Whole Lotta Love 2 escrita por mlleariane


Capítulo 25
No amor e na dor


Notas iniciais do capítulo

Após ameaças e surtos histéricos, vim rapidinho postar o capítulo (não que eu tenha medo de vocês, imagina! haha).
Pedi para vocês confiarem em mim, e aqui estou, com esse capítulo escrito minuciosamente para dar a clara direção dos fatos e situá-los no tempo. Inicialmente ele seria dividido em dois, mas acabei postando tudo de uma vez, então ficou bem longo.
Espero que gostem!
E o próximo capítulo... bem, ele concorre fortemente ao meu preferido da fic :))

Beijo, Ari ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/582110/chapter/25

Castle telefonou para a mãe assim que chegou em casa. Tomou um banho e esperou pelos filhos. Era quase meio-dia do sábado quando Martha chegou com eles.

Alex: Papai! – As crianças correram para Castle.

Jo: Nós estamos com saudade, papai.

Castle: Eu também, meus filhotes, eu também!

Alex: Cadê a mamãe?

Castle: Eu preciso conversar com vocês, venham aqui. – Castle sentou-se no sofá, com cada um dos filhos em uma perna. – A mamãe está dodói no hospital. – Ele fez uma pausa e olhou para Martha; a expressão das crianças era séria – Ela sofreu um acidente no trabalho, e vai precisar ficar uns dias internada.

Alex: Ela levou outro tiro? – Alex perguntou com naturalidade, e Castle lembrou-se de que era difícil esconder as coisas de crianças tão espertas.

Castle: Não, mas foi quase isso. Um cara mau machucou a mamãe, e por isso ela precisa ficar em observação no hospital.

Jo: Você estava lá com ela?

Castle: Sim, foi por isso que vocês estavam na casa da vovó desde ontem.

Jo: Mas papai, a mamãe não pode ficar lá sozinha, é muito triste.

Castle: Eu também acho, minha princesa, mas o hospital não permite que eu fique lá o tempo todo com ela, só posso ir nos horários de visita.

Alex: E quando nós vamos visitá-la?

Pronto, agora era a parte difícil. Castle respirou fundo.

Castle: Onde a mamãe está vocês não podem entrar.

Alex: Mas... nós não vamos ver a mamãe? – Alex fez uma carinha triste.

Castle: Enquanto ela estiver no hospital, não. – Castle falou com pesar.

Jo: Eu quero a minha mamãe! – Johanna começou a chorar.

Martha: Calma meu amorzinho, vem cá. A mamãe está bem, ela está sendo cuidada. Você não quer que ela fique bem?

Jo: Eu quero, mas eu quero a mamãe aqui!

Martha: Mas os médicos e os enfermeiros estão no hospital, como eles vão cuidar dela se ela estiver aqui?

Alex: Não tem como, não é papai?

Castle: Não, filho. É por isso que ela tem que ficar lá.

Alex: Viu Jo? A mamãe está sendo cuidada pelos médicos, igual quando eu quebrei o braço.

Martha: Isso mesmo, Alex.

Jo: Mas ela vai ficar lá até quando?

Era o que Castle mais gostaria de saber. As palavras do médico não saíam de sua cabeça “Alguns pacientes voltam em horas, outros...” Castle se recusava a pensar que Kate ficaria assim por muito tempo, mas... quanto tempo seria?

Castle: Eu não sei... Vai ser depender de como ela vai reagir ao tratamento.

Alex: Eu não quero ficar sem a mamãe!

Jo: Nem eu, papai! Traz a mamãe de volta, por favor!

Castle: Eu vou trazer minha princesa, eu prometo.

Alex: Papai, quando você for ver a mamãe de novo, você fala que eu a amo muito muito e que estou com saudade?

Jo: Eu também, papai, eu também!

Castle: Falo, eu falo sim.

Alex: Ou a gente pode ligar! Tem telefone lá?

Castle lançou um olhar para Martha.

Castle: Não filhote, não tem.

Jo: Leva o seu celular, papai.

Castle: Meus amores, a mamãe não vai poder falar com vocês por enquanto. Ela está dormindo para poder se recuperar.

Jo: Ah... – Johanna fez um bico – Mas quando ela acordar você pede pra ela ligar pra gente, papai?

Castle: Quando ela acordar ela vai vir correndo para vocês, eu tenho certeza!

