Black Ice escrita por poisonivy


Capítulo 4
It Belongs To Me


Notas iniciais do capítulo

Desculpa por estar postando este capítulo meio rápido mas é que eu não tenho nada pra fazer, então né.... :P



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Cristal Eyes. Uma banda que vai fazer um show no Rock ‘N’ Ivy e está bombando nas rádios americanas. O bar estava lotado, mal podia respirar lá dentro. Rosie estava no balcão servindo os drinks e os pedidos não paravam de chegar. “A gorjeta hoje vai ser boa”, pensou Rosie. Datan é um cliente do bar que desde o primeiro dia em que Rosie começou a trabalhar lá, ele insistia em a convidar para sair.

– Qual é, Rosie! Não se faça de difícil, eu sei que você quer...

– Escuta aqui, Natan...

– Datan!

– Tanto faz.... Não é só porque eu sirvo os seus drinks que significa que eu queira sair com você. É só o meu trabalho, Datan.

Datan fez uma careta amarga e foi pro meio da multidão no show.

SENHORAS E SENHORES, A BANDA Nº1 DAS PARADAS AMERICANAS E NO RESTO DO MUNDO, COM VOCÊS.... CRISTAL EYEEES!!!!

O bar pareceu ficar mais lotado ainda, todos se aglomerando para conseguir ver a banda. E provavelmente, o primeiro momento de paz para Rosie.

Um homem chega e se senta nas cadeiras do balcão e pede um drink, enquanto Rosie lavava e secava os copos. Ela levanta o olhar e fica perplexa.

– O que você está fazendo aqui? Era pra você estar na prisão!!!

– Calma, filha...

– Filha? Como você tem coragem de me chamar disso? – Interrompeu Rosie. – Você é um monstro! Saia daqui!

– Será que você pode ao menos me dar uma chance de explicar?

Rosie ficou em silêncio e Mark considerou isso como um “sim”.

– A justiça reabriu o meu caso e eu fui à um novo julgamento. Graças a justiça americana, o juiz me libertou, pois na hora do crime eu estava alcoolizado e não tinha noção do que estava fazendo.

– Como você é cara de pau, né? Passou anos enchendo a cara e você vem me dizer que não sabia o que estava fazendo? Me poupe. Se isso é justiça, eu não quero nem ver o que é injustiça... Agora, por favor – Rosie deu uma pausa, sua voz estava ficando trêmula e estava evitando chorar – sai daqui, eu não dou a mínima se você foi libertado ou não. Você não é mais meu pai e eu não quero mais te ver nem pintado de ouro. Saia, por favor.

– Filha... me escuta. Eu tenho umas coisas do meu antigo trabalho e que pode mudar as nossas vidas.

– NÃO... ME... CHAME... DE... FILHA. – A vontade de chorar estava ficando impossível de se controlar. – Não quero nada de você.

Rosie já estava apontando o dedo em direção à saída.

– Ok, a gente conversa uma outra hora. Mas pense no caso...

Mark saiu andando e olhando para trás para a sua filha.

“Eu vou resolver isso e é agora.” – Pensou Mark.

Rosie apoiou os braços no balcão e abaixou a cabeça apertando bem forte os olhos. Todas as memórias – boas e ruins – dos acontecimentos nos últimos de sua vida vinham à milhão. Era perturbador e angustiante demais relembrar tudo aquilo de novo.

– Justo agora esse desgraçado tinha que me aparecer. – Disso Rosie falando consigo mesma. – Não é justo.

(...)

Alguns dias depois...

– Poxa, pensei que vocês não iriam vir mais. – Reclamou Mark abrindo a porta.

– Agenda lotada.

– Sei... entrem. Temos muito o que conversar.

– Contanto que isso acabe em maletas de dinheiro... hahahah.

Os três homens adentram o quarto de Mark, puxam suas cadeiras em volta da mesa.

– Ouvi dizer que vocês são da pesada enquanto estive preso... – Começou Mark. – Bancos Centrais com alta tecnologia em segurança. Procede?

