"Bonnie PDV"

Bonnie saiu da casa dos Salvatore com o coração sobressaltado. Elena havia sobrevivido afinal. Não como humana, mas como vampira. Ela agora era um deles. 

Não parou nem para pensar no que fazer em seguida. Foi para sua casa.

"Katherine PDV"

Katherine não poderia somente atacar e atacar. Ela tinha que fazer estratégias. Para ter acesso livre a Damon, Stefan e Elena ela teria que ter permissão para entrar na casa deles. E era isso que ela planejava.

Seguiu o rastro de Elena até a casa dela. Percebeu que era uma casa bonita, e que preferia as do século XVIII. Estava vestida com roupas modernas. Um vestido e um sapato de salto alto. Nunca suspeitariam dela.

Bateu na porta da casa da menina. Uma mulher atendeu. Tinha os cabelos castanhos e ondulados. Seus olhos eram grandes, e Katherine a achou bonita.

- O que deseja? - a mulher perguntou, abrindo a porta completamente. Ela pareceu confusa por um momento.

Katherine abriu um sorriso inocente e perguntou:

- Com licença senhora, aqui é a casa de Elena?

- Sim. Sou Jenna, tia da Elena. Você é amiga dela? - Jenna perguntou, curiosa pela estranha parecer tanto com sua sobrinha. 

- Sou sim. Conheci ela essa semana e íamos fazer um trabalho juntas aqui, a essa hora. Nós combinamos. - E ela fez uma cara de desapontamento. Katherine era muito boa em manipular as pessoas. Conhecia o ponto fraco de cada uma.

- Oh... Lamento mas Elena está na casa do namorado dela esta noite. - Jenna disse.

Ela já esperava isso. Com aqueles ferimentos que Elena sofreu, só seria curada se Stefan a transformasse. Então passou para a próxima fase. Jogou seu poder persuasivo para cima de Jenna. Me convide a entrar. Agora. Me convide a entrar. Continuou pensando, cada vez jogando mais poder. E conseguiu.

- Está um pouco frio. Não gostaria de entrar? Talvez tomar um café e me dizer como será o trabalho que estão fazendo? - Jenna olhava intensamente para os olhos de Katherine, totalmente controlada pela vampira.

- Claro - Respondeu, e entrou na casa de Elena.

Viu que era muito bonita, e tinha fotos dela em todos os lugares. Voltou a olhar para a tia dela e comandou. Me convide a tomar um café.

 - Não quer tomar um café? - Perguntou.

Elas tomaram café, o que não foi muito agradável para Katherine pois ela não gostava de cafeína tanto quanto os Savatore. Ela inventou uma história sobre o trabalho que supostamente ela e Elena fariam. Um relatório sobre Mystic Falls em 1864. 

Jenna ouviu tudo com atenção, e quando desviava o olhar ou ficava curiosa demais, a vampira jogava seus poderes nela novamente, controlando-a.

Quando finalmente começou a se cansou de gastar tanto poder e da própria Jenna, ficou persuasiva e ordenou. Me convide a ver o quarto de Elena. Assim a tia de Elena fez. Ela vasculhou tudo e encontrou um colar com verbena. Não funcionava com ela, mas com os outros vampiros que ela libertaria e que chamaria para ajudá-la, sim. Então o pegou. Fora isso, não tinha mais nada no quarto da menina que prejudicasse seus planos. Então foi embora e antes jogou sua última ordem. Você esquecerá que eu vim aqui. Eu não estive aqui. Você esquecerá que eu vim aqui.E depois disso foi embora.

Enquanto corria para a casa da amiga de Elena pensava. Stefan, Damon... Estão facilitando demais...E soltou uma risada maléfica antes de avançar pela cidade.

"Elena PDV"

- Então, vamos nos separar? - Eu perguntei. Estava me sentindo melhor, mas minha cabeça doía e eu não sabia por que. Sem falar que eu estava... fraca. Ou enfraquecendo. Então lembrei do que aconteceu com Vickie.Que ela morreria se não tomasse sangue humano. E eu morreria também. Isso me assustou. Muito. Mas eu não poderia matar uma pessoa inocente porque eu não era assassina. Iria viver como Stefan, me alimentando de animais, e nunca de humanos. 

Então de repente minhas pernas cederam e eu teria caído se Stefan não tivesse me segurado. Agora estava enfraquecendo rapidamente. Ele me pôs na cama e disse:

- Você não vai a lugar algum até beber sangue humano.

- Não. Não quero - eu sussurrei - Não quero machucar ninguém.

Damon revirou os olhos, e foi para a porta.

- Pare de bancar a boa menina, Elena. Você vai morrer se não beber.  Aqui. - E me deu um copo com um liquido vermelho viscoso dentro. O cheiro era bom, doce.