As crianças abraçaram o pai e se deram por satisfeitas. Ligaram a tv, e Castle se afastou um pouco com Martha.

Castle: Eu não consigo dizer a verdade.

Martha: Você disse a verdade, só que de um jeito que eles possam entender. Eu vou ficar aqui com vocês.

Castle: Não mãe, não precisa sair de sua casa.

Martha: Richard, você não vai dar conta.

Castle: Vou sim. Eu só preciso que você fique com eles no horário das visitas.

Martha: Claro. Eu só quero que você saiba que eu estou aqui por você, sempre.

Castle: Eu sei mãe, muito obrigado.

Castle abraçou a mãe apertado.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

No mesmo dia, à tarde...

Lanie andou apressadamente até encontrar Castle. Abraçou-o forte, e tentando segurar as lágrimas.

Lanie: Eu só consegui vir hoje. Javi ficou com as crianças, não temos ninguém a quem recorrer.

Castle: Eu entendo, Lanie, tudo bem.

Lanie: Como ela está?

Castle: Na mesma. Estável, porém ainda não responde.

Lanie: Posso vê-la?

Castle: Claro.

Castle deixou que Lanie entrasse sozinha. Ele sabia que a relação entre as duas era forte, e deixou que tivesse seu próprio momento. Quando Lanie saiu, não lhe disse mais nada além de pedir para ele ser forte. Castle sentiu que a amiga sofria, e seus olhos vermelhos denunciavam minutos de forte choro.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

O domingo se estendeu da mesma forma. Castle foi a todas as visitas, e não saía do lado da esposa. A família e os amigos se revezavam. Kate não apresentava melhoras, e Castle prometia a si mesmo que não se desesperaria. Na segunda-feira, as crianças foram para a escola. Martha levou e buscou os netos, e o dia transcorreu quase que normalmente, exceto pelo fato de que Kate estava inconsciente em uma cama de hospital.

Alex: Papai, nós temos lição de casa.

Castle: Ah claro filhote, vamos fazer já já.

Castle sentou-se com os filhos, que abriram o caderno.

Alex: Circule os animais que começam com a letra C. Cavalo.

Jo: Cavalo, cachorro.

Alex: Coelho. Çapo.

Castle: Sapo não. Sapo é com S. Vamos apagar.

Jo: Papai, nós somos inteligentes, não somos?

Castle: Muito! As crianças mais inteligentes do mundo!

Jo: A mamãe tem muito orgulho da gente.

Castle: É, ela tem. – Castle parou o olhar nos filhos, que agora pintavam os desenhos dos animais.

Alex: Sabe o que também começa com a letra C?

Castle: O que?

Alex: Nosso sobrenome!

Castle: É mesmo filhão! – Castle abriu um grande sorriso.

Jo: Mas só o Castle, porque o Beckett é com B de bola.

Castle: Muito bem!

Alex: Papai, você vai ver a mamãe ainda hoje?

Castle: Sim, daqui a pouquinho.

Alex: Você vai falar para ela que nós fizemos a lição direitinho?

Castle: Claro!

Jo: Papai! – Jo deu um pulo da cadeira como se tivesse tido uma grande ideia – você podia levar o Fluffy para ficar lá com ela!

Castle: Tem certeza? Você não vai sentir falta dele?

Jo: A mamãe está sozinha, eu tenho o Alex e você - Johanna sorriu para o pai, o mesmo sorriso lindo da mãe.

Castle: Então eu levo, minha princesa.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Castle: E então eles fizeram a lição da letra C. Eles são tão inteligentes, meu amor. Eu não preciso te dizer isso, não é? Você já sabe tanto quanto eu. Ah, olha quem a Jo mandou para ficar aqui com você – Castle levantou o braço de Kate e colocou o ursinho abraçado a ela – O Fluffy vai te fazer companhia enquanto eu não posso estar aqui. Você sabe que esse eu pudesse passaria todos os minutos do dia aqui com você, não sabe?

Uma enfermeira entrou no quarto e ouviu a última frase. Ficou parada olhando para a cena enternecida.

Castle: Já deu a hora?

A enfermeira fez que sim. Castle fez uma carinha triste, levantou-se e beijou a esposa novamente, sussurrando um “Eu te amo” no ouvido dela.

Castle: Será que você poderia se certificar que o urso não vai sumir? É o preferido da minha filha, e ela fez questão que ele ficasse aqui com a mãe.