– Não somos de nos gabar, mas é verdade sim! – Respondeu um dos capangas, Jorge.

– Ótimo! Então creio que o trabalho que tenho para vocês seja brincadeira de criança.

– Direto ao assunto, coroa. – Resmungou Asher.

– Eu quero que vocês três invadam o maior órgão de proteção do mundo, mais conhecida como S.H.I.E.L.D.

– S.H.I.E.L.D???? Você quer a gente invada a S.H.I.E.L.D?! – Exclamou Felix.

– Por que? Vocês não dão conta? Não tem problema, eu acho uma quadrilhazinha melhor que vocês...

– Não, não é isso. É claro que a gente dá conta. – Respondeu Jorge enquanto dava um esmurro no ombro de Felix. – Mas o que você quer exatamente que a gente roube de lá?

– Eu não diria “roubar”. Eu diria pegar de volta o que me pertence. Anos de vida trabalhando na S.H.I.E.L.D e pegaram tudo para eles as minha descobertas e experimentos.

– Então seria a Reserva Científica da S.H.I.E.L.D? – Perguntou Asher.

– Exato!

– E quanto o coroa vai nos pagar pelo serviço? – Perguntou Jorge.

– Não se preocupem, rapazes. Vocês vão ser bem recompensados na hora certa.

– E quando começamos?

– Próxima quinta.

A quadrilha sai do quarto com os esquemas já todos prontos. Mark blefara sobre o pagamento. Ele não havia ideia de onde conseguir o dinheiro, pois o trabalho sujo deles não era nada barato. Só havia uma solução: roubar o dinheiro do cofre do mercado onde ele trabalha.

(...)

Chegando ao turno que iria começar no mercado, Mark observa todos os locais onde estão as câmeras. Era a única solução. Após trabalhar o dia inteiro e ser o responsável por fechar a loja, ele era o único que sobrara no mercado. Mark foi à sala de vigilância para desligar todas câmeras e alarmes. Feito isso foi até o cofre e o abriu, mas... na última hora ele não conseguiu roubar. Ele não queria correr risco de ser descoberto e preso, principalmente agora que estava prestes ao pegar de volta o que lhe pertencia.

“Mas e agora? Como vou pagar os bandidos?”. Mark começara a ficar preocupado e mais alguns dias, já seria quinta-feira.

(...)

O celular de Rosie estava tocando e no visor estava aparecendo a foto de Mary.

– Alô?

– Rosie, meu anjo. – Respondeu Mary num tom meio preocupada.

– Mary, tudo bem? Aconteceu alguma coisa?

– É sobre o seu pai.

– Espera, a senhora já sabe?

– Temo que liguei um pouco tarde demais.

– Como?

– Desculpa, Rosie. Quem deu o endereço do seu trabalho fui eu.

– Mas por que? A senhora sabe muito bem a raiva que eu sinto daquele homem e mesmo assim fez isso?

– Mil desculpas, meu amor. Eu não queria mas ele chegou me enforcando e me ameaçando na frente das crianças. Não tive escolha...

– Não acredito que ele tenha feito isso! Ele não mudou nada mesmo e depois vêm me pedir perdão. Mas a senhora está bem? Se ele tiver te machucado, eu juro...

– Estou bem sim, querida. Mas e você? Ele não te ameaçou ou coisa desse tipo, né?

– Não, claro que não. Ele só veio aqui esclarecer as coisas e jogar na minha cara que está livre. Veio com um papinho de reconciliação, mas quando a pessoa chega a insanidade, não têm caminho de volta.

– Você não acha que está na hora de deixar toda essa coisa para trás e perdoá-lo? Filha, uma hora pode ser tarde demais....

– Nem pensar, Mary! Parece que a senhora não sabe os anos que passei sofrendo e ainda sofro por causa daquela noite. Não vou perdoá-lo. Ele tirou minha infância, minha vida... a vida da minha mãe. Não posso.


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