Eu peguei e tomei. O sabor explodiu em minha boca e mandou energia para todo meu corpo. Me fez querer mais e mais. Bebi tudo em um minuto e depois que acabou Stefan me deu outro. Não era humano, isso eu percebi. Não era tão doce e saboroso mas me satisfez. Então uma pergunta veio em minha mente:

- De quem era aquele sangue? - Me virei para Damon.

Ele me olhou, e deu uma risada.

- Uma secretária. Ela não vai lembrar de nada. - E riu de novo.

Fiquei muito envergonhada. Ele havia pego alguém e tirado seu sangue, depois a fez esquecer. Eu era um monstro. Como pude? E se fizessem isso comigo? A culpa se apoderou de mim, e eu tive um ódio mortal por Katherine. 

Eu a queria morta por ter feito isso comigo e com Stefan.

E ela ia morrer.

"Bonnie PDV"

A noite estava assustadora. Talvez pelos acontecimentos. Havia demorado 20 minutos para chegar em casa porque estava muito nervosa.

Enfim poderia entrar, tomar um banho e dormir, sabendo que minha melhor amiga estava a salvo. Por enquanto.

Logo que saí do meu carro, congelei. Tinha alguma coisa errada. Eu podia sentir o mal aqui. 

Um frio penetrante me cercava e um arrepio descia pelas minhas costas. Algo como eu nunca havia sentido antes estava por perto.

Então meu instinto falou mais alto. Sai correndo em direção a casa, e quase cai uma vez. Estava tremendo até os ossos de medo.

Abri a porta violentamente e a fechei mais horrivelmente ainda. Tranquei com a chave e coloquei uma cadeira encostada na maçaneta, para impedir que entrem.

Então fui na cozinha para tomar um copo d'água. Ajudou a me acalmar um pouco. Logo ouvi a voz de minha mãe:

- Bonnie? Suba aqui, tem alguém que veio te visitar.

Me visitar? A essa hora? 

Subi as escadas lentamente com o copo de água na mão. Ainda não havia acabado de tomá-lo, então ouvi um grito.

Corri para o meu quarto. Quando passei pela porta congelei. O copo que estava segurando se espatifou no chão. Cada músculo do meu corpo estava tenso, congelado. Como se me aplicassem anestesia, eu não conseguia me mexer. Não conseguia gritar, nem correr, nem desmaiar. 

Só fiquei ali, vendo, paralisada.

Minha mãe sendo morta por Katherine.

"Elena PDV"

Ela era deplorável. Eu a odiava por ter me transformado nisso. De algum modo eu considerava que Stefan não era um monstro, mas eu era.

- Agora que já está alimentada. Vamos. - Stefan disse. Descemos as escadas para a sala de estar da sala dele quando Damon agarrou meu braço, me virou e disse:

- Primeiro tenho que ensinar umas coisinhas para você, Elena. Alguns movimentos básicos, ou não vai tocar em Katherine. E eu sei como ela luta, posso ajudar você nisso. Agora, me bata.

O que? Pensei, mas Stefan estava me olhando, então significava que ele esperasse que eu o fizesse. 

Fechei o punho e quando o levantei para bate em Damon, ele pegou meu pulso com força, o torceu nas minhas costas e me empurrou contra a parede.

- Primeiro erro, nunca golpeie com velocidade humana. - ele sussurrou no meu ouvido. Então pisei em seu pé com essa força sobre humana. E deu certo. Ele me soltou e foi para trás. - Bom... Bom. - e sorriu, me encorajando.

Ia partir para o segundo golpe quando a voz de Bonnie ecoou pela minha mente, em um grito que me fez ajoelhar de dor. Ela estava me enviando uma mensagem com seus poderes psíquicos.

Katherine! Katherine! Elena ela está na minha casa matando minha mãe! Ela vai me matar! ELENA! Socorro!

"Bonnie PDV"

Mandei uma mensagem para Elena. Ela viria me ajudar. Mas eu não poderia fazer nada pela minha mãe. Ela ja estava morta. E eu logo estaria. Comecei a chorar e soluçar quando Katherine jogou o corpo de lado, como se fosse nada.

Elena! Me ajude! Eu continuava gritando. Então ela virou sua cabeça em direção a mim. Seus lábios estavam sujos de sangue e tudo que pude fazer era correr.

Corri escada abaixo e lutei com a tranca na porta da minha casa. Quando a abri, ela estava do outro lado, como se fosse tele transportada.

Saí em direção ao banheiro, onde tinha um pouco de verbena, que peguei e atirei na cara dela. A planta caiu no chão  ela olhou para mim com curiosidade.

- Isso não me para mais, Bonnie - Ela sussurrou - Não quero matá-la, tenho outros propósitos para você.

- Não!!!! - Bonnie gritou.

"Elena PDV"

A gritaria continuava em sua mente. Bonnie estava desesperada. Estavam correndo em direção a casa dela.

Então, de repente, tudo ficou quieto. 

Bonnie!!!!