Enfermeira: Sim, senhor Castle.

Castle: Pode me chamar de Castle.

Enfermeira: Leslie – ela estendeu a mão – eu vou avisar a Carly sobre o urso.

Castle: Carly é a que fica durante o dia, não é?

Leslie: Sim – Leslie sorriu.

Castle: Cuida bem dela para mim?

Leslie: Eu cuidarei, prometo.

Castle se despediu e saiu. O quarto dia havia se passado.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Na terça-feira, Martha recebeu um telefonema da escola e teve que buscar as crianças às pressas. Avisou Castle e eles se encontraram em casa.

Castle: O que aconteceu? – Castle perguntou assim que eles entraram em casa. Martha tinha uma expressão séria, pois já sabia. Alexander correu para os braços do pai, chorando.

Alex: Papai, a mamãe vai morrer?

Castle: Não filho – ele olhou para Martha – Não.

Alex: O Joseph disse que a mamãe dele falou que a minha mamãe vai morrer.

Jo: Eu não quero que a mamãe morra igual a minha vovó – Johanna já começava a chorar também.

Castle: Não, calma, calma – Castle beijava a cabeça dos filhos, que estavam em seu colo – Olhem para mim. Vocês não confiam em mim?

As crianças fizeram que sim, ainda chorosas.

Castle: A mamãe não vai morrer. Ela só está muito dodói, e precisa de um tempo para se recuperar.

Jo: Você promete, papai? Promete que a mamãe vai voltar para casa?

Castle: Prometo. Eu prometo.

Castle não desgrudou dos filhos o dia todo. Naquela noite, quando visitou Kate, ele implorou para que ela voltasse. Ele e os filhos precisavam muito dela. Quando voltou para casa, as crianças ainda não haviam dormido, apesar de ser tarde. Os dois assistiam um filme com a avó. Assim que entrou, Castle beijou os filhos e chamou a mãe para um canto.

Castle: Eles não vão para a escola amanhã.

Martha: Eu também acho melhor.

Castle: Como isso foi acontecer, mãe?

Martha: Alguns sites noticiaram o incidente com Kate.

Castle respirou fundo e escondeu o rosto com as mãos.

Martha: Você quer que eu leve os dois?

Castle: Não, eu preciso deles. Eu não conseguiria dormir naquela cama se não tivesse os dois comigo.

Martha: Vai ficar tudo bem filho, vai ficar tudo bem.

Castle: Eu sei mãe. Mas... quando?

XXXXXXXXXXXXXXXXX

Na quarta-feira de manhã, Castle contava para Kate que Johanna havia sonhado que eles estavam nos Hamptons correndo pela praia e rolando na areia quando o aparelho de batidas cardíacas disparou. Castle apertou o botão e a enfermeira Carly apareceu rapidamente no quarto.

Castle: Aquele aparelho... ele não era rápido assim. Tem algo acontecendo?

Carly: Tem – Carly sorriu para o desesperado Castle – os coração dela está batendo mais forte.

Castle: Isso é bom, não é?

Carly: É muito bom!

Castle respirou aliviado, numa mistura de sorriso e vontade de chorar.

Castle: Isso, meu amor, você consegue.

Castle olhava tão fascinado para a esposa que nem viu a enfermeira deixar a sala. Quando saiu, espalhou a notícia a todos. Sua Kate estava melhorando, ela estava voltando!

Mas a quarta-feira passou, e Kate não acordou.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Na quinta-feira de manhã, Lanie chegou uns minutos atrasada, e Castle já estava no quarto com Kate.

Castle: Oi Lanie! Fala pra ela, Carly, fala que eu faço os batimentos de Kate acelerarem!

Carly: É sim, é verdade – a enfermeira sorriu para Lanie e saiu do quarto.

Lanie: “Carly”?

Castle: Fiz amizade com as enfermeiras. Quem sabe ela não acorda mais rápido só para me dar uma bronca? – Castle tentou sorrir para Lanie.

Lanie: Você já está fazendo piada, então está melhor – ela se aproximou e deu um beijo no rosto.

Castle: Você não sabe como é difícil, Lanie. Acordar sem ela... olhar para meus filhos e não saber mais o que dizer.

Lanie: Você tem sido forte, Castle. Qualquer outra pessoa não aguentaria.

Castle: Quando às enfermeiras... elas têm sido legais. Agora elas me deixam ficar 10 minutos a mais em cada visita!

