Penso em suas palavras desviando-me do transe.

“Stefan não vai me buscar.” Lhe conto. Damon me olha com cautela.

“Stefan…” Pausa. “É o seu homem?” Concordo abertamente. Ele parece pensar em algo, então me olha. “O que ele faz?” Suas perguntas se movem a ele, eu não sei bem como dizer algo tão delicado a ele.

“Ele é muito importante.” É tudo o que digo. Seus olhos dançam através de mim e minha resposta.

“Importante.” Estuda minhas palavras. “Importante, como?” Pergunta.

“Todos os respeitam.” Respondo secamente a fim de terminar essa conversa.

“Eu o respeito?” Damon pergunta com uma expressão engraçada. Nego.

“Você não faz o tipo que o conhece.” Digo. Tenho grandes conclusões sobre a relação entre Damon e Stefan. Não acredito que ele compra elas na mão de Stefan ou sua gangue. Damon parece finalizar com suas perguntas, eu agradeço a Deus por não ter que abrir mais minha vida a ele.

“Pelo visto, ele não faz o tipo que respeita as mulheres.”


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Notas finais do capítulo

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