Lanie sorriu para Castle.

Castle: E a história dos batimentos é verdade! Eles disparam quando eu converso com ela. – ele disse todo orgulhoso.

Lanie: Como se isso fosse novidade! É claro que eles disparam, eles dispararam desde o primeiro dia em que ela te viu. – Lanie brincou, e Castle sorriu com a lembrança.

Castle: Eu vou deixar vocês duas.

Assim que Castle saiu e fechou a porta, Lanie sentou-se do lado de Kate.

Lanie: Ta bom Kate, pode parar. Você não acha que já está na hora de se levantar daí? Que isso, garota? Vai deixar seu homem assim, livre? Você está vendo, as enfermeiras todas fazendo os gostos dele! Se fosse meu Javi, ah eu não deixava, não deixava mesmo!

Lanie fez uma pausa e arrumou os cabelos da amiga. Sua voz então embargou-se.

Lanie: Vamos Kate, por favor. Faça isso por seus filhos. Você acha justo deixá-los sem mãe? Eles precisam de você, minha amiga. Eles precisam muito de você. Todos nós precisamos.

Lanie abraçou a amiga e chorou.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Entre a visita da manhã e a visita da tarde, Castle estava com os filhos em casa. Martha havia saído para providenciar o almoço, e Castle brincava com Alexander na sala. Johanna cochilava em sua cama.

Castle: E o Homem de Ferro ataca o Capitão América! – Castle jogou seu boneco em cima do boneco do filho.

Alexander não respondeu. Levantou o Capitão América e olhou para o pai.

Alex: Papai, podia ter um super herói que salvasse a mamãe, não é?

Castle: É filhote, podia.

Alex: Ele seria meu super herói favorito – Alexander se levantou triste – Eu não quero mais brincar.

Castle não soube o que fazer. Como animar as crianças, se nem ele conseguia se animar? No dia seguinte faria uma semana em que Kate se encontrava na mesma situação. Só de pensar, Castle tinha vontade de chorar, de gritar, de enlouquecer. Foi despertado dos pensamentos quando ouviu o choro de Johanna vindo do quarto. Ele correu em sua direção.

Castle: Que foi minha princesa? – Castle sentou-se na cama da filha e abraçou-a forte. A menina chorava compulsivamente – Calma, calma. Está tudo bem.

Jo: Não está, papai. Ela me prometeu.

Castle: O que?

Jo: Ela me prometeu, papai. Prometeu que nunca me deixaria, que estaria sempre aqui comigo, sempre.

Castle: Ela vai voltar, minha princesa.

Jo: Então por que ela não volta?

Alex: A mamãe não gosta mais da gente? – Alexander se aproximou.

Castle: A mamãe ama vocês dois mais do que tudo nesse mundo!

Jo: Eu quero a minha mamãe! – Johanna continuou o choro, e Alexander o acompanhou. Martha chegou na mesma hora, e fitou o filho, perdido, desesperado. Com muito custo, conseguiram acalmar as crianças. Castle propôs que os três fizessem um desenho juntos, dizendo que amavam a mamãe e que a esperavam em casa. As crianças concordaram, e mais algumas horas se passaram.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Na visita da tarde...

Castle entrou no quarto em silêncio, abraçou Kate e chorou. Quando recuperou o fôlego, a olhou. Sua expressão era a mesma, calma e suave.

Castle: Me perdoa, meu amor. Eu prometi que não ia mais chorar, mas é que está tão difícil. Eles precisam tanto de você, Kate. Eu preciso de você! Volta pra gente, meu amor, volta!

Castle abraçou-se à esposa novamente. Ficou assim deitado em seu peito, em silêncio, até que a porta do quarto se abriu. Ele olhou para o rosto desconhecido.

Castle: Enfermeira nova? – ele se recompôs, levantando-se.

Serena: Não – Serena analisou o rosto desolado do homem – eu sou Serena, a enfermeira-chefe da UTI. Muito prazer, senhor Castle – a enfermeira estendeu a mão, e Castle a cumprimentou.

Castle: Aconteceu alguma coisa? – ele olhou assustado para a enfermeira, e também para Kate.

Serena: Não, pode ficar tranquilo. Eu só queria conhecê-lo pessoalmente e dizer que eu sinto muito pela sua esposa.

Castle: Eu também sinto.

Serena: Eu tenho acompanhado o quadro de Kate.

Castle: Por que nunca nos encontramos?

Serena: Os horários não coincidiam. – Serena pegou o pulso de Kate e checou. Escutou também seu coração, e abriu os olhos, colocando uma luz na pupila. Castle observava tudo atentamente. Nenhuma enfermeira fazia esses procedimentos na frente dele.

Castle: Por favor, me diga uma coisa boa.

Serena: Ela pode acordar a qualquer momento, senhor Castle. Isso é uma coisa boa.

Castle: Então por que ela não acorda?

Serena: É difícil dizer. A medicina ainda não encontrou uma explicação lógica para o coma. Não existe uma regra, se é que você me entende.

Castle: Eu entendo, mas é difícil aceitar.

Serena: Você tem sido forte, senhor Castle. Não se fala em outra coisa em minha equipe que não seja o amor e cuidado que o senhor devota à sua esposa.

Castle: Kate é a mulher da minha vida. Eu não sei viver sem ela... – Castle admirou a esposa mais uma vez – E sua equipe tem sido ótima.

Serena: Claro que sim, principalmente porque deixam o senhor ficar 10 minutos a mais em cada visita, não é mesmo? – Serena o encarou, e ele se autodeclarou culpado.

Castle: A senhora não vai restringir minhas visitas por isso, não é?

Serena: Não. – ela passou por ele, indo em direção à porta, e fazendo sinal para que ele a acompanhasse – Mas só porque sou grande fã do seu trabalho.

Castle: Grande fã?

Serena: Sem mais os dez minutos adicionais nas visitas, senhor Castle, ou o senhor trará complicações para mim no hospital.

Castle: Espera! – Castle parou a enfermeira, que já andava em direção a outro quarto – Quão grande fã você é?

Serena: Como?

Castle: Assim, numa escala de 0 a 10?

Serena: Digamos que eu tenha todos os seus livros. – ela o encarou, sem saber onde ele queria chegar.

Castle: O que você diria se eu te convidasse pra o lançamento de Deadly Heat?

Serena: Deadly Heat foi lançado na quinta-feira passada, senhor Castle. – ela recomeçou a andar.

Castle: Você é mesmo uma grande fã! – ele a parou novamente – Mas o que houve quinta passada foi o pré-lançamento. A turnê de divulgação oficial eu ainda não comecei devido a todos esses contratempos.

Serena: Onde o senhor está querendo chegar?

Castle: Eu poderia te convidar para a festa de lançamento oficial feita pela editora. Tem gente famosa e tudo.

Serena: E por que o senhor faria isso?

Castle: Porque só você pode me salvar.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Serena: Não!

Castle: Por favor...

Serena: O senhor tem noção do que está me pedindo?

Castle: Tenho, é o pedido de um pai desesperado. E não precisa me chamar de senhor. Nós somos amigos, não somos?

Serena: Isso pode custar meu emprego!

Castle: Não tem erro, nós fazemos tudo certinho.

Serena: Castle, eu demorei anos para ocupar esse cargo. É do meu emprego que estamos falando!

Castle: Não Serena, é dos meus filhos que estamos falando. Você tem filhos? – Castle encarou Serena, que desviou para os lados – Sim, você tem.

Serena: Eu tenho um garoto de 5 anos. Ele ficou chorando quando eu vim para o trabalho hoje.

Castle: Então você sabe do que eu estou falando.

Serena: Castle, eu vivencio esse tipo de situação todos os dias do ano. Não posso simplesmente abrir uma exceção porque você está me pedindo.

Castle: Eu não estou pedindo, Serena. Eu estou implorando!

Serena respirou fundo e encarou os olhos azuis desesperado do escritor que ela tinha admirado sua vida toda.

Castle: Eu faço o que você quiser. Qualquer coisa. Festas de divulgação, livros assinados, fotos, vídeo no youtube, dedicatória no meu site, qualquer coisa.

Serena pensou mais uma vez.

Castle: Por favor...

Serena: Está bem Castle. Mas vai ser na hora que eu quiser, do jeito que eu disser que tem que ser feito.

Castle: Obrigado! – Castle puxou o rosto da mulher para perto de si e o beijou.

Serena: E se alguma coisa der errada...

Castle: Não vai dar, não vai!

Serena então explicou o plano para Castle, que foi correndo para casa. A operação visita ia começar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!